terça-feira, 19 de abril de 2011

E no vibrar das cordas vocais dos torcedores...

Inter 2x0 Emelec


Gamarra, Falcão, Fernandão, Gabirú. Da euforia de 2006 ao desespero de 2010. Depois de muitos sucessos e alguns fracassos, Paulo Roberto Falcão volta a disputar a Libertadores da América com a vermelhinha – camiseta que por muitos anos serviu e que muito amor tem por ela. O eterno ídolo e novo técnico do Internacional fez a média de público no Gigante subir drasticamente. Hoje foram 40 mil colorados que quase lotaram o Beira Rio para ver a primeira atuação de Falcão de terno, porém com o coração vermelho, pelo Inter na Libertadores.

O jogo de hoje era pra ser fácil, só que o Emelec virou uma “meleca” e grudou no pé dos jogadores colorados com uma forte marcação, aí o jogo virou uma meleca literal para o lado do Inter... O medo tomou conta dos colorados quando, logo no começo do jogo, o Emelec ficou, pelo menos, um minuto e meio tocando a bola e o Inter só olhando. Só pra refrescar a memória, o Inter jogava em casa com 40 mil pessoas ao seu lado os apoiando e, no primeiro tempo, o Emelec jogou melhor que o colorado.

Primeiramente o cérebro do time do Inter, D’alessandro, não estava em uma de suas noites perfeitas. O gringo errou muitos passes, não criava jogada alguma. O Inter passou sufoco com o time equatoriano quando Isa, aos 21 minutos, cobrou uma falta e Damião quase marcou contra. Além dessa, o Emelec teve várias outras faltas perto da área colorada, mas não conseguiu converter nenhuma porque Renan estava seguro e foi muito bem nas goleiras.

O primeiro tempo teve um chute a gol do Inter e duas intervenções simples que o goleiro equatoriano fez. O mesmo número ocorreu para o Emelec e nada mais. Resumindo: na primeira etapa a coisa estava muito, mas muito feia para o Inter que não conseguia ter posse de bola, nem ataque, nem defesa e muito menos o futebol bonito que o Falcão tanto queria. O Nei, pra variar, foi horrendo. Quem mais levou “perigo” para o time visitante foi Rodrigo que, além de dar mais agilidade à zaga do Inter (não muito no primeiro tempo), cabeceou várias vezes.

Mas algo dizia que um ídolo louro de olhos claros mudaria as coisas. Algo dizia que uma casa lotada empurraria a bola pra dentro da rede...

Os 40 mil vermelhos que ocupavam as arquibancadas do Gigante da beira do rio Guaíba, no segundo tempo, viram que o Inter não estava bem e todos eles sabiam da força que o Beira Rio tem quando este ruge – foi isso que eles fizeram: fazer o Gigante rugir. Quando o árbitro apitou para o começo da etapa complementar os colorados arrancaram o grito da garganta e, quando suas cordas vocais vibraram, Rafael Sobis, depois de um cruzamento caprichosamente arquitetado por D’alessandro – que até então não tinha jogado nada, o que facilitou para a decadência do Inter na primeira etapa –, a bola passou por Damião até chegar no louro para este marcar de cabeça.

Ufa, que alívio!

Lenadro Damião após o gol. Sua comemoração foi "andar de moto" para homenagear o irmão.
O gol do Sobis mudou a trajetória do jogo, o Inter se empolgou e passou a pressionar, e não mais a ser pressionado. Isso não quer dizer que o segundo tempo foi espetacular, não. O Inter fez desta uma etapa melhor que a primeira, mas não tão boa quanto Falcão queria que fosse. Pelo menos o futebol do D’alessandro resolveu aparecer no segundo tempo. Aí, se o gringo vai bem o Inter também vai. El Cabezón meteu bola até nas canetas do amigo equatoriano.

Se do lado vermelho Renan cuidou carinhosamente bem das suas goleiras, do lado equatoriano o goleiro fez milagre não uma, mas várias vezes no segundo tempo. A vitória, a classificação e o título de segundo time com melhor campanha na Libertadores se concretizou de verdade quando Guiñazu meteu um balaço pro gol, o goleiro fez milagre de novo, mas soltou a bola. Bola sobrando dentro da área todo mundo sabe de quem é: Damigol. O menino fechou o placar do jogo.

Se você, amigo colorado, achou que teria um treco no jogo contra o Emelec, acalme-se. Logo seus problemas cardíacos irão lhe impedir de assistir aos jogos do Internacional. Vem aí o mata-mata: ou joga bem e faz gols ou cai fora. Aguenta coração!

#AméricaTriVermelha

Um comentário:

Unknown disse...

Nada Vai nos Separar...
Nunca houve nada facil, em exceção aos greNAIS onde temos uma esmagadora Supremacia.
Vamos Lutar com Garra e Raça e conquistar o Tri da América! Quem é Gigante, se fez por merecer!
Vamo Inter!

@Fabio_Oliveira_