sábado, 19 de fevereiro de 2011

Vaias unânimes

Inter B 1(4)x1(5) Cruzeiro

Despedida precoce. O Inter foi eliminado, em pleno Beira Rio, pelo Cruzeiro para a conquista da taça Piratini, nas quartas de final. O Inter B, que jogou a maior parte do Gauchão, jogou mal e não mereceu a classificação. O mesmo Cruzeiro que derrotou o colorado no primeiro jogo do Gauchão, não teve dó e nos venceu mais uma vez – merecidamente – nas cobranças de pênalti.

O resultado do primeiro tempo foi nada mais que justo. Em outras palavras, nem Inter e nem Cruzeiro jogaram e foram competentes o bastante para marcarem o gol. O Inter tentou algumas poucas vezes, mas a maioria delas, Leo – aquele mesmo que marcou o gol da vitória na primeira rodada do Gauchão – não deixava a bola penetrar na área cruzeirense. Em uma situação pior, o Cruzeiro tentou menos ainda... algumas corridas do Jô aqui, outras ali, mas nada de ameaçador. O Inter foi quem mais teve posse de bola e ataque na primeira etapa.

No segundo tempo o jogo virou – não no resultado –, antes o Inter atacava, agora só defendia. No finalzinho do primeiro tempo o Inter deu liberdade pro Cruzeiro e, durante quase todo o segundo tempo, os jogadores colorados deixaram o adversário gostar do jogo. Faísca e Diego Torres deram alguns sustos na torcida colorada, o que marcava o melhor momento dos cruzeirenses. Ali, Ricardo Goulart recebeu um belíssimo passe do Elton, ficou na cara do gol e aproveitou uma das poucas chances claras de gol que o Inter teve. Inter 1x0 Cruzeiro.

O nosso visitante não sentiu o gol, e a pressão continuou. Água mole, pedra dura, tanto bate até que fura – já dizia o filósofo –, e furou. Trinta minutos de pressão depois do gol de Goulart, Diego Torres apareceu, a zaga do Inter dormiu, ele chutou rasteiro e Agenor viu a vitória escapar por entre seus dedos. O jovem goleiro colorado até tentou segurar a bola, mas ela escapou e o Cruzeiro empatou.

Enderson Moreira achou bom de querer parecer Celso Roth e recuou todo o time – cara de um, “inteligência” do outro –, o resultado não poderia ser bom. O Inter continuou levando pressão dentro de casa e o time celeste poderia ter vencido com certa vantagem, porque aos 47 minutos do segundo tempo Romário fez falta em Jô na entrada da área, que cobrou, mas pra fora. O jogo acabou e a decisão foi para as penalidades máximas. Para o Inter, Guto, Juliano, Marinho e Thiago Humberto converteram, mas Marquinhos – que foi mal no jogo – chutou fraco e o goleiro Fábio defendeu. Pelo Cruzeiro, acertaram suas cobranças Alberto, Léo Maringá, Zada e Juninho Botelho. Rafael bateu para fora.


O Inter saiu de campo muito vaiados. Todos que viram o Inter B jogar o Gauchão sabiam do risco que corríamos ao escalar o time dos meninos para um jogo importante como esse. Moreira e Roth têm as mesmas formas de jogar, a mesma retranca e a mesma mania de querer insistir em um modelo de jogo que o time vem “patinando” pra vencer. As vaias, tanto pro time B quando A, não foram especificamente para os jogadores, mas também para o técnico e a direção. O esquema de jogo, como sempre, prejudicou jogadores como Guto, que ficou isolado na área.

Agora o foco é a Libertadores. Temos jogo contra o Jaguares, quarta. O compromisso dos torcedores é lotar o estádio e empurrar o time para vencermos mais essa batalha.

Avante, Inter!

Um comentário:

Aninha disse...

Ótimo post, como sempre!
E falou TUDO, vaias foram unânimes e merecidas.
Agora, é focar no jogo de quarta, e apoiar como sempre fizemos!

Vamos, Inter!