sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

O Rei da América

O fracasso do Mundial de Clubes foi doloroso, mas não foi forte o bastante para deixar que Andrés D’alessandro nomeasse o ano de 2010 como o melhor ano de sua carreira. Desde que chegou ao Internacional, em 2008, D’alessandro participou de conquistas históricas do clube como a sul-americana e a Libertadores.

Com um ano quase perfeito, o jornal El País do Uruguai, elegeu Andrés como o melhor jogador das Américas. Ao todo 179 jogadores foram votados por jornalistas de todo o continente. Com 61 votos D’alessandro superou o hermano Verón, do Estudiantes; Neymar, do Santos e Conca, do Fluminense.

“Eu não esperava uma premiação tão importante. Na verdade eu sabia que estava na briga pelo prêmio de melhor da America em 2010, mas nunca imaginei que poderia ganhar. É impressionante. Estou muito feliz, contente. Sem nenhuma dúvida é o melhor ano da minha carreira até agora. Seria melhor ainda com a conquista do bi do mundo com o Inter. Mas, pessoalmente, com a Libertadores, ganhar o terceiro melhor jogador do Mundial, com a volta para Seleção Argentina e o ano que tive no clube, para mim, com esta premiação, é fechar o melhor ano da minha carreira”, destacou D’Ale.

O futebol que o gringo apresentou em campo agradou a todos e houve boatos de que ele sairia do Inter. Declarações públicas pós-mundial do próprio jogador – que morre de amores pelo River Plate – que ele iria para o clube que o lançou, se fez parecer que ele realmente sairia do Inter. Sem ser procurado pelo River, D’alessandro começa a falar em cumprir contrato com o Inter. 

Que assim seja, precisamos muito do gringo de moicano para na Libertadores em 2011.


quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

A década é do Inter




Durante longos e felizes 10 anos o Inter tem proporcionado sucessivas grandes conquistas. Umas inacreditáveis; como a conquista do Mundial de clubes FIFA em 2006, onde o Internacional vencia o Barcelona que era o, até então, melhor time do mundo, e que tinha o melhor jogador do mundo: o Ronaldinho Gaúcho. Em um jogo muito eletrizante e equilibrado, o Colorado estufou as redes do Barça com um gol do criticado Gabirú.

Outras heróicas; como a conquista da sul-americana em 2008, onde o Inter venceu com um gol de Nilmar na prorrogação. O primeiro e único título da sul-americana que um clube brasileiro tem, é do Inter.

As vitórias heróicas, inesperadas e principalmente sofridas, fizeram do Inter o melhor clube brasileiro da década, segundo o ranking da Folha de São Paulo. Superando Santos e o tricolor paulista no ranking, o Colorado ainda conseguiu uma marca importante conquistando pelo menos um título internacional por ano desde 2006.

O aumento estapafúrdio de torcedores associados nos últimos anos tem resposta...

2001 - Bicampeão do Torneio Viña Del Mar-Chile
2002 - Supercampeão Gaúcho
2003 - Bicampeão Gaúcho
2004 - Tricampeão Gaúcho
2005 - Tetracampeão Gaúcho
2006 - Campeão da Libertadores da América
2006 - Campeão da Copa do Mundo de Clubes FIFA 
2007 - Recopa Sul-Americana
2008 - Dubai Cup
2008 - Campeão Gaúcho
2008 - Campeão da Copa Sul-Americana
2009 - Bicampeão Gaúcho
2009 - Campeão da Copa Suruga Bank
2010 - Bicampeão da Libertadores da América

O Internacional, durante esses dez anos, não foi um grupo que se destacou expressivamente e nem nunca foi um elenco badalado. Com sua modéstia e humildade, em quase todas as competições, chegou como um fraco-atirador e não como franco-favorito.

Durante todos os quase 102 anos vermelhos – mas muito mais nesses últimos 10 anos – aprendemos que não somos invencíveis, super-heróis. Entendemos que quem veste a camisa, o calção, as meias e as chuteiras não são apenas meros profissionais, são torcedores como nós. Vimos que eles não são robôs. Eles se abalam com derrotas, e choram. A melhor coisa que eu, você e cada torcedor colorado tirou do Mundial extraordinariamente perdido, foi que os maiores ídolos que estavam jogando na derrota se tornaram mais colorados ainda. Choraram sem vergonha e medo da câmera, sem vergonha das cornetas, chicoteadas e flautas que nos esperavam em casa.

Não é por acaso que hoje fomos eleitos o melhor clube brasileiro da década. Digo que nenhum badalado time brasileiro conseguiu nos superar, mesmo com a mídia quase sempre nos anulando... aqui estamos. Eu sou, orgulhosamente colorada. 

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Lamentavelmente, Roth fica


Ontem à noite o técnico Celso Roth assinou contrato com o Inter por mais um ano. Até final de 2011 teremos que engolir erros e fracassos do fracassado Celso Roth. A desgraça no Mundial de Clubes FIFA não foi o bastante para que Fernando Carvalho desencanasse de Celso, o vice cai de amores por ele... A vitória contra o Seongnan e a forma quase perfeita com que jogou o Internacional, somente no sábado, fez a esperança do Fernando se inflar de que ele pode SIM ser um ressuscitador de técnicos fracassados.

O Internacional atingiu e passou longe da marca de 100 mil sócios, mas esqueceu de ouvi-los. Muitos deles falam que se desfiliarão do clube, uma pena, mas eles têm a total razão – já que os “cabeças” não ouvem, nada mais nada menos, que cem mil vozes em coro, eles que paguem pela besteira. O mercado está escasso, isso todos sabem, mas se quisessem mesmo trocar e técnico, daria. O Colorado está perdendo sócios à toa. Em vão.

A verdade é que a história do Internacional está sendo manchada por um cara que, vamos ser realistas, ganhou a Libertadores mais na raça que na técnica. Pode ser que na Libertadores 2011 o Roth vá bem na primeira fase, que ele não terá tempo de fazer treinamentos. Celso é um eterno fracassado, o “mel” dele no Inter já acabou... A paciência do torcedor também.

A torcida pediu, a torcida se manifestou. Que depois Fernando Carvalho agüente e não reclame das atitudes dos torcedores. Celso Roth provou que na hora do vamos ver, ele treme e morre abraçado. Ele é um trabalhador incansável, isso não há como negar, ele trabalha e cobra muito bem, mas não sabe administrar por muito tempo; se enrola em substituições e treme na hora de pressão.

O Inter precisa urgente de renovações!
Que venha 2011 pra nós vermos o que vai dar...
Avante, Inter.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Lar, doce lar

A viagem de ida da delegação colorada aos Emirados Árabes foi ruim, mas a de volta foi pior. Pior por ter que voltar pra casa com uma MIXA medalha de bronze na mala. Com direito a trajeto diferente, horas parados e trancafiados dentro do avião. Enfim, foram 24 horas de tensão e raiva. Nenhum jogador sabia ao certo que clima encontraria aqui no Sul na chegada da delegação, ao contrário do que aconteceu em 2006 – onde uma multidão incalculável correu atrás do ônibus da delegação e lotou o Gigante pra fazer festa –, em 2010 apenas 100 torcedores compareceram, mas gritaram e apoiaram por todos os colorados.

Agora é a hora de descansar, sentar e pensar muito no futuro do clube. Que Deus pai ilumine a cabeça do Fernando Carvalho para que ele esteja realmente, fazendo a escolha certa ao renovar o contrato do treinador Celso Juarez Roth. A torcida desaprova, mas ninguém vai discutir com o cara que dirigiu o Inter ao topo do Planeta. Se o Roth ficar e ganhar a Recopa, Libertadores e o Mundial, a torcida vai gritar em coro o nome dele.

O River já disse que vai fazer de tudo pra ficar com o D’alessandro que morre de amores pelo clube que o lançou. Guiña – ídolo incomparável – já se disse louco se recusar uma proposta do Boca. Richarlysson gostaria do irmão no Atlético, mas dizem que o Alecsandro vai pro Qatar. A verdade é que se o Inter quiser ser campeão – assim como sempre foi – tem que reforçar, urgentemente, o elenco.

Temos que fazer de 2011 um ano muito glorioso para apagar a dor. Os jogadores sabem da dívida que tem com os torcedores, então eles que aproveitem muito bem suas férias e que voltem com todo o gás pra vencer; que a nova direção comande o Inter tão bem quanto Carvalho e Píffero; e que as glórias se aproximem. O Inter é um clube muito grande e vai conseguir dar a volta por cima. A dor ainda tá no peito de cada colorado, e ela nunca se vai. Cada dia 14 irá chamar a nossa atneção, iremos nos lembrar e vai doer.

Obrigada, Inter!
Como é bom ver que os colorados são torcedores de alto nível. Sem vídeo #chorandonoyoutube e nem #chingandomuitonotwitter, teve tercedores de certos clubes que fizeram isso. Também pudera, nunca ganham nada.
Que 2011 venha com tudo!

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Dos pequenos aos marmanjões




O abalo sísmico de alta magnitude que o trágico jogo do dia 14 de dezembro de 2010 nos causou – aos colorados –, afetou tanto pessoas com cabelos grisalhos, com histórias e mais história sobrecarregadas nas costas; quanto pessoinhas recém-chegadas nesse mundo... crianças com os dedinhos pequenos, porém, já com lágrimas nos olhos e sofrendo como se fossem “gente grande”.

Viu-se pessoas de 70-75 anos, até pessoinhas de 4-10 anos atravessarem o mundo, voarem do outro lado do planeta e, em unanimidade, verem a mesma coisa: o Internacional. Internacional este que já proporcionou sorrisos a quem não tinha muitos motivos pessoais para sorrir. Internacional este que proporcionou às pessoas vermelhas sentirem o gosto de serem os donos da América e disputarem e estarem no topo do Mundo.

Nós, experientes ou novos, somos privilegiados por conseguirmos vivenciar tantas emoções em tão pouco tempo. Ninguém NUNCA vai tirar o prazer de ver o nosso time entrando em um avião, despedindo-se da torcida e rumando para o outro lado do mundo para conquistar o Mundo. Ninguém nunca vai tirar de nós as lágrimas incontroláveis do Sobis, chorando a desclassificação precipitada.

As lágrimas que hoje são derramadas por pessoas de todas as faixas etárias são de profunda tristeza, inconformação e desolação, amanhã vão ser lágrimas misturas com sorrisos, pulos, gritos, e um coro unânime cantando e louvando o nome do Internacional. Dentre os miúdos aos grandalhões, a história e o amor pelo Inter se passam MUITO longe de uma – perto de tudo de bom que vivemos no Inter – simples derrota.

O orgulho de ser colorado independentemente da situação, faz de nós um grupo de pessoas diferenciadas. Diferenciadas por termos a capacidade de digerir um momento tão difícil e no mesmo instante apoiar. Diferenciadas por tornar o momento mais doloroso da história do Colorado em puro amor. Eu digo em coro por todos os colorados que amam o Inter: depois do dia 14 de dezembro, somos mais colorados do que nunca.

ISSO é Inter!


domingo, 19 de dezembro de 2010














O ano de 2010 está acabando com uma vitória que poderia ser goleada, mas com dois gols de Molina acabamos ficando em um 4 x 2 com o Seongnan. Esse foi apenas um resultado que minimizou a dor de não ter disputado a final do Mundial de Clubes FIFA.

Agora os colorados se perguntam: o que será de 2011? A resposta começa a partir de amanhã, quando o elenco do Inter desembarca em Porto Alegre e começa a planejar o ano de 2011. E uma das principais questões a serem tratadas é a permanência do técnico Celso Juarez Roth... será que a nova direção vai querer ficar com o treinador responsável pelo fracasso histórico no Mundial analisando suas vitórias no comando do grupo, ou vai buscar outro treinador para começar um novo trabalho em 2011?

Outras perguntas pendidas na mente colorada são se realmente haverá uma limpeza no grupo do Inter. Será que jogadores, como D'Alessandro, Pablo Guiñazu e o contestado e criticado Alecsandro continuarão fazendo parte do elenco? E será que novas contratações serão concretizadas, como a vinda do bom lateral Léo Moura?

E, por fim, o mais importante: e os títulos virão para apagar a mágoa do histórico Mundial? É o que esperamos e aguardamos ansiosamente para este ano que vem...




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Mais um integrante pé quente aqui no blog. Wellington, meu parceiro, é coloradaço! Colorado roxo até os cabelos. É bom o apoio dele aqui no blog... 
Avante, Inter!

Gotas de água no fogo ardente

Depois do vexame – não há outra palavra que explique –, um terceiro lugar amargo, doloroso, sem sorrisos. O Internacional fez no sábado tudo o que tinha que ter feito na terça, quando perdia vergonhosamente para o fraco Mazembe. Tecnicamente, concordo com Celso Roth, o Inter foi melhor terça onde dominava o jogo, mas não acertava o gol. No sábado fizemos quatro e perdemos no mínimo umas seis oportunidades claras de gol.

O Alecsandro, para tapar a boca de quem o repreendia, fez dois gols, entrou na história do Internacional e, não sei como nem de onde, tirou da “cartola” o futebol que por muito tempo escondeu. Tinga e D’alessandro, merecidamente, deixaram seu registro na vitória do Inter por 4x2 do também fraco Seongnan. Não tem como vangloriar uma disputa de terceiro lugar, mas jogamos bem e assim como o Sobis queria: honramos a vermelhinha tanto dentro de campo quanto fora dele, na torcida.  

Celso Roth foi às lágrimas e fez juras de amor ao Inter na coletiva: “O Internacional representa muito mais que um clube para mim, tanto na minha vida pessoal quanto na profissional.” Juarez fez um trabalho árduo e incansável com o grupo, não há como não agradecê-lo. Ele comandou a vitória do Inter contra o Seongnan, que foi como por gotículas de água em brasas e chamas de fogo em nossos corações. Essa vitória apenas amenizou a nossa dor. 


A nós resta ocupar o sagrado concreto do Gigante que Beira as águas do Guaíba, levar nosso manto vermelho que há cinco dias recebeu lágrimas que mais pareciam soda escorrendo pelo rosto, para que agora – depois de 10 anos gloriosos, 10 anos sendo o melhor clube do Brasil –, o mesmo manto possa receber lágrimas de contentamento, conquistas, alegria. A ferida do dia 14 de dezembro jamais será curada, mas será abafada por novas e grandiosas conquistas. Conquistas do tamanho do Internacional.

À medida que comemoramos títulos os outros comemoram acessos, vagas e coisas que não existem em nosso vocabulário. Pelas RARAS vezes em que sentimos o gosto amargo do veneno da nossa derrota, isso aconteceu em grandiosas competições. Nós vencemos muito mais que perdemos. Mas quando temos as nossas vitórias, elas são concretas, com nosso nome marcado a ferro e fogo nela.

 O Inter, com seu devastador terceiro lugar, receberia US$ 3 milhões, repartindo estes entre o grupo. Os atletas, misericordiamente, falaram com Fernando Carvalho e abriram mão do prêmio.

Ano que vem temos o Japão no esperando...
Que venha 2011!
Haja o que houver, passe o que passar... onde for jogar vou estar SEMPRE A TE APOIAR!

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

O sonho INAPELAVELMENTE destruído



Parecia que tudo caminhava em sincronia para os vermelhos serem as pessoas mais felizes do mundo, quatro meses de preparo intenso foi destruído por duas horas de fracasso. Depois que soou o apito final quis crer que aquele dia não passava de um pesadelo mais terrível que eu podia ter tido em minha vida. As lágrimas que em rostos vermelhos rolavam eram lágrimas de indignação, de decepção. Lágrimas de quem esperava um espetáculo, de quem esperava muito mais do que o visto em campo. Lágrimas de pessoas que construíram a base de meses pensando e economizando para que pudessem estar acompanhando tudo de pertinho. Os privilegiados.

O sonho se reverteu em decepção. O dia que era pra ser o mais feliz de nossas vidas tornou-se o dia mais terrível e infernizante da existência. Tornou-se o dia qual eu queria esquecer, mas que todos irão me lembrar. O dia em que o mundo inteiro não desabou, mas o meu sim. Não consigo lembrar que, ao longo de minha existência, eu tenha chorado mais, rezado mais, apoiado mais e, principalmente, sofrido mais. Por isso enumero o PAVOROSO dia 14 de dezembro de 2010 como o pior dia da minha vida.

Admito que não tem como deitar na cama e não pensar naquelas duas horas que mudou a percepção de um ano inteiro. Não tem como acordar, sentar na cama, e não pensar que poderíamos estar disputando o título. Não tem como durante o dia, ou durante alguma atividade que eu faça, não aparecer reflexos intermináveis do jogo mais triste da minha vida. Um ano inteiro de trabalho e de conquistas gloriosas, como a Libertadores da América, foram ofuscadas e destruídas por duas horas. Assim como no discurso de cada jogador indignado, eu digo: “não tem como explicar”.

A perplexidade, a derrota e a interminável tristeza só me fizeram ver que o amor que eu, e que cada colorado sente pelo Inter, é MUITO maior que uma grande decepção. Mesmo que o Colorado estivesse na série E eu diria orgulhosamente: EU SOU CO-LO-RA-DA. A reação de dar dó do Rafael Sobis nos fez ver que aqui não atuam apenas profissionais na bola, mas sim, torcedores como nós. As palavras que saíram da boca do Sobis nos amenizam a dor por ver que eles queriam aquele título tanto quanto nós, ou até mais. O Tinga, aquele cara sem expressão, titulou, com lágrimas nos olhos, o ano de 2010 como o pior ano de sua carreira.

O Nei, aquele carequinha que no começo era quase imperceptível no meio campo, agachou-se no final do jogo, fixou os olhos no gramado e sem sombra de dúvidas, pensou: “o que foi que eu fiz?” Fernando Carvalho, aquele que pôs o Inter no topo do mundo, estava incrédulo com a falta de competência do elenco que ele viu, brilhantemente, conquistas a Libertadores. Depois de 3 dias da maior derrota do Inter ainda se vê o Sobis com os olhos fixos, sem nada ver. Tinga dando entrevista melnacólia. Guiñazu insinuando sair. D’alessandro querendo dar chance ao River Plate. Chicotadas, flautas e a mais clara: a maldita DOR.

Daqui cem ou mil anos continuarei colorada, continuarei apoiando, continuarei com o escudo orgulhosamente do peito desafiando todas as desaprovações. Não importa o tamanho da derrota, eu serei colorada daqui até a eternidade. Ano que vem temos mais Libertadores, temos renovação do elenco e, com a vontade do eterno Sobis, estaremos no Mundial novamente. Sábado temos o jogo contra o Seongnan para a disputa do terceiro lugar. Ninguém queria jogar esse jogo, mas vamos honrar a nossa camisa, e pelo menos amenizar a nossa dor com o mais amargo terceiro lugar.

Assim como há quatro anos comemorávamos eufóricos o nosso Mundial de Clubes FIFA, hoje, no mesmo 17 de dezembro, choramos a derrota mais terrível.



FORÇA, INTER!
Só fracassa quem chega lá.
Prefiro mil vezes ter minha maior derrota no Mundial a ter minha maior vitória na segundona.
Viva a falta de profissionalismo dos cabeças dos da Azenha. VIVA!

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

O leitor e colorado João Batista Borges enviou um comentário há pouco defendendo seu time. Reproduzo a íntegra aí embaixo:

Caríssimo Paulo SantAna,
Espero, de coração, aliás, de coração partido como estou, de coração doído, ainda sangrando meu sangue sempre VERMELHO, espero, que vocês postem este meu comentário. No mínimo, em respeito aos sentimentos de um COLORADO.
Sou médico e pesquisador, vivo na Suécia com minha família, onde estou fazendo meu pós-doutorado. Aqui na Suécia sou também, com muito orgulho e alegria, cônsul do INTER.

Eu, minha esposa, e meu filho Fernando de 5 anos, somos todos COLORADOS, e somos todos sócios em dia do INTER. E jamais deixaremos de sê-lo, jamais deixaremos de ser sócios em dia do INTER, mesmo que o INTER um dia caia para a série D. E isso não é uma força de expressão, é a mais pura realidade dos nosso sentimentos.
Muito pelo contrário, porque nosso INTER precisaria ainda mais de nós. E jamais perderemos um mínimo que seja do nosso orgulho e felicidade de sermos COLORADOS por qualquer derrota, por qualquer resultado em qualquer competição que seja. Aliás, muito pelo contrário, é exatamente nas derrotas, exatamente nas grandes derrotas sobretudo, que nosso amor pelo COLORADO mais cresce e viceja.
Jamais, eu disse jamais, nosso AMOR pelo INTER vai depender de resultados, de resultados nossos e muito menos de resultados alheios, jamais vai basear-se em sucessos ou insucessos, nossos e muito menos alheios, sejam eles quais forem. Ele já é eterno e inabalável. E, com as derrotas, apenas cresce, aprende e amadurece mais, para logo ali adiante melhor saborearmos e celebrarmos novas conquistas. Com as derrotas, nosso amor pelo COLORADO apenas cresce, aprende e amadurece mais para melhor saborearmos e celebrarmos nossas conquistas históricas que ninguém tem mais como tirar de nós, como por exemplo, de sermos BI-CAMPEÕES DA AMÉRICA.
Minha mãe é gremista, tenho uma irmã gremista, tive desde a infância e tenho amigos gremistas, e sempre soube conviver e até mesmo apreciar, durante minha vida toda, com a brincadeira diária de saber tocar flauta e receber a saudável flauta do co-irmão.
Mas, dito isto, gostaria de comentar estas declarações que li:
Sr. Odone: “O tombo medonho do Inter fez subir a auto-estima do torcedor do Grêmio”… “É uma vergonha maior do que ser rebaixado para a Série B. Mancha muito mais o currículo” – opina o senhor Eduardo Antonini, integrante do próximo Conselho de Administração do Grêmio.
Em primeiro lugar, preciso agradecer a estes dois ilustres senhores. Após ler isso, ficou muito mais fácil fazer o meu árduo e doloroso luto pela derrota de terça, pelo adiamento do sonho do BI MUNDIAL. E também, após ler isto, meu amor, felicidade, alegria, e meu orgulho de ser COLORADO fortaleceram-se enormemente, renovaram-se alegremente. Minha bandeira sagrada permanecia aqui estendida em meio à neve da Escandinávia, meu manto sagrado COLORADO continuava em meu peito, mas agora com mais força ainda. Com muito mais sabor, orgulho e alegria vou torcer e vibrar com a luta pelo terceiro lugar neste MUNDIAL de CLUBES FIFA no sábado. Vejam, são declarações públicas de senhores da direção gremista, vejam bem, declarações de senhores da direção gremista, não de torcedores, o que seria mais compreensível. Preciso dizer que são declarações de uma infelicidade extrema. São declarações de uma imbecilidade extrema. Elas sugerem fortemente um sentimento profundo, crônico, e incurável de inferioridade. Elas sugerem um complexo de inferioridade que talvez tenha sido gerado lá pela década de 70. E que, mesmo que o Grêmio ganhe 5 Libertadores e 5 Mundiais, e que o INTER caia para a série D, não mudarão em nada. Sugerem um recalque lamentável, são de uma pobreza extrema, de dar pena. Dizer que perder uma semifinal de Mundial de Clubes FIFA para o Campeão Continental da África é “uma vergonha maior do que ser rebaixado para a Série B”, é não saber o mínimo sobre as distintas grandezas das competições de futebol. Além disso, esta explícita depreciação ao Campeão Continental da África sugere também alguns sentimentos ainda mais baixos e inomináveis, além de um profundo desrespeito aos africanos. Isto sim é não respeitar os adversários, isto sim é não ter humildade.
Falar em “mancha no currículo” é tentar nivelar tudo por baixo, começando pelo seu próprio clube. Afirmar que “o tombo medonho do Inter fez subir a auto-estima do torcedor do Grêmio” é afirmar claramente que a base da auto-estima do torcedor do Grêmio não são suas próprias conquistas, não é sua própria grandeza, não é o valor da comunidade e do clube gremista, mas simplesmente a tragédia alheia, a tristeza e o infortúnio alheio. É afirmar que a auto-estima do torcedor do Grêmio baseia-se tão somente, ou sobretudo, no quanto o INTER for infeliz em suas competições. Isto é demasiadamente pobre, demasiadamente baixo, vindo de um presidente do Grêmio.
Quero terminar dizendo a todos os COLORADOS que sempre estaremos juntos, irmanados, e juntos a cada segundo de todo e qualquer jogador que vestir nosso manto sagrado em campo, juntos a cada gota do suor dos nossos guerreiros. Cada minuto da nossa ACADEMIA do POVO em campo sempre estará pleno das emoções de todos nós COLORADOS, estará pleno da história do nosso CORAÇÃO e ALMA COLORADOS, pleno de cada uma das nossas lágrimas com as quais sempre irrigamos o CAMPO de SONHOS do nosso GIGANTE. Na verdade, por mais incrível e contraditório que pareça, ao ver e compreender todas as emoções e reações geradas depois da derrota de terça, nós COLORADOS saímos sim vitoriosos, saímos com certeza engrandecidos.
Abraços,
João.

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Achei este texto digno de um torcedor que exemplifica todos os colorados. Confesso que ainda não estou em condições de escrever um bom texto. Isso tudo me abalou demais.
Esse texto foi publicado no blog do Paulo Sant'Ana.
Eu prefiro mil vezes ter minha maior derrota num Mundial, a ter minha maior vitória na segundona.

Mais colorada do que NUNCA!


"Quando o juiz levantou o braço e apitou o final do jogo, parecia que a terra iria abrir ao meio e, nela, o nosso sonho de ser campeão novamente se esconderia. Mas no meio do mar vermelho eu encontrei um olhar: o olhar de uma criança. Naquele momento eu vi que um sonho nunca morre. Não para quem é colorado.


Para um colorado de verdade nenhum jogo acaba. Cada ponto final vira apenas uma vírgula para continuar uma nova batalha em qualquer campo mundo afora. Para quem é o patrão do Rio Grande do Sul e mandante da América, uma pedra é apenas um obstáculo para seguir adiante.


A bandeira gigante que tremula na nossa casa chamada Beira-Rio, tremula ainda mais forte em nossos corações. Não interessa o que aconteceu e o que está para acontecer daqui vinte, trinta ou cem anos. O amor pelo colorado não tem fim, não tem fronteiras e não precisa de explicações. Porque o amor não se mede. Quem ama, ama e pronto.

A lágrima que agora cai é apenas o gosto da garganta seca que tanto já gritou e ainda vai gritar. Eu, assim como você, queria rasgar o grito de dentro do peito com “bicampeão”, mas quiseram os deuses do futebol que não seria assim. Não agora.

O espelho se abre e a gente se encontra frente a frente, expondo a alma, o sangue que escorre após uma batalha e a ferida aberta de quem sabe lutar. Não morremos, apenas saímos machucados. E isso cicatriza. E que bom são as cicatrizes, elas nos mostram que a gente nunca teve medo, que juntos sempre fomos mais fortes, que o alvi-rubro que marca a nossa vida é eterno e para sempre será o orgulho que temos de poder dizer: eu sou colorado."

Por Fábio Craidy Bührer.


terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Ansiedade vermelha e branca...

A batida do relógio é incansavelmente demorada. As folhas das árvores balançam extraordinariamente calmas. Tudo parece estar em câmera lenta, em super-câmera-lenta. A ansiedade se parece mais uma doença crônica, e a espera é involuntariamente letal. É uma pena a ciência ainda não ter conseguido inventar um relógio-tempo em que os ponteiros correm rápido, fazer o sol girar tão depressa capaz até de te fazer tontear. Fazer com que o sangue seja mais depressa bombeado para o coração, e fazer com que a ansiedade seja expelida para fora do seu corpo. Mas nada disso foi inventado, e o tempo continuará passando em gravidade zero – como caminhar na lua, muito devagar.

A demora é muito mais intensa quando se espera dois tempos de quarenta e cinco minutos, mais precisamente dois mil e setecentos segundos. O coração pula quando se vê que, dentro das quatro linhas brancas que limitam o território, estão meus onze heróis mais poderosos; feitos de carne e osso, coração e órgãos, vida e imortalidade, angústia e confiança, e certeza...

Fico angustiada por ver que eles, os meus heróis, são feitos do mesmo material frágil que o meu. Constituídos por idênticas substâncias das pessoas do mundo todo. À medida que a angústia me toma, sou feliz. Feliz por ver que eles são amados como poucos, eu os amo. Eles são diferenciados, e nós que os seguimos também somos. Diferentes por sermos mais felizes que qualquer outro seguidor que não sejam estes que usam vermelho, que amam orgulhosamente um escudo cujas letras “S”, “C” e “I” estão amorosa e carinhosamente entrelaçadas.

Os seguidores desta massa, ao contrário dos outros, não se importam com os momentos desastrosos, mas os aproveitam para mostrar seu amor; para apoiar. Os “vermelhos até os olhos” não se importam com horas, ironicamente falando, perdidas na fila, na estrada, no pensamento... Não se importam com momentos, por mais especiais que sejam, substituídos por dois mil e setecentos segundos na frente de uma televisão, rádio ou até mesmo no concreto sagrado.

Ninguém aqui se importa em rasgar os joelhos atravessando algumas quadras da cidade como pagamento de promessas. Porque todos que aqui vivem, nesse globo vermelho, são acima de tudo felizes e vencedores. São admiradores que viram os seus “heróis invencíveis” falhar e ir ao fundo do poço, mas são admiradores que na maioria das vezes se viam felizes e sorridentes, vitoriosos. Esse povo, mais do que ninguém, merece a ascensão vitalícia. Vivemos tempos difíceis, não sabemos, mas somos heróis. Muitas pessoas do nosso tempo não resistiram ao fracasso e mudaram de lado.

Há noventa e quatro bilhões e quatrocentos e oito mil segundos, essa massa vermelha-sangue já foram as pessoas mais felizes do mundo e, pela segunda vez, querem repetir o feito. Aliás, há algum tempo atrás fiquei pensando que, quando for a nossa vez de novo teremos os admiradores mais fiéis, convictos e felizes. Pois serão os admiradores que resistiram aos bravos anos noventa. Aguentemos só mais um pouquinho! Para quem aguentou bilhões de segundinos, nada significa demorados dois mil e setecentos segundos para sermos, novamente, o grupo de seres mais felizes desse mundo.

Mas isso tudo pode ser um sonho. Se for, por favor, não me acorde. 

EU ACREDITO!

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OBS.: TODOS os textos aqui postados são de minha autoria. Se não for meu, coloco créditos.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

O Inter decola para trazer o sonho do BI

O Inter, agora mais forte que na Libertadores – assim diz Celso Juarez Roth –, faz de tudo pra driblar a ansiedade. Do capitão ao garoto, de Bolívar à Oscar, todos tentam desfazer a ansiedade de disputar o maior campeonato planetário. Celso Roth é o exemplo, mas não consegue esconder totalmente a ansiedade.

O elenco está inflado, inchado de energia positiva recebidas nas últimas semanas. O elenco, mais do que nunca, está preparado para qualquer tipo e tamanho de pedreira que nos esperam em Abu Dhabi. Dos mais experientes aos mais novos estão todos com sede de título.

Mais nada precisamos esperar de Rafael Sobis, Bolívar, Guiñazu, Kleber, Renan, Índio e tantos outros do elenco que já se declararam amantes do colorado; apaixonados, derretidos pelo colorado. Não podemos nos esquecer que além de jogadores peleadores e bravos, a maioria deles são COLORADOS. E não tem como lutar mais, brigar mais quando se quer um título inédito para seu próprio clube.

Assim como em muitos poucos clubes brasileiros acontecem; assim como Iarley foi às lágrimas e quase não conseguiu falar em sua despedida do Inter; assim como Fernandão – homem grandão, forte – foi ao choro ao agradecer Fernando Carvalho; tenho certeza de que teremos mais lágrimas... mas de felicidade. Por mais um título mundial conquistado.

Milhares de pessoas foram ao aeroporto prestigiar os nossos heróis que representam a massa colorada, e não só ela. O Internacional, hoje, representa o Brasil. E mais: o Internacional representa a América Latina no Mundial de Clubes. De todas as dezenas de clubes da América Latina, apenas o Sport Club Internacional conseguiu estar no topo delas, e logo mais estará no topo do mundo.  




O avião decolou com a delegação vitoriosa. Junto dela, foram sonhos. E mais: foram certezas. Certeza de que seremos campeões do mundo.

EU ACREDITO!

Despedia feito cenas de cinema


À medida que o sol desaparecia atrás do Gigante, milhares de colorados foram ao Beira Rio presenciar esse momento ímpar na história do Inter. Ali, acontecia maior sessão de cinema que o Brasil já viu, 27 mil pessoas presenciaram, com exclusividade, o filme ‘Absoluto - Internacional, Bicampeão da América’.  

Da emoção ao riso, das lágrimas à ovação. Quem foi ao Gigante sentiu saudades... saudades dos jogadores, saudades de 2006. E esperança... esperança de título, esperança de dia 20 o Beira Rio estar lotado novamente pra comemorar o título.

- A conquista da Libertadores foi um presente para vocês, e todos podem ter certeza que no dia 20 estaremos juntos novamente aqui, comemorando o bi Mundial – disse para todos o General Bolívar.

Jamais, nenhum clube brasileiro fez um sessão de cinema em seu estádio, à céu aberto, com direito a pôr do sol e tudo.

Como em cinemas propriamente ditos, o silêncio só tomou conta quando o filme começou, as 20:47h. Em cada documentário, aplausos e manifestações de apoio mostravam que ali não estavam meros espectadores, mas sim, colorados, de alma e coração.



- Podem ter certeza que a gente vai lutar muito por esse título - concluiu Bolívar. 

El Cholo, ídolo colorado


 Há três anos Guiñazu se tornara um dos maiores ídolos colorados. Na era dos jogadores raçudos, Guiña está em primeiro. Sinônimo de garra, de vontade, de, literalmente, sangue nos o gringo ficará eternamente na história vermelha-e-branca do Inter. Antes da Libertadores da América 2010,o argentino recebeu uma proposta boa do Al-Jazira onde ganharia bem mais que aqui, mas ele recusou.

Uma vez questionado se preferia jogar no Boca Juniors ou no Manchester, Guiñazu nem deixou o repórter terminar a pergunta e logo disse: “No Inter. Aqui mesmo. Eu prefiro aqui.” Dá pra ver que não é só a torcida que se derrete pelo gringo, ele, o próprio, se desmancha pelo carinho que a torcida tem por ele. Por tudo o que o careca fez, o jeito com que ele vestia a camisa vermelha não há como esquecer e nem como agradecer. Costumamos dizer que se todos os profissionais na bola tivessem a vontade que o Guiñazu tem, já teríamos sido mil vezes campeões do mundo.

O guerreiro tem contrato com o Inter até 2013, mas fala em encerrar a carreira depois do mundial, no Inter ou fora dele. Encerrar ou se aposentar no Inter. Até proposta do São Paulo ele recebeu. A verdade é que El Cholo ficará eternamente congelado e imortalizado na nossa memória colorada. Quem joga aqui, no Inter, além de ser um ótimo profissional acima de tudo é COLORADO!
Guiña é do INTER!


#ficaguiña


"Tchau, e boa sorte"

É hoje que entraremos definitivamente em clima de Mundial. É hoje que sentiremos tudo o que sentimos em 2006, agora um pouco diferente, por termos uma certeza mais plena de que temos condições reais de sermos campeões. Hoje começaremos a sentir todo o tipo de emoção, ansiedade, felicidade, amor... Hoje é o dia de apoiar mais do que nunca!

Depois de uma Libertadores complicada, sofrida, com gol no último minuto, salvação no último segundo, erguemos a taça de libertadores da América mesmo pegando a pior chave, a mais difícil. Quem quer ser campeão não escolhe grupo – passa por quem tiver que passar, e foi isso que fizemos. Quem diria que faríamos aquele gol aos 45 do segundo tempo contra o Estudiantes com sua torcida já comemorando a vaga? Quem diria que o calcanhar do Alcesandro estaria, milagrosamente, postado em milímetros calculados para que a bola tocasse neste e enganasse Rogério Ceni, do temido São Paulo?

Quem diria que ganharíamos a Libertadores 2010 da forma que foi, e logo estaríamos nos despedindo do grupo novamente, com avião lotado de colorados indo a busca de mais um Mundial? Em 2002, quem acreditava que o Internacional se tornaria o clube que hoje é?

Será difícil conquistar esse título, muito difícil, mas não impossível. Quem tá lá não chegou de pára-quedas, tá lá porque merece – e nós também merecemos –, mas eles não são imbatíveis, indestrutíveis. Nunca se pode duvidar de quem construiu um Gigante sobre as águas. EU ACREDITO!



Tchau, e boa sorte” – grita a torcida no embarque da delegação. 

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Jeito Roth de ser e querer ser campeão

Todo mundo conhece o jeito Celso Juarez Roth de treinar e comandar a equipe: sempre aos berros. Ainda mais agora, às vésperas do maior campeonato mundial em nível de clubes: o Mundial de Clubes FIFA. É gritaria e bronca direto.

Tem que parar a jogada, Índio! Não precisa dar porrada nele, mas para a jogada!” – berrou Celso Roth.
Essa troca entre o Matias e o Nei é fundamental. Mas tem que fazer certinho!”
Sobis, eu prefiro que tu tente colocar a bola aqui (na área) e errar do que fazer uma c... dessas!” – bronqueou Roth.
Não podemos ter ninguém desatento na marcação! Se um de vocês ficar desatento, f... tudo!”

Isso mostra a intensidade da preparação dos jogadores, e foi nisso que se baseou o último treino do Inter no Beira Rio: muita marcação, bronca, berros e uma coisa rara. Muito rara. Pablo Horacio Guiñazu marcou um gol de cabeça no treino, que fez surgir risos no grupo, já que ele nunca chuta a gol.





Inter preparadíssimo pra pegar quem for à semifinal e na final.

Pitacos:

* Quarta tem três jogos: do Goiás, do Independiente e do DEPENDIENTE. Já quem tem clubes que SEMPRE tem que torcer por resultados paralelos pra depois comemorar... comemorar vaga, porque nem chegam perto de título.

* Não podia deixar de parabenizar o FANTÁSTICO Potoalegrense que conseguiu um título digno: Jonas, grande artilheiro! 

* Aqui tem um bando de louco rindo de ti, Corinthians. Que belo centenário que faz o TIMÃO. Centernada! Qual é? O Timão compra o campeonato, mas não leva a taça. Cru-el-da-de. Homenagem ao Ronaldo, o fenômeno.


Na camiseta original do "fenômeno" escrevia: "Muitos vivem de títulos, nós vivemos de ti, Corinthians".

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Giovanni Luigi nas cabeças...

Giovanni, da chapa três, fez as urnas se estufarem de votos para ele, que foi campeão. Às vésperas da maior competição mundial, os sócios colorados lotaram os arredores do Gigante para decidir o futuro das ‘cabeças’ do Inter, e a escolha foi muito bem feita.
A rixa que se via na casa oval localizada em cima do tão mal cuidado Rio Guaíba hoje já não existe mais. Aquela disputa boba entre pessoas que só querem fazer com que o Sport Club Internacional cresça ainda mais e seja cada vez mais internacional não tinha fundamento.
A verdade é que Luigi tem um grandioso compromisso com o colorado de fazer com que continuamos a ser topo de linha, a ser campeões de tudo, a ser competidor de tudo quanto é campeonato e sempre ganhar. Ser um clube organizado, tanto dentro das quatro linhas do gramado quando fora delas.

Vai lá, Luigi. Continua fazendo do meu, do teu, do nosso Inter, um campeão de tudo!

sábado, 4 de dezembro de 2010

Dez dias...

Três letras traçadas em tinta, simples, mas que representam muito pra nós, colorados. Dez dias, duzentas e quarenta horas, mil quatrocentos e quarenta minutos nos separam da estréia no mundial. A aflição, tensão, ansiedade e, principalmente, a certeza já estão à flor da pele.

Todos acreditam, todos querem, ninguém nunca duvidou. Todos temos a plena certeza de que seremos campeões. Jogaremos juntos, vibraremos, cantaremos e apoiaremos. Daremos nosso sangue, oraremos, faremos mandinga e tudo o que for preciso para sermos campeões.

A cada milésimo de segundos que se passam estamos mais perto do grito final, do suspiro final com a taça na mão, alívio na cabeça. Este seria o melhor presente de natal que todo colorado poderia receber, esperar, imaginar.

Nós queremos ela...

                                                                                                                                               ... de novo.

Queremos esse momento imortalizado.

Eu acredito!
Inter Bicampeão mundial...

Vamos sair daqui cam-pe-ão!” Fernandão. 

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Um pro mundial, outro pra série B

Grêmio Prudente 0x3 Inter

Ontem foi o nosso último treino, mas esse foi especial: um adeus ao Brasileirão. Um adeus com gosto doce, gosto da vitória, gosto de mundial. Esse jogo foi especial pelo Inter ter mostrado um pouco do que sabe fazer com a bola...


Fiquei feliz pelo Renan ter defendido bem e não ter feito nenhuma cagadinha, ou na reposição de bola – que é o de costume – ou furar. O time jogou muito bem e não podia jogar de outra forma, duelando com o já rebaixado Grêmio Prudente. Teve até gol do Tinga...

O primeiro tempo foi calmo, só o Inter jogou e jogou bem; o Prudente nada fez. O colorado, depois de um daqueles velhos cruzamentos per-fei-tos do Kleber, fez um gol com Alecsandro – O Contestado – de cabeça. Mais um cruzamento per-fei-to, mas agora era do Nei pro mesmo Alecsandro que serviu o Tinga e, com o peito, meteu a bola no fundo da rede e mostrou seu sorrisão branco quase raro de se ver.

No segundo tempo o Grêmio começou querer gostar do jogo. Botou o Renan pra trabalhar – o que foi muito bom – e este soube responder bem, mas a falta de qualidade do Prudente não o deixou marcar. Pra eles, jogar com o campeão da Libertadores e provavelmente do mundial era bom, imagina perder pra eles. Um luxo. Prazer.

O Inter campeão de tudo não parou por aí. Depois de uma bola dividida na área do Prudente, ela caiu no pé do Giuliano que não pensou duas vezes e meteu o míssil. Golaço. Pra fechar: Prudente 0x3 Inter. Goleada na despedida, moral pro mundial, torcida de boa só esperando a maior sessão de cinema que o mundo já viu!

Sem falar naquela girada quase feia que o D’alessandro deu e quase ensacou a bola. Esse gringo pode decidir um jogo quando quer, vai ser muito bom vê-lo jogando o mundial!

- Inter rumo ao BI!
- Eu acredito...
- Confiram o site do craque, glorioso, lindo, brigador, El Cabezón: D’alessandro: http://www.dalessandro10.com

Ultimamente, esse tem sido o slogan do Blog:
Lá dentro dar o máximo, o máximo. Só que aí a gente vai ver que na hora que a gente tá chegando ao máximo, ainda podemos dar mais um pouquinho, pô. Então vamos lá e vamos fazer isso. Vamos sair daqui campeão.” – Fernandão no vestiário antes do jogo contra o Barcelona. E agora, em dezembro, contra qualquer time que for, tem que ser assim: dar o máximo.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Do fracasso a ascensão




O mundo gira, as coisas passam depressa. Você se dá conta de que tudo o que houve até então, toda aquela história fracassada; um clube onde seus torcedores comemoraram e muito a contratação do Gamarra; um clube onde só se comemorava uma das poucas partidas ganha no Campeonato Brasileiro ou um Gauchão suado, chorado, na garra, na marra. Você percebe que cada lágrima derramada nos tenebrosos anos 90, cada batida dolorosa e demorada do ponteiro dos segundos do relógio doía... doía por não sermos quem gostaríamos de ser, de conquistar. Doía por sermos fracassados, sempre ou quase sempre fracassados. Cada derrota, cada sucesso e ascensão do arquirrival, o quase rebaixamento, todas as finais desperdiçadas; cada segundo de sofrimento gasto por você foi brilhantemente e grandiosamente recompensado.

Agora não eram aquelas recompensas pobres e dignas de clubes pequenos. Não, essa recompensa era inimaginável. Sinta a profundeza dessa palavra: inimaginável. Todos sonhavam, mas não nos imaginávamos na situação de donos da AMÉRIA e do MUNDO.


Os triunfos de 2006 nos deram as esperanças mais dignas e, por fim, nos tornou um clube grande. Pôs-nos no topo do mundo e nos fez acreditar que aquilo que parece impossível e em seguida é conquistado tem um gosto melhor, muito melhor...

Barcelona versus Internacional nos trouxe de volta a alegria de torcer pelo colorado, nos trouxe de volta aquele amor incondicional que antes estava escondido nas mágoas, nos fracassos. Aquele um a zero estará eternamente imortalizado na memória de cada pessoa vermelha. E o Fernandão cantando pro Beira Rio inteiro, lotado, ouvir no ficará como estátua, como um Deus.

Os anos de glórias, que antes não nos era visível, agora é constante. E em dezembro teremos, mais uma vez, a oportunidade de viver tudo aquilo novamente, mas agora sem os momentos ruins. Agora com a lembrança de que derrotamos os melhor do mundo e podemos derrotar a segunda vez. Será difícil, mas nenhum colorado duvida de que vamos vencer. Temos certeza de que vamos vencer.

Eu quero o dia 18 de dezembro congelado no relógio que antes só marcava coisas ruins. Eu quero 18 de dezembro congelado assim como 16 de agosto de 2006, 17 de dezembro de 2006, como 18 de agosto de 2010... Eu quero juntar dezembro de 2010 na minha memória campeã. Eu quero ser campeã do mundo e de tudo. Eu quero mostrar para o mundo porque o Internacional chegou pra disputar um mundial. Eu quero gritar para o mundo que eu VI meu clube ser campeão do mundo duas vezes. Eu vi.

Eu passaria por todo o sofrimento dos anos 90 de novo. Eu dobraria o sofrimento dos anos 90 para que depois o Inter me recompensasse com 2006, 08, 09 e 10. TUDO o que foi sofrido foi válido, e eu sofreria tudo de novo pra ver o Inter onde ele está hoje.


A gente não sabe se vai ter essa oportunidade de novo, então é hoje, é hoje que tem que fazer. É hoje que tem que acontecer. Vamos sair daqui cam-pe-ão.” Fernandão no vestiário antes do jogo contra o badalado Barcelona. F9 eterno...