"Quando o juiz levantou o braço e apitou o final do jogo, parecia que a terra iria abrir ao meio e, nela, o nosso sonho de ser campeão novamente se esconderia. Mas no meio do mar vermelho eu encontrei um olhar: o olhar de uma criança. Naquele momento eu vi que um sonho nunca morre. Não para quem é colorado.
Para um colorado de verdade nenhum jogo acaba. Cada ponto final vira apenas uma vírgula para continuar uma nova batalha em qualquer campo mundo afora. Para quem é o patrão do Rio Grande do Sul e mandante da América, uma pedra é apenas um obstáculo para seguir adiante.
A bandeira gigante que tremula na nossa casa chamada Beira-Rio, tremula ainda mais forte em nossos corações. Não interessa o que aconteceu e o que está para acontecer daqui vinte, trinta ou cem anos. O amor pelo colorado não tem fim, não tem fronteiras e não precisa de explicações. Porque o amor não se mede. Quem ama, ama e pronto.
A lágrima que agora cai é apenas o gosto da garganta seca que tanto já gritou e ainda vai gritar. Eu, assim como você, queria rasgar o grito de dentro do peito com “bicampeão”, mas quiseram os deuses do futebol que não seria assim. Não agora.
Por Fábio Craidy Bührer.
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