sábado, 26 de maio de 2012

Mistão peleador

Brasileirão: Flamengo 3x3 Inter

Se o Flamengo está vivendo atolado em dívidas, com mau comportamento diário do Ronaldinho e, consequentemente, em crise, o Inter ia para o jogo com time misto. Mas time misto com direito a ter jogadores que nem o nome sabíamos. Um empate lá era tratado como uma goleada, ou seja: quase impossível. Apesar de o Dorival ter escalado erroneamente, novamente, três volantes, o Inter misto se superou. Até dá para dar suas razões ao Dorival: com um time repleto de jogadores da base e reservas, uma equipe que nunca jogou junto, a intenção era segurar o time do Flamengo assim como a intenção tinha sido segurar a equipe do Santos. O efeito, porém, foi o contrário.

O primeiro susto – que foi normal pelo time e esquema que o Inter jogava – foi aos 8 minutos, quando Ronaldinho cobrou escanteio, Gonzáles desviou e Muriel espalmou, o rebote sobrou para Airton fazer. O Inter misto, porém, não baixou a cabeça. Buscou o gol de empate e quase o encontrou quando Fabrício cruzou e Gilberto cabeceou. A bola passou raspando a trave. As esperanças coloradas se esvaíram quando Índio se atrapalhou vergonhosamente com a bola e derrubou Ibson na área. Ronaldinho cobrou e fez.

Mas o mistão quente do Inter começou a tomar conta o jogo. Aos 28, Dagoberto esquentou o time colorado quando arrancou pela direita, deixou dois adversários comendo poeira e bateu cruzado. O goleiro espalmou. Cinco minutos depois, com o bico da chuteira, Gilberto desvia para o gol depois do cruzamento do Fabrício. A partir daí começa a sessão: Murilagre, lê-se: Muriel + milagre. Depois de um cruzamento primoroso de Love, Ibson ficou livre na área. Maaaas Muriel apareceu e deu um bote certeiro, um leve tapa na bola. Nei atacou de goleiro quando Ibson faria o gol, mas o careca do Inter se jogou de carrinho na bola e a afastou dali.

No segundo tempo, Dorival tirou um de seus excelentes volantes (só que não). Josimar saiu para a entrada de Maurides – pois é, também nunca ouvi falar. Quando parecia que o Inter empataria, Vagner Love aproveitou outro erro da defesa do Inter e marcou o terceiro, para consolidar a vitória do Flamengo... Não! Não porque o Fabrício, de cara feia o tempo todo, meteu um PATAÇO na bola em busca da felicidade, e a encontrou nas goleiras defendidas por Paulo. Golaço! E não ao quadrado porque Dátolo quis chutar de fora da área e a bola acabou entrando.

Misto do Inter empata e Flamengo vem pra cima... Não! Não porque o Inter quase virou aos 30, quando Maurides serviu Dátolo, que chutou rasteiro e a bola foi delicadamente pra fora. E não ao quadrado porque aos 34 Dagoberto pegou a bola e só parou quando chutou, mas ela desviou e foi caprichosamente pra fora. Na sessão Murilagre, Léo Moura cobrou escanteio e Welinton cabeceou. O gol só não saiu porque Muriel voou e fez uma defesa excepcional.

Fim de jogo, mas não o fim das emoções. Para a entrevista coletiva, o Inter não tinha espaço no Engenhão e quando arrumou, Dorival deu entender que não descartava uma punição a Fabrício, por ter saído da posição na qual o técnico ordenou que ficasse. Completamente desnecessário. Fernandão puxou a orelha de todo mundo no vestiário. Para finalizar: o Inter foi merecedor do resultado, poderia até ter virado. Com o time que se viu em campo hoje, completamente desfigurado, desentrosado e com uma perda de técnica irreparável sem Oscar, Damião, D’alessandro e companhia, correu em busca da felicidade e a encontrou. Empate, nessas circunstâncias, foi goleada.


Cara feia, discussão de posicionamento, erros e a correção deles, garra e sangue nos olhos: é assim que se ganha Brasileirão.

  

domingo, 20 de maio de 2012

Estreia com vitória... a primeira de muitas!

Brasileirão: Inter 2x0 Coritiba

Há 33 anos sem conquistar o título nacional, o Inter deu hoje a largada para uma longa caminhada... a caminhada até chegar ao troféu do Brasileirão. Pouco mais de 22 mil colorados vieram prestigiar e empurrar o time em busca da vitória no primeiro jogo do campeonato em que é necessária regularidade no início, meio e fim. Damião estava em tarde iluminada, Guiñazu na mesma vontade de sempre atuando até como atacante, Dagoberto voltou a jogar o que jogou nos últimos três jogos e Oscar mostrou porque fazia TANTA falta ao time.

O jogo começou com o Coritiba tentando sair, mas a zaga do Inter estava impecável. Aos 8 minutos, Damião recebeu a bola, deu uma meia lua no adversário dentro da área e chutou no ângulo do goleiro. Golaço com selo Damião de qualidade! O adversário esboçava uma resposta e até marcou um gol aos 39, que foi anulado, mas a qualidade superior do Inter prevaleceu, pois dois minutos antes, em uma troca de passes envolvente e fulminante, Dátolo tocou de calcanhar para Dagoberto, que entregou para Damião. Do camisa 9 para o 20, do 20 para outro belo gol.

No começo do segundo tempo, o Coxa quase encontrou a felicidade com Everton e o Inter com o Damião. Aos 21, Oscar tocou a bola para o convocado Guiñazu que, de fora da área, meteu o pé na bola, mas ela foi pra fora. Um pouco depois, o gol mais perdido: Damião pifou Elton, que tinha a chance de encobrir o goleiro, mas preferiu driblá-lo, perdeu ângulo, chutou e a bola foi pra fora. Depois Oscar, jogando uma barbaridade, tocou para Damião, que dominou, meteu a bomba, mas a bola caprichosamente beijou a trave.

No jogo de um tempo só e com a zaga afiada, Inter ganhou com naturalidade. A prova de que o Inter foi completamente melhor é que Muriel fez apenas duas defesas no jogo. Primeiro jogo e a primeira vitória... a primeira vitória de muitas!


Boatos dizem o Luigi acertou com o Lúcio, da Inter de Milão. Presidente e jogador só aguardam detalhes finais. Nilmar também estaria muito próximo de voltar a vestir a camisa colorada, o jogador tem muito desejo de voltar ao Brasil e, consequentemente, ao Inter. Giovani Luigi faz o certo, quer o certo: grupo. Somente com grupo e regularidade se ganha o Brasileirão. Se o presidente colorado conseguir o acerto com esses dois jogadores de altíssimo nível e o título do Brasileirão, se consagraria. 

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Até breve, Tinga...

As travas da chuteira de Fábio Costa cravando na perna do Tinga e o pênalti mais decisivo dos últimos anos não marcado, a estrela roubada que podia ser conquistada a partir do Tinga.


 Da cabeça do Tinga para dentro do gol de Rogério Ceni... ali se desenhava um dos gols mais importantes da história do Internacional.


A volta de Paulo César Tinga para pincelar a América de vermelho pela segunda vez.


O maior rival formou um jogador para brilhar no Inter. Do Grêmio para a América. Duas vezes América. Lenda, mito, ídolo, GIGANTE. Mas com um coração maior ainda. Tinga conquistou cada colorado pelo futebol, pelo jeito simples e humilde de ser. Muitos jogadores vestiram a camisa do Internacional, mas pouquíssimos a amaram, a respeitaram e fizeram por merecer vesti-la como Tinga. Muitíssimo mais que um jogador: um torcedor. Um torcedor-jogador e que por muitas vezes escalou a equipe do Inter que jogaria. Foi "auxiliar técnico" de Celso Roth, de Falcão e de Dorival. Comandou os jogadores dentro do campo como poucos, joga com a garra que poucos jogadores têm. No auge dos seus 34 anos, Tinga mostrou que com força de vontade um jogador pode atuar em altíssimo nível nessa idade. Correu mais que todos num jogo recente, contra o Santos. Sangrou no jogo contra o Chivas, em 2010. Foi expulso contra o São Paulo em 2006 e em 2010 não podia ser diferente. Deu uma vida melhor para sua mãe, faxineira, fez feliz milhares e milhares de colorados e surpreendeu os mesmo hoje a tarde. Tinga anunciou que, mesmo sendo "uma das decisões mais difíceis da minha carreira", deixaria o Inter para atuar pelo Cruzeiro. E ele sai em grande estilo, depois de belíssimas atuações, depois de amar e ser amado pela nação vermelha. Vai fazer muita falta, claro, mas Paulo César Tinga sai do Inter mais uma vez sem nunca tê-lo deixado...  

Até breve, Tinga. 

domingo, 13 de maio de 2012

Torcida canta, D'ale comanda a virada e faz do Inter outra vez campeão!

Gauchão: Inter 2x1 Caxias

Depois de uma desclassificação traumatizante, o Inter tinha outra decisão no domingo para amenizar a dor de quinta. O quase morto Caxias era melhor. Wangler começou a assustar quando passou de viagem pelos zagueiros colorados e chutou para Muriel fazer a defesa. Aos 14, Oscar serviu Damião, que marcou o gol, mas o árbitro marcou impedimento. Mal marcado. Dez minutos depois o grande problema colorado da bola aérea apareceu. Wangler cobrou escanteio, Vanderlei desviou e Michel mandou para o gol. O Caxias continuava pressionando e o Inter não tinha poder de reação. Com um chute forte de fora da área, o adversário só não ampliou porque Muriel fez grande defesa.

Depois de um primeiro tempo medonho, Dorival colocou a caminho do gramado D’alessandro e Dagoberto, e foi eles que decidiram a partida...


D’alessandro colocou fogo no jogo.  Logo aos seis minutos, o gringo serviu Oscar dentro da área e ele sofreu pênalti. Nei, o tão pedido para fazer a cobrança, foi para a bola e bateu tão no cantinho quanto Dátolo tinha batido contra o Fluminense, mas Paulo Sérgio adivinhou o canto e segurou a bola. O resultado ainda dava o título ao Caxias. Oscar, outra vez, recebeu a bola e cabeceou, mas Jean salvou o que seria o gol do Inter em cima da linha. Moledo cabeceou e o goleiro defendeu; Dagoberto fez fila, mas bateu por cima. O Caxias conseguiu segurar o Inter 21 minutos no seu campo de ataque, 21 minutos de uma pressão incansável, incontrolável. A torcida ficou em pé, arrancou o grito dos pulmões, fez o Gigante ecoar os cânticos e o Inter se sentiu seguro de partir pra cima. Oscar cobrou escanteio, a bola bateu em um e desviou no outro até chegar aos pés de Sandro Silva – o melhor jogador do Inter nos últimos jogos. Este dominou dentro da área e chutou, longe do alcance do goleiro que havia feito milagre até ali. Sandro fez o gol e correu para o abraço!

O Inter empatou o jogo e não saiu do campo de defesa do Caxias. A pressão foi tamanha que o adversário se rendeu novamente aos 26. Fabrício fez um cruzamento cinematográfico, na cabeça do Damião que tinha o gol a sua frente. Todos sabem o que acontece com uma bola na cabeça do Damião em frente a um gol: gol. Paulo Sérgio nada pôde fazer, pois o artilheiro cabeceou no cantinho. Gol da vitória. Gol do título. Damião e Dagoberto fizeram linda tabela e só não marcaram porque o goleiro pegou; Oscar serviu Damião que, livre, chutou por cima do gol. Aos 44, o primeiro chute a gol do Caxias no segundo tempo. Wangler chutou de fora da área e Muriel fez defesa espetacular, de mão trocada. Não havia tempo para mais nada, o Inter era campeão Gaúcho pela 41º vez.


Sandro Silva foi a grande surpresa do Inter na temporada, consagrou suas belíssimas partidas com o gol hoje. Somente a presença de D’alessandro em campo animou os companheiros. O gringo chutou de fora da área, cruzou, serviu e ergueu um caixão azul no final da partida... Com D'alessandro o Inter recuperou o poder de reação. Grande ídolo, grande colorado, grande jogador! Inter foi completamente superior ao Caxias no segundo tempo e pela 41º vez o Inter repete: essa terra tem dono! Não há clube maior que o Inter no Rio Grande do Sul. Não há clube mais vencedor que o Inter na última década. Alguns pequenos erros devem ser seriamente reparados... temos que chegar o mais próximo da perfeição para ganharmos o Brasileirão. 

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Acabou.

Libertadores: Fluminense 2x1 Inter

90 minutos de pura superioridade. 90 minutos de completa doação e sangue nos olhos. 90 minutos de raça, garra, amor a camisa. 90 minutos de um Inter que há muito tempo eu não via. Só isso não bastava, precisávamos do gol. Damião fez um, mas o adversário fez dois. Fim do sonho. Fim do Tri. Fim da Libertadores 2012. Ah, aquele pênalti... 

Te amo, Inter. Pode acontecer de tudo na minha vida, do Inter eu não abro mão. 

domingo, 6 de maio de 2012

Inter foi banhado pelas lágrimas de alegria do Oscar...

Gauchão: Caxias 1x1 Inter

Até que ponto um jogador por se emocionar dentro do campo? Até que ponto ele pode deixar de ser um profissional quase robótico e passar a ser um ser humano com sangue vermelho no coração, com lágrimas nos olhos? E quando o salário milionário de um jogador não paga um segundo da emoção que ele tem dentro do campo? Depois de um imbróglio judicial com o São Paulo – que se rebaixou ao último nível para acabar com a carreira do jogador, como um “cabeça” do clube tricolor havia dito a Oscar –, depois do garoto ter ficado quase CINQUENTA dias sem jogar, depois de meses com aquele imenso problema, depois de ter sido liberado por Caputo e de a CBF se negar até a morte em colocar o nome do jogador no BID, Oscar voltou a jogar, fez gol e... vou contar o resto.

O jogo era parelho. Wangler ficou na cara do Muriel, mas na hora de chutar, Fabrício se materializou ao lado do atacante e tocou na bola para o goleiro colorado segurar. Jajá estava voando no jogo. Em dois lances seguidos, o grandalhão chutou duas bolas, uma foi na rede pelo lado de fora e a outra lambeu a trave. Aos 10 minutos, aquele que seria a figura do jogo, quase entregou um gol ao Caxias. Oscar perdeu a bola no meio de campo, Fabinho arrancou com ela, mas chutou pra fora. Dois minutos depois, Nei cobrou uma falta sensacionalmente, o goleiro do Caxias teve que voar e defender a bola de mão trocada para evitar que ela fosse aonde a coruja dorme. O careca pega muito bem na bola!

O Caxias brigava bravamente pela bola, muitas vezes a teve, o Inter foi levemente superior, mas foi o dono da casa que aproveitou a chance. Aos 43, em um contra-ataque fulminante, Fabinho arrancou e tocou para Mateus, dentro da área. Este chutou forte, tirando Muriel da jogada. Golaço!

O Caxias havia jogado tudo o que sabia no primeiro tempo, o condicionamento físico matou o time da Serra que sofreu o empate aos 11 minutos do segundo tempo. Em tabela rápida e tão fulminante quanto o contra-ataque do Caxias, Muriel lançou Jajá que, rapidamente, tocou para Oscar. O menino que sofria há meses e meses e que não tinha ritmo de jogo recebeu a bola do companheiro, entrou na área, atropelou Umberto – que ficou estabanado no chão –, chutou rasteiro e Paulo Sérgio não pode fazer nadica de nada. Oscar corre alguns metros, se joga no chão, deitado com a cabeça para cima. Tinga, Jô, Jajá e outros colegas caem em cima do menino. Quando o garoto se levanta, lágrimas escorrem de seus olhos. No seu rosto, choro e o alívio de poder jogar onde quer, onde ama. Os lábios beijavam a aliança, a qual confirmava o matrimônio com a mulher que tanto o ajudou nesse momento difícil, segundo ele. O dedo indicador apontava para o céu, agradecendo aos deuses por estar de volta ao gramado, por estar vestindo a camisa vermelha de novo!


Pouco depois, Oscar samba na frente do Paraná, passa por ele e coloca a bola na cabeça do Jô. Lacerda salva em cima da linha e no rebote, João Paulo manda um míssil na trave. O jogo do Caxias no segundo tempo era fazer falta, só. O jogo terminou e Oscar concedeu entrevista, novamente, aos prantos. O garoto chorava e mal conseguia falar por causa da voz embargada, estava visivelmente feliz da vida por ter voltado e jogado tudo o que jogou. Outro destaque foi Sandro Silva, que só deu a volta por cima pela sua força de vontade; vai ser difícil tira-lo do time. Jajá se superou hoje, criou inúmeras chances ao Inter e anulou a importância de Jô no jogo (se é que precisava). Agora, tudo fica pra domingo, no Gigante da Beira-Rio, onde, provavelmente, levantaremos mais uma taça.

Agora é guerra! Agora é Libertadores! O Inter vai com tudo, com Dagol, D’ale e Oscar. Precisamos de um empate com gols ou de uma vitória. Agora vale tudo... vale vídeo da família motivando os jogadores, vale chorar no vestiário, vale gol de mão, de braço, de rosto, de qualquer jeito. O Inter precisa dessa classificação. VAMOS LUTAR ATÉ MORRER!

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Inter, o clube mais visado (até por eles).


Vivi a época dos anos 90. De Mazinho Loyola, Hiran, Gilmar Lima, Cleomir e outros. Época em que o rival ostentava os principais títulos do Estado. Época que marcou uma geração vencedora e deixou resquícios em um clube, atualmente, fadado ao fracasso. Eu lembro bem daquela época, dos anos 90, quando os colorados, como eu, passavam os dias de cabeça baixa. Os raros títulos de Gauchão, a Copa do Brasil de 1992, o Gre-Nal dos 5 x 2 (do eterno presidente Cacalo), permeavam os dias, meses, anos. Sobrevivíamos de migalhas, mas, sobretudo, das nossas migalhas.
Hoje, quem passa pelo período de migalhas, são aqueles que abarrotavam as capas de jornais ostentando títulos. O Grêmio. Mas veja como são as coisas. As duas únicas décadas de sucesso, do clube, em toda sua historia, o interstício de 80 e 90, que intervalaram uma biografia vencedora do clube do povo, o primeiro a aceitar atletas negros, o primeiro campeão nacional, o primeiro bi e tricampeão nacional, o clube do rolo compressor, dos, quase 70 anos ininterruptos de hegemonia, da goleada na inauguração do Olímpico. Essas duas décadas de exceção se tornaram regra no conceito dos gremistas, que, não aceitando a realidade histórica de ser o segundo clube do estado, se apegam a abordagens coloradas extra-campo, para subterfúgio de um clube defasado, ultrapassado e, muitas vezes, arrogante.
Enquanto eles pensam que o segredo da Copa do Mundo ser aqui, é por culpa da presidente Dilma, colorada, que o título mundial contra o Barcelona foi obra do acaso, que o título da América contra o Chivas foi irregular, pois os mexicanos entraram na segunda fase e não pertencem à Conmebol, que o título gaucho foi culpa dos gandulas. Enquanto os tricolores se especializam em Direito pra aprender sobre o caso Oscar, se especializam em Engenharia Civil pra aprender sobre a reforma do Beira-Rio, se especializam em reposição de bola pra aprender sobre gandulas... enquanto isso, o Inter vai empilhando títulos, corrigindo erros, trabalhando com foco, dedicação. Não há sucesso quando o foco está no rival. Porque aí a empáfia não permite que os erros sejam diagnosticas e corrigidos.
O segredo disso tudo¿ eu materializo nessa foto. A vibração das duas gerações vencedoras dentro de uma década dourada. O maranhense Clemer, o goiano Fernandão e o argentino D’Alessandro. Gaúchos e colorados de coração. As gerações que reconquistaram o respeito, a auto-estima, os títulos, e, principalmente, o coração de quem veste a nossa camisa. Assim se faz time. Assim se conquista títulos. No bom português: “olhando pro próprio rabo”.

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Tenho o imenso prazer de divulgar esse belíssimo texto do Nando que, a partir de hoje, abrilhantará o blog com seus textos de encher os olhos. Ele sempre escreverá sobre assuntos que estão fora das quatro linhas, fora dos gramados. Obrigada, Nando!