sábado, 10 de março de 2012

Inter vence e quem convence mesmo é Jesús


Gauchão: Santa Cruz 1x2 Inter

O Inter, com força máxima, foi até a casa do Santa Cruz pra mostrar ter tudo aquilo que não mostrou contra o Santos: sangue nos olhos. O jogo começou e D’alessandro parecia estar em uma daquelas noites impecáveis do gringo, com matadas no peito, giradas sobre o adversário, passes inteligentes, mas isso tudo durou pouco... muito pouco. O principal jogador do time sentiu a coxa, não no mesmo lugar onde tinha sentido contra o Ypiranga, preocupou e preocupa, saiu do campo direito para o vestiário e foi substituído muito bem por Dátolo.

Não sei se a causa da derrota avassaladora para o Santos na quarta tenha se passado direta e especificamente pelos três volantes, mas o Inter de hoje tinha outros ares. Toques de bola precisos, ATITUDE, sangue nos olhos como disse no começo da crônica, virada de jogo e bola no peito ou no pé do companheiro. Enfim, o Inter transmitia uma “vibe” muito legal com o esquema de sempre, o esquema ideal do Inter. Era sobre isso que eu queria falar: o time ideal do Inter, que deve jogar junto independente de atraso no treino ou não, é o time que o Dorival colocou em campo hoje com Tinga e Dagoberto – claro, e o D’alessandro que saiu machucado.

Claro que o Dorival pisou na bola e isso fez com que os torcedores ficassem com uma pulga atrás da orelha. Poxa, Dagoberto e Tinga, dois profissionais de altíssimo nível, dois profissionais que depois do treino vão pra casa ver um filme com a família. Os dois de extrema confiança jamais deveriam ser barrados para um jogo decisivo como contra o Santos; pra esse pequenino erro dos dois bastava uma conversa ou um puxãozinho de orelha. E, convenhamos, muito estranho quando o jogo estava 2 a 0 a punição ter acabado...

Rumando para os gramados...O Inter começou com pressão de D’alessandro – quando ainda estava no jogo – que penetrou na área e bateu cruzado. Wender espalmou e Mimica chutou pra longe. Aos 4, o gringo de novo tenta um canhotaço de fora da área e a bola ia morrendo no ângulo, mas o goleiro espalma. Aos 18, depois de muita pressão, o substituto de D’alessandro vez jus a obrigação de entrar no lugar do melhor jogador do time, recebeu a bola e chutou de fora da área. A bola quicou e Wender não pegou. A única chance real de gol do Santa Cruz no jogo partiu dos pés de Tiago em uma cobrança de falta, onde Muriel tocou os dedos na bola e ela bateu na trave. Dagoberto, que fez fila, e Dátolo, que chutou de fora da área, não encontraram a felicidade.

No começo do segundo tempo, Tinga dribla, tenta penetrar na área e é derrubado – por isso Tinga fez tanta falta na Vila, porque é um volante que penetra na área, que chega de surpresa –, Nei cobra a falta no poste. No rebote, Dagoberto chuta e Wender defende com o pé, no susto. Aos 8 minutos, o Inter trocou passes (que pareciam ingênuos), assim como o tinham feito inúmeras outras vezes no jogo, na frente da área do Santa Cruz. Os segundos se passavam, um minuto se passou e o Inter continuava a trocar passes que pareciam sem objetividade. Até que a bola chegou aos pés de Damião fora da área, que viu o goleiro adiantado, meteu um pataço para o gol e foi abraçar o Dorival. Obra prima, pintura, no ângulo! Golaço pra ficar na galeria da carreira do 9 do Inter.

Disse lá em cima que o Santa só tinha tido uma chance de gol em todo o jogo, é porque a outra foi gol mesmo. O golaço de Damião nem tinha esfriado e o lateral do nosso adversário bateu de fora da área. Muriel tentou tocar na bola, mas faltou braço. Não posso negar que foi outro golaço. Mas vocês devem estar pensando que não narrei os momentos perigosos do nosso adversário, é porque, na verdade, eles não existiram. Foram somente esses dois lances mesmo. Quem levou perigo de novo foi Dátolo, aos 16, quando entrou na área e recebeu de Dagoberto. O gringo tirou do goleiro, mas errou o alvo e a bola lambeu o poste. O Inter ainda teve chance de liquidar com Oscar que bateu de bico, mas dessa vez Wender defendeu.

O Inter correu muito durante o jogo, mostrou estar afim da vitória e construiu muito bem as jogadas: de pé me pé. O que faltou foi o último toque, a finalização, o chute a gol. O Dátolo deu mais movimentação ao Inter e vai ser substituto de D’ale na terça, pela Libertadores – já que provavelmente o gringo não jogará. Jesús, guardem esse nome, porque ele tem muita história pra contar a nós!


Terça-feira tem guerra dentro dos gramados do Beira-Rio e o Inter tem duas opções: Vencer ou ganhar.

Avante, Inter!

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