domingo, 30 de outubro de 2011

UM. Apenas um pontinho...

Atlético-GO 0x1 Inter


Um número tão insignificante, com tão pouco reconhecimento nas nossas vidas, mas toda vez que um colorado ouvir falar ou escrever esse número nessa semana lembrará somente de uma única coisa: LIBERTADORES. Apenas uma vez o Inter conseguiu chegar tão próximo de uma vaga nesse ano, outra vez entrou no G-4, mas logo saiu. Com uma eliminação precoce e extremamente frustrante na última Libertadores – já que fomos eliminados do Mundial com um balde de água a 1200 graus negativos e apostávamos tudo na Libertadores 2011 pra curarmos a enorme ferida que nunca se cicatrizará –, agora apenas um ponto nos separa de entrar no G-5 e, de uma vez por todas, e segurar com unhas, garras e dentes essa vaga (podemos vibrar, mas não comemorar com direito a foguetório e avenida fechada feito certos torcedores por aí...).

O Inter tinha um desfalque de nada mais, nada menos que Andrés D’alessandro – o time ganhou somente uma partida sem El Cabezón –, Nei e Moledo também estavam fora cumprindo suspensão. Em contrapartida, recebíamos um reforço de nada mais, nada menos que Leandro Damião, o Damigol, depois de longos e quase eternos 39 dias lesionado. O Brasileirão sempre esquenta nas últimas rodadas, e nesse não foi diferente. Inter jogava uma decisão de mundial hoje contra o Atlético de Goiás. O time da casa, como todo time de casa, tem que se mostrar “machão” e Hernandes chutou do meio do caminho... Muriel só acompanhou. Logo depois, Kleber ultrapassou metade do time do Atlético, cruzou na cabeça de Tinga que errou a mira do gol.

O dono da casa deu um susto e tanto quando um atleticano pifou o outro livrinho da silva para marcar, o Anselmo deu de sola na bola e Muriel milagroso catou. Aí, Andrezinho recebeu bom passe de Tinga no bico da área, viu o goleiro adiantado e meteu por cobertura; a bola carinhosamente explodiu no travessão. Então, era chegada a hora de Leandro Damião entrar em ação num cruzamento preciso de Tinga na cabeça do goleador, ele cabeceou feito um míssil e Márcio fez uma defesa incrível. O Oscar – que até então, ironicamente, não tinha voltado da seleção sub-20 – fez belíssima jogada, limpou e bateu de direita. Márcio fez milagre e a bola voltou para Tinga e o zagueiro se jogou na frente do colorado e interceptou o chute.

Até que aos 15 minutos do segundo tempo, Kleber tocou para Oscar e correu para dentro da área para receber novamente; o lateral resolver arriscar daí mesmo à procura da felicidade e encontrou. Márcio pegou tudo até então, mas furou para sorte do Inter no gol de Kleber. Depois do gol o Inter pressionou mais... uma falta de Andrezinho, uma cabeçada de Damião, um chute de João Paulo. No último minuto de jogo, pifaram Marcão livre na cara do Muriel para marcar mas, por sorte, o homem estava com o pé bem mal calibrado (ufa!).O Inter não jogou maravilhosamente bem, e nem precisava, o que necessitávamos eram os três pontos e conseguimos. Os desfalques eram de extrema grandeza, o jogo era difícil e Damião voltou sem ritmo, porém com chances de marcar gol. D’alessandro fazia uma falta visível principalmente no primeiro tempo onde os meias não criavam, apenas tocavam bola, prendiam-na e Damião ficava furioso em ficar isolado no meio de uma ilha de atleticanos.

Finalmente saímos da sétima posição e pulamos para a sexta... O Inter sim tem motivos pra comemorar – e não como certos times que fecham avenidas pra comemorar uma vitória sobre um $ídolo$ $pilantra$ –, estamos a apenas um pontinho da zona da Libertadores e domingo enfrentamos o Fluminense do eterno Abelão e Rafael Sobis, dois dos maiores ídolos deste clube. Se ganharmos, o quarto lugar é nosso! Domingo não podemos tropeçar... Gigante da Beira Rio TEM QUE estar l o t a d o  e empurrar o time!

AVANTE, INTER!              

domingo, 23 de outubro de 2011

E se tivesse uma barreira...

Inter 1x1 Corinthians

Corinthians, o time tão favorecido pelos árbitros desde sua criação. O time que, com ajuda do apito, nos tirou o título do Brasileirão de 2005. A revanche poderia acontecer nesse domingo no Gigante da Beira Rio com mais de 40 mil pessoas quase lotando-o. Dos milhares de cantos do Rio Grande do Sul e do Brasil surgiam colorados no Beira Rio, tudo por uma vitória que nos colocaria dentro, ou quase, do G-5.


Nos primeiros 10 minutos de jogo, o Corinthians esboçou uma superioridade, mas logo depois o Inter tomou conta do jogo, teve mais posse de bola e muito mais finalizações. Moledo de cabeça, D’alessandro de fora da área, Nei de bico, Jô com sua ruindade e Oscar em um gol incrivelmente perdido quando Kleber cruzou e, com o pé esquerdo, o menino joga a bola pra fora. O Inter, mais uma vez, teve inúmeras, incontáveis chances para sair na frente no placar. Aos 42 minutos do primeiro tempo, Alessandro nocauteou Nei perto da lateral e foi expulso direto.

A rodada inteira facilitou a vida do Inter, só faltava o Inter facilitar a sua. E foi quando Kleber, no segundo tempo, cruzou e Nei acertou uma carecada na bola, Júlio César nada pode fazer, e a esperança dos colorados por uma vaga no G-5 subiu a cabeça. O Corinthians de novo tentou dominar o jogo, mas o Inter não deixou. O time visitante teve oportunidades quase nulas.

O Inter manteve a vitória até os 42 minutos do segundo tempo, quando D’alessandro fez uma falta dura em Alex e foi expulso. Pela segunda vez nesse Brasileirão, Muriel não forma a barreira pra cobrança de falta. Aí, nada mais, nada menos que Alex na cobrança da falta, de muito longe... gol. Sem contar que a bola bateria no Jô, caso ele não tirasse o corpo da bola - feito uma biba. O domingo que era pra ser de alegrias frustrou mais de 40 mil pessoas que saíram cabisbaixas do Gigante e mais a legião de colorados espalhados pelo mundo. O Jô mais um dia provou que é ruim pra caramba e que não merece nem o banco do Inter. Em contrapartida, o Nei se consagrou como o melhor lateral do Brasil hoje.  

Eu espero que nessas últimas rodadas o Inter não cumpra somente tabela, espero que eles deem o sangue em campo que ainda podemos conseguir a vaga no G-5. AVANTE, INTER!

domingo, 16 de outubro de 2011

La magia del Cabezón...

Inter 4x2 Avaí

Há alguns dias escrevi aqui no blog que “todo início de jogo nossa esperança se renova, mas morre todo o fim dele”. Nos últimos jogos eu vi um Inter totalmente aguerrido, raçudo e com muita vontade, e você sabe quem comandou esses jogos? Sabe? Maestro Andrés D’alessandro, el cabezón. Tinha relatado aqui também que sempre que o D’alessandro joga bem ele puxa todo o time junto dele. Você sabe o que o Inter provou hoje? Não sabe? Então vou lhe dizer: que o Sport Club Internacional, mais do que nunca, está lutando brava e heroicamente por uma vaga na Libertadores da América de 2012.

Você sabe por que isso está acontecendo? Por que os jogadores entram em campo não somente como profissionais, mas como torcedores. A prova disso é esse gringo que eu mencionei há pouco: D’alessandro vem sendo o nome do Inter depois da lesão do Damião. D’alessandro, há muito, não via o Beira Rio levantar e o ovacionar ao sair de campo... e ele está merecendo.


Como dito por Dorival no meio da semana, os times que lutam pra não cair são os mais perigosos; o Avaí ainda contou com a generosa ajuda do Inter que não entrou em campo no primeiro tempo: time meio apático, com a defesa sendo facilmente vazada, ataque zerado totalmente. Porém, o Inter tinha mais posse de bola, mas sem objetividade – é claro, pois o Jô estava em campo. Então, veio o que ninguém acreditava: aos 8 minutos, Robinho abre o placar com um gol onde a defesa desistiu do lance. O time visitante utilizava de uma linha de três volantes, marcando os meias, homem a homem, o que bloqueava a criação do colorado. Tivemos uma falta aqui e outra ali, um chute do D’ale que lambeu a trave, outro do João Paulo e assim acabou o primeiro tempo.

O intervalo foi um banho d’água para o Inter. Logo nos primeiros minutos do segundo tempo, João Paulo driblou um e levou uma trombada do outro. Falta que D’alessandro cobrou e, incrivelmente, resultou em gol; foi no cantinho embaixo, não tão forte, mas muito bem colocada. O gringo, maestro do time empatou o jogo e saiu feito louco, correndo pelo campo todo comemorando o gol. O Dorival viu que o Inter com o Jô era bem pior que sem ele, então, saiu o projeto-de-atacante e entrou Ilsinho em seu lugar – depois dessa transação, assim como contra o São Paulo, o Inter jogou bem melhor.

João Paulo driblou o zagueiro, meteu entre as pernas do pobre coitado e pifou D’alessandro, livre dentro da área, que chutou... pra fora. A nossa alegria pelo gol durou pouco: Guiñazu achou Leandrinho dentro da área, o atorou no meio e o árbitro marcou pênalti. William cobrou muito bem e Muriel nada pôde fazer. No lance seguinte ao pênalti, uma jogada muito bem trabalha pelo Inter que foi morrer na rede: Ilsinho tocou para Oscar, este para Guiñazu que abriu para Tinga e achou Oscar na ponta da área, o garoto driblou, foi pra cima e deu um tapa para D’alessandro ajeitar com um pé e bater com o outro, gol.

Um minuto depois: Juan tocou para Kleber que correu para perto da área, então, achou D’alessandro na ponta da mesma e o gringo devolveu para Kleber na marca do pênalti; o lateral ajeitou e bateu, gol! D’alessandro fez dois gols e deu passe para outro, comemorou feito uma criança. Minutinhos depois, Oscar ameaçava entrar na área e foi nocauteado. Falta que Nei cobrou e, assim como D’alessandro, marcou.

Jogo mais que emocionante! D’alessandro nos deu a prova viva de que o Inter está afim da Libertadores e os torcedores precisam lotar o estádio domingo, contra o Corinthians. Não teremos Damião e teremos Jô, mas o Inter provou que pode muito bem jogar sem atacante. El Cabezón vive uma fase extremamente brilhante. Esse gringo, mais uma vez, brincou de jogar bola e comandou a vitória do Inter além de mostrar muita garra e vontade. A magia do D'alessandro, literalmente, contagiou o time inteiro.

Avante, INTER!

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

A vida sem Damião...

São Paulo 0x0 Inter

Que o Damião se tornou um dos jogadores mais importantes do Inter na atualidade, não há o que contestar. Nos últimos jogos vivemos o drama de jogar sem atacante, mesmo que tivermos Jô ou Dellatorre – o primeiro domina a bola com a canela, o segundo mata jogadas do próprio Inter –, eles não chegam nem aos pés do Damião. Porém, quem vem fazendo o papel dos homens da frente são os meias ou o Índio. E pra esse jogo contra o São Paulo não seria diferente, já que o nosso “homem de referência” era o Dellatorre.

A briga seria de cachorro grande. O São Paulo teve uma leve superioridade sobre o Inter na posse de bola, porém, seu sistema ofensivo não funcionava nada bem. Cícero tentou, Dagoberto teve pena de chutar com força, Rivaldo tentou “mitar”, Rogério Ceni tentou surpreender Muriel de falta, todos com o pé torto. O momento de maior perigo foi levado pelo Inter: D’alessandro abriu para Ilsinho que driblou um e outro, por elevação este tocou para o gringo (que correu até o outro lado da área para receber) novamente, o hermano meteu um míssil de primeira e a bola raspou o travessão.

No segundo tempo o Inter melhorou e impôs mais respeito do São Paulo quando Dellatorre saiu para dar lugar a Fabrício e Andrezinho para a entrada de João Paulo. O Inter, sem centroavante, criou mais que com ele. Fabrício entregou a bola para Andrezinho na entrada da área, este achou D’alessandro quase na linha de fundo e o gringo tentou tocar por cobertura, a bola carinhosamente namorou a trave. O menino João Paulo – que precisa ser titular no lugar do André – driblou meio time do São Paulo dentro da área adversária e chutou, mas em cima do Rogério Ceni. João Paulo, de novo, driblou dois dentro da área e meteu o pé na bola, mas ela subiu demais.

Essa foi a tarde dos gols que não dá pra perder. O Inter pecou bastante nas finalizações e poderia ter saído com a vitória e três pontos na conta. O empate não seria um resultado ruim se o Inter não tivesse perdido pontos bobos dentro de casa, agora precisa recuperar fora. O futebol apresentado hoje não teve muita diferença do apresentado contra o Vasco, ou seja, o Inter jogou bem. D’alessandro mais uma vez jogo brilhantemente bem, só não fez dois gols por pura falta de sorte, atacou, armou e defendeu, ele foi literalmente multifuncional no jogo e mostrou mais uma vez que é extremamente essencial ao Inter.

O Rodrigo Moledo deve receber destaque pelas suas atuações magistrais... Pra quem tomava 3 gols em 15 minutos e agora não toma gols há alguns jogos, esse ponto positivo deve ser atribuído aos marcadores. O Moledo entrou no time pra não sair mais e o velho, barbudo, e com cabelo branco Índio, mostrou que ainda está em forma para defender o Inter. O nosso maior problema de hoje foi a falta de centroavante. A bola chegava na área e? E cadê o homem de referência pra empurrar a bola pro gol? O Dorival teve a coragem – pelo menos esse tem coragem de ousar – de tirar o Dellatorre e colocar o Fabrício que não tem nada a ver com a posição, mas criou muito mais que com o centroavante. Essa mudança deu certo, só faltou o homem de referência.

Resumindo: Faltou o Damião pra empurrar a bola para o gol.

domingo, 9 de outubro de 2011

Contra o líder, D’alessandro BRINCA de jogar futebol!

Inter 3 (poderia ter sido 6 ou 7)x0 Vasco

Na tarde ensolarada e quente de domingo, viria o líder do campeonato e um dos times mais equilibrados do Brasileirão com 54% de aproveitamento fora de casa. O temor de pegar o líder fez os colorados lotarem meio estádio pra empurrar o Inter de qualquer maneira para a vitória. Ganhar por meio a zero estava pra lá de bom. O Inter nos daria mais, muito mais alegria nesse domingo. O Inter mais uma vez nos alimentaria as esperanças por uma vaga na Libertadores e, agora mais do que nunca, pelo futebol apresentado, podemos confiar na vaga.

Mal começou o jogo e o Inter encurralou o Vasco no seu campo de defesa: Nei recebeu a bola do Jô que se protegeu do zagueiro com o corpo, abriu um espaço para Nei meter uma bomba. Fernando Prass catou. Logo depois, Jô roubou a bola de Prass na ponta da área e tentou por cobertura; a bola lambeu a trave. Meio minuto depois, Ilsinho penetrou pelo bico da área e chutou pra marcar, Fernando Prass fez outro milagre. O time do Inter inteiro corria feito louco em busca do gol e, no meio de um mar de oportunidades do colorado, o Vasco teve a sua com Diego Souza tentando uma bicicleta que Muriel defendeu bem.

O primeiro tempo acabou com o placar empatado sem gols e a apreensão começava a aparecer no rosto dos torcedores – eles mal sabiam o que estava por vir... Ao contrário do que muitos pensavam; ao contrário do que geralmente acontece, o Inter voltou com a mesma pegada do primeiro tempo. Kleber arrancou pelo lado e foi derrubado, mas a vantagem ficou para Andrezinho que achou D’alessandro livre dentro da área. O gringo ajeitou a bola e chutou, contou com o desvio da defesa e correu para os braços do Gigante da Beira Rio que entrou em erupção.

O fator mais importante nesse jogo foi: o Inter jogava muito superior ao adversário e no momento que fez o gol continuou atacando; não perdeu o ritmo. Foi isso que Andrezinho fez quando chutou cruzado e fez a bola lamber a trave lá onde a coruja dorme. Logo depois, o mesmo Andrezinho cobrou escanteio na cabeça de Bolatti e obrigou Prass a fazer outro milagre. André se machucou e deu lugar a João Paulo – até que enfim, João Paulo! – e já no cartão de visita, o garoto roubou a bola no meio campo, deixou meio time do Vasco pra trás, pedalou e driblou o zagueiro, meteu um balaço para o gol e Prass, como um gato, catou.

O Vasco ameaçou começar a querer jogar, já que até então o Inter teve domínio total do jogo, sem levar nenhum susto nem perigo, mas o maestro D’alessandro deu conta de começar a jogada que mataria o jogo: o gringo cobrou o escanteio na medida, na cabeça de Bolatti e Fernando Prass – ah, esse Fernando! – espalmou, mas a bola sobrou pra ele: o zagueiro que mais marcou gols com a camisa do Internacional, o zagueiro que mais marcou gols na história do Brasileirão em pontos corridos, plenos 36 anos de idade, cabeceia e corre para o abraço.

D’alessandro, o nome do jogo, o cérebro do Inter, saiu para a entrada de Tinga. O gringo viu quase 25 mil pessoas levantarem da arquibancada e o aplaudirem. Andrés D’alessandro saiu de campo merecidamente ovacionado! Mas o Inter ainda confirmaria o show: João Paulo recebeu de Kleber na ponta da área, e mais uma vez pedalou na frente do zagueiro, fez bela jogada e conseguiu tocar para Tinga que, com um toquinho sutil, fez o terceiro em cima do líder. Tinga ainda deu um balaço de fora da área que Prass espetacularmente espalmou.

O Vasco saiu do Beira Rio com “superávit”, no lucro... muito no lucro. O Inter tranquilamente poderia ter feito mais dois, três, quatro gols; só não fez porque o nosso adversário tem uma muralha no gol. Fernando Prass simplesmente fez 7 das 10 defesas difíceis. Os números não deixam mentir a superioridade do Inter: o time colorado teve 60% de posse de bola, enquanto o Vasco teve 40%. O Inter não teve Damião, mas teve D’alessandro. Coincidência ou não, o gringo jogou brilhantemente bem e o time inteiro deu show. Bolatti (sim, o lento) e Guiñazu (sim, o velho) deram outro ritmo ao Inter. Moledo e Índio foram impecáveis na zaga e também na bola aérea. O Vasco adiantava a marcação, mas o meio campo colorado conseguia a infiltração. O único que poderia render mais foi novamente o Jô. O D'alessandro... bem, esse aí foi indiscutível, inquestionável, impecável do gringo. O hermano simplesmente brincou de jogar bola, comandou a vitória do Inter e saiu de campo com a perna completamente esfolada e machucada por ter sido caçado o jogo inteiro. As marcas da batalha: 

O show do Justin Bieber (a biba!) é amanhã, mas o Inter já deu um show bem melhor hoje; colamos no grupo da Libertadores e ganhar de goleada do líder dá uma moral e tanto. O Inter fez sua melhor apresentação no returno e, talvez, do campeonato, todos os sistemas do Inter funcionaram em perfeita harmonia.

Ainda dá, Inter!

domingo, 2 de outubro de 2011

Erros e erros. Uma bola de neve de erros.

Atlético-PR 2x0 Inter

Quando o Atlético do Paraná veio nos visitar deu muito trabalho, mas ganhamos com um golzinho suado do Oscar. Seria justo que agora também os fizéssemos suar e, talvez, aproveitar o gritante desespero do Atlético para a fuga da zona de rebaixamento e sairmos do Paraná com mais três pontos na mala... Porém, o futebol apresentado no primeiro tempo pelas duas equipes foi muito ruim: um jogava no erro do outro; o Inter tinha maior posse de bola, mas quase nenhuma ofensividade.

O Bolívar voltou ao time – no lugar do Moledo, suspenso – e já no primeiro tempo mostrou o porquê das tantas críticas do torcedor colorado. O Bolívar era lento, apático, aí parou por algumas semanas e piorou... incrivelmente piorou. O fator Jô no primeiro tempo: não é nem a unha encravada e suja do Damião. A culpa não é inteiramente do Jô, Oscar e Ricardo Goulart mais marcavam que criavam para o atacante; D’alessandro tentava, mas não estava no seu dia. Assim, Jô não era abastecido, mas quando foi, errou sempre.

Fabrício havia deixado a bola na cabeça do Jô com ele livre, mas cabeceou pra fora. O atual centroavante do Inter não consegue dominar a bola, não consegue girar o corpo sobre o adversário, não sabe chutar. Veio o segundo tempo, o Inter havia começado a mostrar sua técnica e habilidade... Ricardo Goulart perdeu duas chances imperdíveis de marcar o gol, Oscar foi o responsável por perder outra. Todo mundo sabe o que acontece com quem tenta, tenta, tenta e não marca: leva!

O Jô até superou sua “falta de ritmo” – pra não ser grossa em dizer “sua ruindade” –, deu uma bela cabeçada e marcou o gol, mas erroneamente o árbitro anulou o gol. Aí o Inter perdeu a bola no campo de ataque, o paranaense veio pra cima do Bolívar e ele foi recuando, recuando, recuando até ele cruzar na cabeça de Nieto, livrinho da silva, para marcar o gol. A partir daí o Inter caiu, segurou a bola e criou pouco; o que criou, Ricardo Goulart deu jeito de matar a jogada.

No fim do jogo, mais um cruzamento e mais um gol de cabeça. A defesa do Inter sem o Moledo E COM O BOLÍVAR estava feito mosca tonta: não sabia aonde ia e nem se ia. O Bolívar ficou grudado no gramado e, coincidência ou não, a defesa desabou hoje com a participação dele. A culpa não foi só do ex-atual capitão, enquanto o Inter tiver empresários que possuem direitos sobre certos jogadores escalando certos atletas no time, veremos futebol como o de hoje, viveremos campeonatos como o Brasileiro desse ano.

Há muito o Inter está estagnado na sétima posição e, se sonharmos alto, podemos acabar o campeonato da mesma sétima posição. O gramado era muito ruim, a pressão da torcida era muito grande... tudo bem, mas o elenco do Inter teoricamente é superior a tudo isso. Essa foi a segunda derrota do Inter com Dorival no comando no meio de um mar de empates e uma ilha de vitórias. A impressão que dá é que o Inter focou somente dentro das quatro paredes: parte financeira, administrativa e principalmente marketing e esqueceu do futebol dentro das quatro linhas. O Inter anda errando demais dentro e fora de campo, alguma coisa deve mudar.

A esperança se renova a cada começo de jogo, e morre em todo o fim dele.

Vamos, Inter!