terça-feira, 26 de julho de 2011

Gigante Diante de Gigante, Novamente!


Depois de cinco anos e meio, novamente de uniforme branco, o Internacional duelou com o atual melhor time do mundo: Barcelona. As circunstâncias eram outras, o torneio era outro. Alguns dos jogadores do “time C” – como estão dizendo por aí – do Barça eram nada mais, nada menos que Valdes, Abidal, Villa, Iniesta, Busquet... O Inter aparecia no meio de gigantes como Bayern, Milan e o próprio Barcelona. O time catalão vinha de pré-temporada sem alguns titulares. Em contrapartida, o Inter está no meio do Campeonato Brasileiro, porém, com desfalques de peso como Oscar, Zé Roberto, Índio, Juan e Guiñazu. O jogo, lógica e obviamente, não seria nem um pouco fácil para o Inter.

A bola rolou e um filme vermelho passou na cabeça de todos os colorados, junto veio o nervosismo e a tensão. O Barcelona começou o jogo como um Barcelona: toque de bola inquestionavelmente perfeito, rapidez e habilidade surreal de envolver o adversário com seu toque de bola. O técnico do adversário, Guardiola, tirou o paletó e apareceu com uma camisa de gola polo – talvez pela despreocupação com o adversário “fácil”. D’alessandro lançou para Damião que sairia livre se não tivesse dominado a bola com o braço. Andrezinho chutou, mas se a bola não fosse ao encontro da lua talvez levasse perigo ao Barcelona.

O Barcelona foi mais eficiente. Muito mais. Para deixar o torcedor com o coração na mão, Bolatti fez uma falta dura na entrada da área e Iniesta se preparou para a cobrança. O batedor rolou a bola para Keita que, de primeira, deixou Tiago Alcântara na cara do gol e Muriel nada mais podia fazer. A defesa do Inter dormiu e Tiago concretizou o gol cinematográfico do Barcelona.

Depois do gol, aos 14, o Inter assistiu ao Barcelona tocar a bola e quem mais sofreu foi o Muriel. Aos 16 minutos, o adversário chutou na área e Muriel saiu na bola que já era do Nei e deu um tapa, ela sobrou para Afellay que ajeitou e meteu a bomba. Espetacularmente, Muriel espalmou e a bola bateu na trave. Depois de ter explodido na trave, a bola voltou para Afellay, mas ele chutou pra fora.

No segundo tempo o Inter voltou melhor, mais a vontade, mais solto. D’alessandro deu uma bola linda para Damião que precisava só chutar; o matador furou em bola, mas se recuperou e chutou outra vez: na rede pelo lado de fora. No lance seguinte, algo inacreditável, improvável e quase extraterrestre aconteceu: como há cinco anos e meio foi a hora de Gabirú fazer a torcida beijar seus pés, hoje, Nei “mitou”, literalmente. Com outro passe brilhante do D’alessandro, Damião correu para a bola, mas ela bateu no goleiro e voltou para o Nei que, de primeira, não errou o alvo e empatou a partida. Nei: o cara que foi pisoteado, criticado, odiado, que já foi chamado (inclusive por mim) de “avenida Nei”, hoje se redimiu e, se não tivesse o Muriel, foi o melhor no jogo. O careca fez o gol e calou a boca de quem o criticava (eu).
Logo após o gol, Andrezinho foi evitar uma saída de bola na área do Barcelona e “cruzou” na trave – que deve estar tremendo até agora. O empate durou sete minutos porque, ao 17, Jonathan dos Santos recebeu a bola com a defesa do Inter em um sono profundo. O menino ficou de cara com o Muriel e o goleiro nada pode fazer.


 Faltando cinco minutos para o árbitro encerrar a partida, D’alessandro tenta outro passe para Damião, o goleiro Pinto se adianta, pega a bola e se atrapalha quando toca para o próprio Damião. O goleador do Inter bate para o gol livre e, não sei de onde, Abidal aparece voando no ar e tira a bola que já estava quase em cima da linha de cabeça para escanteio; Damião caiu de joelhos no gramado não acreditando que a bola não entrou. O garoto João Paulo foi para a cobrança de escanteio e não fez feio: meteu na cabeça do Damião. E aí, bola na cabeça do Damião todo mundo sabe o que acontece: rede.

A partida acabou empatada e foi para os pênaltis. Nas cobranças penais para o Barcelona, Villa, Jonathan, Carmona, Armando Lozano converteram, a cobrança de Jeffren Muriel catou. Para o Inter, Kleber fez, Leandro Damião chutou pra fora, João Paulo converteu. Zé Mário, por sua vez, o jovem de 19 anos estreando pelo Inter contra o melhor time do mundo, também chutou pra fora. Assim, o Inter perdeu por 4 a 2 no pênaltis e ficou sem a vaga para a final.

A verdade é que muitos clubes queriam estar naquele torneio, de brasileiro, somento o Inter estava. Não é todo dia que se ganha do Barcelona, não importa se for o time D ou Z. Não é nada fácil segurar um time que tem entre seus “reservas” Valdes, Abidal, Villa, Iniesta, Busquet... Continuamos invictos contra o Barcelona no tempo normal. Os rivais falam, mas isso é choradeira de quem queria estar lá, mas não pode, não tem competência e grandeza para estar entre os melhor do mundo. O Inter, além de embolsar uma boa grana, ganha ainda mais internacionalização. Esse empate serviu para mostrar para o mundo que se é difícil de ganhar do Barcelona, também é difícil derrubar e acabar com a vontade e a garra do Interacional. Esses menininhos novos que jogaram (estrearam) pelo Inter hoje já têm uma carga de experiência nas costas.

Inter joga amanhã com o Milan para decidir o terceiro lugar do torneio.

Avante, Inter. Orgulho do Brasil, primeiro no ranking da Conmebol e o centro das atenções de chacotas e piadinhas invejosas!

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