domingo, 26 de junho de 2011

Um, dois, três, quatro. Ascendência no Inter.

Inter 4x1 Figueirense 

A pressão estabelecida ao Inter nos últimos jogos horrorosos foi descarregada hoje. O frio era cortante, quase irresistível, inimaginável, mas nada disso atrapalhou. No meio da semana, os juniores colorados venceram – só pra variar – das gazelas e estão na final do campeonato. E parece que isso junto do frio intenso encheu o tanque de combustível do Inter. E o Figueirense que tinha a melhor defesa, bem... só tinha.

O que vimos hoje... Aquilo é o Inter, amigos.

O Internacional teve sua melhor atuação do ano, sua melhor atuação com Falcão no comando. Tudo o que o técnico queria insistentemente aconteceu: a tão famigerada compactação. Com o time compacto; o Kleber marcando, subindo e jogando muito bem; o Nei jogando assustadora e desconfiavelmente bem, foi fácil vencer o jogo. O que se viu hoje foi um crescimento de futebol que não se via no Inter há muito.

No dia em que o River Plate inspirou-se no Grêmio e caiu para a série B do campeonato argentino, D’alessandro se inspirou em alguém que não era gremista e jogou muita bola. Primeiro, o argentino cobrou um escanteio e Bolívar, o general, meteu a melancia na bola e ela escorreu para a rede. Dois minutos depois, o hermano fez uma jogada cinematográfica. D’alessandro tocou para Oscar, que tocou para D’alessandro e, rodeado por jogadores do Figueirense, deu uma cavadinha na bola encontrando o peito do Oscar. O menino virou e chutou. Foi só ir para o abraço.


No segundo tempo, ao contrário do medo que muitos torcedores tinham – o apagão –, o Inter se saiu tão bem quanto na primeira etapa. Para confirmar a sua estabilidade, Zé Roberto deu uma passe brilhante para Damião. Aí todo mundo sabe o que acontece com Leandro Damião com a bola nós pés em frente ao goleiro: GOL. Agradecemos ao Mano Menezes que escolheu o Fred a que Damião.

Depois das substituições – onde Zé Roberto saiu merecidamente ovacionado –, um gol dos reservas de luxo: Gilberto encarou o frio e tocou a bola para Goulart fazer o dele – merecido. Em todo o jogo, Muriel fez duas intervenções. Em outras palavras, a defesa do Internacional foi quase impecável neste jogo, a não ser pelo gol que levou aos 43 do segundo tempo. 

E o Falcão fez o que se deve fazer: não encheu o time de volantes, fez o feijão com arroz e consagrou a melhor partida do Inter no ano. O Internacional jogou com naturalidade. Oscar, novamente, jogou esplendorosamente bem. Havia muito tempo que não se ouvia a torcida soltar a garganta e cantar forte no Beira Rio. A torcida falou que ficaria ao lado de Falcão, e ficou. A torcida apoiou e foi recompensada.

Quem sabe agora, de uma vez por todas, o Falcão perceba que Oscar precisa ser titular ao lado do D’alessandro, onde os dois jogam harmoniosamente bem. O Inter desencantou! Amém.

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