quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Das cinzas e nas cinzas.

Gauchão: Inter 1x2 Grêmio

O Inter, mais uma vez, ressuscita o Grêmio das cinzas, e faz seu bom futebol ser enterrado nas cinzas.

O Inter vinha perfeito desde o começo do ano. Zaga titular imbatível. Meio campo fulminável. Ataque matador. Aí um confronto com o maior rival para decidir o futuro no Gauchão e a mídia carrega no Inter o fardo de ser o favorito absoluto, e era. O Inter, assim como Kleber “Gladiador” disse no final do jogo, é muito melhor que o Grêmio, mantêm a base de alguns vários anos, muda somente peças fundamentais e com qualidade gigantesca, tem jogadores invejados por qualquer clube brasileiro e tem uma história muito recente de títulos desejadas por qualquer torcedor. Mas eu já conheço essa história...

Mudo, agora, poucas palavras do que disse Maurício Saraiva: “Quando um time de menor qualidade (Grêmio) enfrenta um de maior (Inter), o primeiro verbo que ele deve conjugar é marcação, e o Grêmio fez isso muito bem,” anulou D’alessandro – com três brutamontes soqueando e travando o pé não tem como jogar  – e anulou Oscar – com quatro jogadores na marcação não tem como jogar. Os dois nomes de criação do Inter foram anulados. D’alessandro sucessivamente perdia a bola ou dava de graça ao adversário, Oscar arrancava, mas logo trombava com dois, três ou um bolo de azuis. Primeiro o Grêmio anulou a criação colorada, depois saiu jogar, jogou melhor e infelizmente mereceu a vitória.

O jogo começou e logo se viu que o dia não era do Inter. O time errou passes demasiados e o Grêmio, impressionantemente – até os gremistas ficaram surpresos –, pressionava. Aos 16, Moledo fez falta, Muriel soqueou a bola e ela caiu nos pés de Léo Gago. Este chutou, a bola bateu na trave, depois nas costas do Muriel e então para o gol. Gol de puro azar do Muriel. O Inter respondeu com um contra-ataque fulminante em que a qualidade dos atacantes prevaleceu. Dagoberto saiu em disparada e pifou Damião pela esquerda, livre. Este recebeu a bola e tinha como obstáculo Victor, em pé. O centroavante colorado esbanjou categoria e tocou por cima do goleiro, a bola foi dormir na rede. Golaço!


 Teve uma falta em Sandro Silva na risca da linha que o árbitro não deu, mas teve uma do Sandro Silva em cima do Kléber que ele também não deu, então, anula. Mas teve um pênalti não dado ao Inter. E a reação do Inter só recomeçaria no final do jogo por que, aos 18 do segundo tempo, a maior contratação dos últimos anos do Grêmio fez o gol da vitória azul. O Damião teve um chute cruzado que a bola lambeu a trave. João Paulo cruzou e Damião chutou cruzado, mas a bola lambeu o ângulo. João Paulo cruzou e Damião bateu de lado de pé, mas Victor defendeu. Oscar teve o gol quase limpo a sua frente, mas chutou pra fora. O Inter perdeu dois gols nos últimos 5 minutos de jogo e tudo acabou assim: Grêmio sendo o melhor da América por vencer um dos melhores da América, e Inter pior do Rio Grande do Sul por perder em casa para o pior do Rio Grande do Sul.

Pra quem assistiu, o jogo foi bem feio para o colorado. A troca de passes do Inter não existiu, mas o Damião voltou e marcou um golaço! Agora abro um parêntese aqui pra falar do ranking da Conmebol que saiu essa semana e o Inter, mais uma vez, aparece entre os primeiro. Mais precisamente em segundo lugar enquanto o Santos, atual campeão da América e o mais badalado time existente por aqui, aparece em sétimo lugar. A estabilidade de um clube é essencial, e o Inter mostra isso nos últimos anos. Não sou eu quem diz, são os números que mostram. Um clube grande é um clube estável.

AVANTE, INTER!

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