sábado, 28 de julho de 2012

Estreia sem presente...

Brasileirão: Inter 0 x0 Vasco

Holofotes voltados para ele, o camisa 7, a maior contratação do Inter, o maior reforço na temporada. Diego Forlán, o uruguaio que se tornou ídolo sem ter tocado na bola. O adversário? Um estável e complexo Vasco – apesar de sempre ou quase sempre ser vice. O estádio? Um Beira-Rio desfigurado, com sua capacidade máxima atual lotada para ver Forlán. Na casamata? Um dos maiores ídolos – da minha geração, o maior – da história do Internacional, Fernandão.

O jogo começou com muito equilíbrio, 50% de posse de bola pra cada lado, raras chances de gol, passes errados. Aos 10 minutos, o menino Fred achou um espaço e chutou forte de fora da área. Fernando Prass voou e tocou com a ponta da luva na bola. Depois, D’alessandro deixou um, dois, três jogadores vascaínos para trás e chutou, mas a bola foi pra fora. Depois desse lance, numa cobrança de falta, o gringo levou a mão na coxa e não conseguiu mais permanecer em campo. Para por, pelo menos, um mês. Marcos Aurélio entrou em seu lugar – que contraste! Aos 30 minutos, Elton até fez o gol para o Inter, mas estava impedido.

O Vasco assustou com Wendel, quando recebeu a bola de Carlos Alberto, para nossa felicidade chutou pra fora. Aos 37, Guiñazu deu uma pintura de passe para o Forlán que, na cara do goleiro, chutou por cima da meta. Dá pra entender... o gringo tá sem ritmo. Forlán teve outra chance de ouro. Marcos Aurélio fez boa jogada perto da risca da área e viu o uruguaio passando ao lado. Forlán dominou a bola e chutou cruzado e rasteiro, mas a bola foi pra fora.


O segundo tempo foi tão duro quanto o primeiro, com o Vasco marcando muito forte. O time visitante quase não chegava à frente, mas quando chegava levava perigo. Aos 14, Felipe cobrou uma falta e obrigou Muriel a fazer a defesa, mandando a bola para fora. Alguns minutos depois, Fabrício cruzou rasteiro como quem diz “é só fazer”. Jajá tentou chutar, mas escorregou com o gol escancarado a sua frente. O Vasco encaixou um contra-ataque, Felipe tabelou com Carlos Alberto que, sozinho da silva, chutou pra fora, para nossa alegria. Aos 42, Elton – o melhor jogador do Inter nos últimos três jogos –, cruzou com muita perfeição na cabeça de Maurides que fez o correto: cabeceou para o chão, mas a bola saiu pra fora.

O jogo acabou sem nenhuma equipe balançar as reder, o Inter perdeu mais dois pontos em casa e também a oportunidade de entrar no G-4, já que o coirmão perdeu. Particularmente, não lembro quando o Inter decidiu um jogo no segundo tempo ou quando virou um jogo. A nossa preparação física é catastrófica. O time geralmente se arrasta no segundo tempo e se atola em lesões. Por ser sua estreia, todos esperavam um resultado melhor. Forlán, mesmo sem ritmo e sem toda a preparação adequada, estreou muito bem. Teve duas ou três chances para marcar, mas faltou ritmo. Mostrou estar muito entrosado com D'alessandro. Mas mesmo com Forlán, o time desfalcado do Inter não conseguiu a vitória. Sem sombra de dúvidas, Forlán é ídolo intocável no Beira-Rio. 

AVANTE, INTER!

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Exército unido de Fernandão

Brasileirão: Figueirense 0x1 Inter

Com o ídolo Fernandão na casamata, o Inter do eterno capitão saía pela primeira vez de Porto Alegre para fazer uma partida fora de casa. Definitivamente sem Oscar, agora do Chelsea, sem Damião e Guiñazu, o Inter entrou em campo bem parecido com o jogo anterior. O vestiário já não é mais o mesmo, Bolívar falou antes do time entrar em campo e sentiu-se a vibração que já não tínhamos com Dorival Júnior. Logo no primeiro minuto de jogo, um susto: Loco Abreu cabeceou no travessão e fez a barraca do Muriel tremer.

Os primeiros minutos de jogo foram de muita marcação e de equilíbrio, mas o Inter tomou vantagem aos 24. Fred, a nova joia colorada, fez jogadaça pela esquerda e cruzou perfeitamente na cabeça de Dagoberto. O baixinho voou e deu um testaço na bola, tirou do goleiro e correu para o abraço. Nos últimos minutos do primeiro tempo, Jajá – em sua noite perde-gol – soltou uma bomba e ela explodiu na trave, mas voltou para Dagoberto, que meteu na trave novamente, mas já estava impedido.


Se o primeiro tempo foi marcado por jogadas de Fred e D’alessandro tomando porrada, o segundo tempo foi marcado por chances perdidas pelo Inter, muito mais porrada no capitão e um juiz caseiro... vergonhosamente caseiro. Dagoberto – jogando na sua posição, não de costas para o gol como jogava com Dorival e era taxado (por mim também) de ser a contratação mais furada da história do Inter –, dominou a bola na entrada da área e só não fez o segundo gol dele e do Inter porque o goleiro saiu de carrinho para afastar. Esse mesmo goleiro evitou também o gol de Fred.

Aos 29, o Figueirense deu o ar de sua graça, mas Ronny cabeceou pra longe a única chance clara do time da casa no segundo tempo. Pelo segundo jogo seguido depois de muitos anos, o Inter arrancou em contra-ataque. E isso deve-se ao Fred. D’alessandro recebeu a bola, rolou para Jajá na cara do goleiro e, como o colorado tirou a noite para errar gols, chutou em cima do Ricardo. O Índio ainda meteu uma bola na trave... O resto do jogo foi marcado por tentativas frustradas do Figueirense e muita porrada no D’alessandro, que não moveu um músculo do rosto.

Já dá pra notar a diferença do Inter de Fernandão. No final do jogo, abraços entre os jogadores, agradecimentos à torcida que compareceu ao estádio. Em campo, um D’alessandro capitão que tomou surra o jogo todo sem uma reclamação. Pela primeira vez Bolívar e D’alessandro jogam como titulares onde o zagueiro não usa a faixa de capitão, ao contrário que muitos pensam, sem problema algum. Bolívar tomou a palavra no vestiário, pediu determinação e uma vitória... foi atendido. Não teve um jogador em destaque na partida de hoje, o Inter foi um exército. O exército de Fernandão.

Fred e Ygor são as novas joias da base do Inter. Barcelona é a fábrica de jogadores da Europa, Inter é do Brasil. Um time vencedor começa se formar dentro do vestiário, Fernandão está fazendo isso.

domingo, 22 de julho de 2012

Guris ajudam e a estrela do eterno capitão brilha outra vez

Brasileirão: Inter 4x1 Atlético-GO

Fernandão estreia no Inter e faz o gol mil em Gre-Nais. Faz gol na Libertadores de 2006 e levanta a taça, um título até então inédito. Levanta a mais importante taça da história do Internacional, o Mundial de Clubes em 2006. Sai do Inter sob o slogan de, senão o maior, um dos três maiores ídolos da vida do clube. Deixa o clube. Retorna em 2011 como diretor executivo de futebol e, um ano depois, se torna oficialmente técnico do Sport Club Internacional. Um ídolo que sempre teve estrela em todos os cargos que ocupou, não poderia deixar de tê-la na sua estreia como técnico e técnico do Inter: uma vitória de goleada. Dorival é demitido na sexta pela falta de clima para comandar a equipe, seu ciclo havia acabado, Fernandão é anunciado no mesmo dia como surpresa e com a aprovação unânime entre dirigentes e torcedores.

Fernandão tinha um desafio e tanto: montar uma equipe que jogasse melhor que ultimamente sem Moledo, Kleber, Nei, D’alessandro, Oscar e Damião. No começo do jogo, as dificuldades previstas começavam aparecer. O Inter não conseguia ter posse de bola e quando a tinha não conseguia ser objetivo. O visitante, pela sua baixa qualidade, não conseguia também aparecer no jogo. Aos 20 minutos o Elton – um dos 3 volantes de Fernandão que gerou polêmica – aliviou os colorados: Dagoberto pifou o volante que teve a frieza e inteligência de tirar do goleiro, fazer o gol e ver o novo novíssimo comandante pular de alegria na área técnica.


Aos 23, Joílson assustou o Inter para aos 27 Renê empatar o jogo. O Inter teve chance com Jajá, mas chutou por cima da meta. E de novo com Jajá dando passe para Ratinho, este acha o garoto Fred que não acerta a “letra”. Fred fez mais uma boa jogada pela esquerda e cruzou para Dagoberto, que não consegue tocar na bola. Nesse momento só o Inter detinha a bola, a pressão era intensa. Faltando alguns minutos para o final do primeiro tempo, Ygor desviou uma bola que Jajá e ela passou carinhosamente rente a trave.

O segundo tempo veio e Little Mouse – vulgo: Ratinho – saiu para dar lugar a Otavinho.  Logo no primeiro minuto da etapa complementar, Jajá fez boa jogada, tocou para Fabrício que lançou para Dagoberto marcar. Pouco depois, Elton, de novo, um dos volantes tão criticados pelo torcedor, chutou e a bola passou por cima do travessão. Elton estava em sua tarde iluminada. O Inter tabelou muito bem, Elton entrou na área e perdeu um gol feito! Dagoberto ficou irritado porque estava livre do outro lado da área.

Aos 13 minutos, Fred puxou contra-ataque, pifou Jajá e tirou do goleiro. Gol que tranquilizou o Inter e consagrou a goleada. Dagoberto ampliaria o placar se tivesse chutado mais forte, se Jajá tivesse chutado em direção ao gol e se o goleiro não tivesse defendido o chute de Fred. Esse último garoto, o Fred, deu outra dinâmica ao Inter. Há quanto tempo o Inter não marcava gol de contra-ataque? Hoje o Inter marcou com a presença de Fred, que tem velocidade, frieza e é o mais novo diamante bruto colorado, o clube o está lapidando. Guardem o nome desse menino.

A maior mudança no time do Fernandão foi notável logo nos primeiros minutos do Inter em campo: vontade. O time lutou o tempo todo pela vitória, e a conseguiu. Avante, Inter! 

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Desfigurado.

Brasileirão: Atlético-MG 3x1 Inter

Desfigurado. É assim que é o Inter nos últimos jogos. Há muito tempo a equipe titular não joga junta ou por lesão, ou por convocação para a seleção brasileira. Juan chegou ontem ao Inter, mas não jogou. Forlán, a maior contratação do Inter no ano, só joga em agosto pela falta de preparação física. Outra coisa ‘desfigura’ o Inter: as suspensões, geralmente do D’alessandro – o Nei, também suspenso hoje, não fez falta, já que tá jogando -2. 

O Atlético-MG dominava amplamente o início do jogo. Era defesa contra ataque. Porém, o time da casa não tinha objetividade. D’alessandro voltava de uma suspensão e aos 38 do primeiro tempo fez uma falta infantil no campo de defesa do Atlético. Não satisfeito, ele peitou o árbitro e fez “declarações de amor” com o rosto a um centímetro do rosto do árbitro e é justamente expulso. A referência que tem o D’alessandro no time do Internacional, o poder que ele tem sobre o meio-campo colorado, a sua experiência e um pouco mais de consciência deveria fazê-lo pensar. Sou a favor de descontar no salário do jogador cada suspensão que levar.

Então, completamente desfigurado, o Inter não tinha estrutura para valorizar a posse de bola, ela batia e voltava para o Atlético. Errávamos passes, perdíamos a bola e não conseguíamos jogar. Naturalmente, o Inter se concentrou mais ainda no seu campo de defesa e faltando um minuto para o fim do primeiro tempo, Guilherme chutou de fora da área, a bola bate na trave e, em uma infelicidade e falta de sorte, ela toca nas costas do Muriel e entra no gol.

O Inter voltou com Jajá e Fred para o segundo tempo. O Inter continuava sem posse de bola. Aos 15, Leonardo Silva ampliou para o time da casa, um golaço. Quatro minutos depois, Fabrício recebeu na lateral, cruzou, e Fred surgiu das cinzas para marcar o gol de cabeça, renovando as esperanças do Inter. A partir daí, o Inter foi quem tomou a iniciativa e equilibrou o jogo. Jajá cobrou uma falta muito perigosa, onde a bola passou muito perto da trave. Guiñazu roubava bolas inacreditáveis, o Inter partia para o contra-ataque, mas faltava objetividade. Aos 46 do segundo tempo, Escudero acabou com a esperança dos garotos do Inter, quando chutou cruzado e marcou o terceiro.

O Inter cai para oitavo na tabela. Damião e Oscar parecem estar indo embora, como se esperava. O Inter que temos para o momento é esse que se viu hoje: repleto de meninos da base. Muriel outra vez mostrou que é injustiçado quando não escalado para a seleção, joga demais. Duas coisas a declarar sobre Dorival Júnior:
Racionalmente: Dorival teve o grupo principal pra trabalhar e jogar umas duas vezes, no máximo, desde que veio para comandar o Inter.
Coloradamente: numa das vezes que teve o grupo principal, deu chilique e  colocou Tinga e Dagoberto no banco. Dorival é pago pra fazer o time render, não importa se é com o Inter B, C ou D. Geralmente é apático, arruma mil e duas desculpas para uma possível derrota do time antes de todos os jogos, sem exceção. Sua relação com a torcida está desgastada. Se é para demití-lo, coloca o Clemer na casamata do time principal. Quem não arrisca, não petisca...

Uma última coisa: D'alessandro não estaria querendo derrubar Dorival Júnior assim como fez com  Tite em 2009? Só ele no grupo tem esse poder...

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Desfigurado, Inter joga pouco e não sai do zero...

Brasileirão: Inter 0x0 Santos

Foi o que todos esperavam: um jogo sonolento, sem intensidade e nem entrosamento em ambas as equipes. O Santos tomou a iniciativa, sem objetividade, mas depois a gurizada do Inter se soltou e apareceram as primeiras chances de gol. A melhor delas foi aos 9 minutos, quando Dagoberto lançou para o novato Mike. O goleiro Aranha saiu do gol para fechar o ângulo do guri, evitando o gol colorado. Aos 12, foi preciso um salto do goleiro para que o Inter não marcasse numa cobrança de falta. Teve até mão na bola, bola na mão, mas o árbitro entendeu que foi um lance normal...

O Inter sentia falta de um homem de área. A bola até chegava lá, mas não tinha o homem de referência para marcar. O segundo tempo foi mais quente, corrido, movimentado... Jajá saiu do jogo para dar lugar a Maurides e no Santos, Juan fez falta dura e tomou o vermelho. Com um jogador a mais, os garotos do Inter partiram pra cima e abriam espaços na defesa, o que propiciava os contragolpes do Santos.

Numa das chegadas do Santos, Miralles cruzou e Bolívar salvou em cima da linha. O Inter visivelmente não tinha entrosamento, errava passes em demasia e Dorival colocou João Paulo e Otávio nas vagas de Mike e Elton. Otávio, pequeno, novinho, mas mudou o ritmo de jogo para o Inter, que pressionou até o jogo acabar, mas o gol não saiu. O time saiu de campo vaiado, injustamente. O Inter se atrasa na tabela com esse empate sem gols, porém, não há culpados. Fomos e continuaremos sendo prejudicados pelas convocações por termos jogadores de nível de Seleção.

Juan chega para arrumar a zaga, tem 33 anos, experiência de seleção, Copa do Mundo. Quero vê-lo jogar, tem zagueiros melhores no mercado...

AVANTE, INTER!

sábado, 7 de julho de 2012

Forlán chega como ídolo!

A maior contratação do futebol gaúcho desembarcou em Porto Alegre hoje, ovacionado por três mil colorados, sob uma chuva de camisetas e bandeiras do Inter. Sob sigilo, o colorado começou a negociação com o melhor jogador da Copa do Mundo de 2010 há 30 dias onde, sem alarde, foi concretizada com o mais novo colorado e sócio vestindo o manto vermelho. Forlán não deu um toque sequer na bola vestindo a camisa colorada e já deixou um legado de mais de 250 novos sócios num só dia, camisas 7 sendo procuradas em todas as lojas esportivas. 


Nas suas costas, um número que tem se dado bem com Diego Forlán: o 7, do maior camisa 7 do Internacional, o Valdomiro. O mesmo 7 do dia em que estava vindo para Porto Alegre, do mês 7, no portão 7 do aeroporto.


Diego Forlán se mostrou muito feliz, animado e muito educado em toda a entrevista coletiva. Acompanhou o jogo do Inter de um camarote, mas ainda não tem previsão de entrar no gramado. Além de ser um negócio muito vantajoso para o Internacional, onde o jogador veio só pelo salário, o Inter lucra muito em cima de sua imagem e, claro, ganha na qualidade do time. Sem jogar pelo Inter ainda, Forlán entra para a história não só do Internacional, mas do futebol gaúcho e brasileiro. Bem-vindo, Diego! 

Algo me diz que esses olhos azuis darão muita alegria aos colorados...

Chegada, reencontros e três pontos...

Brasileirão: Inter 2x1 Cruzeiro

A maior contratação do futebol gaúcho foi oficializada pelo Inter e desembarcou hoje em meio a um mar de 3 mil colorados no aeroporto. Ovacionado, Diego Forlán, o melhor jogador da Copa do Mundo de 2010, chegou ao estádio Beira-Rio como ídolo. Depois de saudar à torcida, Forlán foi esconder-se do frio em um dos camarotes do estádio para assistir ao jogo que era despedida de Oscar e Damião, convocados para as Olimpíadas.


Do outro lado do campo, ironicamente vestido de azul, se encontrava as madeixas de Paulo César Tinga, um ícone na história do Internacional. Embaixo da casamata adversária estava o treinador campeão da Libertadores da América de 2010 pelo Inter. É quase irônico dizer que Celso Roth foi campeão de alguma coisa, mas o pior é que foi.

O Inter, outra vez, não repetiu seu padrão de jogar futebol com posse de bola. O Cruzeiro era quem tinha mais a redondinha em seus pés, porém, para a sorte dos 10 mil colorados que quase congelaram no Beira-Rio, o time do defensivo Celso Roth não ameaçava. Parece que o número 7 tem uma ligação e uma ‘vibe’ bacana com o Forlán: usa a camisa 7, embarcou para POA no dia 7, do mês 7, no portão 7 e justo aos 7 minutos  do primeiro jogo que o uruguaio assistia como colorado, viu D’alessandro, Dagoberto e Oscar trocarem passes precisos, até que o último entro na área com a bola e chutou de direita para marcar o primeiro do Inter e manter uma certa tranquilidade no jogo.

O Cruzeiro, porém, se viu obrigado a correr atrás do prejuízo e ficou mais com a bola. O jogo ficou mais corrido, mas nenhuma equipe assustava. Até que aos 30 minutos, Magrão passa pela Avenida Nei – que foi um completo desastre no jogo, a não ser por uma roubada de bola –, ajeita e chuva. O travessão amigo impediu que o time azul empatasse. Seis minutos depois, Dagoberto serviu Damião que, depois d deixar os dois zagueiros para trás, chutou de esquerda e marcou o segundo do Inter. Os gols da dupla olímpica mostrou que o Mano ferrou com o time do Inter. Tinga só não fez o crime porque Muriel saiu bem na defesa. E Dagoberto só não fez o gol porque a bola foi carinhosamente pra fora.


O Inter apagou no segundo tempo. Não tínhamos jogada de ataque, nem posse de bola, nem compactação, nem velocidade e muito disso se deve a preparação física precária que temos. Desde que o Fábio Mahseredjian saiu do Inter, cada vez mais o rendimento cai. Se conseguimos um resultado elástico no primeiro tempo, beleza, mas se temos que busca-lo no segundo, falta fôlego. Não lembro quando foi a última vitória de virada do Inter. Um jogo ganho dessa maneira mostra que o time tem pulmão pra correr e virar o jogo, coisa que o Inter pós Fábio não faz.

A primeira boa jogada do segundo tempo ocorreu aos 19 minutos, saiu dos pés de Léo, numa bicicleta que Muriel viu quando a bola já estava dentro do gol. Tivemos ainda a entrada de Bolatti, ovacionado, os gritos de “burro” para Dorival e só. O bom mesmo desse jogo formam os três pontos que o Inter conquistou.

domingo, 1 de julho de 2012

Pacto cumprido e futebol de chorar.

Brasileirão: Bahia 1x1 Inter

Luciano Davi, vice de futebol do Inter, no dia 17 de junho: “Temos de buscar pelo menos quatro pontos nestes dois próximos jogos (Sport e Bahia). Fizemos um pacto com todo o vestiário”. O PACTO se cumpriu.

O time do Bahia chora de ruim, Falcão faz milagre com ele. O time do Inter é um dos melhores do país, Dorival não o faz render. Realidades distintas, um abismo separa os dois clubes em todos os aspectos: elenco, salário, estrutura, sócios, etc. Nos últimos meses nomes caríssimos foram sondados pelo Inter, como Nilmar, Forlán e acabamos com a contratação de Ratinho e Ygor, dois desconhecidos.

A obrigação de vencer era do Inter, o favoritismo era do Inter, mas quem pressionava era o Bahia. O jogo era apático, sonolento e sem nenhuma chance pra nenhum dos lados. Oscar chegou até a driblar o goleiro, mas ficou sem ângulo para chutar a gol. Oscar de novo chutou, mas a bola ficou na zaga adversária. Até que aos 44 do primeiro tempo, Mancini levantou na área, Índio cortou mal, a bola sobrou para Gabriel matar no peito, encher o pé e correr para o abraço.

O segundo tempo só não foi pior que o primeiro porque depois de muita pressão do Bahia, Índio marcou o gol de empate do Inter. Depois do empate, o Inter se acomodou já que o PACTO estava sendo cumprido. Depois do time da casa assustar e o visitante se defender, o Inter apareceu no jogo aos 42, quando Fabrício chutou e o goleiro pegou. Ao final do jogo, todos os jogadores colorados entrevistados se mostraram satisfeitos com o empate.

O pacto que a direção do Inter teria que fazer com o time não é de ganhar 4 pontos em 6 disputados, é ganhar os 6! Ainda se os adversários merecessem respeito ou metessem medo, mas Sport e Bahia? Quem quer ganhar campeonato tem de ganhar todos os jogos, e não projetar qual devemos ganhar, qual perder e qual empatar. Vi um Inter sem vontade, sem motivação, sem alegria e sem comando. Jogando com a vontade que o Inter jogou hoje jamais chegaremos nem perto do título. Há anos vejo o Inter estagnado nas primeiras posições, nunca na primeira. Falta alguém que entre no vestiário chutando a porta, falando palavrão e pedindo a vida de cada jogador dentro do campo. 


O Inter tá perdendo o espírito e isso preocupa...