quarta-feira, 16 de março de 2011

É só não atrapalhar, Celso.

Jorge Wilstermann 1x4 Inter



O Inter venceu e convenceu. Bateu o Jorge Wilstermann, na Bolívia, por 4 a 1 e continua buscando os primeiros lugares da fase inicial da Libertadores para ter vantagens a partir do mata-mata. E, começou a construir a vitória no domingo, às 19h, quando Muricy Ramalho pediu demissão do Fluminense. Não entendeu? Pois bem. Veja o que a sombra de um grande profissional faz. Celso Roth abriu mão de sua principal convicção: tornar o time medíocre e contrariar lógica, escalando o garoto Oscar, em detrimento de Wilson Mathias – que, aliás, sugiro procurar um orientador vocacional. Sua profissão não é jogador de futebol. Não, não, não.

Com Oscar, a equipe ganha a principal característica de um time vencedor: o improviso. Nunca se sabe o que Oscar vai fazer. Se, dribla pra direita, esquerda, se arremata, se tabela... É o que, de mais próximo, temos, de D’Alessandro. E, quando (e, se Roth permitir) os dois conseguirem atuar juntos... Lamento para os adversários. Um craque afirmado e um gênio em potencial, municiando o melhor centroavante surgido nos pampas nos últimos anos: Leandro Damião! O DJ dos gols do Fantástico. Um jogador completo. Um centroavante fantástico. Um novo ídolo colorado!

O Jorge Wilstermann bem que tentou estragar a festa. Abriu os trabalhos marcando com o zagueiro Brown. A zaga do Inter, pelo alto, é um “Deus nos acuda!”. Há horas... Mas, o time do “seu Jorge” era tão fraco, que o mesmo Brown justificou toda aquela ruindade da sua equipe, ao empatar, anotando contra.

Leandro Damião não manteve a média de três gols por jogo. Pelé também não conseguiu manter. Nem Messi, atualmente. Mas Damião marcou o seu. Um cabeceio mortal, num lance de coragem e raro oportunismo. Depois, deu um presente para o combalido Zé Roberto, que fez o terceiro do Inter no jogo.
O primeiro tempo, frenético, chegou ao fim com o jogo controlado. Então, Roth aprontou das suas. Tinga, que, infelizmente não consegue manter um padrão físico adequado para adquirir ritmo de jogo, saiu no intervalo, sentindo dores. Quem o tal Juarez enfia no jogo? O Espetacular! Wilson Mathias!

O Inter começou sonolento a etapa complementar (seria uma coincidência pela entrada do glorioso WM?). Podia ter saído da Bolívia com o avião carregado de gols. Mas Roth deve temer pelo excesso de bagagem. Mathias garante isso: a pitada certa de mediocridade que tira o brilhantismo do meio-campo colorado e freia o time ofensivamente.

Administrando o resultado, o Inter ainda chegou ao seu quarto gol, através do lateral e atual capitão Kleber. Mas a melhor notícia do segundo tempo viria do Rio de Janeiro. Alecsandro não se acertou com o Galo e foi vendido ao Vasco. A notícia ainda é extra-oficial, mas foi confirmada pelo seu empresário (assim, o Vasco ratifica a tradição de um clube português, ora pois!). Aí, me pergunto: sentiremos mais falta de Alecone com a camisa 9 do Inter ou do nosso apêndice? Difícil, hein ô Batista?

O interessante é que o Inter faturou mais três pontos, goleou fora de casa, tem dois jogos no Beira-Rio, na virada do turno, e caminha a passos largos por uma América Tri Vermelha. E quer saber o melhor disso tudo? Não é trote!

Por: Nando Rocha

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