Inter 4x2 América-MG
Depois de quatro jogos sem vitória e um consequente distanciamento do G-4, o Inter recebeia o América-MG (lanterna do campeonato) com ingressos em uma promoção bem generosa. Como já era o esperado, Damião, depois do estrelato na seleção brasileira, voltou e ficou à disposição do técnico; D’alessandro voltou de lesão e fez o torcedor respirar um pouquinho mais aliviado pelo cérebro do time também estar à disposição; não era esperado público de final de campeonato, e isso aconteceu: 30 mil torcedores colorados formaram filas de perder de vista fora do Gigante para comprar ingressos.
O Inter começou o jogo com Andrezinho, Oscar e D’alessandro no meio e Damião no ataque no intuito de os meias aproximarem do centroavante, dando mais ofensividade ao time e pressionando a marcação do adversário. Pois bem, no primeiro ataque o Inter conseguiu um escanteio. Andrezinho cobrou milimetricamente correto na cabeça do Moledo que, fora da pequena área, meteu um “chutaço” com a cabeça trucidando o goleiro Neneca – depois de não sei quantas dezenas de jogos sem que um gol surgisse de uma cobrança de escanteio, o zagueiro conseguiu o feito.
D’alessandro – o cara que tanto fez falta nos outros jogos –, percebendo o adiantamento do goleiro, ajeitou a bola e meteu um balaço. Neneca se recuperou e espalmou pra fora. Aos oito minutos, cinco minutos após o primeiro gol, o trio colorado convocado para a seleção trocou uma belíssima tabela: Oscar tocou de calcanhar para Kleber, que infiltrou na área e cruzou para Damião empurrar a bola para o gol. Guiñazu também infiltrou na área, mas foi derrubado e o árbitro marcou pênalti. D’alessandro fez bela cobrança e marcou o terceiro gol do Inter em menos de 13 minutos de jogo.
No último jogo em que abrimos três gols de vantagens, “apagamos” e deixamos o adversário empatar. Hoje também houve apagão, mas foi um pouco menor. O América-MG cruzou uma bola na área e Nei – sem o mesmo pique e técnica dos últimos jogo (o bom futebol do Kleber deve ter ofuscado Nei) –, não pulou para tirar a bola, deixando-a para André Dias cabecear e marcar o gol. O Inter trocava bem a bola e Oscar deu jeito de espantar o apagão logo cedo: Depois de receber a bola na entrada da área, ele fintou o adversário, livrou-se dele e meteu a bola na gaveta do barraco de Neneca.
O jogo desse feriado da independência do Brasil foi assim: o ataque consertava erros gritantes da defesa. Mais uma vez o América-MG chegou com bola aérea na área colorada e Kemps cabeceou para o segundo gol do coelho. O segundo tempo veio e o Inter já não tinha mais o mesmo pique do primeiro. Andrezinho cobrou três faltas, mas o goleiro tratou de mandar a bola pra longe. D’alessandro fez a bola explodir no travessão.
O jogo pegou fogo quando houve uma confusão envolvendo D’alessandro – que foi caçado e espancado o jogo inteiro –, e por pouco o argentino não foi expulso. A partir daí o América partiu para o UFC, dando pancadas no hermano e principalmente em Leandro Damião. O Inter ainda procurava o quinto gol; fazendo a bola passar de pé em pé ela chegou em D’alessandro, que, sem pressa, gingou para um lado, gingou para outro e meteu um míssil para o gol. A bola explodiu na trave e balançou o barraco do Neneca. Andrezinho também procurou consolidar a vitória, mas na hora H errou o gol. Damião ainda conseguiu alcançar a bola, passou por um e fez o gol, mas mais uma vez erroneamente o árbitro anulou o gol alegando que o centroavante havia feito falta antes de fazer o gol. Errado, de novo.
O Inter é o ideal do meio pra frente. O Inter do meio pra frente corrige os erros feios do meio pra trás. Dorival conseguiu uma melhor ofensividade com D’alessandro, Oscar e Andrezinho servindo Damião, agora precisa arrumar a zaga. Com Bolívar ou sem Bolívar a zaga tá ruim do mesmo jeito – ou até pior. O Élton a cada dia se firma mais na equipe titular e o Kleber mostrou vontade de jogar. Agora precisamos engatar uma sequência de vitórias para conseguirmos encostar e fazer parte do G-4.
Avante, Inter!
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