Queda na economia; alta taxa de desemprego; queda drástica do produto interno bruto (PIB). A valorização das ações na bolsa de valores despencou expressivamente, e este dia foi enumerado como a Quinta-Feira Negra. Começou, ali, um dos maiores aborrecimentos dos americanos. A ‘Grande Depressão’ ou ‘Crise de 29’, foi uma das piores torturas que o povo americano sofreu desde então.
Assim como os estadunidenses tiveram a horrorosa Quinta-Feira Negra, nós, colorados, tivemos a Terça-Feira Negra – pavorosamente negra. À medida que os Estados Unidos teve a baixa valorização das ações, o Internacional, no mesmo ritmo, deixou de receber de seus sócios 400 mil reais naquele mês.
A grande depressão de 1929 pode ser relativamente comparada à grande depressão vivida pelos colorados desde o catastrófico dia 14 de dezembro de 2010. Ao contrário da primeira, a segunda gigante depressão é mais recente, e deixa marcas visíveis nos rostos e corações vermelhos.
Os traços de tinta preta na folha branca do calendário emolduram os números um e quatro, que formam o dia quatorze. Quatorze de janeiro de dois mil e onze. Hoje, exatamente, completa um mês em que os colorados enfrentaram – e enfrentam – um calvário, uma dor infinita, incapaz de ser descrevida e incapaz de caber em nossos corações.
A alegria, euforia, ansiedade das últimas semanas dos corações vermelhos em campos brasileiros foram destruídas. Sonhos que desde 2006 inundam nossas mentes, foram destruídos. A dor maior é essa: de ter a convicção plena de que tínhamos a melhor condição de vencer, e fomos vencidos. Assim como há quatro anos batíamos “inapelavelmente” no Barcelona, fomos “inapelavelmente” abatidos.
A ferida dos vermelhos da Grande Depressão vai demorar para curar, mas jamais irá diminuir o amor pelo Inter. Ainda teremos muitas derrotas que irão nos doer, mas vão doer porque somos grandes. E grandes só querem vencer. Grandes são adaptados a vencer. Mas mais do que vitórias e títulos, teremos amor. Amor que jamais irá acabar, amor pelo Internacional.
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