domingo, 31 de julho de 2011

Atlético-GO = Muro de Berlim

Inter 0x0 Atlético-GO

Assim como o muro de Berlim foi construído para dividir a Alemanha socialista da comunista, não deixando que os habitantes de uma passassem para a outra, o Atlético fazia o mesmo papel: não deixar o Inter furar o paredão atleticano. E conseguiram. Normalmente, um time tem dois zagueiros, o nosso adversário tinha dez – dez por causa do centroavante, mas sendo que este pouquíssimas vezes passou do meio campo e muitas vezes ajudou na marcação.

Ninguém vai esquecer da manhã ensolarada de domingo, onde vimos Índio com o rosto coberto de sangue pelo seu nariz quebrado. Sendo guerreiro, Índio permaneceu no jogo contra o Barcelona e comemorou o título mundial com o nariz deslocado. No dia em que o Índio estava comemorando seu jogo de número 300, o Inter não conseguiu saiu do zero contra a retranca do Atlético.

Nei rouba bola, D’alessandro corre para pega-la, mete no Andrezinho que enche o pé e o goleiro espalma pra fora. D’alessandro cobra escanteio na cabeça do Índio e, se não fosse pelo milagre do Márcio, ele marcaria. Foram assim os primeiros três minutos de jogo e assim seguiu. O centroavante atleticano raramente passava do meio campo e o Inter tentava furar o “muro de Berlim” que o adversário impusera.

Depois da “La Boba” do D’alessandro, Dellatorre – o menino que fez sucesso no juniores e entrou na quase impossível missão de substituir Leandro Damião – recebeu a bola do gringo e chutou, mas lá estava o muro do Atlético que não deixou a bola chegar nem perto do gol. A posse de bola era do Inter, o gol que estava na forma era do Inter, a pressão era do Inter; mas quando entrávamos na área tinham os “dez zagueiros” pra tirar a bola pra longe dali.

 No segundo tempo mantivemos o mesmo ritmo, Osmar fez algumas substituições, mas só colocou João Paulo – o menino que tanto se destacou na Copa Audi – nos últimos três minutos de jogo e o garoto ajeitou a bola de cabeça para o companheiro marcar, mas lá estava o goleiro Márcio.


No último minuto de jogo, Andrezinho estava pronto para bater uma falta perigosíssima e, antes de bater, o árbitro acaba o jogo. Mais uma proeza dos árbitros brasileiros...


Perguntas que não querem calar: O que aconteceu com o Inter? Será que a retranca braba do Atlético é melhor que a defesa do Milan e Barcelona? Sim, furamos duas vezes cada uma das defesas, mas não conseguimos furar a do Atlético. Será mesmo que o fator "empate" se deve à falta de Leandro Damião no time? Na minha mais humilde opinião, o Inter jogou bem, o Inter criou muitas chances claríssimas de gols. Dellatorre foi quem mais concluiu, o menino foi muito bem; só faltou fechar com chave de ouro: o gol. O Muriel não suou uma gota hoje, o nosso goleiro só assistiu ao jogo e isso prova que o Inter não foi mal no jogo.

O Inter ainda não tem técnico definido. Osmar Loss deve mesmo ficar? Hoje entramos em campo com três volantes e no intervalo ele tirou um. Beleza, corrigiu o erro, mas será que em todos os jogos teremos esse tempo para mudar e arrumar o time antes de termos levado gols? E aqui eu faço um apelo: Foi só o Fernando Carvalho dar as caras novamente que o Wilson Matias está no time. O “espetacular” já provou mais de uma vez que ele é uma pedra no caminho do Inter. Faz dinheiro do cara, vende o pereba para o torcedor não precisar ter a infelicidade de ir ao estádio e ver as proezas espetaculares que ele faz. Ninguém vai ao Beira Rio pra ver furada e entregadas de bola do Matias. Já nos basta o Nei.

A meninada tá entrando no Inter e sangue novo sempre é importante. Avante, Inter!

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