domingo, 15 de abril de 2012

Andrés: Dos 31 para a eternidade

Ídolo, mito, lenda. De camisa 15 a camisa 10. De atleta profissional a jogador indispensável. De profissionalismo a paixão. De um ser humano a uma pessoa encantadora. De argentino a um “brasileintino” idolatrado. D’alessandro, o Andrés Nicolás, o pequenino de sorriso torto, de perninhas finas sempre ao lado de uma bola, de cabelinho louro e... Claro, aquela roupinha vermelha que usava quando pequeno não era apenas uma feliz coincidência. O pequenino de uma família humilde de Buenos Aires. Ah... bons ares o trouxeram pra cá. Mas primeiro o fizeram se destacar em outras casas pra depois fazer história na nossa. No nosso Gigante da Beira-Rio.


Quando o pequenino homem vestiu a camisa vermelha todos souberam que ali, naqueles braços desenhados que se movimentavam, naquele rosto que puxava e soltava a respiração rápido fazendo as bochechas se encherem de ar, naquelas pernas finas e curtas que se movimentavam quase que estranhamente, ali mesmo, nascia um ídolo. Não, D’alessandro é muito mais que isso. D’alessandro é parte do Internacional, não tem como, hoje, falar do Inter sem lembrar de D’alessandro.

A camisa 10 veio rápido. E quando o gringo a vestiu todos sabiam que naquelas costas finas e pequenas que carregavam o número 10, naquele peito que trazia no seu lado esquerdo o escudo mais amado da face da Terra, naquele tronco de corpo que carregava o manto sagrado, todos sabiam que ali estava nascendo o maior camisa 10 de toda a história desse clube. D’alessandro joga com o amor de um torcedor. Isso o fez entrar na lista dos maiores ídolos da história dos 103 anos do Internacional.

Nas lágrimas do gringo no título suado da sul-americana, no rosto os traços de uma tristeza irreparável ao perdeu o mundial, no choro descontrolado ao ganhar a Libertadores, no bumbo da torcida que muitas vezes recebeu as mãos de D’alessandro, na torcida que inúmeras vezes comemorou títulos vendo o gringo no meio dela, nos olhos marejados ao ver um estádio entoando seu nome e o implorando pra ficar, na porta do seu prédio ao ver torcedores tocando instrumentos e pedindo pra que ele não se fosse, no sorriso tímido e rosto feliz ao dizer que ficaria.

Nada paga a reciprocidade de amor e carinho que a torcida e Andrés Nicolás sentem um pelo outro.

Nos seus 31 anos completados exatamente hoje, D’alessandro dedicou – e ainda está dedicando – 4 anos de sua vida para dar alegria a esse povo vermelho. Ele está de aniversário, mas quem recebe o presente somos nós, os torcedores, em todos os jogos que vimos esse monstro homem vestir a vermelhinha e dedicar a ela o amor que ele a dedica. Muitos vestiram a camisa do Internacional, mas poucos dedicaram tanto amor, respeito e títulos a ela.

São os primeiros 31 anos de vida e de história de D’alessandro... rumando para a eternidade. 


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