Recopa: Independiente 2x1 Inter
O Inter foi à Argentina para lutar por mais um título internacional. Jogar contra time argentino sempre é peleia braba; jogar contra time argentino dentro da sua casa abarrotada de torcedor, com o estádio inteiro cantando e tornando-a um inferno é mais peleia braba ainda. Contudo, jogar com time retrancado e com Wilson Matias e MUITO mais peleia braba.
O Independiente comandou todo o primeiro tempo, mas tinham deficiências no ataque. Em um trombamento de Bolívar com Hermano, para o árbitro, resultou em falta que Muriel salvou. Ainda no começo do primeiro tempo, Kleber lesionou-se e deu lugar ao Fabrício – que deveria ser titular há muito. O adversário, mesmo não sendo tão efetivo, chegava fácil demais na nossa área e, no momento em que o Independiente era bem superior no jogo, Nei deu um cruzamento para Damião desenhado por Deus: com perfeição. O matador, goleador, o cara que mete medo em qualquer time que o Inter vai jogar, meteu o pé na bola e empurrou-a pra dentro.
A alegria durou pouco: aos 41, Velasquez marca. O segundo tempo começou melhor para o Inter: Tinga meteu uma bola na trave, Damião meteu a melancia na bola e quase marcou. Mas quem foi mais eficiente foi o Independiente – no momento em que o Inter era superior. Elton fez falta e Marcos Perez bateu, alguém desviou na bola e enganou Muriel.
A maior estrela do jogo não era Damião, nem Perez, tampouco o torcedor que lotava a casa. A estrela do jogo foi Osmar Loss – por sua insuficiente capacidade de comandar um clube da grandeza do Internacional e fazer o lógico. A “estrela” tirou o pensador do time, D’alessandro, para a entrada de Andrezinho e Jô por um “garoto de velocidade” – como disse Loss –, por Marquinhos. Este que havia ido pra o AVAÍ e broxou lá, voltou para o Inter e Osmar Loss coloca o cara “veloz” num jogo de final de Recopa? Ora bolas!, o garoto de velocidade é o Dellatorre que foi bem contra o Cruzeiro e amassou nos juniores.
Eis as questões: como explicar a escalação de Jô, totalmente sem ritmo de jogo e entrosamento em detrimento de Dellatorre? Como explicar a saída de D’alessandro que vinha fazendo um bom jogo; jogador este que em um lance pode matar o jogo, que pensa o time? Como explicar a retranca que virou slogan do Inter jogando dentro ou fora de casa, contra o Barcelona ou contra o Atlético-GO? As declarações do Osmar Loss no final do jogo eram confusas; falava, falava e não dizia nada. A diretoria colorado apostava – aposta – todas as fichas, depois que caiu da Libertadores, na Recopa. Aí chega a Recopa e estamos com técnico inteirinho. Algumas respostas foram dadas, mas nada convincente.
Afinal, não há como explicar o inexplicável.
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