quarta-feira, 29 de agosto de 2012

100% errado...

Brasileirão: Coritiba 1x0 Inter

Quando um problema aparece, resolvemos. Se perdemos hoje, corrigimos e vencemos amanhã. Se tá ruim, melhoramos ou tentamos melhorar. Essas frases podem se encaixar com qualquer pessoa, menos com o Inter, que se enrola em uma bola de neve cada vez maior, desce ladeira nevada abaixo com velocidade cada vez maior. O Inter é a constante inconstância. Eu explico. Na era Luigi, o Inter é cronicamente inconstante. Num dia Roth, noutro Falcão, depois o interino Osmar Loss, Dorival e, por fim, o ídolo Fernandão. À medida que os treinadores caíam e outros entravam em seus lugares, Siegmann caía e Anápio assumia. Depois Fernandão e agora Luciano Davi.

Não há como querer que o time seja constante, regular dentro do campo se há um troca troca constante no interior do clube, na direção. Um mandato sólido e sério reflete no time. O Inter tem muitas pequenas crises. A crise Bolívar, Índio e Fernandão: os eternos amiguinhos. Tem a crise Nei: cada dia tá mais pereba. A crise do Élton, do Forlán, do Luigi que é lerdo. A crise Luciano Davi que se enrola nas próprias palavras e mostra que não tem punho pra estar no cargo que está. O Inter vive um terremoto interior e não tem como a parte externa estar sólida.  

O jogo não podia ter sido mais tenebroso. O Inter decepcionou mais do sempre. Teve uma chance com Forlán errando mais um gol na cara das traves livres, e outro cruzamento do Damião que quase resultou em gol, não fosse a trave. Quem acertou o gol foi Rafinha, numa sobra de bola. Lutamos tanto pra que o Beira-Rio não fosse interditado. Em vão. O estádio tem de ser fechado o quanto antes, o Inter não tem mais nada a disputar no campeonato e as obras seriam concluídas antes.

A situação do Fernandão não chega a ser tão insustentável quanto a do Dorival no seu último jogo com o Inter só pelo fato de que o atual treinador é ídolo incontestável.  F9 colocou sua idolatria à prova hoje quando tirou Forlán para a entrada de Mike, sendo que continuava com três volantes mesmo perdendo. Inverteu posições entre Nei e Élton e fez do Inter hoje um time catastrófico.

O jogo de hoje estragou o resto da semana de muitos colorados...

domingo, 26 de agosto de 2012

Faltou acertar o gol...

Brasileirão: Inter 0x1 Grêmio

Qualquer clássico é tenso, pegado, pura adrenalina, tensão, alegria, mas greNAL é mais. GreNAL é greNAL. Nesse domingo chuvoso, frio, com um Beira-Rio desfigurado, contra um Grêmio favoritíssimo, o greNAL começava outra vez. O jogo nem esquentou, Muriel e Juan n ão se entenderam, a bola sobra pra Elano e ele marca o único gol da partida. Logo depois, Fernando perdeu a bola e Damião ficou com ela, sambou em frente a meio time azul e tocou para Diego Forlán - o melhor jogador da Copa do Mundo de 2010 - livre marcar o gol. A virada poderia estar começando dos pés do camisa 7, era a obrigação do Inter vencer em casa. Grohe se jogou no chão pra fechar o ângulo e o uruguaio CONSEGUIU chutar em cima do goleiro.

O mesmo Forlán cobrou um escanteio na cabeça do Leandro Damião, de jogador de seleção para jogador de seleção, mas o brasileiro cabeceou muito pra cima. Fred fez a jogada perto da ponta da área e cruzou na cabeça do Damião, ainda não se sabe porque cargas d'água o centroavante da seleção brasileira errou a cabeça da bola. O Grêmio quase marcou com Zé Roberto. No segundo tempo, quando o Forlán ia marcar o gol, o primeiro gol dele com a camisa do Inter, Fernando se joga no chão e impede o gol de empate. Fred ainda meteu um cruzamento na trave. No último minuto de jogo, Dátolo levantou uma bola na área, Damião toca de cabeça e Grohe faz milagre. 

O Inter jogou, num contexto, levemente melhor. Leve como a brisa. O Grêmio soube administrar e, por isso, teve mais posse de bola. Os azuis chegaram uma vez e fizeram, o Inter chegou inúmeras e errou todas. Faltou mira. O título se torna impossível. Friamente, ouso dizer que o Inter precisa fazer campanha de campeão pra conseguir vaga na Libertadores 2013. 'Coloradamente', ouso dizer que ainda acredito em título. Se o Inter fosse um clube normal, essa derrota no greNAL não teria proporções tão grandes, mas como é o Inter, o clube campeão de tudo e de tudo de novo, essa derrota faz todos repensarem. Ainda não é crise, mas estamos muito perto dela. 

AVANTE, INTER!

domingo, 19 de agosto de 2012

Escalação, erros e árbitro matam o Inter


Brasileirão: Portuguesa 1x1 Inter

Esperanças renovadas, time quase completo, jogo contra a Portuguesa para encostar no arquirrival e ultrapassa-lo vencendo o greNAL. As boas expectativas duraram – novamente – pouquíssimos minutos. O primeiro balde de água fria foi quando a escalação foi anunciada. Damião, Forlán e He-Man no ataque. Três atacantes nunca deu certo em time nenhum. No decorrer do jogo, desentrosamento, erros de passe e a falta de um armador fecharam a sessão de frustração.

A Lusa começou com jogo dominado, mas sem levar perigo. A primeira vez que o Inter chegou ao gol da Portuguesa foi aos 14 minutos, com Damião chutando muito longe. Seis minutos depois, a chance mais clara: Rafael Moura cruza para Kleber na área, o masca-chiclete dribla o marcador e chuta, Dida faz milagre; a bola volta para Damião que, de primeira, chuta no alto do gol e Dida, não satisfeito com um milagre, faz outro.

No segundo tempo, todos esperavam que Fernandão tirasse Elton e colocasse Fred, já que o Inter estava deficiente no setor de criação, o meio campo. Na volta ao gramado, Elton não estava no time. Até aí, tudo bem. O problema é que Juan, o zagueiro, estava no lugar dele. Mas Juan viria a queimar a minha – nossa – língua... Naquele momento, o Inter estava jogando com três zagueiros, três volantes e três atacantes. Aos 12 minutos, Cordeiro só não marca porque Muriel é um dos melhores goleiros do Brasil. O Inter respondeu com Forlán, que cruzou para Nei ficar na cara do goleiro. O careca tá numa fase braba, não acerta nada, e não foi diferente quando chutou. Bateu fraco na bola e o goleiro pegou facilmente.

Para a euforia e a volta da esperança dos colorados, a questionada substituição do Fernandão surtiu efeito: depois de Damião brigar muito pela bola e sofrer falta, Kleber cruzou na cabeça do estreante Juan, que deu um testaço para o gol. Damião quase ampliou o marcador, mas logo fomos banhados por outro balde de água fria. O árbitro, caseiro, marca um pênalti completamente inexistente para a Lusa, e Muriel nada pode fazer.

A verdade é que o Fernandão errou na escalação, errou na substituição do Elton por Juan. Não que o Juan seja um jogador com qualidade inferior a do Elton, muitíssimo pelo contrário. O zagueiro entrou hoje no time pra não sair mais, o que é questionado são as posições e a quantidade de zagueiros. Espero que o Fernandão não se atrapalhe com tantas boas opções para escalar. 

AVANTE, INTER!

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Alérgico ao G-4


Brasileirão: Corinthians 1x0 Inter

Toda a rodada favorecia. Os ventos sopravam a nosso favor. Os astros conspiravam para o nosso lado. Todos deram uma mãozinha ao Inter, mas, pra não perder o costume, o próprio Inter não se ajudou. O Corinthians entrou em campo hoje completamente desfigurado assim como o Inter. A diferença é que nós estamos muito mais acostumados com essas ausências que o time paulista.

O jogo foi sonolento do começo ao fim, os dois times muito fechados, mas era o Inter quem marcava mais a frente e forçava erros de passe do Corinthians. Embora as bolas roubadas acabavam voltando para os donos da casa porque o Inter errava o dobro de passes dos paulistas. O Inter esboçou uma pressão inicial. Rafael Moura marcou o gol do Inter nos primeiros segundos de jogo, mas estava impedido. E não teve nada mais perigoso no primeiro tempo.

O Inter apagou no segundo tempo. Só a defesa jogava. O meio campo tinha ligação quase extinta com o ataque e não levávamos perigo algum para o Cássio, nem o Corinthians dava sustos no Muriel... a não ser por uma bola que o goleiro colorado soltou, pegou, largou, o corintiano quase chutou, mas o goleiro agarrou novamente. Fernandão que, há seis anos atrás estaria jogando a final da Libertadores e encaminhava o Inter para o seu maior título até então, fez as substituições devidas, mas o Inter não esboçou melhora.

Ao contrário... Jajá tentou uma caneta no meio campo e, claro, perdeu a bola. Todos sabem da falta de qualidade do Messi negro, da precariedade do nosso time todo desfalcado e da nossa situação: vencendo, entrava no G-4, e dava pra vencer. Com a bela caneta furava do Jajá, o Corinthians saiu em contra-ataque e sofreu uma falta. Bola parada contra o Inter é meio gol. Ele se tornou um gol inteiro porque Paulo André roçou a cabeça na bola.

Fim de jogo com o Inter beirando os 50 passes errados. Não podemos reclamar que a derrota foi injusta, porque não foi. O Guerrinha disse uma frase que descreveu muito bem o jogo: “O Corinthians joga muito pouco hoje. O Inter joga nada.” O Inter realmente não jogou nada.

Bem-vindo à sina da quinta posição.

domingo, 12 de agosto de 2012

Inter começa a virada no vestiário

Brasileirão: Inter 2x1 Ponte Preta

A expectativa pelo jogo ser fácil, ou melhor, menos sofrível do que o contra o Náutico mostrou-se fracassada logo nos primeiros minutos do primeiro tempo. Marcinho, da Ponte, chutou direto no gol e a nossa sorte é que podemos confiar no Muriel. O Inter teve a chance com o Rodrigo Moledo, mas ele furou na hora da cabeçada. Forlán se movimentava com muita inteligência, porém, sempre muito marcado.

O meio campo do Inter era frágil, Fred e os volantes não davam conta do recado e o uruguaio acabava ficando sem receber a bola. Ele tentou uma, duas, três vezes, mas faltou pontaria. O Inter era burocrático e muito previsível. Tocava, tocava, tocava e nada acontecia, possuía posse de bola, mas sem nenhuma objetividade. O Inter foi penalizado no fim do primeiro tempo. Metade do time parou, quatro jogadores vermelhos marcavam um da Ponte. A ilha no meio do mar vermelho conseguiu, ainda, tocar para o lateral que vinha de trás. Este carregou a bola por toda grande área até chegar completamente à vontade na cara do Muriel... aí foi só marcar. Tudo que estava ruim piorou com o gol.

Mas o Fernandão deu um jeito de inverter essa história no vestiário. O Inter venceu o jogo na base do grito do eterno capitão, e agora treinador, dentro do vestiário. No começo da etapa complementar, quem assustou de verdade foi a “poderosa” Ponte Preta, que meteu um balaço que explodiu na trave. O Jajá errou o jogo todo, aliás, ultimamente ele só vem errando. Foi vaiado merecidamente inúmeras vezes durante o jogo, mas passou a ser ovacionado depois do que fez aos 14 minutos do segundo tempo. O garotinho Fred recebeu a bola um passo pra lá do meio campo e cruzou na área. A bola, capricho e carinhosamente, caiu na cabeça do Jajá. O Messi negro homem mais criticado dos últimos tempos meteu a cabeça na bola, tirou do goleiro e partiu para o abraço.

O Inter foi outro no segundo tempo. Fernandão tocou o terror no vestiário e funcionou. O time passou a ter volume, jogadas de ataque e objetividade. Nei cruzou para Forlán, no caminho, Gustavo cortou a bola. Ela chegou no Jajá que encheu o pé e chutou. Edson Bastos saiu do gol para evitar o gol do Inter. Depois de deixar caído o marcador, Forlán tocou a bola para Lucas Lima, que chutou rente a trave. Logo depois, Jajá, o homem criticado, deu um chutaço de primeira e quase surpreendeu o goleiro. A bola caía no pé do Forlán, ele abria e chutava. Foi assim que ele quase marcou aos 31, não fosse Edson bastos.

Parecia final de campeonato. Foi sofrido, mas saiu. Aos 46 do segundo tempo, Mike recebeu a bola de Forlán, correu para a área e chutou. A bola bateu no zagueiro, voltou para o jogador colorado, que tocou novamente para Mike. Ele avança dentro da área, chuta, com efeito, e faz o gol da vitória no último minuto de jogo. Era tudo o que o Inter precisava: a vitória. Mas nada apaga a atuação apática do primeiro tempo. O Inter ainda está completamente desfigurado.


AVANTE, INTER!

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Inter "off".

Brasileirão: Inter 0x0 Náutico

Outra vez o Inter dormiu no ponto, ficou “off” o jogo todo. Num conjunto, o time colorado jogou mal, burocrático, com muitos passes errados. O problema é que tínhamos muitos jogadores de toque curto, isso fazia com que tivéssemos posse de bola, mas sem objetividade. O Forlán até fez uma boa jogada e cruzou na pequena área para Jajá fazer, mas como a fase do Messi negro do Brasil não é lá das melhores – ele nunca teve boa fase, na verdade –, ele errou o gol na cara do goleiro, chutou o chão e o adversário. Menos a bola.

O tão pedido Super Mário Bolatti não mudou em nada o time. Pra mim, não passa de um jogador normal, muitas vezes é lento e retarda o time. Já deveria ter virado grana para o cofre do Inter. O argentino deu lugar ao João Paulo e o Messi negro deu lugar ao Marcos Aurélio no segundo tempo, mas nada mudou. Quer dizer, mudou, mas pra pior. Aos 20, arrancaram a chuteira do Nei dentro da área, pênalti. O árbitro não marcou nada porque no primeiro tempo anulou um gol legal do Náutico, assim ficou tudo igual.

Um pouco depois, Souza meteu a bomba e a bola passou ao lado da trave. E assim acaba o jogo, com o Inter deixando escapar mais dois pontos fundamentais perdidos em casa diante do ‘todo poderoso’ Náutico. Fernandão não é Jesus Cristo, ele não faz milagre, assim como Dorival também não fazia. O problema é que hoje ninguém jogou bem. Jajá e Nei foram os mais catastróficos, o resto foi menos. O Índio merecia um presente melhor no dia em que completava 350 jogos com a camisa do colorado. O Inter precisa correr atrás do atrasado e conseguir um aproveitamento muito bom pra conseguir chegar próximo ao título. Ou vamos ter um lugar no G-4 como “milagre” como ano passado?

AVANTE, INTER!