quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Mais colorada do que NUNCA!


"Quando o juiz levantou o braço e apitou o final do jogo, parecia que a terra iria abrir ao meio e, nela, o nosso sonho de ser campeão novamente se esconderia. Mas no meio do mar vermelho eu encontrei um olhar: o olhar de uma criança. Naquele momento eu vi que um sonho nunca morre. Não para quem é colorado.


Para um colorado de verdade nenhum jogo acaba. Cada ponto final vira apenas uma vírgula para continuar uma nova batalha em qualquer campo mundo afora. Para quem é o patrão do Rio Grande do Sul e mandante da América, uma pedra é apenas um obstáculo para seguir adiante.


A bandeira gigante que tremula na nossa casa chamada Beira-Rio, tremula ainda mais forte em nossos corações. Não interessa o que aconteceu e o que está para acontecer daqui vinte, trinta ou cem anos. O amor pelo colorado não tem fim, não tem fronteiras e não precisa de explicações. Porque o amor não se mede. Quem ama, ama e pronto.

A lágrima que agora cai é apenas o gosto da garganta seca que tanto já gritou e ainda vai gritar. Eu, assim como você, queria rasgar o grito de dentro do peito com “bicampeão”, mas quiseram os deuses do futebol que não seria assim. Não agora.

O espelho se abre e a gente se encontra frente a frente, expondo a alma, o sangue que escorre após uma batalha e a ferida aberta de quem sabe lutar. Não morremos, apenas saímos machucados. E isso cicatriza. E que bom são as cicatrizes, elas nos mostram que a gente nunca teve medo, que juntos sempre fomos mais fortes, que o alvi-rubro que marca a nossa vida é eterno e para sempre será o orgulho que temos de poder dizer: eu sou colorado."

Por Fábio Craidy Bührer.


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