Inter 3x0 Guarani
Com vários empates dos nossos perseguidos, confesso que ontem me deu um frio na espinha e eu tive medo de que o Inter levasse gol. Com 12 homens paradinhos em campo, o colorado viu uma bomba do time do bugre estourar na trave do Renan, que ficou meia hora tremendo.
“Parecia que a bola estava com preguiça de rolar. O primeiro tempo do jogo de hoje contra o Guarani foi morno, de bola lá e cá e nada de muito efetivo, tentativas frustradas de infiltrações e nota zero para a criatividade. D’Alessandro ensaiava uma e outra jogada, mas nenhuma que desconcertasse. Quando pode chutar, rolou para Alecsandro, que não chegou e desperdiçou a chance clara de gol. Nei era a válvula de escape, e além da função defensiva que cumpriu com competência marcando e desarmando, foi constantemente exigido no ataque (só faltando dar aquela aprimorada nos cruzamentos…). O bugre encaixou uma marcação apertada, que diminuiu os espaços e freou o colorado.
E aí, continuava assim: o Guarani atacava de lá, o Inter corria daqui, e nada de gol. O colorado, por vezes jogando de forma recuada e dando demasiada liberdade ao adversário, viu uma bola ir de encontro ao travessão de Renan. Mas o zero insistiu em ficar no placar e o juiz apitou para pôr fim à primeira etapa. Intervalo de jogo e mudança no time. E eis que, vinda do banco de reservas, surge a solução.
Sorondo e Matias deram lugar à Daniel e Glaydson, e repetindo a história de domingo passado, quem saiu da reserva mudou a história do jogo. Primeiro Daniel, que depois do inteligente passe de Giuliano mandou cruzado pra rede do Guarani. Aberto o placar, e foi questão de tempo pra que o outro suplente marcasse o seu. D’Alessandro, cobrando falta, mandou por cima da defesa adversária que correu na tentativa de uma linha de impedimento e esqueceu de Glaydson que, livre, empurrou para o gol.
Sem pressa e sem pressão, o Inter fechou a defesa e teve fôlego pra mais um. Giuliano driblou a marcação e chutou forte: 3 x 0 no placar, 3 pontos a mais na conta. A atuação não empolgou, mas o resultado compensa e alimenta o sonho do título. Em geral, o time não foi mal, não, apesar de sonolento em alguns momentos e de pequenas falhas individuais. E, felizmente, no próximo jogo Kleber está de volta. A cada oportunidade que tem o Juan me convence ainda mais do quão bom o nosso lateral esquerdo titular é.
Na mira, o Ceará. Nos próximos dias, Giuliano e D’Alessandro não estarão aí, desfalcando o meio campo e dando essa dorzinha de cabeça pro Roth. Esse é o “preço” que se paga por ter dois selecionáveis no plantel. Mas se continuar assim, não há com o que se preocupar: quem o Celso tira do banco, entra e resolve.”
Por Maiara Piovesana (globoesporte.com)
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