quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

O hermano, o árbitro e a injustiça

Emelec 1x1 Inter

Bolatti e D'alessandro, os hermanos, comemorando o gol
As horas não passavam. A tarde não passava. O dia não passava e a hora do jogo não vinha. Parecíamos estreantes em competições internacionais. Éramos estreantes, mas na Libertadores 2011, contra o Emelec – que não tem tradição em Libertadores, mas tenho receio de times sem tradição...

A ansiedade para ver o Inter estrear na Libertadores 2011 era incontrolável, mas mais incontrolável foi o temor de ver que a bola não entrava. O primeiro tempo teve um ou dois chutes do Emelec ao gol do Lauro, porém, sem oferecer riscos. Já o Inter dominou praticamente todo o primeiro tempo, teve chances claríssimas com Zé Roberto e Damião. O primeiro perdeu um gol quase feito, só ele e o goleiro, mas chutou pra fora... do estádio.

O segundo, Leandro Damião, mostrou, mais uma vez, porque veste a 9. Foi o que mais ofereceu perigo ao gol do Emelec, cabeceou várias vezes e quase fez um golaço, onde driblou três e deu uma cavadinha na bola, mas o zagueiro equatoriano voou literalmente e conseguiu tira-la de quase dentro do gol. Já o Nei tentou repetir o feito de 2010, também na estreia do Inter na Libertadores contra o mesmo Emelec, que fez um golaço de fora da área. O carequinha tentou uma, duas, três vezes, mas nada conseguiu. Além de arriscar ao gol, Nei expulsava qualquer bola perigosa que voasse na área colorada.

O Inter teve mais posse de bola, foi mais ofensivo, teve muito mais chances claras de gol que o Emelec, mas a bola, caprichosamente, nunca entrava. Até que ele, o estreante salvador, de 1,90m, meteu a cabeça na bola e abriu o placar – Bolatti entrou no lugar de Tinga, que sentia dores e nem foi para o jogo. O Hermano estava louvo para estrear e nós, loucos para vê-lo... Bolatti não foi estrela e nem o melhor do jogo, mas além de ter habilidade com a bola nós pés, o argentino joga sem ela também. Corre, posiciona-se muito bem, grita com os companheiros, ataca e defende quando precisa.

A grande “atração” do jogo – ironicamente falando – foi o árbitro. Digo atração por ele ter chamado a atenção de todo mundo pela sua falta de competência. A FIFA, cada vez mais, escolhe árbitros perebas para jogos importantes como Libertadores, e isso não é de hoje. Além de ter deixado o jogo correr livremente – mesmo com carrinhos fortes e faltas horrendas – deixou de marcar um pênalti claríssimo cometido no Sorondo. Esse até a tia Mariazinha viu, o árbitro que estava em cima do lance, não. D'alessandro foi o mais "atropelado" pelos equatorianos e, na maioria das vezes, o árbitro não viu. Há muito tempo a FIFA comete esse tipo de fiasco. Então, se não está bom, muda. Coloca carinhas novas no mundo do apito – novas e mais responsáveis/competentes.

Voltando ao jogo com bola rolando, aos 49 minutos do segundo tempo, Guiñazu cometeu uma falta no jogador equatoriano, que cobrou, Lauro saiu do gol para caçar borboletas e, Gimenez, cabeceou para o gol. Injustamente o Emelec empatou. O Lauro pode ter sua parcela de culpa, no gol do Emelec, reduzida, pois não há como negar que ele foi muito bem durante todo o jogo.

Cavenaghi, D’alessandro e Bolatti... Esse trio vai dar muito trabalho para a zaga adversária – isso se tivermos técnico a altura do Internacional, que saiba explorar tudo de bom que o colorado tem hoje. Celso Roth acertou na mosca ao tirar Zé Roberto, que não foi bem, e colocar Cavegol em seu lugar, mas errou em tirar o Damião. O técnico do Internacional ou é ingênuo, ou burro demais. Se quisermos ganhar a Libertadores sem ataques cardíacos, temos que mudar de técnico. O clico do Celso no Inter já acabou. Se Giovanni e Siegmann nada fizerem, vão ter seus mandados manchados pela presença do Roth. Precisamos de um técnico inteligente o suficiente para montar o lindo elenco que temos hoje e fazer isso resultar em gols, vitórias.

O mais importante agora, é que a nossa classificação não está ameaçada. Podíamos ter saído do Equador com uma vitória, mas cedemos o empate... com gosto de derrota. Quarta-feira daremos mais um passo na nossa trajetória para passar mais uma mão de tinta vermelha na América!

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