O Inter jogava hoje para recuperar o prestígio, a confiança do torcedor. Jogava também para garantir três pontos a mais na tabela e espantar a má fase. Apesar de estar jogando bem longe de casa, quem mais parecia estar jogando fora era o América, já que só teve torcida colorada no estádio, além de alguns gremistas que adoram ser um pouco colorados.
O Falcão havia avisado que “a semana foi produtiva”...
Quem deu show no estádio Morenão, principalmente no primeiro tempo, não foi nenhum morenão. O cara que deu show foi Oscar, magricelo. O menino que o Falcão queria que ficasse seis meses parado para criar massa muscular. Esse menino arruinou a noite do América, deixou o amigo Glauber caído, destroçado no chão, por várias vezes.
O Inter, quase que surpreendentemente, fez um ótimo primeiro tempo. Oscar marcou o primeiro gol do jogo onde ele mesmo foi o zagueiro, meio campo e, por fim, o atacante que empurrou a bola para o gol. O segundo gol veio dois minutos depois, onde Oscar, de novo, fez belíssima jogada para o gringo, El Cabezón, acertar um belo chute.
O amigo Glauber vai ter pesadelos à noite. Em um lance onde o Oscar já tinha driblado dois, ele parou frente a frente com Glauber que, por medo ou precaução, saiu da frente do menino colorado como quem diz: “não quero tomar firula”. Nessa jogada nada aconteceu, mas na seguinte, onde Oscar fez fila de novo, tocou para o D’alessandro fazer o gol. Aos 22, Oscar recebeu lançamento de Rodrigo e ficou cara a cara com o gol adversário. Consciente, bateu no canto direito do goleiro para decretar o show. Com esse gol, o Inter conseguiu marcar três vezes em 22 minutos.
O segundo tempo veio e o Inter dormiu com o resultado a seu favor. O América começou a gostar do jogo e marcou um gol com Rodriguinho. O Inter acordou junto com o gol do América. Zé Roberto partiu em velocidade, deixou o marcador pra trás e tocou a bola para Cavenaghi, livre, sem goleiro, marcar o último gol do Inter. O América marcou mais um, mas não estragou a festa dos torcedores que estavam no Morenão.
O Inter, ofensivamente, foi um time beirando a perfeição. Em contrapartida defensivamente...
O Nei que sempre era o cara que se destacava pela sua ruindade, hoje pode ser “substituído” pelo Rodrigo que, me desculpe, mas mereceria o banco. Nos dois gols feitos pelo América-MG a culpa foi quase exclusiva do Rodrigo – se bem que o Bolívar já podia se aposentar... Mas não tem como negar que o Inter evoluiu. Na verdade, os dois últimos – e primeiros – jogos do Brasileirão não foram partidas mal jogadas, o resultado foi ruim somado com algumas deficiências evidentes no Inter. Há muito o Inter não fazia gol de contra-ataque, hoje fez com o menino Oscar – aí está uma das evoluções. Acredito que hoje o guri assinou o passaporte de titular do Internacional. O Zé Roberto foi inquestionável, jogou muito bem. Aliás, ele vem fazendo partidas quase perfeitas desde o Gre-Nal. Merece, assim com o Oscar, ser titular.
O amigo Carleto, lateral do América que arrumou briga com o D’alessandro, disse que o gringo “tinha que ter brigado com o Peñarol, que eliminou ele dentro de casa”. O dia que o amigo jogar em um time do porte do Internacional e participar de uma Libertadores, ele que venha falar comigo.
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