domingo, 13 de março de 2011

A genialidade surreal de Damião...

... mas nem tudo foram flores.

Caxias 3x3 Inter

O jogo lá no estádio centenário contou com vários torcedores colorados e muito, mas muito jogo quente, pegado. A defesa do Inter dava a impressão de ter voltado da balada e ter ido jogar; não tínhamos posse de bola, não tínhamos ataque, não tínhamos setor defensivo. Os torcedores colorados estavam pilhados com a bela atuação que fizemos contra o Ypiranga, mas hoje nem tudo foram flores, e a preocupação começou invadir a cabeça dos colorados quando o “pequeno grande furacão” Oscar perdeu, infantilmente, a bola no meio campo e o Caxias – com jogadores iguais ao papa-léguas – puxou contra ataque e marcou com Itaqui. Depois disso – exceto os gols do gênio Damião – o Inter fez muita lambança no primeiro tempo.

A estrela do gênio Damião brilhou pela primeira vez no jogo quando Oscar cruzou para Tinga no último centímetro de campo que lhe restava, o cabeludo chutou em cima do goleiro e a bola voltou pra Damião, que a esperou quicar no chão, e bateu pra empatar o jogo. Logo em seguida, em uma única jogada que Zé Roberto fez no jogo inteiro, ele foi derrubado dentro da área e o árbitro marcou corretamente o pênalti. O único cobrador de pênalti do Inter em campo não estava informado de que o goleiro caxiense, na maioria das vezes, cai pro lado esquerdo – assim foi nos três dos quatro pênaltis que ele pegou e assim também foi contra o Grêmio. Zé Roberto cobrou com a calma que um bebum tem (não que ele seja um), Sangalli não precisou fazer esforço nenhum para defender. O Inter tinha todas as ferramentas possíveis pra virar o jogo, mas Zé errou grotescamente.

Aí vem aquele ditado que os filósofos e os colorados estão cansados de repetir: Quem não faz, leva. Nem dois minutos depois da cobrança horrorosa do pênalti, Waldison colocou o Caxias na frente fazendo Celso Roth repetir aquela expressão de desaprovamento com o time, porém, sem nada fazer. A estrela do menino-gênio resolveu voltar a brilhar no jogo onde, mesmo impedido, Damião achou a sobra de bola e marcou mais uma vez pra ficar tudo igual: 2 a 2.
O Caxias mostrou que não tem medo de jogar com time grande e que não joga como a maioria dos times com menos tradição: no erro do adversário. Os caxienses ousaram, atacaram e marcaram. O árbitro ousou também, em dar inúmeras, incontáveis faltas pro Caxias na entrada da área, mas não eles conseguiram converter nenhuma em gol.

O segundo tempo voltou com um ritmo menor. Celso Roth tirou Massari e Sorondo alegando que estes “sentiram” o jogo, colocou Índio e Juan. Zé Roberto que jogou assustadoramente mal continuou para nada fazer em campo... Enquanto a torcida pedia em unanimidade por Sobis, Zé Roberto caminhava em campo, sem vontade, molengo. Aos quase 30 minutos da etapa complementar o molengo saiu de campo muito vaiado para a entrada do idolatrado Rafael. A voz do povo é a voz de Deus: Sobis, em 30 segundos, fez muito mais que Zé Roberto em 29 minutos. Logo depois da substituição Tinga subiu livre, mas bobeou, esperou a zaga adversária voltar e Damião apareceu por lá. Tinga tocou pro menino que foi interceptado pelos caxienses, perdendo um gol quase feito.

O excepcional, extravagante e inquestionavelmente goleador Damião resolveu fazer mais um gol pra pedir música e colocar o Inter na frente mais uma vez.  Só que outra vez o ditado popular ousara em se repetir: Quem não faz, leva, e aos 45 do segundo tempo Éverton – ex-Inter – fez um golaço e empatou a partida. O Inter até tentou com um belíssimo chute de Rafael Sobis e outra cabeçada do Damião, mas o jogaço acabou em empate e um ponto pra cada lado. O goleador colorado acabou com o jogo, agora ele chega a
 uma média altíssima: são 7 jogos com 12 gols marcados. Já são três domingos que o garoto pede música no Fantástico... Damião está DEMAIS!

O melhor no jogo foi, sem sombra nenhuma de dúvidas, Leandro Gol Damião e o pior foi Ceslo Roth – como sempre. O técnico do Inter deve adorar ser chamado de burro; hoje ele elogiou Zé Roberto e disse a Oscar que ele “pode melhorar”; são atitudes como essa que provam que Celso Juarez não pode e nem deve mais ser técnico de time grande como o Inter. O colorado está sem muito ritmo – depois de ter ficado 16 dias só treinando por consequência da precoce eliminação do time B, na Taça Piratini –, mas nenhum colorado vai ligar pra isso quando se vê substituições como as de hoje, quando se vê esquemas de jogo retranqueiros até o último fio, quando se vê declarações de que Oscar pode melhorar quando na verdade o menino está deslanchando ótimo futebol digno de um camisa 10 – mesmo que provisório. Declarações essas que saem inacreditavelmente da boca de um técnico que tem uma Ferrari novinha em folha na garagem, mas complica, mexe e remexe fazendo do carrão uma caranga que anda aos trancos e barrancos.

Ó, um recadinho pro Zé Roberto: Ou o senhor faça-nos o obséquio de deixar a ressaca do sábado pra trás e jogar, ou faremos o obséquio de lhe deixar sem clube. Ou veste a camisa e faça por merecer, ou vai ser chutado do Inter junto com o Celso. Outro pro Roth: O Muricy não é mais técnico do Fluminense então, a qualquer momento ele pode ser técnico do Inter.

O que faltou pra sairmos com a vitória do estádio centenário foi os... 


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