Grêmio 2 (foguetório)x1 Inter
GreNAL é sempre greNAL. O Inter vinha de uma ressaca do título da Recopa, porém, com muitos desfalques da grandiosidade de D’alessandro. Depois de 11 anos de trajetórias na dupla grenal, finalmente Celso Roth conseguiu arrancar uma vitória em confrontos da dupla gaúcha. O Inter tinha pleno e total favoritismo pelos jogos e títulos que vem conquistando nos últimos tempos; não só pelas taças, mas pelo elenco colorado ser significantemente superior ao do segundinos.
Depois de abraçar saudosamente o técnico gremista – já que, com três ou quatro volantes, conquistamos a América com ele –, Bolívar deixou espaço para um cruzamento gremista e Índio, que estava louco pra marcar o gol, meteu o melão na bola contra o gol do Muriel. O goleiro colorado fez grande defesa e a bola sobrou para André Lima; aí, esse fazer gol é brabo. O jogo no primeiro tempo era equilibrado; o Inter segurava no meio campo para achar o Damião e o Grêmio metia chutão pra frente. O homem-gol do Brasil (Leandro Damião) recebeu marcação especial: Simon era o homem exclusivo para marcar o 9 colorado, fora os dois ou três rebaixados, quer dizer, gremistas, que às vezes vinham ajudar.
Algum jogador do Grêmio (jogadores de time pequeno não são muito falados na mídia e consequentemente não são conhecidos, não sei se esse cidadão carrega um nome) cruzou e achou Marquinhos desmarcado – o Bolívar devia estar tomando chocolate quente no bar da esquina – e Muriel assistiu à bola entrar no gol. O Inter, embebedado pelo bicampeonato da Recopa, sentiu o gol e recuou. Andrezinho e Oscar sentiam falta de laterais que subissem com eles e pouco jogaram.
Mas aí tio Índio, o homem colorado que deixa o Grêmio com as pernas bambas só em ouvir falar seu nome, se posicionou para Oscar cobrar uma falta. O garoto bateu, tio Índio correu até a segunda trave, voou e meteu o cabeção na bola; o Victor só levantou do chão para cumprimentar o veterano (veterano é modo educado de falar, Índio já é vovô) pelo gol de peixinho. Índio, zagueiro de 36 anos, com reumatismo e mal de Parkinson, é melhor que o André Lima e Leandro (o Neymar em versão “tô assustando criancinha") juntos.
Os desfalques do Inter eram: Guiñazu, Nei e D’alessandro. Boatos surgiram de que D’alessandro estaria indo para o futebol do Qatar e muitos colorados concordaram. Hoje, pra quem assistiu ao jogo, viu que – por mais que ele não esteja jogando espetacularmente bem – o gringo dá jeito no jogo, pensa o Inter e hoje fez muita falta (muita mesmo). D’alessandro não pode ser vendido até que não se encontre alguém a altura do Hermano; um camisa 10 digno de um camisa 10 de verdade como o D’alessandro é. E o Nei, que passou grande parte da sua vida no Inter sendo chacoteado e xingado pelas péssimas atuações que fazia, hoje fez uma falta gigantesca. Com o careca, Andrezinho tocaria para Oscar, que abriria para Nei e cruzaria para o Damião; sem ele hoje, as laterais estavam vazias. Oscar e Andrezinho eram uma ilha no meio campo porque Kleber – que vai dizer adeus ao Inter em breve – mascava chiclete no campo defensivo e não subia. Glaydson, por sua vez também no campo defensivo, cometia faltas e tocava errado. Mas quem mais errou foi Jô. O cara tá na profissão errada.
O Inter, mesmo com essa derrota, é muito superior ao arquirrival. Os colorados comemoraram 23 vitórias a mais que os segundinos. Quarta-feira teve foguetório para comemorar o título de bicampeão da Recopa, hoje teve foguetório por causa... Por causa de quê? Ah, deve ser porque o Grêmio ganhou o greNAL (???).
2 comentários:
Guria, acompanho há algum tempo teus posts, só não tinha tido tempo de comentar. Concordo com tudo o que falasse. D'Ale faz muita falta (mesmo não que nos últimos jogos ele não tenha tido um desempenha excelente), acho que ele é a alma do Inter, quando não está em campo, o time perde demais. Damião foi anulado a gazelada estava APAVORADA com o Damigol. Acho que precisamos URGENTEMENTE de uma renovação na zaga, porque a situação só tende a piorar, não achas? Bem, adorei o apelido carinhoso de segundinos (é isso?) hahah. Volto outro hora, gosto muito do que escreves, beijos!
A essência do D'alessandro é essa: comandar o time. O D'ale dita o ritmo do jogo e os companheiros o acompanham. O Celso Roth foi esperto em anular o Damião, né? Mas a bola não chegava nele, porque ele sabe se virar com zagueiro. Nosso meio campo tava fraquinho, não tínhamos jogadas pelos flancos. Índio tá bem, Juan foi vendido, fica complicado mesmo. Mesmo assim, os segundinos são beeeeeem inferiores a nós rsrrsrsrsr
Caterine, fico muito feliz que gosta dos meus textos e fico lisonjeada que me acompanha. Muito obrigada pela tua presença e comentário aqui. Obrigada mesmo! Beijão!
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