O frio que primeiro atrofia os dedos dos pés, depois o nariz, as mãos. Aquele ventinho gritantemente gelado que sopra do Guaíba. Adversário na zona de rebaixamento com um pontinho só na tabela. Inter sem D’alessandro, em contrapartida, com Oscar. O jogo teria lá suas dificuldades, mas durante a semana o Inter lutou para trazer de volta Oscar que já estava no Rio de Janeiro com a seleção, e o menino conseguiu furar o muro que era a defesa do Atlético.
O primeiro destaque vai para o árbitro, Paulo César Oliveira. O camarada teve dó do Furacão que está descendo ladeira abaixo agora, imagina depois com o Renato no comando, e tirou a noite para aliviar a situação do Portaluvas. Primeiro, anulou um gol legítimo do Bolívar que nem um deficiente visual marcaria falta no lance entre Zé Roberto e o goleiro Renan – o bandeirinha estava de frente para o lance e correu para o meio do campo validando o gol. Sem contar que marcava faltas bobas e não deixava o jogo correr. O problema é que a falta de qualidade ou imprecisão ou imparcialidade não parou por aí. O amigo ainda anulou um pênalti.
O Inter pressionou praticamente todo o primeiro tempo, tendo jogadas rápidas com Oscar, um chute na trave do Damião, outra corrida do Zé Roberto que mantém o padrão de jogo. No segundo tempo, o colorado deu uma caída de produção, mas continuava atacando. O Furacão tentou uma ou duas vezes, e Muralhael agarrou.
A ruindade do apitador (é uma ofensa para os árbitros de verdade chama-lo de árbitro) nem o frio ofuscaram o brilho da estrela do Oscar e Damião. Aos 30 minutos de jogo, Damião corre, briga, dança e deixa caído o adversário, passando a bola no meio das suas canetas para servir o armador e o armador, com passe do goleador, goleia. De primeira, Oscar chuta e o goleiro vê a bola passeando para dentro do gol. Mais três pontinhos na bagagem e terceira posição garantida.
Tudo de bom que se viu não foi só o bom futebol do Oscar, sendo decisivo, Damião dando passe, cabeceando, chutando de fora da área e de contrato renovado – para aqueles que diziam que o Damião estava vendido. Teve também o esforço do Nei. É impressionante como o careca está se dedicando, correndo, desarmando, mas precisa de 200 bolas cruzadas na área cada treinamento. Zé Roberto outra vez se destacou no time, corre, bota pra correr, chuta de fora da área, faz gol, desarma.
De 8 jogos, 7 estamos invictos. Isso é para aqueles que queriam e diziam que o Falcão caísse. É que aqui, no Gigante, nossos ídolos são respeitados e também são respeitosos. Aqui não tem ídolo-treinador bundão que aparece uma derrota e pede pra sair como em outros clubes por aí...
#rumoaoTETRA
(Contribuição grandiosa do Wellington Cabral no post. Colorado roxo até os cabelos e pé-quentíssimo que me ajudou e vai continuar me ajudando aqui no blog. Valeu, parceiro!)
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