O abalo sísmico de alta magnitude que o trágico jogo do dia 14 de dezembro de 2010 nos causou – aos colorados –, afetou tanto pessoas com cabelos grisalhos, com histórias e mais história sobrecarregadas nas costas; quanto pessoinhas recém-chegadas nesse mundo... crianças com os dedinhos pequenos, porém, já com lágrimas nos olhos e sofrendo como se fossem “gente grande”.
Viu-se pessoas de 70-75 anos, até pessoinhas de 4-10 anos atravessarem o mundo, voarem do outro lado do planeta e, em unanimidade, verem a mesma coisa: o Internacional. Internacional este que já proporcionou sorrisos a quem não tinha muitos motivos pessoais para sorrir. Internacional este que proporcionou às pessoas vermelhas sentirem o gosto de serem os donos da América e disputarem e estarem no topo do Mundo.
Nós, experientes ou novos, somos privilegiados por conseguirmos vivenciar tantas emoções em tão pouco tempo. Ninguém NUNCA vai tirar o prazer de ver o nosso time entrando em um avião, despedindo-se da torcida e rumando para o outro lado do mundo para conquistar o Mundo. Ninguém nunca vai tirar de nós as lágrimas incontroláveis do Sobis, chorando a desclassificação precipitada.
As lágrimas que hoje são derramadas por pessoas de todas as faixas etárias são de profunda tristeza, inconformação e desolação, amanhã vão ser lágrimas misturas com sorrisos, pulos, gritos, e um coro unânime cantando e louvando o nome do Internacional. Dentre os miúdos aos grandalhões, a história e o amor pelo Inter se passam MUITO longe de uma – perto de tudo de bom que vivemos no Inter – simples derrota.
O orgulho de ser colorado independentemente da situação, faz de nós um grupo de pessoas diferenciadas. Diferenciadas por termos a capacidade de digerir um momento tão difícil e no mesmo instante apoiar. Diferenciadas por tornar o momento mais doloroso da história do Colorado em puro amor. Eu digo em coro por todos os colorados que amam o Inter: depois do dia 14 de dezembro, somos mais colorados do que nunca.
ISSO é Inter!
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