Gauchão: Novo Hamburgo 0x1 Inter
Num jogo em que as atenções estavam focadas pra outro lugar – China – o Inter enfrentou o Novo Hamburgo sem sua peça chave: D’alessandro. E o time sentiu. O que os treinamentos mostravam não foi visto nos gramados oficiais... O Inter se mostrou travado, com muitos chutões e chuveiradas, sem jogadas no estilo gringo do D’alessandro: colocar a bola no chão e procurar o atacante. Não. Muito pelo contrário. O Inter, desde o Muriel até o João Paulo, rifou bolas, chutou ela para os ares na procura obcecada por Damião, que não conseguia encontra-la.
O torcedor que lotou o estádio esperando ver o Inter pressionando viu outra coisa completamente diferente. Um Inter embaralhado e um Novo Hamburgo que trocava bons passes, tabelava bem, mas não conseguia passar da defesa colorada. Nesta defesa, Rodrigo Moledo cometia muitas faltas de graça dava mais oportunidades ao adversário. À medida que Moledo errava, o vovô Índio o ensinava como se fazia. O velhote não perdeu uma!
Até que lá pela metade do primeiro tempo, num contra ataque, Oscar dividiu com o goleiro e a bola sobrou pra ele com o gol escancarado. O garoto só teve o serviço de empurrar a bola para o gol e correr para o abraço.
Com os vários chutões, o Novo Hamburgo tinha facilidade em dominar a bola e sair jogando. Mas quem mais deu trabalho para o velho Índio e Moledo foi Clayton, um menino de apenas 19 anos que infernizou o Inter com o seu gingado e bom futebol. O time adversário utilizava mais bolas aéreas com Marlon cruzando e, nas que o Damião não tirava da área e algum azul conseguia cabecear, Muriel estava espertíssimo.
O Dagoberto não rendeu tudo o que prometia... está fora de ritmo, sem entrosamento, mas com o tempo as coisas se ajeitam. A novidade no time, Josimar, é um volante muito comum. Defende e não sai da defesa. A torcida pediu por Bolatti e Dorival atendeu, aí a diferença entre os dois volantes ficou bem visível. O Bolatti – às vezes lento – se movimenta mais, marca e sobe para o ataque. Assim sendo, contribui mais. Depois, a torcida implorou pela permanência de D’alessandro com um afinado “fica D’alessandro”.
Em termos de vitórias, começamos o Gauchão com o pé direito, em termos de futebol, precisamos melhorar muito ainda. Ver o time principal jogar? Só na pré-Libertadores no Beira-Rio dia 25 e com o D’alessandro, eu espero. Sem o D’alessandro não vamos muito longe na competição.
A preocupação com a saída do D'alessandro foi maior que a vitória. Os gritos de "fica D'alessandro" foram muito mais fortes que qualquer outro canto hoje. O jogo foi marcado, primeiro, por gritos espalhados e desencontrados que eram ouvidos pelos microfones das rádios e das televisões, depois, um coro pedindo, suplicando que o gringo ficasse.
2 comentários:
Meus parabens pelo Blog, muito bem estruturado, facil de ler e sobretudo atualizado. vamos fazer parte de campanha "FICA D'Ale"
Carlos
Muito obrigada. Fico muito feliz que tenha gostado do blog. A campanha é grande, mas tá difícil segurá-lo...
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