quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Apagão.


Inter 3x3 Santos

É tão fácil darmos um clique no botão e apagarmos as luzes de um ambiente deixando-o completamente escuro. Tão fácil é acender e apagar a luz a hora que quisermos ou tivermos necessidade. Não me refiro às pessoas sem luz em New York, nem ao apagão que aconteceu no Rio de Janeiro há algum tempo, falo do apagão do Inter – não das luzes do estádio, mas da vontade dos jogadores.

Os gritos histéricos e holofotes que se acenderam na chegada do Neymar não condiziam com seu futebol apresentado no Beira Rio, devia ser por sua beleza (aonde?, hãn?). O Inter esperava um jogo difícil, complicado, até achava agradável um empate, mas tudo isso mudou quando o jogo começou. O time do Dorival dominava a bola, trocava passes e errava pouco; Andrezinho abriu para Élton cruzar na cabeça do Bolívar – o temido, o furão, o bisonho que deu muitos títulos ao Inter e que ultimamente sai vaiado de campo –, cabeceou para marcar o primeiro gol do Inter aos 8 minutos.

Pouco mais tarde o careca – que também tomava vaia em tempos passados, mas que hoje sai de campo aplaudido e deixa torcedores se lamentando quando não joga –, mais uma vez cruza para Damião marcar o segundo e abrir boa vantagem sobre o campeão da Libertadores. Afinal, ultimamente, o que seria do Inter sem Damião e do Damião sem o Nei? Daí até o final do primeiro tempo o Inter dominou o jogo, deixou Neymar sem brilho e Borges sem bola para marcar. O Inter pisoteava no campeão da América e prometia mais para o segundo tempo.

Prometeu e o gol veio. Mas antes do gol Élton recebeu ótimo passe de Nei (de novo) e marcou, mas erroneamente, o árbitro apontou impedimento (não sei de onde, o colorado se encontrava dois metros atrás do jogador santista). Depois Guiñazu correu metade do campo com bola dominada e fez o que ninguém esperava: meteu um míssil para o gol de Rafael, mas ele se esticou todo e conseguiu espalmar a bola para o lado. Aí, de tanto tentar o gol veio em um pênalti cometido em cima do temido e aterrorizante Bolívar. Oscar cobrou a penalidade fraca, baixa, mas Rafael bobeou e deixou a bola entrar.

Tudo o que o Inter construiu em 70 minutos foram totalmente destruídos e igualados em 20. O apagão. O apagão nos raptou o sonho do tricampeonato da Libertadores contra o Peñarol dentro do Beira Rio; o apagão já nos roubou vários pontos dentro e fora do Beira Rio; hoje o apagão digeriu o nosso último fio de esperança que restava em ainda querer brigar pelo título e dificulta a nossa vida para lutar por uma vaga na Libertadores.

Não vou ser injusta em colocar a culpa 100% na zaga do Inter, mas 70% sim. Alan Kardek ganha de três colorados, cruza, a defesa do Inter tá tomando café no ponto e obriga Muriel sair do gol. Borges aproveitou e marcou. Neymar (o cara que não apareceu o jogo inteiro) dribla dois e passa, a defesa do Inter tá deitada na poltrona e Alan Kardek marca. Borges passa por um, Índio olha para Bolívar que olha parta Élton e que olha para Muriel; Borges empata. Todos, todos os gols do Santos tiveram a luxuosa, bondosa e caridosa ajuda do capitão Bolívar. O cara fez o gol do Inter no primeiro tempo e é meio-responsável pelos três gols do Santos.

A esplendorosa partida que mais uma vez Nei fazia, a vitória, os três pontos e volta ao campeonato foram varridos para o lixo por erros infantis da zaga do Inter e, repito, principalmente do Bolívar. Alguém tem que avisar a nossa dupla de zagueiros veteranos que a bola e nem as pernas dos adversários não mordem; no momento em que a bola chega na nossa área, Índio e Bolívar se olham e se entreolham deixando livre o adversário para marcar o gol. A vida do Inter complicou devido a nossa zaga. Em outras palavras: o Inter do meio pra frente tá adequado, pegou o ritmo, entrosou, esse é o ideal; o Inter do meio pra trás estraga tudo o que o meio pra frente sofreu pra construir.

O gol mal anulado fez falta. O Inter ideal pode ser o time de hoje, sem Bolívar. Não se pode colocar o Índio no mesmo saco, um sozinho não dá conta do recado na zaga. O Bolívar é quem mais erra, o Bolívar é quem mais fura, o Bolívar é quem mais entrega gols. Ou ele volta a ser o que era, ou dá lugar pra um sangue novo.

domingo, 28 de agosto de 2011

Inter: O ressuscitador de mortos!


Grêmio 2 (foguetório)x1 Inter

GreNAL é sempre greNAL. O Inter vinha de uma ressaca do título da Recopa, porém, com muitos desfalques da grandiosidade de D’alessandro. Depois de 11 anos de trajetórias na dupla grenal, finalmente Celso Roth conseguiu arrancar uma vitória em confrontos da dupla gaúcha. O Inter tinha pleno e total favoritismo pelos jogos e títulos que vem conquistando nos últimos tempos; não só pelas taças, mas pelo elenco colorado ser significantemente superior ao do segundinos.

Depois de abraçar saudosamente o técnico gremista – já que, com três ou quatro volantes, conquistamos a América com ele –, Bolívar deixou espaço para um cruzamento gremista e Índio, que estava louco pra marcar o gol, meteu o melão na bola contra o gol do Muriel. O goleiro colorado fez grande defesa e a bola sobrou para André Lima; aí, esse fazer gol é brabo. O jogo no primeiro tempo era equilibrado; o Inter segurava no meio campo para achar o Damião e o Grêmio metia chutão pra frente. O homem-gol do Brasil (Leandro Damião) recebeu marcação especial: Simon era o homem exclusivo para marcar o 9 colorado, fora os dois ou três rebaixados, quer dizer, gremistas, que às vezes vinham ajudar.

Algum jogador do Grêmio (jogadores de time pequeno não são muito falados na mídia e consequentemente não são conhecidos, não sei se esse cidadão carrega um nome) cruzou e achou Marquinhos desmarcado – o Bolívar devia estar tomando chocolate quente no bar da esquina – e Muriel assistiu à bola entrar no gol. O Inter, embebedado pelo bicampeonato da Recopa, sentiu o gol e recuou. Andrezinho e Oscar sentiam falta de laterais que subissem com eles e pouco jogaram.

Mas aí tio Índio, o homem colorado que deixa o Grêmio com as pernas bambas só em ouvir falar seu nome, se posicionou para Oscar cobrar uma falta. O garoto bateu, tio Índio correu até a segunda trave, voou e meteu o cabeção na bola; o Victor só levantou do chão para cumprimentar o veterano (veterano é modo educado de falar, Índio já é vovô) pelo gol de peixinho. Índio, zagueiro de 36 anos, com reumatismo e mal de Parkinson, é melhor que o André Lima e Leandro (o Neymar em versão “tô assustando criancinha") juntos.


 O segundo tempo veio e o Inter melhorou. Depois de dois pênaltis que o Grêmio sofreu e o árbitro não deu, Índio fez falta na área e o árbitro marcou o pênalti “menos” notável entre os três e Douglas pegou a bola para bater. O segundino, quer dizer, o Douglas – vendo Victor, Mário Fernandes e outros azuis ajoelhados no gramado rezando –, cobrou e fez. O Inter hoje se consagrou como o ressuscitador de mortos – pelo menos, demos o jeito de trazer nosso rival de volta.

Os desfalques do Inter eram: Guiñazu, Nei e D’alessandro. Boatos surgiram de que D’alessandro estaria indo para o futebol do Qatar e muitos colorados concordaram. Hoje, pra quem assistiu ao jogo, viu que – por mais que ele não esteja jogando espetacularmente bem – o gringo dá jeito no jogo, pensa o Inter e hoje fez muita falta (muita mesmo). D’alessandro não pode ser vendido até que não se encontre alguém a altura do Hermano; um camisa 10 digno de um camisa 10 de verdade como o D’alessandro é. E o Nei, que passou grande parte da sua vida no Inter sendo chacoteado e xingado pelas péssimas atuações que fazia, hoje fez uma falta gigantesca. Com o careca, Andrezinho tocaria para Oscar, que abriria para Nei e cruzaria para o Damião; sem ele hoje, as laterais estavam vazias. Oscar e Andrezinho eram uma ilha no meio campo porque Kleber – que vai dizer adeus ao Inter em breve – mascava chiclete no campo defensivo e não subia. Glaydson, por sua vez também no campo defensivo, cometia faltas e tocava errado. Mas quem mais errou foi Jô. O cara tá na profissão errada.

O Inter, mesmo com essa derrota, é muito superior ao arquirrival. Os colorados comemoraram 23 vitórias a mais que os segundinos. Quarta-feira teve foguetório para comemorar o título de bicampeão da Recopa, hoje teve foguetório por causa... Por causa de quê? Ah, deve ser porque o Grêmio ganhou o greNAL (???). 

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Campeão de TUDO duas vezes!

Recopa: Inter 3x1 Independiente

Vontade que não acaba. Fonte que não sessa. Piedade dos adversários não existe. Jogadores do Internacional estão preparados sempre: vestem a camisa com o escudo do lado esquerdo do peito e estão prontos para a batalha. Camisa esta que não serve somente para despistar o frio, mas para mostrar porque e por quem eles lutam; mas para mostrar que ela é o colete à prova de balas. Ninguém jamais poderá abater aquele que veste a camiseta do Internacional. A senda de vitórias não para e não queremos que pare. Eles, os guerrilheiros, não querem e não deixam que ela pare.

Um mito. O Sport Club Internacional vive noites de sonhos, magias e mito desde 2006. Somos os maiores campeões do Rio Grande do Sul, do Brasil e da América na década; jamais foi visto coisa igual por aqui. Como se não bastasse ser campeão de tudo, somos campeões de tudo duas vezes. Pra quem torceu para o Barcelona em 2006, para o Estudiantes em 2007, para a Internazionale de Milão em 2008, pra quem desprezou a Copa Suruga de 2009, torceu para o Chivas em 2010 e apelou que o Independiente fosse campeão em 2011; deu o pulo errado.

Conquistamos o que ninguém jamais pensou que conquistaríamos. Fizemos história de tal maneira que ninguém jamais pensou que faríamos. Somos campeões de tudo e mais um pouco como ninguém jamais havia sonhado. Nós, os torcedores, agradecemos aos guerrilheiros da forma mais humilde e bonita que se pode ter: lotar um estádio e entoar um cântico do nome de cada um dos soldados que dessa guerra participariam. Nos acostumamos a vencer, e não a sermos vencidos. Vencemos, mais uma vez.

A noite era fria. O Guaíba, sabendo dos fogos e das comemorações que veria mais tarde, tratou de soprar vento não tão forte quanto o normal. Começava ali mais uma decisão de título internacional dentro do Inferno do Beira Rio. D’alessandro meteu uma pancada no travessão e Oscar fez a bola lamber a trave, Damião tratou de sair do quase. D’alessandro, próximo à grande área, fez a abertura de bola para o Damião no lado da mesma área; o menino dominou e logo dois zagueiros o cercaram. Leandro Damião, pressionado, iria cruzar? Recuar a bola pra começar outra jogada? Tentar chutar a bola em cima do zagueiro e cavar uma lateral ou até uma falta? Não. Damião iria, com muita facilidade, despachar os dois zagueiros e correr para a área e, com muita naturalidade – como uma criança quando brinca de dar bicudão na bola com o pai –, acertar o dedão do pé na bola e vê-la morrer dentro da rede.

E agora, Damião trataria de se consolidar como herói do jogo, o herói do Inter. Depois de receber a bola de um chutão do Muriel, ela quicar perto do zagueiro argentino e ele a deixar passar, Damião ficou marcado por apenar um homem. A bola quicou mais uma vez e, atrás do marcador e de costas para o gol, Damião se antecipa, dá um peitaço na bola driblando o zagueiro, deixa a bola bater no chão e – como se ele estivesse jogando tranquilamente na várzea –, dá um chute de peito do pé metendo para o gol na saída do goleiro. Eram 25 minutos do primeiro tempo e Damião dava o título ao Inter.



Porém, como time argentino não desiste até que o árbitro não acaba a partida, aos 7 do segundo tempo, Velásquez faz o gol para o Independiente levando o jogo para a prorrogação. O Inter perde ritmo, D’alessandro se machuca e Delattorre perde muita bola. Dorival coloca Jô no lugar do segundo e Andrezinho no lugar do primeiro. O sofrimento durou até os 39 minutos quando Andrezinho fez bela jogada e deixou Jô livre; na hora de marcar o goleiro faz falta dentro da área. Kleber, o masca-chiclete, pega a bola para bater. Guiñazu fica de costas para o gol onde será batido o pênalti, mãos no rosto, joelho dobrado. Kleber cobra, o Gigante silencia, bola de um lado, goleiro do outro e o Beira Rio explode como um vulcão em erupção. Guiñazu, ouvindo a euforia do torcedor, levanta devagar a cabeça, olha para a torcida e comemora.

O jogo se torna sufocante com o time argentino em cima, pressionando. O Inter foi salvo por Muriel e Kleber, pela trave e linha de fundo. Aí só resta ao Bolívar fazer uma massagem no ombro para mais uma maratona: erguer a taça. Erguer a taça de bicampeão da Recopa e ver o Gigante eclodir; e ver Leandro Damião se consolidar como o melhor centroavante criado no Brasil e no Brasil atuando. Os segundinhos que se preparem...


Inter é campeão de tudo duas vezes! 

domingo, 21 de agosto de 2011

De pucheta, lambreta ou bicicleta: Damião!


Inter 2x2 Flamengo

No Rio Grande do Sul, pelo Brasil e pelo mundo: Damião. Contra o Chivas, Bahia, Barcelona ou Milan: Damião. Com técnico retranqueiro ou ofensivo: Damião. De qualquer forma, jeito ou mau jeito: Damião. O maior centroavante que atua no Brasil e quem sabe no mundo. Um dos maiores centroavantes que já pisaram no gramado do Beira Rio. Com um, dois ou quatro clubes gigantescos da Europa fazendo propostas milionárias por Leandro Damião, o menino continua muito focado no Inter e, principalmente, em fazer gols.

O primeiro tempo foi equilibrado. O primeiro lance perigoso saiu dos pés de Ronaldinho: Élton furou e a bola sobrou pra o capitão flamenguista mandar na trave. O Inter não deixava o adversário fazer o que mais tem qualidade: tocar a bola até dar um passe precioso para o atacante fazer o gol. Mas aí, em uma bola parada, Ronaldinho bateu falta de onde ele mais sabe fazer gol e Muriel só viu a bola bater na rede. Guiñazu, que já tinha amarelo, simulou muito um pênalti e levou vermelho no final do primeiro tempo.

O Inter voltou animado para o segundo tempo e logo Damião deu um toque de calcanhar para Índio completar para o gol. Mas com um jogador a menos, o Inter cedeu o empate com Jael. O jogo esquentou e cada vez que Ronaldinho tocava na bola, era vaiado. A partida virou cá e lá até que a estrela do Beira Rio surgiria para apagar a estrela de Ronaldinho. Se o confronto era Damião versus Ronaldinho, ninguém vai ter dúvida alguma depois que eu descrever aqui o lance do gol do centroavante colorado:

Andrezinho corrida na beirada da área e viu Delattorre livre dentro da grande área, tocou para o menino. Delattorre, por sua vez, ajeitou a bola na medida certa para que Leandro Damião virasse de costas para o gol, saltasse, erguesse a perna e batesse com o pé na bola. Essa era a bicicleta que Filipe assistiu o 9 do Inter fazer e a bola correr para o gol. Espetacular. Brilhante. Genial. Ao nível do futebol que Damião vem apresentando desde o gol na Libertadores, contra o Chivas.


Apesar de algumas circunstâncias que nos fazem não querer que seja verdade – tipo o árbitro estar sempre a favor do Flamengo; ou o microfone da Globo estar somente na torcida do Flamengo e fazer parecer que só ela existe no estádio; entre outras... –, o Flamengo é segundo colocado e tem um elenco muito forte. Mas o empate tem um dedo do treinador colorado: ao invés de aumentar a defesa no intervalo quando Guiñazu foi expulso, Dorival arrumou a parte ofensiva e o negócio funcionou. O time mostrou garra e vontade de ganhar pontos.

Damião é o homem do Inter!

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

A Diferença.

Inter 1x0 Botafogo

A diferença não foi o Andrezinho que comemorava 200 jogos, tampouco a lua linda que aparecia logo acima do Gigante. Os times brasileiros têm onze jogadores, o Inter tem o Damião.

O fato de o Inter ter um time de desfalques já não é mais novidade. Jogar contra o Botafogo, em casa, com alguns desfalques – porém, com substitutos de qualidade – não seria nada fácil. Além dos desfalques do Inter, tinham também os desfalques do Botafogo, e o colorado precisava da vitória no jogo de estreia do Dorival e na comemoração dos 200 jogos do grande Andrezinho.

No primeiro e único dia de treino, Dorival Júnior colocou Wilson Matias esquentar o banco de reserva. Algo do além atendeu as preces dos torcedores do Internacional e Dorival foi colocado por uma mão sagrada no time colorado para tirar o lento Matias do time. Amém! O primeiro tempo foi morno, com uma leve superioridade sobre o Fogão. Zé Mário cruzou e Leandro Damião viu a bola roçar o seu nariz, mas não a alcançou. Uma falta do Andrezinho que colocou lá onde a coruja dorme, mas como um elástico, Jefferson se esticou todiiiiiiiiiiinho e agarrou a bola.

As chances de gol foram poucas para cada lado, mas o Inter tem a diferença – não a diferença, temos A diferença. O Leandro Damião, pensando séria e profundamente, é um extraterrestre. Aliás, o Damião poder ser tudo, menos humano. É impressionantemente incrível a habilidade do menino. Ele não nasceu pra driblar, ele nasceu pra livrar-se do marcador e marcar o gol. Se o garoto vir a bola caindo no posso e acha que tem 0,0000000000001% de chances de fazer o gol, eu não duvido que ele mergulhe no poço e cabeceie a bola pra tentar fazer o gol. Leandro Damião é A diferença que todo e qualquer time do Brasil, do mundo e de outros planetas quer ter. No cruzamento de Zé Mário, Jô roçou a cabeça na bola e ela sobrou... pra quem? Pra Leandro Damião atirar-se de peito na grama e cabecear a bola para o gol. O nosso camisa 9 é O CARA.

No fim do jogo tomamos sufoco, mas seguramos. O mais importante: fizemos o gol e continuamos a atacar, continuamos a botar medo no Fogão. Importante 2: Nei, por incrível que pareça, por mais surreal e extraterrestre que possa se mostrar, vem mantendo uma estabilidade muito boa nos últimos jogos. Parece que o Barcelona, no jogo na Alemanha pela Copa Audi, o careca tomou Biotônico Fontoura e criou vontade E qualidade. O Nei vem me surpreendendo com suas atuações muito bem feitas; hoje, eu não o tiraria do time.

Dorival foi humilde em dizer que não teve quase nenhuma participação dele na vitória, o Inter veio com cara nova, sem o Wilson Matias que foi o milagre e com os desejados dois atacantes. O Jô entrou bem, Zé Mário jogou muitíssimo bem e o Inter não recuou como sempre fazia quando marcava o gol. Que o Dorival aproveite as datas tão especiais desta semana para a nação vermelha, que foi a conquista da primeira Libertadores dia 16 e a segunda, dia 18 – hoje.

Ronaldinho pode esperar, a hora dele vai chegar – DE NOVO! Avante, Inter! 

domingo, 14 de agosto de 2011

E a novela se repete...


Bahia 1x1 Inter

Vão jogos, vêm jogos; entra a meninada, sai a meninada; vem adversário, vai adversário e o Inter é o mesmo: desperdiça inúmeros, incontáveis, inacreditáveis gols, cai de ritmo e toma pressão de time de série B. O Bahia do Carlos Alberto não é o bicho papão e tampouco um time que coloque medo – no Inter parece que colocou. O Inter tem um time e mais quatro reservas de desfalques, mas isso não justifica a pressão que tomou no segundo tempo.

Assistir a jogos do colorado com Osmar Loss no comando, literalmente, é de chorar.

O primeiro tempo foi nosso, o Inter jogou bem e começou com pressão: Zé Mario deu um passe mágico para Jô que bateu, mas Lomba catou. Como resposta, Carlos Alberto colocou a bola na rede, mas o jogo já estava parado com o árbitro marcando impedimento. De novo em resposta, Jô nocauteou o baiano e meteu a bola pro gol, mas o árbitro o invalidou marcando a falta. 

Quem foi mais efetivo foi ele, sempre ele, em qualquer lugar do Rio Grande do Sul, em qualquer lugar do Brasil, em qualquer lugar do mundo, da Terra e de Marte; Damião fará gol toda vez que ficar com um zagueiro e, quando ficar rodeado por cinco, cavará pênalti como fez contra o Fluminene. A cada gol marcado pelo Leandro Damião a Europa fica uma hora mais perto para ele. Sabe por quê? Por que não há nenhum jogador atuando hoje no Brasil que seja tão matador quanto ele. Neymar fica no chinelo. Aos 42 minutos da primeira etapa, Muriel cobrou tiro de meta e mandou a bola no campo de defesa do Bahia. A redondinha quicou e sobrou para Damião, marcado. O garoto livrou habilmente do marcador e mandou pro gol.

O Tinga ainda recebeu um passe glorioso de Zé Mario, mas na hora de fazer o slogan de "não sei chutar a gol" pesou para o Tinga. Literalmente, ele não sabe fazer gol. O Inter jogava contra o Bahia e recuou todo o time, tomando pressão. Aos 16 minutos do segundo tempo Fabinho foi expulso, mas isso não fez diferença para o Inter. O time da casa teve escanteio e, quando cobrado, Índio fez pênalti no baiano e foi expulso. Jobson cobrou o pênalti: bola de um lado, goleiro do outro.

O Inter ressuscita mais um defunto, perde dois pontos e fica a cinco da zona de Libertadores. Um apelo: Pelo amor de Deus Falcão, Figueroa e Fernandão, venha logo, Dorival!

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Bem-Vindo, Dorival

Enfim, o fim.

Depois de 26 dias da saída do eterno ídolo Falcão do comando do Inter e ter ficado todo esse tempo com técnico interino, Dorival Júnior aceitou fazer parte do grupo colorado e acabar com essa novela. Depois de alguns cochichos de que Osmar Loss seria efetivado, Dorival chegou ao Beira Rio.

O novo técnico do Inter será anunciado terça-feira, no domingo contra o Bahia, Osmar Loss ainda comanda o colorado. O estilo como trabalha Dorival agrada grande parte da torcida; pelo Santos, conquistou a Copa do Brasil e foi “demitido pelo Neymar”. No Galo, livrou-o do rebaixamento e ainda levou o Atlético a disputar a Sul-americana. Esse ano não vem se saindo muito bem, mas no Gigante pode se reencontrar com bons resultados.

Até que enfim, temos técnico – ainda não apresentado, mas temos. Boa sorte ao Dorival! 

Como Explicar o Inexplicável?


Recopa: Independiente 2x1 Inter

O Inter foi à Argentina para lutar por mais um título internacional. Jogar contra time argentino sempre é peleia braba; jogar contra time argentino dentro da sua casa abarrotada de torcedor, com o estádio inteiro cantando e tornando-a um inferno é mais peleia braba ainda. Contudo, jogar com time retrancado e com Wilson Matias e MUITO mais peleia braba.

O Independiente comandou todo o primeiro tempo, mas tinham deficiências no ataque. Em um trombamento de Bolívar com Hermano, para o árbitro, resultou em falta que Muriel salvou. Ainda no começo do primeiro tempo, Kleber lesionou-se e deu lugar ao Fabrício – que deveria ser titular há muito. O adversário, mesmo não sendo tão efetivo, chegava fácil demais na nossa área e, no momento em que o Independiente era bem superior no jogo, Nei deu um cruzamento para Damião desenhado por Deus: com perfeição. O matador, goleador, o cara que mete medo em qualquer time que o Inter vai jogar, meteu o pé na bola e empurrou-a pra dentro.

A alegria durou pouco: aos 41, Velasquez marca. O segundo tempo começou melhor para o Inter: Tinga meteu uma bola na trave, Damião meteu a melancia na bola e quase marcou. Mas quem foi mais eficiente foi o Independiente – no momento em que o Inter era superior. Elton fez falta e Marcos Perez bateu, alguém desviou na bola e enganou Muriel.

A maior estrela do jogo não era Damião, nem Perez, tampouco o torcedor que lotava a casa. A estrela do jogo foi Osmar Loss – por sua insuficiente capacidade de comandar um clube da grandeza do Internacional e fazer o lógico. A “estrela” tirou o pensador do time, D’alessandro, para a entrada de Andrezinho e Jô por um “garoto de velocidade” – como disse Loss –, por Marquinhos. Este que havia ido pra o AVAÍ e broxou lá, voltou para o Inter e Osmar Loss coloca o cara “veloz” num jogo de final de Recopa? Ora bolas!, o garoto de velocidade é o Dellatorre que foi bem contra o Cruzeiro e amassou nos juniores.

Eis as questões: como explicar a escalação de Jô, totalmente sem ritmo de jogo e entrosamento em detrimento de Dellatorre? Como explicar a saída de D’alessandro que vinha fazendo um bom jogo; jogador este que em um lance pode matar o jogo, que pensa o time? Como explicar a retranca que virou slogan do Inter jogando dentro ou fora de casa, contra o Barcelona ou contra o Atlético-GO? As declarações do Osmar Loss no final do jogo eram confusas; falava, falava e não dizia nada. A diretoria colorado apostava – aposta – todas as fichas, depois que caiu da Libertadores, na Recopa. Aí chega a Recopa e estamos com técnico inteirinho. Algumas respostas foram dadas, mas nada convincente.

Afinal, não há como explicar o inexplicável. 

domingo, 7 de agosto de 2011

Acabou o isolamento, hoje. Agora vai!

Inter 3x2 Cruzeiro

Nos últimos encontros do Inter com o Cruzeiro, o time mineiro sempre se saía melhor. Hoje o duelo era entre argentinos: D’alessandro x Montillo. O duelo não seria fácil, já que os dois times estariam buscando a recuperação no campeonato. O jogo começou quente, com pressão do Inter: aos 2 minutos de jogo, Dellatorre deu belo passe para Fabrício que bateu cruzado, a bola tirou lasca da trave e saiu. Os primeiros minutos mostravam o time do jogo: o Inter.

Aos 7 minutos, Andrezinho sofria falta no meio do campo, mas o árbitro nada marcou. A bola continuou correndo e Alisson cruzou na área, a redondinha foi na direção de Muriel que, atrapalhado pelo sol, tapeou a bola na cabeça do Anselmo. Cruzeiro no susto 1, Inter bem superior 0. Esse resultado não condizia nada com a pretensão do Inter, do torcedor. O Inter jogava muito melhor que o Cruzeiro e essa superioridade foi concretizada quando D’alessandro foi puxado dentro da área. Ele mesmo, que já tinha perdido um pênalti contra o Fluminense, bateu bem: goleiro de um lado, bola do outro.


A virada veio dos pés de Andrezinho em uma falta cobrada da esquerda. Índio subiu de cabeça, mas não tocou na bola, ela fez a curva e foi morrer dentro do gol de Fábio. O primeiro tempo, que foi dominado por D’alessandro, acabou. A intensa dominação de jogo que o Inter tinha na primeira etapa já não era a mesma na segunda. O Inter parecida estar conformado e confortado com os 2 a 1 e recuou, chamando o Cruzeiro para a nossa área.

A primeira chance veio com o atacante do Cruzeiro livre na área, mas Bolivão deu um carrinho perigoso, porém, certeiro na bola. A bola corria rumo ao escanteio e o capitão corria para evitar sua saída, conseguiu e foi aplaudido pelos torcedores. Depois, Anselmo recebeu um belo cruzamento que Muriel caiu e pegou. O cruzeirense veio com intenção de chutar a bola, mas chutou as mãos do goleiro. Mas a melhor chance do Cruzeiro saiu dos pés de Gilberto em um cruzamento na medida para Ortigoza que, de peito, mandou para o gol. Muriel espetacularmente espalmou e o rebote sobrou para Ortigoza novamente. O cruzeirense chutou e, caído, Muriel novamente espalmou a bola pra fora.

No momento em que D’alessandro perdeu uma bola dominada no meio campo, foi vaiado e esbravejou com a torcida. Logo em seguida o Inter recuperou a bola, o gringo armava um cruzamento para Damião. Leandro Damião perder gol de cabeça dali é como ver o Guiñazu fazer gol todos os jogos. Antes de a bola entrar, ela ainda bateu na trave. O Cruzeiro logo respondeu com Guerreiro, que marcou de cabeça e Vitor quase virou, se não fosse a trave.

O árbitro da partida teve certa influência no resultado com uma falta não marcada para o Inter que impediria o primeiro gol do Cruzeiro naquele momento; um impedimento grandiosamente inexistente do Dellatorre, que sairia na cara do goleiro, livre; uma falta na boca da área em D’alessandro não marcada; um pênalti de Fabrício em Gilberto não marcado. Mais uma vez conto aqui as historinhas sobre a péssima qualidade dos árbitros brasileiros.

Logo depois do gol de Damião, Osmar Loss substituiu D’alessandro por João Paulo. O gringo deixou os torcedores de pé, ovacionando-o, porém, El Cabezon não olhou para as arquibancadas e nem fez gesto algum; saiu de cara fechada. Mesmo com, literalmente, um time de desfalcados, o Inter garantiu três pontos e vai dormir mais tranquilo em sétimo lugar. Osmar Loss – que mais uma vez fez substituições erradas e equivocadas no time –, provavelmente não será efetivado. Enquanto isso, a novela continua.

A vida do Inter e no jogo de hoje viu-se uma grande evolução: Damião não estava isolado. Tudo porque Loss criou vergonha na cara e montou o Inter com dois atacantes. O Damião não mostrava tanta vontade, tanto interesse; mas Dellatorre entrou muito bem e correu pelo Damião. E, pra quem vinha de resultados ruins há um bom tempo, parece que agora vai. Pra quem assistia aos jogos e via o Damião isolado, como uma ilha no meio de uma mar de adversários, hoje a evolução foi tamanha. 

Quarta-feira teremos grande jogo contra o Independiente pela Recopa Sul-americana. Avante, Inter!

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Quem não faz, leva!

Fluminense 2x0 Inter

No reencontro com ídolos do tamanho de Abelão, Sóbis e Edinho, os nossos “irmãos camaradas” se saíram melhor. O Inter teve a posse de bola, começou o jogo em cima do Fluminense. Tinga foi quem mais concluiu, uma vez fraco, outra vez pra fora, outra vez cruzou ao invés de chutar e outra obrigou Diego a fazer grande defesa.

A proposta do esquema 4-5-1 de Osmar Loss funcionaria se os dois meias subissem e um deles – no caso D’alessandro – ficasse  mais próximo ao Damião e o servisse. Caso isso acontecesse, o Leandro Damião não ficaria comendo pipoca durante o jogo, tomando um cafezinho ou servindo só pra tirar bola da nossa área de cabeça. O nosso camisa 9 é centroavante – não sei, é bom frisar isso, quem sabe o pessoal da comissão técnica esqueceu-se.

Simplesmente, quem teve as melhores chances do jogo foram o Inter, somente o Inter com Tinga e com D’alessandro de pênalti. O Fluminense era pouco criativo, marcava pouco e tampouco atacava. Em um dos poucos ataques do adversário, Gum meteu a cabeça na bola e obrigou Muriel a mostrar suas defesas cinematográficas: o goleiro do Internacional saltou como se tivesse asas e catou a bola no ângulo.

Depois do intervalo o Inter dormiu. A nossa defesa dormiu, na verdade. O jogo em que a nossa defesa não dormir, aquela não é a defesa do Inter; todo jogo tem que ter aquele erro infantil, aquela chupadinha no dedo enquanto o adversário mete a bola no gol. Mariano cruzou da direita, a bola atravessou a área, passou por Rafael Moura e caiu na cabeça do meio-campista que só teve o trabalho de empurrá-la para o gol. Muriel nada pode fazer.

Damião brigou com três na área, ficou com a bola, mas foi puxado. Pênalti que D’alessandro cobrou, e Diego defendeu. Aí, o Inter quis mostrar que também sabe fazer pênalti. O espetacular nocauteou Fernando Bob e foi expulso. Rafael Moura cobrou firme e com força o pênalti que Muriel não conseguiu segurar.

O time colorado teve muitas chances, mas não soube aproveitar; aí, quem não faz leva. O Inter é oitavo colocado com 19 pontos, três volantes, um atacante isolado, um técnico interino com a mente de Celso Roth e um presidente que se conforta com qualquer situação. Osmar Loss disse que vai continuar com um atacante. Leandro Damião disse que não chegava bola até ele, e quando chegava era balão; aí, bem, o cara tem que ter uma rede de caçar borboletas pra conseguir ficar com a bola no meio da defesa inteira do time adversário.

Decidi que falaria do Wilson Matias e seu caso de amor com o Inter no último parágrafo, e aqui está. Constatei que, ou a relação Fernando Carvalho/Osmar Loss/Inter com o "espetacular" é feitiço de gremista, ou o Matias paga uma grana preta para os amiguinhos do Internacional o escalarem para o jogo e falarem que ele é "ESSENCIAL" para o time do Inter. Mas aí temos um ambiguidade: a questão é que se Matias é essencial para as furadas que a defesa dá, ou para que a conta de cartões do Inter nunca fique baixa? Questão que não quer calar...

Wilson Matias Espetacular é sinônimo de ruindade inimaginável. Wilson Matias Espetacular NÃO É JOGADOR PARA O INTER!

AVANTE INTER! Tu és muito maior que perebas do estilo do Matias.