domingo, 24 de junho de 2012

Ofuscados e impulsionados por Guiñazu

Brasileirão: Sport 0x2 Inter

Oscar e Damião, os jogadores de seleção? Não. D’alessandro, o astro, a alma e o coração do time? Não. Kleber, o lateral de muita técnica (e geralmente com pouca vontade) que voltava de lesão? Não. Todas as estrelas coloradas foram ofuscadas por ele: Pablo Guiñazu. Ele também impulsionou o time em busca da vitória, jogou mais à frente do que o normal, buscou mais o gol, chutou mais, mas lhe faltou qualidade no chute.

Os últimos dias do Inter não têm sido fáceis... Primeiro uma derrota em casa para o Botafogo, depois a interdição do Beira-Rio até o fim das obras para a Copa do Mundo e, por fim, o término da nova novela do Inter: Sandro Silva foi dispensado. Tenho a impressão de que o Inter se livra de um jogador que fala mais do que deve, que não merece vestir a camisa colorada e quer que tudo se cumpra conforme suas ordens. Luigi e Fernandão podem até ser lentos, mas têm punho firme. Sandro Silva fazia partidas boas pelo Inter, mas o clube não se curvaria diante de seus pedidos por um salário astronômico.

O fato positivo desses últimos dias aconteceu hoje, o que óbvio e muito esperado. Um abismo separa Sport e Inter em termos de qualidade e técnica. O time da casa até tentou impor um certo controle nos primeiros minutos, mas aos 13, Bruno Aguiar tentou cortar uma bola que Oscar cruzou e acabou fazendo um gol contra. O Guiñazu jogou como um monstro, parecia que estava na flor de seus 20 anos. Depois de Dagoberto tocar para Damião, este tocou para El Cholo, que invadiu a área, mas chutou sem força. Aquele era o primeiro esboço de uma partida sensacional que Guiñazu fazia com a camisa do Inter.

Na metade do primeiro tempo, uma sobra de bola ficou para Oscar tocar para Kleber, este invadiu a área e chutou forte. Magrão espalmou e a bola voltou para Oscar, o zagueiro se antecipou e fez o corte na cara do gol. Aí o Sport respondeu com Reinaldo, porém, o chute saiu alto demais. Aos 38 minutos, Dagoberto tocou para Oscar, que achou Guiñazu. O gringo invadiu a área e, em mais um capítulo seu na partida, cruzou para Damião que só teve o trabalho de colocar a bola para dentro do gol. De pé em pé até o fundo das redes.


O Inter poderia ter ampliado muito o placar no segundo tempo: Damião chutou forte, mas Magrão segurou; Índio até fez um gol de cabeça, mas estava impedido; de servido a servidor, Damião tocou para Dagoberto, que encheu o pé, mas a bola parou em Magrão; Guiñazu estava em noite iluminada, Marcos Aurélio tocou para o gringo invadir a área e chutar, mas a bola subiu demais e, enfim, foi a vez de Jajá não aproveitar a oportunidade.

O Sport é tão inferior ao Inter, mas tão inferior que se o Muriel tocou na bola foi para cobrar um que outro tiro de meta. Não foi um jogo brilhante do Inter por completo, mas foi um jogo magnífico do Guiñazu. Primeiro o gringo quase fez um gol, depois serviu Damião para que marcasse o segundo, depois ficou na cara do goleiro, mas lhe faltou a qualidade no chute para marcar... teve até passe de três dedos do El Cholo. Pablo Guiñazu tem uma garra incomparável.

O mais importante formam os 3 pontos somados na bagagem, temos quase que a obrigação de somar mais três contra o Bahia. E não mais repetir a perda de pontos dentro de casa como fizemos contra o Botafogo.

AVANTE, INTER!

domingo, 10 de junho de 2012

Desfalques e um ponto: Inter saiu no lucro

Brasileirão: Fluminense 0x0 Inter

Oscar, Damião, Guiñazu, Kleber e Dátolo. Esses eram os desfalques do Inter, que entrou em campo com time misto. O adversário era o velho conhecido Fluminense do Abelão, Edinho e companhia, no Rio. O jogo foi fraco, no primeiro tempo quem movimentou a partida foi Nem, que deu trabalho para a defesa colorada. Com sua velocidade, fez bela jogada no lado da área e cruzou rasteiro, mas Fred não alcançou, para a sorte do Inter que, por sua vez, errava passes em demasiado.

Dagoberto e Jajá tentavam furar a zaga do Fluminense com chutes de fora da área, sem sucesso. Numa tentativa, Dagoberto cruzou, Jajá se jogou na bola, mas não alcançou para escorar a bola para as redes. O segundo tempo não fui muito mais empolgante que o primeiro,  diferença é que na segunda etapa o Inter poderia ter feito gols e sair com a vitória. O Fluminense pressionou a zaga colorada e obrigou Muriel a mostrar seus dotes. Nem cabeceou e Muriel encaixou. Porém, o Inter também pressionou na busca pelo gol com o anão Marcos Aurélio, com uma bomba que foi pra fora. Lanzini ainda teve a chance de fazer o gol, mas Muriel saiu bem do gol e não deixou que isso acontecesse. Tudo acabou com as redes intactas.

O um ponto saiu-se de ótimo tamanho para um Inter completamente desfigurado, misto, descaracterizado e sem a alma do time: D'alessandro. Afinal, qual é o verdadeiro problema do gringo? Que não é normal um jogador ter tantas lesões consecutivas no mesmo local todos sabem. O Departamento Médico e a preparação física do Inter deveriam ser revistas. Quase todos os jogadores colorados se lesionaram em um período de tempo muito curto e isso é sinal de algum erro.

Avante, Inter!

quarta-feira, 6 de junho de 2012

A estrela de um mito

Brasileirão: Inter 1x0 São Paulo

Rafael Sobis entortando a zaga inteira do São Paulo por duas vezes e deixando, impiedosamente, o goleiro Rogério Ceni nocauteado no chão. Diante do São Paulo, o Inter conquistou sua primeira Libertadores e levou uma multidão vermelha ao delírio. A segunda conquista da mesma taça começou a ser delineada a partir de um confronto com o mesmo São Paulo. D’alessandro cobrando falta, a bola raspando no calcanhar de Alecsandro e matando Rogério Ceni. O confronto mais recente, todos sabem. Uma luta com unhas e dentes para ter nas suas dependências o jogador Oscar, onde o Inter foi acusado falsamente de tudo e mais um pouco. Nesse tipo de luta, vence quem é o mais justo, e quem venceu foi o Inter... outra vez.

A alegria ficaria completa se Oscar pudesse dar o prazer de estar jogando hoje contra esse mesmo São Paulo que tantas vezes derrotamos, seja dentro ou fora dos gramados, que tantas vezes humilhamos e os fizemos baixar a cabeça e enfiar o rabo entre as pernas. E mais: a alegria ficaria completa se Oscar jogasse, mas jogasse muito e humilhasse os dirigentes do São Paulo que lutaram das formas mais injustas junto a CBF para deixa-lo sem jogar. Não tínhamos Oscar, mas tínhamos D’alessandro.

O jogo não foi, assim, AQUELE jogo que é colírio para os olhos. O jogo foi bem aberto, o São Paulo teve mais posse de bola, porém, sem levar muitos perigos ao Muriel. Quem incomodava era o Fernandinho, porque Nei não tinha pernas para acompanha-lo e sempre via o parceiro de lateral correndo solto por lá. Até que aos 20, surge a estrela que saiu do Departamento Médico, que é um dos maiores ídolos da história do Internacional, que recentemente foi ‘vendido’ ao futebol chinês novamente pela imprensa e que sempre faz uma diferença enorme quando joga. Na cobrança de falta, Nei e o gringo posicionados. O árbitro apitou, Nei olhava fixamente para a gaveta da goleira e, D’alessandro, fixo na bola. O hermano correu, chutou e a bola morreu dentro da gaveta. Foi só correr para os braços da torcida e beijos e mais beijos no escudo colorado.


O lance mais perigoso do segundo tempo saiu dos jogadores do Inter. De pé em pé, Jajá, D’alessandro para chegar a Gilberto, que deixou Marcos Aurélio na entrada da área. O nanico mete o pé na bola e ela vai caprichosamente par fora. Ainda teve um chute muito forte do Jajá, mas que o goleiro pegou. O São Paulo pressionou no fim do jogo, sem muita objetividade, o Inter recuou, mas a defesa colorada estava lá pra segurar.

D’alessandro mostrou o grande jogador que é. Voltou de uma lesão complicada e jogou como se não houvesse parado. E mais: decidiu o jogo com um golaço de falta. O Dagoberto prova a cada jogo que foi uma ilusão colorada quando o contratou. Jogou meia boca, como sempre, ainda acho que poderia render muito mais. Dormimos vice-líderes do campeonato. De 9 pontos disputados, o Inter conquistou 7, número muito bom e que precisa ser mantido.

Avante, Inter!