domingo, 27 de novembro de 2011

E quando a bola não entra...

Flamengo 1x0 Inter

No suor que escorria por entre os cabelos morenos de D’alessandro e que se misturavam com a chuva, via-se a sede do gringo pela vaga na Libertadores. Na cara de poucos amigos e de concentração do Guiñazú, via-se a vontade de roubar a bola. Na lamentação de cada gol perdido, Nei fazia careta igual à de uma criança prestes a chorar. Na procura enlouquecida pela bola, Damião mostrava: o Internacional estava correndo e suando em busca da vaga.

Depois de um final de 2010 muito sofrido, veio um 2011 atípico, com um Inter meio apático. Então, Damião explode e faz os corações vermelhos explodirem de esperança; namoramos o G-5 durante todo o campeonato e entramos nele quando ainda o mito Falcão era o treinador, mas logo saímos. Passamos os últimos sete dias no confortabilíssimo quarto lugar, mas o deixamos hoje. Infelizmente o abandonamos. 

O jogo começou em Macaé e vimos um Inter quase robotizado. Todos nos seus devidos lugares e com movimentos precisos, milimetricamente calculados para evitar qualquer possibilidade de erro e um possível fracasso. O Inter fez falta e o Ronaldinho cobrou, Muriel espalmou, soltou e Damião estava esperto para tocar pra fora. O D’alessandro, como o de costume, ensinou o camisa 10 do time adversário a jogar bola; cruzou uma bola perfeita onde Damião conseguiu somente encostar alguns fios de cabelo, senão marcaria o gol. Logo depois, D’alessandro cobrou uma falta por cobertura e ela lambeu a trave.

D’alessandro pifou Gilberto livre, que cruzou para Damião; este encostou a chuteira na bola mas Felipe era o obstáculo que impedia que a bola entrasse no gol. Então, Nei recebe a bola do Kleber, se abaixa e a domina no peito; ergue a cabeça e acha D’alessandro, que gira sobre o adversário e manda um míssil. Caprichosamente, a bola faz uma curva e passa sobre a quina das traves – e ele lamenta feito uma criança. Segundos depois, Nei chutou para que a bola atravessasse o campo e chegasse até o Gilberto, este dominou, mandou a bomba de fora da área e Felipe, em uma tarde excepcional, tocou pra escanteio. No mesmo lance, D’alessandro o cobra e a bola cai nos pés do Bolívar, que domina e chuta muuuuito perto do gol. Foi a vez de Oscar cobrar o escanteio na cabeça do Damião, que cabeceou certo, pro chão, mas o inspirado Felipe fez uma defesa espetacular.

Depois de tudo isso, Renato teve uma chance de chutar ao gol de Muriel, mas chutou bem longe. Então veio o lance... Muriel, machucado, pedia para o jogo ser parado, mas o árbitro mandava seguir. Renato tocou a bola para Ronaldinho, mas ela foi em direção do Moledo que parecia seguro no lance; por uma infelicidade, a bola toca em seu calcanhar e sobra exatamente para Ronaldinho... e ele não costuma falhar sozinho de frente para o goleiro. Muriel, desesperado, tentou de todas as maneiras diminuir o ângulo do jogador que não vinha jogando bem e não jogou grande coisa hoje, mas de nada adiantou. O Flamengo marcou e, com uma pá, juntou os cacos do sonho dos jogadores e torcedores colorados: a Libertadores.

O segundo tempo veio e Kleber tirou de cabeça uma bola em cima da linha chutada por Ronaldinho. Depois disso, o Inter não deixou de pressionar em um minuto sequer do jogo: Nei toca pra Oscar, que pifa D’alessandro dentro da área, este chuta rasteiro e a bola lambe o travessão outra vez; Oscar toca pra Damião dentro da área, este domina e, sem deixar a bola cair, chuta, mas Felipe faz uma defesa surreal – em seguida Damião é derrubado na área, mas o árbitro nada dá. Eu nunca tinha visto um jogo onde um time pressiona os noventa minutos mais os acréscimos e não consegue marcar.

A superioridade do Inter em Macaé também aparece nos números: foram 14 chutes a gol sendo 11 chances claríssimas de marcar, enquanto o Flamengo somou 7 chutes com 4 chances de marcar. Só pra esclarecer, não deixei nenhuma chance de gol do Flamengo de ser narrada. Como eu havia dito, o Internacional jogou milimetricamente bem, atacou o jogo inteiro e a bola teimosamente não entrou. O próprio Luxemburgo, perguntado para avaliar a partida, disse que “o Internacional incomodou o jogo inteiro”.

A busca pela Libertadores não acaba aqui, e nem minhas esperanças. Domingo, no greNAL, se o Inter vencer e o Flamengo perder pro Vasco ou o Coritiba não vencer o Atlético do Paraná, o Inter, no seu último suspiro, consegue a vaga para a pré-libertadores. Eu tive orgulho do meu time hoje por tê-los visto jogar fora de casa como jogaram: com sangue nos olhos. É verdade, precisávamos especialmente da vitória, mas se jogássemos três dias a bola não entraria. 

Domingo eu quero ver aqueles que lotaram um estádio para chamar o Ronaldinho de mercenário, aqueles que hoje vibraram com o gol que ele fez contra o Inter, se lamentarem após perder o “título” do ano depois de terem perdido o clássico para o colorado e ver o Inter disputar a Libertadores 2012.

Lutem por nós que, com certeza, o Gigante vai estar completamente lotado para cantar por vocês. Tu és grande, Inter, e o amor desses tantos milhares de torcedores fará com que você conquiste a vitória e a vaga na LA no domingo. AVANTE, INTER!

domingo, 20 de novembro de 2011

Enfim, Libertadores à vista!

Botafogo 1x2 Inter

Depois de longas 28 rodadas de luta e frustração, faltando dois jogos para o fim do Campeonato Brasileiro, o Internacional entra de vez na zona de classificação para a tão sonhada Libertadores da América 2012. Depois de vários fracassos quando o Inter, se vencesse, poderia entrar no G-5 deixou os torcedores com uma pulga atrás da orelha.

O Inter começou melhor que o Botafogo. Nei passou por Cortês – que estava muito frágil na lateral –, tocou pra área e Damião se esticou todiiiiiiiinho, mas não conseguiu empurrar a bola para o gol. A partir daí, o Inter dominou, teve a posse de bola e D’alessandro pifou Damião, que despachou um zagueiro, mas na hora H outro zagueiro bloqueou o chute do centroavante. Logo mais, Leandro Damião mostrou que o velho homem de área goleador do Inter voltou: num passe de Oscar, o centroavante tentou uma bicicleta que subiu demais, mas tentou.

D’alessandro, neste jogo, resolveu mostrar pra todo mundo como se joga bola: o gringo arrancou até a ponta da área como quem não quer nada, girou sobre três marcadores e chutou. A bola, caprichosamente, explodiu na trave balançando o barraco do Jeferson. Até que, de tanto pressionar, aos 48 do primeiro tempo, Oscar começa a jogada e toca para Kleber que, parado, devolve a bola com um toque de primeira para Oscar. Este bate para o gol e Jeferson rebate, Damião, como o esperto centroavante de sempre, só toca a bola para o gol e comemora feito uma criança!

O segundo tempo começou igual ao primeiro: com superioridade do Inter. Moledo deu um chutão e a bola atravessou o campo encontrando o peito do Damião. Este tocou para Gilberto, que girou sobre dois marcadores, chutou e a trave impediu mais um gol colorado novamente. Então, o adversário teve a chance com uma cabeceada do Loco Abreu que foi pra fora. Depois, o Kleber perdeu a bola e cedeu contra ataque ao Botafogo. Muriel, milagroso, defende a bola com o rabo do pé. O dono da casa fez pressão também com Élkeson que deu uma bela cabeceada, mas Muriel estava esperto e defendeu.

Então, Dorival decidiu que uma substituição devia ser feita. Resolveu tirar Gilberto e dar lugar a Andrezinho que, em seu primeiro toque na bola, deu um passe açucarado para Oscar e só teve o trabalho de tirar do goleiro e marcar o gol. Filipe ainda teve tempo de descontar de fora da área. A partir desse momento, o coração dos colorados quase saiu pela boca por que o Botafogo ressuscitou na partida e pressionou até o final do jogo. Muriel defende. Pontaria fraca. Outra defesa do Muriel. Uma intervenção do Moledo. Outra do Damião. Muriel faz milagre e o jogo acaba.

O Dorival fez o básico, o que tem que ser feito. Tinga foi espetacular – assim como nas últimas partidas –, ali é o lugar dele e o Guiñazu não tem nada de disputar a bola com o goleiro adversário; o gringo passou grande parte do jogo atrás da linha do meio campo: lugar onde fica um volante. Damião precisa do companheiro Gilberto do seu lado – não Dellatorre nem Jô, Gilberto é, sem uma perna, melhor que os dois juntos. Oscar, finalmente, voltou da seleção sub-20 e jogou brilhantemente, junto dele, D’alessandro deu banho de bola. Kleber teve uma genialidade surreal no primeiro gol e o Nei, como sempre, foi um extremo guerreador.

Sonhamos o campeonato inteiro com a Libertadores e conseguimos somente agora no antepenúltimo jogo do campeonato entrar para o G-5. Agora, amigos, acalmemos os nossos vermelhos corações, aguardemos e rezemos pela Libertadores 2012. Jogamos a vida nesses dois últimos jogos e, se jogar perfeitamente como hoje, levamos 6 pontos nesses jogos.



AVANTE, INTER!

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Se o bom futebol voltar, ainda dá...

Inter 1x0 Bahia

Frustrações em cima de frustrações. Não somente os torcedores estão enjoados de ouvir isso, os jogadores também. D’alessandro, a cada jogo frustrado, dá entrevistas irritado; o Nei, esmurra a parede que vier na sua frente; o Dorival, com sua calma e delicada voz, nunca muda o tom, mas dá pra sentir a pequena irritação do treinador. Está faltando alguma coisa ao Inter: motivação, animação, garra; o Beira Rio parece não ser mais o mesmo, pois, na maioria das vezes em que lotou este ano, assistiu à frustrações  do time. Hoje foi diferente nesses dois aspectos, o público foi muito pequeno não chegando nem aos 12 mil e o resultado foi positivo. Somente o resultado.


 O Inter começou acanhado, depois se soltou quando D’alessandro, de puxeta, meteu um míssil no gol, o goleiro rebateu e Gilberto “peiteou” a bola para marcar o único e mísero gol da partida. Depois do gol a segunda figura do jogo começou a aparecer: o árbitro. D’alessandro, a primeira figura do jogo, parou na frente do adversário dentro da área, driblou pra lá e pra cá e conseguiu um cruzamento que parecia impossível; Damião meteu a cabeça na bola e Fabinho, parecendo jogador de vôlei, tirou a bola de dentro do gol com as duas mãos. A segunda figura do jogo marcou... ESCANTEIO.

O primeiro tempo teve um ar diferente por causa dos tão sonhados dois atacantes jogando juntos; depois de muito tempo hoje não vimos Damião isolado lá na frente por que tinha a companhia do Gilberto. Gilberto este que quase marcou o segundo gol depois de uma jogada espetacular de D’alessandro tocando para Nei, o careca voou na bola e conseguiu tocar para trás onde estava o centroavante que chutou por cima do gol. O Bahia, como deu pra ver, quase nem existiu na primeira etapa...

Já na segunda, o Inter “se esqueceu” no vestiário, teve uma chance com D’alessandro cobrando falta na trave e outra com Gilberto cabeceando. O Bahia só não marcou porque não tem ataque. O melhor de tudo: estamos de novo a somente um ponto da zona da Libertadores. Duas guerras nos esperam nos próximos dias e, ou as vencemos, ou esquecemos de uma vez por todas da vaga e terminamos o 2011 com um “báh, se não tivéssemos desperdiçado aqueles pontos bobos...”

Abro um parênteses aqui pra falar de um jogador em específico, a figura do jogo: D’alessandro. Quando o gringo joga, ninguém acha um espetáculo, quando não joga, o Inter perde. O Inter não depende de nenhum outro jogador tanto quanto depende do El Cabezon; achávamos que dependíamos única e exclusivamente do Damião, mas, em todos os jogos em que o centroavante estava e o meio campista não, o Inter perdeu ou empatou. Hoje ele mostrou mais uma vez que o Inter precisa dele com todas as forças... o gringo defende, corre, finaliza e cria, cria muito. O D’alessandro não é jogador de se tirar nem nos últimos 5 minutos de jogo, entendi, Dorival?

A verdade é que o Inter foi muito apático hoje e precisa jogar muito mais pra ganhar do Botafogo. A vaga está nos esperando e nós estamos esperando por ela, então, que venha!

Avante, Inter!

domingo, 13 de novembro de 2011

Vemo-nos no Gauchão...

Cruzeiro 1x0 Inter

De nada adianta discursos bonitos, palavras bonitas e desculpas esfarrapadas se os pontos não vêm. Substituições malucas, expulsões e suspensões desnecessárias. Quando o Dorival chegou ao Inter, deixou claro que gosta de jogar com dois atacantes e não é o que tem acontecido em prática. Por quê? A diretoria dá pitado – julgo: manda – na escalação ou Dorival Júnior mudou tanto depois da chegada ao Inter pra querer jogar somente com um atacante?

O Cruzeiro lutava desesperadamente para deixar a zona de rebaixamento, lotou a Arena do Jacaré e empurrava o time a todo custo. O Cruzeiro começou pressionando sem muita técnica e nem muita objetividade, o Inter aproveitou o contra-ataque com Oscar que, por cobertura, mandou no travessão. Logo depois, Gilberto meteu a cabeça na bola e obrigou Fábio a fazer milagre. A partir daí, o Inter demonstrou uma leve superioridade.

Até que aos 19 minutos Farías enlouqueceu o estádio quando recebeu um cruzamento do Wellington Paulista e meteu a bola para as redes. O resto do primeiro tempo foi uma chance pra lá e outra pra cá, com o Inter sempre levando mais perigo e errando gols incríveis. Na etapa final, o Inter esboçava que logo o gol sairia. Isso tudo não passou de ilusão quando Élton meteu a mão na bola e recebeu o segundo amarelo.

O Inter, porém, foi pra cima e Nei quase marcou o gol de empate caso a trave não existisse. Dorival substituiu Bolatti por Andrezinho, D’alessandro por João Paulo e Gilberto por Zé Roberto, mas não houve mudança alguma. Com esse horroroso resultado, o Inter cai de sétimo para décimo lugar e vê a Libertadores como algo quase impossível. Nada adiantou o Nei ter esmurrado a porta com socos depois do jogo acabado. Nada adiantou a voz pesada e irritada do Dorival Júnior. De nada adiantou o D’alessandro implorar pra que o time jogue com mais garra e de nada adiantou termos sonhado o ano inteiro com a vaga na Libertadores 2012.

Avante, Inter. Vemo-nos no Gauchão, Sul-americana e Copa do Brasil.

domingo, 6 de novembro de 2011

Ídolos carrascos.

Inter 1x2 Fluminense

O Inter poderia entrar de uma vez por todas na zona da Libertadores... A nação colorada inteira estava mobilizada para esses dois últimos grandes jogos em casa contra os candidatos diretos ao títulos: Corinthians e Fluminense, estádio lotado nos dois. No primeiro, o ex-jogador colorado Alex e colorado de coração marcou o gol de empate. No segundo, o ex-jogador colorado Sobis, mas eterno colorado de coração marcou o gol da vitória. Nos dois jogos colorados foram os que causam a grande decepção.

Já no começo do primeiro tempo dava para sentir o time nervoso, errado passes de bola. O negócio complicou de vez quando Sobis – o eterno e idolatrado ídolo – deu um luxo de passe para Edinho – o glorioso e gigantesco ídolo –, este achou Deco que pifou Rafael Moura livre para marcar de cabeça. O Inter sofria, o Beira Rio cantava e empurrava o time.

Depois de perder dois gols na cara do goleiro, Damião achou Oscar livre e este não errou desta vez, marcando um belo gol. A esperança vermelha renasceu (como sempre), mas morreu ainda nos acréscimos do primeiro tempo quando Deco, de novo, fez uma beleza de cruzamento e pifou Sobis livre da silva. Mesmo com o coração apertadíssimo, Sobis dominou, chutou tirando a bola do Muriel e fez o gol da vitória do Fluminense e calou 40 mil colorados. Ele viu o Beira Rio olhando-o admirados, não comemorou o gol e pediu perdão: “Peço desculpas à torcida, podem ter certeza de que estou com uma dor enorme no coração por vencer o meu time e por distanciá-lo de um objetivo. Queria que esse gol fosse de outro.” Perguntado sobre qual era a sensação de vencer o clube do coração vestindo outra camisa, Sobis disse que era:



A verdade é que o Abel foi muito inteligente ao colocar um jogador marcar o D’alessandro anulando as jogadas do argentino. Outros dois adversários ficavam no cangote de Damião, impedindo-o de concluir – poucas chances ele teve, já que o criador das jogadas, D’ale, foi parado. O Inter foi lento em não anular o também armador do Fluminense: Deco, que nos causou grande prejuízo. A derrota de hoje no Beira Rio beirou o ridículo.

Faltam somente cinco rodadas para o fim do campeonato onde 15 ficamos na sétima colocação. Todos nós estamos bem desacreditados, mas tudo sempre foi muito sofrido para o Inter. Caso não conseguirmos a vaga na Libertadores 2012 o ano do Inter vai se consagrar como ridículo com uma direção mais ridícula ainda.

Avante, Inter! Ainda dá...

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Novo reencontro. Velhos ídolos.

Pré-jogo: Inter x Fluminense


Utilizo aqui uma frase do eterno e magistral ídolo Paulo Roberto Falcão, dita quando este foi quase expulso do cargo de técnico do nosso clube: “As pessoas passam, mas o Internacional fica.” Pessoas como Escurinho e Figueroa, Rafael Sobis e Edinho passaram, marcaram a história do Inter, foram e são idolatrados como multicampeões que foram.

Edinho: o capitão que ergueu a taça de campeão da Sul-Amenricana em 2008. Parou o Barcelona em 2006 com a gigantesca colaboração do Índio. Foi também responsável por quebrar com uma cotovelada o nariz do mesmo Índio. Conquistou todo o tipo de título com o Internacional. Escreveu uma linda e real história aqui e se consagrou como um ídolo do tamanho do Gigante da Beira Rio.

Rafael Sobis: da minha terra – erechinense –, autor do gol contra o São Paulo em pleno Morumbi, com 50 mil pessoas lotando-o, pela Libertadores em 2006. Gol este que levou Pedro Ernesto Denardin a nunca mais sair da cabeça do torcedor colorado com sua narração na Rádio Gaúcha. Sobis também foi autor do segundo gol contra o mesmo São Paulo. Contra o Chivas, em 2010, esticou seu dedo a ponto de que este crescesse 3 cm para que pudesse tocar o bico da chuteira na bola e empatar aquele jogo complicado pela final da Libertadores. Depois do bicudo, caiu de ombro no chão, levantou e juntou as mãos em oração. No mundial contra o inesquecível Mazembe, chorou feito criança... não, chorou feito torcedor colorado quando fomos atropelados e saímos de lá com o mísero terceiro lugar.

Abelão: o “técnico-vice” que com seu perfeito e impecável trabalho deu ao Inter sua primeira Libertadores e fez do dia do mundial, o inesquecível 17 de dezembro de 2006, um dia em que Porto Alegre, Rio Grande do Sul e o mundo jamais viverão igual. Abel Braga, como treinador, deu o pontapé inicial para o Inter Campeão de Tudo que conhecemos hoje. De vice a campeão mundial, Abel se tornou o santo milagroso dos colorados.

Domingo reencontraremos essas três figuras que fazem parte do nosso álbum vencedor de tudo no Beira Rio. Além de eles terem vestido e honrado a camisa do Internacional, os três, com certeza, têm o coração colorado. Apesar da pequena mágoa do Sobis em o Inter não tê-lo querido renovar o contrato para 2011, ele é Inter e ninguém vi apagar sua história aqui. Espero que ele tropique com a bola como fez em 2006 contra o São Paulo, mas que não consiga levantar para fazer o gol no Inter domingo. Espero que o Edinho dê uma forcinha e se atrapalhe na defesa. E espero que o Abelão jogue com o Fluminense, mas que torça pelo Inter.


Domingo promete Beira Rio lotado para rever os velhos, eternos e inesquecíveis ídolos. Precisamos, com todo respeito, bloquear a qualidade dos três, somarmos três prontos e entrarmos finalmente na zona de classificação para a Libertadores da América 2012... por que eu quero tudo de novo!