quinta-feira, 28 de abril de 2011

Esperamos o Grêmio no "level" médio

Peñarol 1x1 Inter

Jogamos para o gasto, contra o Peñarol, ainda assim, garantimos virtualmente a classificação em solo uruguaio, aliás, situação antagônica à vivida pelo co-irmão, que de tão copeiro se atrapalhou com os ‘Prattos’. Enfim, eles entendem de Pratto, nós, de taça.

Sobre a partida contra o Peñarol, perdão, Falcão, mas, deixar Oscar no banco é... Bom, fosse Celso Roth e eu diria ser uma burrice, se tratando de Falcão, é, no máximo uma licença poética...

No primeiro tempo muita bola lateral, pouca criatividade, um gol do Peñarol e um erro grotesco do árbitro Carlos Torres que não expulsou o zagueiro uruguaio após uma entrada dura em Damião, que entrava livre na área para marcar.

Na etapa final, erro corrigido: Oscar em campo. Sóbis, pouco inspirado (de novo), fora. Sóbis devia se preocupar mais em treinar finalizações, aprimorar a parte física, ao invés de perder tempo se preocupando em não comemorar gols. Mas, tudo bem, tem crédito pela história linda que já construiu no colorado.

E então, na segunda etapa, mais uma vez Damião decidiu. Gigante Damião. O Inter vive uma crise crônica de Damião-dependência que acontecera pela última vez, lá nos idos de 2004 a 2006, no ápice de Fernandão. E o guri, além de jogar muito, ainda tem estrela. Se a bola não desviasse no zagueiro, dificilmente entraria.



Fazendo uma breve análise individual de atleta e setores, é importante frisar a nova fase do velho Renan. Salvou o Inter no primeiro tempo e demonstrou segurança na etapa final. Sobre os laterais... seria perfeito um lateral com a vontade do Nei e a técnica do Kleber. Em contrapartida, o inverso, com a vontade do Kleber e a técnica do Nei, era melhor o cara virar empacotador de supermercado. Os zagueiros tiveram atuações distintas. Bolivar continua regredindo. Impressionante. A imponência, classe de outrora tem se configurado num zagueiro lento e inseguro. Já Rodrigo, fez sua melhor partida com a camisa do Inter.

No meio campo, não há adjetivos para descrever a atuação de Mário Bolatti. Era interessante o Inter confeccionar um terno de couro, elegante, semelhante ao utilizado pelo Falcão, no Uruguai, para Bolatti usar nos jogos, tamanho é sua classe e elegância. Joga demais! Guina foi o mesmo cachorro louco que comia tijolo quando pequeno. É imprescindível. Andrezinho não correspondeu como em jogos anteriores, D’Ale cresceu muito no segundo tempo, até dando carrinho.

E, Falcão, dou-lhe o maior dos elogios que devem ser atribuídos a um técnico: foi óbvio. E como é bom ver um técnico óbvio. Sacar quem tem que sacar, repor com quem tem que repor, etc...

A única nota triste da noite foi a dispensa do Carlos Alberto antes de um Gre-Nal. O Guina já tava ensaiando um carinho... aliás, Carlos Alberto, deixo aqui um abraço afetuoso do Vilson pra você e sua família... 

Agora, esperamos o Grêmio no próximo “level” (isso, se eles passarem)... Tem Gre-Nal domingo pelo cafezinho, mas to com uma vontade impressionante de saborear este café. Seguimos, assim, rumo ao Tri da América. Os fortes e “católicos” permanecem, os fracos e arrogantes, não.

Escrito por: Nando Rocha

domingo, 24 de abril de 2011

Emoção, balaço e “lambreta”. É o Inter na final

Juventude 1x2 Inter

Há alguns anos o Juventude era o terror das noites e da década de 90 colorada. O mesmo que pisoteou em cima do Inter anos atrás, agora, está sendo pisoteado. Na última decisão contra o Juventude, os amigos foram pra casa sem o título e com oito na sacola. Ninguém duvidava que o jogo deste domingo de Páscoa seria difícil, pegado, emocionante. E foi. O Juventude fez uma ótima campanha no Gauchão desse ano, o elenco é forte e fica mais ainda quando joga em casa. Porém, contra o Inter, o estádio se dividiu entre verde e vermelho. Meio a meio.

Os quase cinco minutos de foguetório na entrada do Juventude em campo, as palmas e os berros dos torcedores animaram o time da casa, que começou o jogo marcando muito bem o Internacional, este que tinha um grandioso e estupendo desfalque: Andrés D’alessandro – que cumpria suspensão. Para equilibrar a falta do argentino, Falcão escalou o garoto Oscar (que voltou de lesão) de um lado, com a 10, e Andrezinho do outro lado. Os dois trocavam de posição a todo o momento.

Depois que o jogador adversário errou um passe e a bola caiu nos pés de Bolatti, o gringo já sabia o que fazer. Esperou a redondinha quicar no chão e meteu um balaço. Sabe onde ela foi parar? Quase lá onde a corja dorme. Tinha muito jogo pela frente, mas ali começava a classificação do Inter para a final do returno.

Golaço por golaço o Fred também queria o dele. O Juventude, minutos depois do gol do Inter, teve uma falta na entrada da área. Fred foi pra bola e meteu ela no ângulo, sem chance para o Renan catá-la. Depois daí, o Inter deu uma cochilada até o fim do primeiro tempo. No vestiário o mito Falcão deu jeito no Inter.

No segundo tempo teve falta cobrada pelo Sobis roçando a trave, drible do Oscar e chute na trave até chegar aos 16 minutos, quando Bolatti, que já tinha o amarelo, fez uma falta dura e foi expulso. Aí o jogo começou a esquentar. O Juventude teve mais esperanças da vaga na final, por sua vez, o Inter corria feito louco em busca do gol.

E o gol veio.

O que se espera do Leandro Damião é uma cabeçada de qualidade, um salto, um passe curto e não dribles, golaços de fora da área e essa jogada ESTUPENDA que o menino com faro de gol fez hoje. Ele não fez gol, mas criou uma jogada extraordinária com uma “lambreta” no pobre do adversário. Sem deixar a bola cair, deu um toquezinho com o bico da chuteira pra tirar do outro marcador e, com a bola fazendo a cobertura em vários marcadores, ela chegou ao Tinga na pequena área. Paulo César, como um centroavante, dividiu a bola com todo mundo e esticou a perna até onde pode pra tocar na bola e ela ir outro lado da linha do gol. A maioria dos atacantes chutariam a bola em cima do adversário pra cavar um escanteio, mas ao contrário disso Leandro Damião correu, buscou, driblou e deu passe para  gol. O menino completou 50 jogos pelo com a vermelhinha.

Damião depois do passe excepcional.
Tinha ainda quase 15 minutos de jogo, mas parecera uma hora. O Inter, mesmo com um jogador de peso a menos, marcou o gol e pressionou. Nos últimos minutos de jogo o Juventude tentou com muita garra, mas não conseguiu. O Inter se classificou porque é melhor que o Juventude e porque foi superior a ele no jogo. Oscar fez uma partida brilhante, junto dele, estava Guiñazu mais uma vez.

Não lembro detalhadamente do primeiro jogo do Guiñazu no Inter, mas lembro dos carrinhos. Não me lembro do jogo – por menos importante que ele seja – que o gringo não demonstrou que daria o sangue dele por uma vitória. Não me lembro de nenhum jogador com tanta vontade, garra e raça como Pablo Guiñazu tem em campo. Não me lembro de um jogador com tanta vontade de acabar/esculachar com a festa dos atacantes do time adversário. Há muito tempo o Hermano é ídolo incondicional do Inter. Há várias partidas, El Cholo vem fazendo jogos excepcionais. Hoje, mesmo mancando por uma dor na coxa, Guiñazu foi questionado por Falcão se ele queria sair do jogo e sabe o que o argentino disse?: “Não vou sair, eu quero jogar”.

O Internacional de Falcão, que acertou ao tirar Sobis – que não jogou bem – e colocar Tinga – autor do gol da classificação –, se classificou para a final do returno, contra o Grêmio. O amigo técnico gremista disse que não fazia diferença se fosse ou não o Inter o adversário dele no domingo. Muito bem, domingo a gente se encontra e eu quero ouvir o que o Renato tem a dizer sobre seu adversário Falcão. O Portaluppi se diz melhor que Paulo Roberto. Pois bem, veremos.

terça-feira, 19 de abril de 2011

E no vibrar das cordas vocais dos torcedores...

Inter 2x0 Emelec


Gamarra, Falcão, Fernandão, Gabirú. Da euforia de 2006 ao desespero de 2010. Depois de muitos sucessos e alguns fracassos, Paulo Roberto Falcão volta a disputar a Libertadores da América com a vermelhinha – camiseta que por muitos anos serviu e que muito amor tem por ela. O eterno ídolo e novo técnico do Internacional fez a média de público no Gigante subir drasticamente. Hoje foram 40 mil colorados que quase lotaram o Beira Rio para ver a primeira atuação de Falcão de terno, porém com o coração vermelho, pelo Inter na Libertadores.

O jogo de hoje era pra ser fácil, só que o Emelec virou uma “meleca” e grudou no pé dos jogadores colorados com uma forte marcação, aí o jogo virou uma meleca literal para o lado do Inter... O medo tomou conta dos colorados quando, logo no começo do jogo, o Emelec ficou, pelo menos, um minuto e meio tocando a bola e o Inter só olhando. Só pra refrescar a memória, o Inter jogava em casa com 40 mil pessoas ao seu lado os apoiando e, no primeiro tempo, o Emelec jogou melhor que o colorado.

Primeiramente o cérebro do time do Inter, D’alessandro, não estava em uma de suas noites perfeitas. O gringo errou muitos passes, não criava jogada alguma. O Inter passou sufoco com o time equatoriano quando Isa, aos 21 minutos, cobrou uma falta e Damião quase marcou contra. Além dessa, o Emelec teve várias outras faltas perto da área colorada, mas não conseguiu converter nenhuma porque Renan estava seguro e foi muito bem nas goleiras.

O primeiro tempo teve um chute a gol do Inter e duas intervenções simples que o goleiro equatoriano fez. O mesmo número ocorreu para o Emelec e nada mais. Resumindo: na primeira etapa a coisa estava muito, mas muito feia para o Inter que não conseguia ter posse de bola, nem ataque, nem defesa e muito menos o futebol bonito que o Falcão tanto queria. O Nei, pra variar, foi horrendo. Quem mais levou “perigo” para o time visitante foi Rodrigo que, além de dar mais agilidade à zaga do Inter (não muito no primeiro tempo), cabeceou várias vezes.

Mas algo dizia que um ídolo louro de olhos claros mudaria as coisas. Algo dizia que uma casa lotada empurraria a bola pra dentro da rede...

Os 40 mil vermelhos que ocupavam as arquibancadas do Gigante da beira do rio Guaíba, no segundo tempo, viram que o Inter não estava bem e todos eles sabiam da força que o Beira Rio tem quando este ruge – foi isso que eles fizeram: fazer o Gigante rugir. Quando o árbitro apitou para o começo da etapa complementar os colorados arrancaram o grito da garganta e, quando suas cordas vocais vibraram, Rafael Sobis, depois de um cruzamento caprichosamente arquitetado por D’alessandro – que até então não tinha jogado nada, o que facilitou para a decadência do Inter na primeira etapa –, a bola passou por Damião até chegar no louro para este marcar de cabeça.

Ufa, que alívio!

Lenadro Damião após o gol. Sua comemoração foi "andar de moto" para homenagear o irmão.
O gol do Sobis mudou a trajetória do jogo, o Inter se empolgou e passou a pressionar, e não mais a ser pressionado. Isso não quer dizer que o segundo tempo foi espetacular, não. O Inter fez desta uma etapa melhor que a primeira, mas não tão boa quanto Falcão queria que fosse. Pelo menos o futebol do D’alessandro resolveu aparecer no segundo tempo. Aí, se o gringo vai bem o Inter também vai. El Cabezón meteu bola até nas canetas do amigo equatoriano.

Se do lado vermelho Renan cuidou carinhosamente bem das suas goleiras, do lado equatoriano o goleiro fez milagre não uma, mas várias vezes no segundo tempo. A vitória, a classificação e o título de segundo time com melhor campanha na Libertadores se concretizou de verdade quando Guiñazu meteu um balaço pro gol, o goleiro fez milagre de novo, mas soltou a bola. Bola sobrando dentro da área todo mundo sabe de quem é: Damigol. O menino fechou o placar do jogo.

Se você, amigo colorado, achou que teria um treco no jogo contra o Emelec, acalme-se. Logo seus problemas cardíacos irão lhe impedir de assistir aos jogos do Internacional. Vem aí o mata-mata: ou joga bem e faz gols ou cai fora. Aguenta coração!

#AméricaTriVermelha

sábado, 16 de abril de 2011

A reestreia do Rei

Abro um parêntese antes de falar do jogo de hoje e dizer algumas meras e sentimentais palavras sobre o maior jogador colorado de hoje. Andrés Nicolás D’alessandro, na sexta-feira, passou a ser o mais novo trintão do Internacional. Ele que vive e ajuda a escrever a mais vitoriosa década colorada – apesar dos apesares. Ele que, em três anos de Inter, se tornou um dos maiores jogadores nos mais de cem anos do clube colorado; se tornou um dos maiores ídolos da torcida vermelha. Ele que joga no maior clube do Rio Grande, do Brasil e 5º maior e melhor do mundo.

Das suas pernas surgiu um drible só dele e que muitos outros jogadores já foram suas vítimas. Do calmo e pacato bairro La Paternal na Argentina, crescia, magrinho, um “muchacho” com pernas abençoadas, principalmente a esquerda. Crescia ali um magrinho que batia bola em qualquer pedaço de piso, em qualquer grama mal cortada. Crescia o D’alessandro – que logo se tornaria El Cabezón – para se formar no River e brilhar no Internacional.

Andressito (como era chamando quando pequeno) conquistou a torcida colorada desde quando chegou aqui, e como ele mesmo disse, não tem como não se encantar com este mar vermelho gritando teu nome. D’alessandro é o raríssimo tipo de jogador que só beija o escudo da camisa que veste quando ele realmente acha que seu sentimento por ele é suficiente a ponto de beijá-lo.

Todos viram D’alessandro aos prantos quando o Inter conquistou o bi da Libertadores. Acho que hoje, metade do Andressito é do Inter, e outra metade é merecidamente do River Plate.

Rumando para o jogo, Paulo Roberto Falcão – de sapa tênis vermelho e branco, camiseta xadrez com as cores do Inter, paletó preto e calça jeans preta – trouxe quase 20 mil colorados para o Gigante da Beira Rio para assisti-lo. Quando o ídolo, que antes entrava em campo de chuteiras e hoje de sapa tênis, pisou no gramado foi ovacionado pelos torcedores que lá estavam. Merecidamente ovacionado.

O Inter foi normalmente bem. Não teve expressivas mudanças, até porque não se pode fazer milagre com cinco dias de treinamento. Todos esperavam algo a mais, uma mudança visível, mas naturalmente não houve. A única coisa visível foi a compactação do Inter, o time jogando junto evitando deixar espaços. O Inter compacto que o Falcão aplicou no Inter facilita a vida dos jogadores e dificulta a dos adversários. Com o time mais perto, independente da função, o jogador não precisa correr feito um louco e, paralelamente, dificulta o adversário para avançar na área colorada.

O Inter foi em um 4-4-2, com duas linhas, bem britânico. Aos 23 minutos do primeiro tempo Rodrigo Rizo, do Santa Cruz, foi expulso. Uma diferença do Inter de Celso Roth ao Inter de Falcão foi D’alessandro e Andrezinho abertos nas pontas. Parecia que as miniaturas da prancheta do Paulo Roberto pularam para o campo e cumpriram rigorosamente as ordens do Rei.

O Andrezinho ressurgiu das cinzas e foi um dos melhores jogadores em campo, com direito a balãozinho e a passe para o gol dele, sempre dele: Leandro Damião. Para comemorar, Damigol “bateu asas” e correu para o abraço do Rei Falcão. E assim começa a Era Falcão. O Andrezinho só não foi melhor no jogo porque o Inter tinha D’alessandro. O Gringo fez jogadas de craque.


No segundo tempo o Inter decaiu. Só acordou no final do jogo e começou a pressionar o Santa Cruz. Foram inúmeros, incontáveis gols perdidos – característica do Inter de Celso Roth, o homem plantou uma doença crônica do elenco colorado e Falcão vai ter um trabalho a mais para “cura-la”.

O resultado não foi muito convincente. O resultado deu a classificação ao Inter às semifinais da Taça Farroupilha. O Inter está bom? Não... O Falcão ainda precisa arrumar algumas coisas. O que não tem jeito mesmo é o pobre do Nei, que já foi melhor. O técnico do Inter precisa treinar com o Nei cruzamentos precisos, mas é preciso treinar até não aguentar mais. Não sei se é falta de treino ou falta de habilidade em cruzamentos, só sei que o Nei está jogando muito mal.

Hoje, o Inter ainda não tinha a alegria que o técnico do Inter tanto quer, mas pode ter. O Inter não correu riscos, e isso é bom

terça-feira, 12 de abril de 2011

O dia em que o Rei voltou pra casa


Nascia em 16 de outubro de 1953 o homem cuja as mãos que ajudaram a assentar tijolos e cimento para construir um gigante sobre as águas do Guaíba; os pés que foram protagonistas do único elenco colorado – e brasileiro – a conquistar o Brasileirão de forma invicta. Gigante este que presenciou a ascensão, o desenvolvimento de Falcão. Gigante que viu ali crescer um amor e seguidores fanáticos por Falão. Nascia em 1953 um dos maiores ídolos da história do Internacional que, em 2011, voltaria para casa para comanda-la. Paulo Roberto Falcão é o novo técnico colorado. 

Falcão e Inter nunca se separaram, desde a partida em que Falcão, no Roma, se recusou a jogar contra o Internacional ele mostrou que era do Inter e ao Inter tinha honra. Feliz de quem pode ver Falcão jogar, mas quem não viu, hoje vê por vídeos, histórias, causos e sente o quão importante Paulo Roberto foi para o crescimento do Internacional.

O maior dos maiores volantes colorados, que foi criado pelo Inter desde seus 11 anos. Falcão que está tatuado nas paredes do Beiro Rio e no coração dos colorados.

O novo técnico colorado quer ousar, quer ver futebol bonito e quer divertir a quem vier assisti-lo. Quer bater recorde no Inter e quer que o Inter bata recorde. Como o próprio Falcão disse, ele tem uma responsabilidade enorme com o Inter, pois além de ser ídolo incondicional do colorado agora é técnico e vai ter que fazer o elenco mostrar resultados.

Falcão que, com sua chuteira, deu uma bondosa colaboração para o Inter com “o time que nunca perdeu”, agora vai arregaçar as mangas do seu paletó e por a mão na massa. Sem dúvida, a diretoria acertou. Na briga, agora, não vai só ter profissionalismo, vai ter coração, sentimento, amor. O Inter Gigante que Falcão ajudou a construir continuará reinando em seu comando. 

Começa aqui o reinado de Paulo Roberto Falcão.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

O rolo compressor voltou!

Inter 6x2 Canoas

O Canoas começou como quem dá baile: driblando, levando perigo e marcando gol – foram dois logo no comecinho para dar um frio na barriga dos colorados e nos fazer pensar que perderíamos perder para o Canoas dentro de casa e com o time titular. Seria essa a primeira derrota sem o Celso Roth no comando? Não... já estávamos cansados de perder com ele no posto de técnico, tínhamos que ganhar com ele fora.

Não demorou muito para o Inter desencantar – e teve dedinho do Falcão aí?. Poucos minutos se passaram e a máquina de fazer gols do Inter foi colocada para funcionar. Primeiro foi o Sobis, que jogou mais adiantado assim como ele jogava há quatro anos atrás, que marcou de cabeça depois de um cruzamento precioso do Damião – está provado que Damião não só faz gols de cabeça como gira em cima do adversário e marca; paralelamente, Damião não só faz gols, mas também dá passes para gols.

O segundo gol saiu dos pés do mesmo Sobis, que recebeu a bola um passo dentro da área, e marcado, girou em cima do adversário e chutou. A bola foi parar no fundo da rede. Gol de craque, gol de quem sabe jogar bola, gol do velho e garotinho Sobis. O Rafael só não fazia gols porque Celso Roth não queria que este fizesse gols...

Jogo empatado e, pra uns, o empate já estava bom pra quem perdia de 2 a 0, mas não pro D’alessandro. O gringo não quis saber de moleza e meteu um golaço de fora da área. O segundo gol do El Cabezón, quarto do jogo, foi em uma belíssima troca de passes e um chute forte, sem chances para o goleiro. O quinto gol veio dele, Cavenaghi espantou a macumba que fizeram pra ele e marcou um gol. O sexto e último gol colorado (ufa!) foi do maior e melhor goleador do Rio Grande do Sul neste ano: Damigol.


Coincidentemente ou não, o Inter, sem o Celso Juarez Roth, meteu a maior goleada dos últimos 11 meses. O Inter jogou muito bem. D’alessandro foi o craque, seguido por Rafael Sobis que parece estar voltando a ser o Rafael Sobis que deu a Libertadores para o Inter em 2006. Desculpe a minha falta de humildade, mas o técnico de goleiros que “comandou” o Inter no jogo de domingo, escalou o elenco colorado melhor que Celso Roth na maioria das vezes... Agora, nós colorados, podemos respirar fundo na hora do jogo e deixar aquela apreensão, aquele temor que tínhamos com Celso Roth de lado. Vida nova, Inter novo, técnico novo.

Os gols do Canoas? Ah, nem sei... Com tanto gol colorado nem lembro se o Canoas fez gols.

domingo, 10 de abril de 2011

O fim Celso Roth - amém!


O começo meu texto será com uma frase que eu e a maioria dos colorados queríamos dizer há muito tempo: Até que enfim Celso Roth foi embora. Já vai tarde!


 Ele que veio para o Inter pra ser o “físico” que corrigisse todos os nossos problemas, todos os erros. Ao contrário disto, ele criou mais, ele complicou, se enrolou e todo mundo sabe o resultado de Roth no Inter: derrota para o... Bem, o Mazembe.

Eu ouso em dizer que a torcida colorada – mesmo com todas as reclamações, os movimentos virtuais, etc. – foi até tolerável com o ex-técnico colorado. Para começar, o Celso Roth não tem identificação NENHUMA com a torcida colorada. Segundo, ele foi contratado CONTRA a vontade dos torcedores. E terceiro, TODO MUNDO sabia que seu Juarez não é técnico de elencos bons como o Internacional, parece que ele tem medo de tudo.

Hoje, o Colorado tem um dos melhores e mais caros elencos brasileiros; nosso grupo é complexo, cheio de homens-bons-de-bola. Um dos principais motivos pela demissão do homem foi sua teimosia; teimosia de errar, errar e errar e não mudar. Teimosia em não querer ouvir a torcida. Medo de ousar. Medo de colocar no belíssimo time colorado 3 atacantes e deixar o amado-espetacular Wilson Matias no banco. Técnico que tem todas essas “fobias” não deve ser técnico de clubes da grandeza do Internacional. Técnico que joga em casa com três volantes e um centroavante meio pra trás, não deve ser técnico.

A verdade é que Celso Roth só comandou o Inter até hoje porque ele tinha o “padrinho” Fernando Carvalho pra dar uma mãozinha pra ele, senão, Roberto Siegmann já teria dado um pé na bunda do teimoso. Essa mudança, no meu ponto de vista, ocorreu um pouco tarde demais; ele deveria ser demitido logo após a derrota para o... É, vocês sabem pra quem. É sempre perigoso, arriscado mudar de técnico no meio da Libertadores – se bem que ano passado trocamos um ruim por um pior ainda e fomos campeões...

Acredito que o que mais acarretou a saída do Celso não foi tanto pela derrota para o fraquinho Jaguares, mas foi a movimentação virtual que os colorados fizeram. Criando sites pedindo a demissão do técnico, movimentos pelo twitter e outras correntes virtuais deram um empurrãozinho. Cada vez mais a torcida colorada – não só colorada, mas de todos os clubes – estão unidas pela internet. Às vezes propondo, como o Inter propôs, mudanças no clube. “A união faz a força”, e fez.

Deixando um pouco do “orgulho” de lado temos que agradecer ao Celso por nos ter ajudado – ou não – a conquistar, aos trancos e barrancos, o bicampeonato da Libertadores.

Os mais cotados a assumirem o glorioso Internacional são os sortudos Falcão – ídolo incondicional colorado –, Dunga – outro ídolo –, e Dorival Júnior. Acredito que quem assumirá o cargo será Falcão, pois ontem a direção colorada estava reunida com Paulo Roberto. Sem sombra de dúvidas alguma se qualquer um destes cotados apossar-se do cargo de técnico do Internacional será melhor que Celso Roth.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

A música era ruim, mas o jogo foi bem pior...

Jaguares 1x0 Inter


O Jaguares nos esperava em clima de revanche e revanche foi. Durante a semana, foi aquele “auê” do time mexicano porque nos receberiam em sua casa – vai ver por que eles nos consideram superiores (e somos) a eles. Éramos para garantir a classificação e “correr o risco” de termos a melhor campanha geral na Libertadores – já que os nomeados pela imprensa de “grandes” do Brasil estão pra cair fora da competição ou nem estão competindo.

O primeiro tempo foi lamentável, burocrático – assim como Zé Roberto que, só pra variar, não jogou merreca nenhuma. Faz tempo que não se vê o Inter fazer uma partida brilhante, em contrapartida, há muito tempo não se via o Colorado jogando tão mal assim: sem posse de bola, sem ofensividade e, defesa boa só as do Lauro que vem fazendo um jogo mais brilhante que o outro; impondo respeito e fazendo a torcida confiar em suas mãos.

No segundo tempo, o careca Nei deve ter se empolgado com a música horrorosa que a cada poucos segundos tocava no estádio, sabe-se lá porque cargas d’água isso ocorria, e perdeu infantilmente a bola perto da área do Inter. O mexicano tocou para o colega que girou, pisoteou e podia ter feito tudo quanto é lambança em cima do Índio e marcou o gol. O Índio dormiu e o amigo mexicano tripudiou em cima dele.

O primeiro tempo foi inimaginavelmente ruim. A segunda etapa melhorou um pouco com a entrada do Sobis e do Andrezinho, saindo Oscar; que apareceu muito pouco hoje; e Zé Roberto; como disse, jogou catastroficamente mal, de novo. Leandro Damião foi outro que apareceu muito pouco no jogo, mas isso não foi somente culpa dele. Quem teve chances mais claras de gol para o Internacional foi Andrezinho que, por duas vezes, quase fez dois golaços. Um por cobertura e outro em uma cobrança de falta perfeita, mas o goleiro mexicano foi buscar lá no canto – onde a coruja dorme. Gostei de ver o Guiñazu quase marcando... quando El Cholo perde gol não tem problema! Ele tem crédito, completou 200 jogos com a vermelhinha.

O resultado positivo e a promessa de “revanche” cumprida pelo Jaguares não significa que eles foram superiores, muito pelo contrário. Inter e Jaguares foram quase igualmente ruins, a única diferenciação foi o placar. Por sua vez, o resultado negativo para o colorado não quer dizer que este corra algum risco de não-classificação, mas temos que fazer bem feito a nossa parte em casa, contra o Emelec. Vencer para ficar folgados e aí, amigos, começa o mata-mata.

O Inter teve sua primeira derrota na Libertadores e perdeu sua invencibilidade. Celso Roth não perdeu crédito com o torcedor porque não tem mais o que perder, ele já está no negativo há muito tempo. Digo mais, se o Celso Roth não der um jeito no time e fizer a nossa “Ferrari” andar com todo seu potencial ou se, catastroficamente, o Inter cai fora da Libertadores, ele que se cuide... aí, amigo, o negócio vai ser feio.

O “problema” de um jogador colorado quando ele deslancha é: a qualquer instante o Inter pode vendê-lo. A experiência recente é Giuliano, que quando estava em seu ápice foi vendido. Os torcedores colorados tem quase um receio quando um jogador ascende tanto quanto Leandro Damião está ascendendo porque, naturalmente, já aparecem propostas. No caso do Damião, já apareceu – porém, não oficiais – do Real Madrid e de outros clubes. A multa rescisória é de 50 milhões... Portanto, eu, sinceramente, espero que a diretoria colorada saiba usufruir do Damião e dos lucros que ele trará. A gente já ficou sem o Damião por alguns jogos e todo mundo sabe a “keka” que foi. 

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Da Avenida Redenção para o Mundo

Com todo o tipo de desafios e obstáculos, a história do Sport Club Internacional começava ser desenhada pelos irmãos José, Henrique e Luiz Poppe. Em quatro de abril de 1909, na residência 141, na Avenida Redenção (hoje Avenida João Pessoa, 1025), criara-se o mais novo, vitorioso e amado clube do Rio Grande do Sul. Os irmãos Poppe jamais ousaram em pensar que criariam um clube com tamanha dimensão: da Avenida Redenção para o Mundo.

Que Colorado jamais pensara que aquele clube teria ídolos como Figueroa, Falcão, Gamarra, Dadá, Fernandão, Guiñazu, D’alessandro e, o menos reconhecido, Adriano Gabirú? Que Colorado pensara que seu time tomaria proporções de “Rolo Compressor”? Entre os anos 40 e 50, qualquer clube, de qualquer dimensão, tinha medo de jogar com o Inter... medo de atropelado, arrastado, amordaçado pelo exército que o colorado tinha em campo. O próprio Grêmio; o maior rival da existência do Internacional; provou o sabor amargo do Rolo Compressor quando levou 6 a 0. O Inter ainda teve cinco gols anulados. O presidente colorado daquela época, ldo Meneghetti, perguntou ao árbitro porque tantos gols haviam sido anulados. Cabisbaixo, o árbitro sussurrou: "Era muito gol para um grenal".

Assim como tivemos tempos de “céus”, tínhamos que passar pelo “inferno” para voltarmos ainda mais fortes. A década de 90 foi a mais dolorida e longa década colorada. Tendo quase rebaixamento, finais de campeonato desperdiçadas... Alguns seguidores não resistiram à dor e abandonaram o clube. Porém, outros – fortes, amantes de verdade, guerrilheiros e literalmente Colorados – resistiram brava e fortemente à pedreira.

Uma década! Dez anos de puro sofrimento, dor, angústia, falência, terror.

Quando a década de 90 passou, colorado algum sabia o que os esperavam...

Heroicamente conquistado, o troféu da Libertadores de 2006 veio como uma morfina que amorteceu a dor daquela tenebrosa década. Junto dele, o inacreditável, impensável e quase inconquistável Mundial de Clubes Fifa. O domingo mais lindo da vida de cada colorado foi aquele de dezembro de 2006 quando, extraordinariamente, o Inter venceu a seleção do Barcelona com o histórico gol de Adriano Gabirú. Para reviver aquela manhã, todo colorado estaria disposto a passar por outra década de 90, por outros longos anos de sofrimento; para no final ser recompensado em grande estilo, em estilo internacional, em estilo mundial. Os mais longos, mais felizes e mais recordados 90 minutos da vida de qualquer amante do vermelho colorado.

Os 102 anos que o Sport Club Internacional completa hoje, 4 de abril, mostram as proporções que o clube conquistou. As fronteiras? Elas não existem mais... Conquistamos o Rio Grande do Sul, o Brasil, a América e o Mundo. Reerguemos-nos de um tombo recente, mas estamos vivos na guerra. Clube de exemplo moral e ético que nunca admitiu nenhum tipo de discriminação, preconceito. Clube que viveu sua história inteira na “nata” do futebol não poderia ser mais bem recompensado que o Internacional. Somos um dos pouquíssimos clubes em que o jogador que veste o nosso manto e que faz por merecê-lo, sai daqui como colorado. Somos um dos pouquíssimos clubes que fizemos brotar lágrimas de amor sincero nos olhos dos jogadores.

O Gigante construído; por pessoas comuns, simples que se propuseram a doar um tijolo, um prego, um pouquinho de amor e carinho; na beira do rio Guaíba é um patrimônio da vida de cada torcedor! Ele que já presenciou incontáveis glórias, inúmeras lágrimas, principalmente de alegria. Parabéns ao Inter que, ao longo de seus 102 anos, conseguiu construir e consolidar um amor puro e verdadeiro no coração da maioria da população Gaúcha. Inter que, catastroficamente, perdeu o Mundial 2010, mas os seus seguidores se mostraram ainda mais fieis.

São 102 anos de um louco amor, 102 de primeira divisão!


(Escrito por: Kelly, com a contribuição luxuosa do Wellington.)

sábado, 2 de abril de 2011

Arbitragem medonha e empate. Mais um.

Lajeadense 1x1 Inter


Celso Roth disse que “o jogo contra o Lajeadense seria complicado”, e foi. Não que eu queria desmerecer o adversário, mas o Lajeadense não é uma grande equipe. Mais complicado que o jogo era o estádio com iluminação tão “boa” que o carro-maca entrou em campo com os faróis ligados. Além disso, os camaradas venderam ingressos e esqueceram que tinham que acomodar todas aquelas pessoas. Aí, lugar de torcedor que é na arquibancada, passou a ser no espaço da imprensa.

O Inter dominou todo o primeiro tempo, ficou a maior parte do tempo no ataque, mas quem conseguiu guardar foi somente ele: o mágico, idolatrado e consagrado Leandro Damião. Em um lance digno de uma camisa 9 goleador, Damigol matou a bola no peito e chutou, a bola roçou a trave e foi pro fundo da rede.  


O colorado atacou mais ainda depois do gol, mas desperdiçou todas as chances. Aí vem aquele ditado que a gente já conhece: “Quem não faz, leva”. E, aos 38, levou.

O maior e mais crucial pecado que o Inter cometeu foi de não ter aproveitado os sete escanteio para convertê-los em gol. Em todo o jogo foram onze escanteios contra um do Lajeadense. Outro pecado foi Celso Roth manter o Rodrigo no jogo – o amigo jogador colorado (que mais se parecia gremista) foi bondoso e dava a maioria das bolas que tocava para o Lajeadense.

O amigo Fabrício Correa, o árbitro da partida, ou era gremista ou ele era definitivamente muito ruim. O pobre D’alessandro levou muita pancada e o Fabrício nada fez, o próprio gringo disse: “O Gauchão não tem árbitro”, e isso é um problema muito velho. O jogo foi ruim, mas porque o árbitro não deixou o jogo correr, o jogo andar. Corremos um sério risco de sair de Lajeado com jogadores lesionados porque o árbitro esqueceu-se dos cartões, esqueceu-se de apitar. Seu Correa estava brincando de ser árbitro e isso não pareceu ser um jogo. 

O empate não foi bom, já são quatro empates só no Gauchão. Tivemos poucas jogadas pelos lados, consequentemente, sentimos muita falta do Kleber e do Nei. O Oscar jogou brilhantemente bem e foi ele – juntos com El Cabezón – quem criou a maioria das jogadas de perigo.

No segundo tempo o Inter cochilou um pouco e contou com a grande participação do árbitro para não sair com a vitória e os três pontos na conta. Tivemos um pênalti não marcado e inúmeras, incontáveis faltas não marcadas ao nosso favor. Agora a maior preocupação é com Oscar, que levou um nocaute no quadril e é dúvida para o jogo de quarta, pela Libertadores.

A situação extracampo foi um pouco pior. A luz, provavelmente, foi cortada e os jogadores tiveram que tomar banho frio e com a luz do celular. Impressionante que nenhuma autoridade ainda permite que ocorram jogos no estádio de Lajeado.