Gauchão: Inter 4x0 Veranópolis
A semana foi tensa, dura, e a que está por vir promete muito mais. Mas hoje o Inter precisava vencer e convencer, para passar para a final da Taça Farroupilha, esperar o Grêmio no Beira-Rio e se preparar para pegar o Fluminense no meio da semana. D’alessandro, de tanto levar paulada no jogo, saiu de campo lesionado e com a pior expressão possível: de dor. É quase certa a sua ausência nos próximos dois jogos, Nei não joga o greNAL, suspenso e Kleber com desconforto não joga na quarta. Como se pode ver e como vemos há bastantinho tempo, é uma lesão atrás da outra principalmente nos jogadores do meio campo e estamos entrando em campo com o setor de armação quase que reserva. A vida complica assim...
Contra o Veranópolis hoje era outra história. O time visitante esboçava uma defesa segura e forte, com marcação individual, mas aos 17, depois de muita pressão, o Inter consegui fura-la. Dagoberto, feito um pivô, recebeu a bola e de primeira tocou para Dátolo no meio da área que chutou forte e marcou o primeiro. Caiu nos braços de Dagoberto e chamou o restante do grupo para um abraço coletivo. Essa cena passou o espírito de imbatíveis, melhores que todos os outros, confiantes e, principalmente, a união do grupo. O jogo de quarta-feira começou ali...
As vitórias começam a nascer por gestos como este da foto: união. Da união vem a superação, o sacrifício e a vitória.
O Veranópolis tentou marcar, mas Muriel, seguro no gol, agarrou a bola. Aos 26, D’alessandro caiu com cara de quem não levantaria mais para jogar. Colocou as mãos na cabeça e Dorival logo providenciou Jajá como seu substituto. Três minutos depois, sem D’alessandro, Jesús Dátolo brilhou de novo quando tabelou com Dagoberto e chutou, a bola bateu no jogador do VEC, ia morrendo no fundo das redes e Dátolo correu e chutou a bola garantindo seu segundo gol.
O Inter voltou mais motivado e com melhor futebol no segundo tempo. Primeiro Jajá deu uma recuada de bola pavorosa para Muriel e, se o goleiro não é rápido, o VEC faria o crime, mas “jajá” ele se redimiria. Aos 8, Jajá deu uma pintura de lançamento para Damião, livre, que driblou o goleiro, perdeu ângulo e, enquanto o procurava, o goleiro e o zagueiro chegaram no gol. Quando parecia que o artilheiro perderia o gol, Damião chutou forte, cruzado e marcou. Leandro Damião marcou e logo serviu... o camisa 9 viu Índio na outra ponta da área, livre, e cruzou milimetricamente na cabeça do zagueirão. Com um testaço, Índio mandou a bola para o gol. Quarto e último.
A lesão do D’alessandro preocupa sim. Nos últimos 2 meses foram 3 lesões musculares e isso, provavelmente, é erro na preparação física dos atletas. O preparador mudou, não teve sequência muito longa de jogos e a preparação física tem de ser revista. O que é inquestionável é a precisão da imbatível zaga quando composta por Índio e Moledo. O primeiro, com quase 40 anos, é um artilheiro e de uma precisão inigualável; o segundo, grandalhão e monstro, não deixa um passar por ele com a bola. Nei vem jogando de dar inveja e hoje ainda portou a faixa de capitão quando D’alessandro saiu. Dátolo joga uma monstruosidade! Vem sendo, disparado, o melhor jogador do Inter no últimos jogos. Brilhou hoje, chamou a responsabilidade pra si e já vem sendo referência no grupo. Dagoberto se destacou por participar dos 2 gols de Dátolo... Claro, jogar bem, ganhar quase sempre, golear e criar muita expectativa somente pela visão do time no Gauchão é ilusão. O Campeonato Gaúcho é um campeonato fácil, incomparável com qualquer outro que o Inter disputa.
No momento em que o Dátolo chamou o grupo pra um abraço coletivo, o jogo de quarta-feira começou. E tem de ser assim: se não dá na técnica, tem de ser na raça. Isso é Inter!
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