Inter 4x2 Avaí
Há alguns dias escrevi aqui no blog que “todo início de jogo nossa esperança se renova, mas morre todo o fim dele”. Nos últimos jogos eu vi um Inter totalmente aguerrido, raçudo e com muita vontade, e você sabe quem comandou esses jogos? Sabe? Maestro Andrés D’alessandro, el cabezón. Tinha relatado aqui também que sempre que o D’alessandro joga bem ele puxa todo o time junto dele. Você sabe o que o Inter provou hoje? Não sabe? Então vou lhe dizer: que o Sport Club Internacional, mais do que nunca, está lutando brava e heroicamente por uma vaga na Libertadores da América de 2012.
Você sabe por que isso está acontecendo? Por que os jogadores entram em campo não somente como profissionais, mas como torcedores. A prova disso é esse gringo que eu mencionei há pouco: D’alessandro vem sendo o nome do Inter depois da lesão do Damião. D’alessandro, há muito, não via o Beira Rio levantar e o ovacionar ao sair de campo... e ele está merecendo.
Como dito por Dorival no meio da semana, os times que lutam pra não cair são os mais perigosos; o Avaí ainda contou com a generosa ajuda do Inter que não entrou em campo no primeiro tempo: time meio apático, com a defesa sendo facilmente vazada, ataque zerado totalmente. Porém, o Inter tinha mais posse de bola, mas sem objetividade – é claro, pois o Jô estava em campo. Então, veio o que ninguém acreditava: aos 8 minutos, Robinho abre o placar com um gol onde a defesa desistiu do lance. O time visitante utilizava de uma linha de três volantes, marcando os meias, homem a homem, o que bloqueava a criação do colorado. Tivemos uma falta aqui e outra ali, um chute do D’ale que lambeu a trave, outro do João Paulo e assim acabou o primeiro tempo.
O intervalo foi um banho d’água para o Inter. Logo nos primeiros minutos do segundo tempo, João Paulo driblou um e levou uma trombada do outro. Falta que D’alessandro cobrou e, incrivelmente, resultou em gol; foi no cantinho embaixo, não tão forte, mas muito bem colocada. O gringo, maestro do time empatou o jogo e saiu feito louco, correndo pelo campo todo comemorando o gol. O Dorival viu que o Inter com o Jô era bem pior que sem ele, então, saiu o projeto-de-atacante e entrou Ilsinho em seu lugar – depois dessa transação, assim como contra o São Paulo, o Inter jogou bem melhor.
João Paulo driblou o zagueiro, meteu entre as pernas do pobre coitado e pifou D’alessandro, livre dentro da área, que chutou... pra fora. A nossa alegria pelo gol durou pouco: Guiñazu achou Leandrinho dentro da área, o atorou no meio e o árbitro marcou pênalti. William cobrou muito bem e Muriel nada pôde fazer. No lance seguinte ao pênalti, uma jogada muito bem trabalha pelo Inter que foi morrer na rede: Ilsinho tocou para Oscar, este para Guiñazu que abriu para Tinga e achou Oscar na ponta da área, o garoto driblou, foi pra cima e deu um tapa para D’alessandro ajeitar com um pé e bater com o outro, gol.
Um minuto depois: Juan tocou para Kleber que correu para perto da área, então, achou D’alessandro na ponta da mesma e o gringo devolveu para Kleber na marca do pênalti; o lateral ajeitou e bateu, gol! D’alessandro fez dois gols e deu passe para outro, comemorou feito uma criança. Minutinhos depois, Oscar ameaçava entrar na área e foi nocauteado. Falta que Nei cobrou e, assim como D’alessandro, marcou.
Jogo mais que emocionante! D’alessandro nos deu a prova viva de que o Inter está afim da Libertadores e os torcedores precisam lotar o estádio domingo, contra o Corinthians. Não teremos Damião e teremos Jô, mas o Inter provou que pode muito bem jogar sem atacante. El Cabezón vive uma fase extremamente brilhante. Esse gringo, mais uma vez, brincou de jogar bola e comandou a vitória do Inter além de mostrar muita garra e vontade. A magia do D'alessandro, literalmente, contagiou o time inteiro.
Avante, INTER!
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