quinta-feira, 21 de julho de 2011

Andrezinho: a luz no fim do túnel. A esperança.

Avaí 1x3 Inter

A semana foi longa, conturbada, difícil de ser digerida. Falcão sai do Inter com a desaprovação da grande maioria dos torcedores, Siegmann sai junto. Fernandão capitão planeta chega e acalma os ânimos dos colorados. Inter sem técnico enfrenta o Avaí e sábado embarca para Munique onde encara gigantes como Bayern, Barcelona e Milan. Torcedor pensa de quanto que vai perder para o Avaí e depois para o Barcelona, jogador pensa que não terá treinador e não sabe a derrota que poderá sofrer.

Antes da Copa Audi, um jogo na maravilhosa Florianópolis contra o Avaí – grande favorito ao rebaixamento. O gramado da Ressacada era igual àquele que a vó coloca a vaca pastar. O primeiro tempo foi aquela “naba” que a gente pensou que ia acabar empatado sem gols, durante a “naba” do jogo, Zé Roberto sentiu o púbis e saiu – vai ficar fora da Copa Audi também –, e Osmar Loss colocou Fabrício em seu lugar. O Fabrício conseguia matar todas as jogadas do Inter na primeira etapa; a bola caía no pé dele, pronto, acabava ali a posse de bola do Inter. Eis que a figura sóbria do árbitro mais uma vez nos jogos do Inter resolve dar às caras pra valer. O amigo avaiano William partiu pela área colorada e Bolivão foi dar cobertura. O centroavante do Avaí vai chutar a gol, mas não achou a bola.

O camarada protagoniza do ato mais bisonho do jogo, fura em bola, chuta o ar; roda com o impulso que fez para chutar e cai feito uma batata no chão. Aí, o amigo árbitro leva o apito à boca e marca pênalti. No meu tempo furar em bola não era pênalti, não sei agora com essas tecnologias aí... De um lado William, do outro Muralhael. O centroavante bateu o pênalti, Muriel catou e novamente ninguém foi marcar o batedor do pênalti caso tenha rebote. O rebote aconteceu e William marcou.

No começo do segundo tempo parecia que as coisas não mudariam de rumo. Até 15 minutos Loss ousou, tirou Guiñazu e colocou o homem que mudaria a história do jogo. Andrezinho ficou três meses parado e estava voltando de lesão, é, aquele mesmo que jogou quebrado no greNAL onde ganhamos o título... Andrezinho entrou, o time entrosou, tornou-se ofensivo e a virada aconteceu.

O primeiro gol saiu quando D’alessandro cobrou a lateral para Nei, para Andrezinho, para Tinga, Andrezinho, Damião na área. Damião estava de costas para o gol, segurou o marcador com ele e deu um toquezinho para Andrezinho concluir. Feito. A virada inacreditavelmente saiu dos pés do Nei – ele que foi vaiado no começo do jogo. Depois de um belo passe de Tinga, Nei cruzou perfeitamente (sim, eu disse perfeitamente), na medida, certinho na cabeça do Damião. O garoto se livrou da marcação, meteu a cabeça na bola e correu para o abraço.

Aí veio o último gol com mais uma participação do Andrezinho. Ele deu um toque magnífico para Damião na entrada da área e o menino não foi fominha, tocou para o D’alessandro que estava livre, e  o gringo não titubeou.


 O Internacional não fez mais que a sua obrigação em vencer o Avaí. O presidente Giovani Luigi respira em um sono aliviado essas horas. O Andrezinho vinha sendo muito importante para o Inter antes de se lesionar, foi peça fundamental na conquista do Gauchão. Hoje não foi diferente, ele participou dos três gols colorado e mudou completamente a história do jogo, trouxe esperança e confiança aos torcedores. O Nei me surpreendeu e aposto que surpreendeu todo mundo. Ele disse que não ligava nem um pouco para o que a torcida dizia ou pensava dele, ele é um pouco mal agradecido, mas não posso deixar de elogiar a partida do careca. É tão surpreendente ver o Nei jogando bem quanto ver políticos honestos e dignos.

Sábado embarcamos – sem técnico – para Munique onde encontraremos Barcelona, Bayern e Milan. Esse torneio vai ser para embalar e fazer o Inter sair da crise, ou afundá-lo ainda mais.

Avante, Inter!

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