Paulo Roberto Falcão versus Felipe Scolari no Beira Rio – local onde o Palmeiras não ganha desde 1997. O Inter jogava para defender o tabu e para vencer dentro de casa. Legal mesmo foi o público no Gigante, 25 mil pessoas lotaram metade do estádio para ver o Inter. Isso era bem raro ano passado... E esse foi o tipo de jogo que se perde empatando.
O Inter começou o jogo quente. Teve mais posse de bola e, até os 15 minutos, só atacou e o Palmeiras só defendeu. Porém, a melhor chance de gol foi do Palmeiras com Assunção de falta, no ângulo, que Renan brilhantemente catou. O Damião conseguiu cabecear quatro vezes, mas sem balançar a rede. Uma das coisas que o Falcão ainda não conseguiu corrigir é o Damião isolado lá na frente. Além disso, ele volta pra defesa pra catar a bola e puxar contra ataque.
Agora, amigos, o que impressiona mesmo no Leandro Damião é a multifuncionalidade desse guri – bobo foi o Mano que não o levou para a Copa América; feliz ficamos nós, colorados. Ele chuta de fora da área, domina com classe e passa, cabeceia espetacularmente e tira bolas perigosas de dentro da área colorada. A duas melhores chances do Inter saiu dele, a primeira em um cabeceio que quase entrou no ângulo; a segunda foi quando ele dominou e um passe inteligentíssimo para D’alessandro, mas a bola subiu um pouquinho.
A maior deficiência do Inter no primeiro tempo foi, repito, o isolamento do Damião e a falta de jogada pelas laterais – tudo bem, nossos laterais são mancos e debiloides – e os poucos arremates a gol. Em contra resposta, alguém diria que a forte marcação que o Palmeiras induzia os jogadores colorados a erras passes. Obviamente, a razão de que o Palmeiras marcava tão bem a ponto de fazer o Inter errar passes é uma desculpa... O time colorado é que vêm errando horrores de passes todos os jogos. Esse erro é gritante.
No comecinho do segundo tempo, Damião ia recebendo a bola para marcar o gol e, só com sua presença, ele assustou o zagueiro palmeirense que fez um golaço... contra. Aí, um minuto depois, a bola bateu no Rodrigo e Renan não conseguiu alcança-la. Gol... contra.
O segundo tempo do Inter foi horroroso. O Rodrigo cobrou a falta lá no boteco da tia que vende sorvete seco, o Renan falhou no chute do Palmeiras para o gol e muitos erros de passe. A chance mais perigosa de gol saiu da cabeça do Gilberto, que entrou no lugar do Tinga. Tinga que por sinal fez uma partida bem ruim... errou muitos passes. Então, era a hora da estrela do Damião aparecer. D’alessandro cobrou escanteio, Rodrigo cabeceou e Zé Roberto ajeitou com o... com os... o... enfim, com as partes baixas e Damião veio de trás e meteu pro gol.
Repito as palavras do Zé Roberto: O Inter deixou muito a desejar hoje. Correu loucamente nos últimos 15 minutos em busca do gol, e isso se chama vontade (já uma louca evolução). Porém, Falcão não pode mais deixar o adversário fazer carnaval fora de época na nossa defesa. Luiz Felipe Scolari está na frente de Paulo Roberto Falcão. Empate em casa nunca é bom, ainda mais quando se perde mais em casa do que fora.
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