domingo, 16 de setembro de 2012

Inter decepciona outra vez e Fernandão chuta o balde


Brasileirão: Inter 2x2 Sport

O “poderoso” Sport visitaria a casa desfigurada do Internacional. Para encher os espaços possíveis do estádio, a direção baixou os preços dos ingressos e o Inter voltou a ser o verdadeiro Clube do Povo. O time, claro, não podia sair daquela mesma monotonia que perdura durante o seu ano. Hoje chegou ao limite. Fernandão chegou ao limite. Os torcedores chegaram ao seu limite.

O fortíssimo Sport começou pressionando. O Inter não entrou em campo. Via-se rostos desanimados, corpos desmotivados, pés que não se moviam do lugar com destreza, firula demais pra pouca precisão e muita, mas muita falta de vontade no primeiro tempo. O Damião precisa entender que ele não é pago pra chegar na cara do goleiro e querer fazer firula, ele é pago pra chegar na cara do goleiro e fazer o gol. Se o jogo não vale nada pra ele, precisa entender que ele depende da aprovação dos torcedores pra que possa receber o seu gordo salário.

Eu topo ganhar 300 mil por mês, chegar na frente do gol e TENTAR marcar gol de letra. Mais interesse e consideração pelo clube, menos “quero-fazer-firula-e-aparecer”. O momento do Inter não é de fazer firula. É de por a cara na bola pra marcar um gol, jogar com sangue, vontade. Até que aos 35 minutos, o grandioso Sport abre o placar com Rithelly. Aos 41, amplia com Gilsinho. E aos 43, só não marca porque lhe faltou pontaria. Inter faz promoção de ingressos, joga em casa contra um time da zona de rebaixamento e perde por dois a zero. Quero saber quantos palavrões saiu da boca do Fernandão no vestiário na hora do intervalo.

Foi a quantidade que foi, eles mostraram efeito no segundo tempo. O Inter voltou motivado, agarrando qualquer bola. A grande confirmação é a joia Fred. Chama a responsabilidade para si e joga como gente grande. Aos 17, a mais nova joia da base colorada marcou seu primeiro gol com a camisa colorada. Cassiano pegou rebote e marcou o primeiro do Inter. O time pressionava e Cassiano quase marcou o segundo, e o terceiro de cabeça. Aos 30, Muriel já jogava no meio campo e Rodrigo Moledo na lateral. O zagueiro cruzou uma bola milimetricamente na cabeça do Damião – colocou Nei, Fabrício, Kleber e cia no chinelo –, que teve o trabalho de tocar para o gol e empatar o jogo. Não houve tempo pra mais nada, a pressão do Inter não passou de um empate. 


Fernandão, como bom torcedor colorado, se mostrou completamente indignado com a "zona de conforto" em que os jogadores se estabeleceram e chutou o balde. Mostrou que tem colhões pra dizer a verdade sem medo de ser feliz e ganhou ainda mais o respeito da grande maioria dos colorados. Fernandão disse que a torcida merecia elogios por ter vaiado fortemente o time no final do primeiro tempo, já que ele merecia vaias pelo futebol vergonhoso (ele usou essa expressão) que o Inter jogou. 

AVANTE, INTER! 

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