Gauchão: Caxias 0x2 Inter
De um lado o Caxias, o único invicto no Gauchão, com uma campanha totalmente incontestável no campeonato. E do outro, nada mais, nada menos que o Inter titularíssimo, vindo de uma partida na Libertadores. Tinha tudo pra se rum jogaço, e foi... para o Inter.
O time da casa começou esboçar uma pressão inicial, mas ela foi desfeita logo aos 4 minutos, quando Oscar recebeu um passe açucarado de Kleber, driblou um zagueiro dentro da área e pifou Dagoberto livre. Este encheu o pé, fez sua estrela brilhar, desencantou e abriu o placar. Wanderlei tentou respondeu com um chute de fora da área que Muriel – em tarde inspirada –, com a ponta da luva, mandou a bola na trave.
Aí, o Inter tentou com Oscar quando D’alessandro o pifou, ele driblou os zagueiros e chutou no canto. A bola foi espalmada pelo goleiro. À medida que Dagoberto chutava de fora da área, D’alessandro dava La Boba no adversário e era espancado. Até que aos 35, o incansável Guiñazú achou Dagoberto sozinho, este dançou em frente do adversário e tocou para Oscar dentro da área que, de calcanhar, devolveu para Dagoberto fazer o segundo gol. Golaço! Dagoberto começa a mostrar que sua estrela colorada está nascendo.
No segundo tempo, o Inter teve a tranquilidade e experiência necessárias para tocar a bola e administrar o resultado. Os toques não só preservavam o resultado, mas preservavam os jogadores também de lesões ou desconfortos. O Caxias teve um que outro chute e, no mais perigoso, Muriel, de pé, fechou totalmente o ângulo do atacante e evitou o gol.
Em nenhum momento durante esse jogo o Inter rifou a bola. Quem assistiu ao jogo hoje viu um time que valorizava a bola, um time experiente, com toques precisos, toques bonitos. Quem assistiu ao jogo viu um Inter jogar bonito, mas ao mesmo tempo sem fazer firula, fazendo somente o necessário. O Índio, velho guerreiro de sempre, não perdeu uma bola sequer na defesa. Guiñazú, El Cholo colorado, era ovacionado toda vez que dava seus carrinhos precisos. D’alessandro, Kleber, Oscar e os outros jogaram com tamanha experiência. O que somente me preocupa é o Damião, que vem caindo de produção. O coletivo do Inter merece aplausos. Nesse jogo, Damião foi melhor de zagueiro – tirando bolas aéreas da nossa área – que de atacante.
A evolução do time titular do Internacional não chega a impressionar por que o elenco promete, afinal, o entrosamento já era visível nas primeiras partidas por que o grupo mal foi mexido, somente com a vinda do Dagoberto. O time precisava crescer, e cresceu – enchendo o peito dos torcedores de orgulho. Vou ousar dizer que o Inter é o melhor time da América em atividade. Um time vencedor se faz com tempo, não montando um time a cada ano; e é isso que o Inter vem fazendo: mantendo uma base sólida e somente mexendo em pequenas peças que precisavam ser repostas, sendo essas reposições de altíssimo nível. Digo também que há muito eu não via um Inter tão encorpado e tão unido, animado, com sangue nos olhos, disposto a suar sangue dentro do campo.
O Inter começa com tudo! SIMBÓRA, Inter...
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