Atlético-PR 2x0 Inter
Quando o Atlético do Paraná veio nos visitar deu muito trabalho, mas ganhamos com um golzinho suado do Oscar. Seria justo que agora também os fizéssemos suar e, talvez, aproveitar o gritante desespero do Atlético para a fuga da zona de rebaixamento e sairmos do Paraná com mais três pontos na mala... Porém, o futebol apresentado no primeiro tempo pelas duas equipes foi muito ruim: um jogava no erro do outro; o Inter tinha maior posse de bola, mas quase nenhuma ofensividade.
O Bolívar voltou ao time – no lugar do Moledo, suspenso – e já no primeiro tempo mostrou o porquê das tantas críticas do torcedor colorado. O Bolívar era lento, apático, aí parou por algumas semanas e piorou... incrivelmente piorou. O fator Jô no primeiro tempo: não é nem a unha encravada e suja do Damião. A culpa não é inteiramente do Jô, Oscar e Ricardo Goulart mais marcavam que criavam para o atacante; D’alessandro tentava, mas não estava no seu dia. Assim, Jô não era abastecido, mas quando foi, errou sempre.
Fabrício havia deixado a bola na cabeça do Jô com ele livre, mas cabeceou pra fora. O atual centroavante do Inter não consegue dominar a bola, não consegue girar o corpo sobre o adversário, não sabe chutar. Veio o segundo tempo, o Inter havia começado a mostrar sua técnica e habilidade... Ricardo Goulart perdeu duas chances imperdíveis de marcar o gol, Oscar foi o responsável por perder outra. Todo mundo sabe o que acontece com quem tenta, tenta, tenta e não marca: leva!
O Jô até superou sua “falta de ritmo” – pra não ser grossa em dizer “sua ruindade” –, deu uma bela cabeçada e marcou o gol, mas erroneamente o árbitro anulou o gol. Aí o Inter perdeu a bola no campo de ataque, o paranaense veio pra cima do Bolívar e ele foi recuando, recuando, recuando até ele cruzar na cabeça de Nieto, livrinho da silva, para marcar o gol. A partir daí o Inter caiu, segurou a bola e criou pouco; o que criou, Ricardo Goulart deu jeito de matar a jogada.
No fim do jogo, mais um cruzamento e mais um gol de cabeça. A defesa do Inter sem o Moledo E COM O BOLÍVAR estava feito mosca tonta: não sabia aonde ia e nem se ia. O Bolívar ficou grudado no gramado e, coincidência ou não, a defesa desabou hoje com a participação dele. A culpa não foi só do ex-atual capitão, enquanto o Inter tiver empresários que possuem direitos sobre certos jogadores escalando certos atletas no time, veremos futebol como o de hoje, viveremos campeonatos como o Brasileiro desse ano.
Há muito o Inter está estagnado na sétima posição e, se sonharmos alto, podemos acabar o campeonato da mesma sétima posição. O gramado era muito ruim, a pressão da torcida era muito grande... tudo bem, mas o elenco do Inter teoricamente é superior a tudo isso. Essa foi a segunda derrota do Inter com Dorival no comando no meio de um mar de empates e uma ilha de vitórias. A impressão que dá é que o Inter focou somente dentro das quatro paredes: parte financeira, administrativa e principalmente marketing e esqueceu do futebol dentro das quatro linhas. O Inter anda errando demais dentro e fora de campo, alguma coisa deve mudar.
A esperança se renova a cada começo de jogo, e morre em todo o fim dele.
Vamos, Inter!
4 comentários:
Bela analise. Parabésn pelo blog.
Rud, obrigada por ler e participar aqui. Saudações coloradas!
Ótima e precisa análise, Kelly. Eu diria que, no momento, sob. o comando do sonolento Dorival, o Inter não chega a ser um time ruim porque, quando quer, ele ainda joga. Assim mesmo, ainda eramos melhores no jogo porque somos, no mínimo 3 vezes melhores do q. o Paraná. A diferença é q. eles QUERIAM ganhar. Nós, por algum motivo feio e obscuro, não estávamos muito a fim. Ouví falar no radio em "direitos de imagem" atrasados q. foi desmentido pela direção. Mas, aqui entre nós, Kelly, quem acredita nessa Direção ?
O Inter há muito tem essa grande deficiência: falta de vontade. E no jogo contra o Atlético faltou futebol também. Pois é, Serginho, tá brabo acreditar na lenta direção da corja do Luigi... Obrigada pela participação!
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