Brasileirão: Sport 0x2 Inter
Oscar e Damião, os jogadores de seleção? Não. D’alessandro, o astro, a alma e o coração do time? Não. Kleber, o lateral de muita técnica (e geralmente com pouca vontade) que voltava de lesão? Não. Todas as estrelas coloradas foram ofuscadas por ele: Pablo Guiñazu. Ele também impulsionou o time em busca da vitória, jogou mais à frente do que o normal, buscou mais o gol, chutou mais, mas lhe faltou qualidade no chute.
Os últimos dias do Inter não têm sido fáceis... Primeiro uma derrota em casa para o Botafogo, depois a interdição do Beira-Rio até o fim das obras para a Copa do Mundo e, por fim, o término da nova novela do Inter: Sandro Silva foi dispensado. Tenho a impressão de que o Inter se livra de um jogador que fala mais do que deve, que não merece vestir a camisa colorada e quer que tudo se cumpra conforme suas ordens. Luigi e Fernandão podem até ser lentos, mas têm punho firme. Sandro Silva fazia partidas boas pelo Inter, mas o clube não se curvaria diante de seus pedidos por um salário astronômico.
O fato positivo desses últimos dias aconteceu hoje, o que óbvio e muito esperado. Um abismo separa Sport e Inter em termos de qualidade e técnica. O time da casa até tentou impor um certo controle nos primeiros minutos, mas aos 13, Bruno Aguiar tentou cortar uma bola que Oscar cruzou e acabou fazendo um gol contra. O Guiñazu jogou como um monstro, parecia que estava na flor de seus 20 anos. Depois de Dagoberto tocar para Damião, este tocou para El Cholo, que invadiu a área, mas chutou sem força. Aquele era o primeiro esboço de uma partida sensacional que Guiñazu fazia com a camisa do Inter.
Na metade do primeiro tempo, uma sobra de bola ficou para Oscar tocar para Kleber, este invadiu a área e chutou forte. Magrão espalmou e a bola voltou para Oscar, o zagueiro se antecipou e fez o corte na cara do gol. Aí o Sport respondeu com Reinaldo, porém, o chute saiu alto demais. Aos 38 minutos, Dagoberto tocou para Oscar, que achou Guiñazu. O gringo invadiu a área e, em mais um capítulo seu na partida, cruzou para Damião que só teve o trabalho de colocar a bola para dentro do gol. De pé em pé até o fundo das redes.
O Inter poderia ter ampliado muito o placar no segundo tempo: Damião chutou forte, mas Magrão segurou; Índio até fez um gol de cabeça, mas estava impedido; de servido a servidor, Damião tocou para Dagoberto, que encheu o pé, mas a bola parou em Magrão; Guiñazu estava em noite iluminada, Marcos Aurélio tocou para o gringo invadir a área e chutar, mas a bola subiu demais e, enfim, foi a vez de Jajá não aproveitar a oportunidade.
O Sport é tão inferior ao Inter, mas tão inferior que se o Muriel tocou na bola foi para cobrar um que outro tiro de meta. Não foi um jogo brilhante do Inter por completo, mas foi um jogo magnífico do Guiñazu. Primeiro o gringo quase fez um gol, depois serviu Damião para que marcasse o segundo, depois ficou na cara do goleiro, mas lhe faltou a qualidade no chute para marcar... teve até passe de três dedos do El Cholo. Pablo Guiñazu tem uma garra incomparável.
O mais importante formam os 3 pontos somados na bagagem, temos quase que a obrigação de somar mais três contra o Bahia. E não mais repetir a perda de pontos dentro de casa como fizemos contra o Botafogo.
AVANTE, INTER!
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