domingo, 23 de setembro de 2012

Fred toma peito e o Inter, fôlego


Brasileirão: Inter 3x1 Bahia

Fernandão mexeu na ferida do elenco e ele respondeu hoje. A torcida jogou junto com o time, mas principalmente, com o técnico. Se o “medalhões” não estavam dando conta do recado, Fred tomou peito da situação – assim como vem fazendo há bastante tempo – e comandou a vitória do Inter hoje. Não foi o Inter que estamos acostumados a ver, mas já teve vontade, teve Damião dividindo bola, teve simplicidade e objetividade.

A grande jovem joia do Inter, Fred, colocou o time na frente logo aos 12 minutos quando a zaga do Bahia falhou e ele acertou um canhotaço quase no ângulo. Um gol do... Fred.Para a alegria geral da nação colorada, que respirou aliviada. Um ponto importante do jogo de hoje foi que a sorte esteve do lado colorado, por incrível que pareça, quando o visitante teve duas chances na cara do Muriel e chutou pra fora. Tá, o time do Bahia também arde de ruim, mas enfim, prefiro usar a tese da “sorte” ao nosso lado...
O Forlán estava sendo um dos piores do Inter, até que aos 36 ele calou a boca de todo mundo. D’alessandro mostrou para o Nei e para o mundo como se cruza de verdade, milimetricamente na cabeça do uruguaio que meteu a bola para as redes. A jogada começou com... Fred e acabou com a juba linda e loira do uruguaio ao vento.


O Forlán quase marcou outro gol no finalzinho do primeiro tempo, quando passou por meio time do Bahia e chutou, mas o goleiro defendeu. A jogada tem o início com... Fred. O Inter não fazia aquelas partidas de encher os olhos, mas “deu pro gasto”. Depois de ter tropicado na bola, Damião abriu o segundo tempo com um go-la-ço. Ele dá uma embaixadinha com a bola, se livrando da marcação e pega na veia. O goleiro nada pôde fazer.

A partir daí, o Inter administrou o resultado. Tomou um golzinho aos 45 do segundo tempo – não se aguentaram sem tomar um. Os ânimos se acalmaram... um pouco. Teremos dois jogos fora, seis pontos disputados e obrigação conquistar, pelo menos, quatro. E Fred, a joia colorada, vai nos proporcionar muitos lucros ainda... 


BÓRA, INTER!

domingo, 16 de setembro de 2012

Inter decepciona outra vez e Fernandão chuta o balde


Brasileirão: Inter 2x2 Sport

O “poderoso” Sport visitaria a casa desfigurada do Internacional. Para encher os espaços possíveis do estádio, a direção baixou os preços dos ingressos e o Inter voltou a ser o verdadeiro Clube do Povo. O time, claro, não podia sair daquela mesma monotonia que perdura durante o seu ano. Hoje chegou ao limite. Fernandão chegou ao limite. Os torcedores chegaram ao seu limite.

O fortíssimo Sport começou pressionando. O Inter não entrou em campo. Via-se rostos desanimados, corpos desmotivados, pés que não se moviam do lugar com destreza, firula demais pra pouca precisão e muita, mas muita falta de vontade no primeiro tempo. O Damião precisa entender que ele não é pago pra chegar na cara do goleiro e querer fazer firula, ele é pago pra chegar na cara do goleiro e fazer o gol. Se o jogo não vale nada pra ele, precisa entender que ele depende da aprovação dos torcedores pra que possa receber o seu gordo salário.

Eu topo ganhar 300 mil por mês, chegar na frente do gol e TENTAR marcar gol de letra. Mais interesse e consideração pelo clube, menos “quero-fazer-firula-e-aparecer”. O momento do Inter não é de fazer firula. É de por a cara na bola pra marcar um gol, jogar com sangue, vontade. Até que aos 35 minutos, o grandioso Sport abre o placar com Rithelly. Aos 41, amplia com Gilsinho. E aos 43, só não marca porque lhe faltou pontaria. Inter faz promoção de ingressos, joga em casa contra um time da zona de rebaixamento e perde por dois a zero. Quero saber quantos palavrões saiu da boca do Fernandão no vestiário na hora do intervalo.

Foi a quantidade que foi, eles mostraram efeito no segundo tempo. O Inter voltou motivado, agarrando qualquer bola. A grande confirmação é a joia Fred. Chama a responsabilidade para si e joga como gente grande. Aos 17, a mais nova joia da base colorada marcou seu primeiro gol com a camisa colorada. Cassiano pegou rebote e marcou o primeiro do Inter. O time pressionava e Cassiano quase marcou o segundo, e o terceiro de cabeça. Aos 30, Muriel já jogava no meio campo e Rodrigo Moledo na lateral. O zagueiro cruzou uma bola milimetricamente na cabeça do Damião – colocou Nei, Fabrício, Kleber e cia no chinelo –, que teve o trabalho de tocar para o gol e empatar o jogo. Não houve tempo pra mais nada, a pressão do Inter não passou de um empate. 


Fernandão, como bom torcedor colorado, se mostrou completamente indignado com a "zona de conforto" em que os jogadores se estabeleceram e chutou o balde. Mostrou que tem colhões pra dizer a verdade sem medo de ser feliz e ganhou ainda mais o respeito da grande maioria dos colorados. Fernandão disse que a torcida merecia elogios por ter vaiado fortemente o time no final do primeiro tempo, já que ele merecia vaias pelo futebol vergonhoso (ele usou essa expressão) que o Inter jogou. 

AVANTE, INTER! 

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Ricardo Marques Ribeiro acaba com o Inter

Um jogo contra o São Paulo sempre é uma motivação a mais porque é o São Paulo. Aquele que o Sobis estraçalhou no mesmo Morumbi, aquele que o Alecsandro matou com o calcanhar copero & peleador. O Inter de D'alessandro saiu na frente depois de uma belezura de cruzamento do Fabrício que Dagoberto pegou de primeira na bola. Um golaço que deixou Ceni estabanado no chão. O Inter caiu de produção e Osvaldo empatou aos 18 minutos do primeiro tempo. Luís Fabiano, para a alegria geral da nação colorada, chutou pra fora depois de receber passe na cara do gol.

Aí começou o drama Ricardo Marques Ribeiro. D'alessandro reclamou, educadamente, com o ''árbitro'' por uma falta, virou as costas e ele aplicou o cartão amarelo. O segundo tempo foi pior. O Inter jogava relativamente bem, chegava no ataque, mas não conseguia ter efetividade. Aos 27 minutos, D'alessandro é puxado pelo braço dentro da área, sobre o pênalti. O senhor Ricardo olha para o meio campo caído no gramado, pedindo o pênalti, tira o cartão do bolso e o expulsa, para loucura do gringo. As reclamações não teriam sido tão fortes se o árbitro não fosse o mesmo que expulsou D'alessandro na final da Copa do Brasil em 2009. Errar é humano, é aceitável, perseguição não. O gringo é cassado em campo o tempo todo, qualquer palavra que diga, toma cartão.

Piorou mais ainda aos 47 do segundo tempo, quando Fabrício sofreu outro pênalti. Mais uma vez, não marcado. Errar para os dois lados seria, aqui no Brasil, quase normal, o árbitro poderia estar em uma noite infeliz, naquelas que tudo dá errado. Errar gravemente três vezes, sendo as três contra o Inter... Por que cinco árbitros pra apitar e auxiliar num jogo se quando o pênalti acontece embaixo das suas fuças é o do campo que toma a decisão sem consultar ninguém? Pra quê árbitros auxiliares se eles nunca auxiliam? Até quando os árbitros brasileiros serão os protagonistas de um jogo e não os coadjuvantes?


domingo, 2 de setembro de 2012

Comandado por D’ale, Inter renasce e Forlán desencanta

Brasileirão: Inter 4x1 Flamengo

A palavra que descreve bem essa ressurreição do Inter das cinzas é: renascer. O Inter renasceu, acordou, tomou vida, fôlego e, principalmente, vergonha na cara. E o grande responsável por essa mudança é argentino, ídolo intocável, com suave moicano, e futebol de craque: Andres D’alessandro. Voltando de lesão, o que mais preocupava no gringo – com o catastrófico preparamento físico que temos – era uma nova lesão. Nada disso. O hermano correu feito guri e jogou feito D’alessandro. Ritmo? Ele não fez falta. Esse gringo foi, é e provou que vai continuar sendo a alma, o coração, o gás e a motivação desse time.

Não tem como narrar todas as chances que o Inter teve de gol, já que elas somaram mais de 25. Porém, antes das principais delas, o Inter de Fernandão e todos os colorados tomaram um choque aos 14 minutos quando o maestro D’alessandro recuou uma bola tranquila ao Muriel, só que na hora de chutar... Mustela Putorios Furo, o Furão. Muriel certamente vai levar o título de lance mais bisonho da rodada, quando furou vergonhosamente e entregou o gol livre ao Vagner Love. O Inter desestabilizou levemente, mas logo se recuperou. Forlán chutou pra fora, depois chutou de longe e quase que Felipe deixa passar, no lance seguinte toca de para o Damião, que deixar de calcanhar para Fred, que chuta e Felipe faz a defesa.

Aos 28 minutos, Fred cruzou na área, Ramon se enrolou no corte e a bola sobrou para Forlán, de cara para o Felipe tendo o gol livre as suas costas. Todos os colorados devem ter pensado a mesma coisa: a média de gols incrivelmente perdidos por Forlán chegava a dois por jogo. Seria hoje que a média aumentaria? Forlán erraria novamente? Na cara do goleiGOLLLLLLL! Gol do Forlán! Gol simples, chorado, suado, o gol de empate do Forlán fez o meio Beira-Rio explodir! A partir daí só deu Inter. O Flamengo já não é lá essas coisas, e hoje o Inter tinha qualidade, tinha meio campo, tinha quem trabalhar a bola pra chegar até os centroavantes de qualidade inquestionável.

Forlán quase fez outro de cabeça, mas quem concretizou foi Josimar, aos 39, depois de um cruzamento do Fabrício, o volante encheu o pé e fez o gol da virada. Josimar é outro jogador sem grife, sem grande valor, mas sempre que foi chamado atuou em grande estilo como hoje. No segundo tempo, Vagner Love até assustou com um míssil no travessão, mas nada mais, além disso, só deu Inter. D’alessandro respondeu com um chutaço em curva que o goleiro Felipe pegou no canto. Aos 19, Forlán se consagrou. Ibson cobrou mal uma falta para o Flamengo, Damião recebeu lançamento longo, deixou o marcador estabanado no chão e tocou para Fred. Este deu para D’ale meter o canhotaço na trave, a bola volta para Forlán, livre, marcar o segundo dele no jogo, terceiro do Inter.


Ainda dava tempo do Inter atacar, atacar, atacar e Fernandão fazer as devidas substituições. Aos 29, Fabrício cruzou na área e a bola parou milimetricamente na cabeça do Damião. Bola na cabeça do 9 dentro da área é gol na certa. O Inter quase fez cinco com Rafael Moura, o lindo e loiro, e o sexto com Nei cobrando falta com categoria. Fim de jogo, Inter goleia o time do seu ex-técnico.

A partida que o Inter jogou não foi daquelas de cinema, mas muito boa. Tudo funcionou. O Guerrinha falou uma coisa na Rádio Gaúcha que me chamou a atenção, realmente, a entrada do D’alessandro no time fez muita gente que não aparecia, não jogava bem, correr atrás do resultado, mostrar boa vontade, arregaçar as mangas e por a mão na massa. Muitas vezes se viu o gringo gesticulando forte, mandando o time adiantar a marcação, encostar com os atacantes. Quando a bola caía em seus pés, surgia uma jogada de efeito, uma bola infiltrada ou um chute perigoso. D'alessandro provou, mais uma vez, que é peça-chave do time do Inter.

Forlán não foi muito menos importante. O uruguaio participava de todas, ou quase todas, jogadas. Sempre foi muito participativo, se desmarcando com inteligência e se postando de forma que o passe poderia ser feito com qualidade. Sem falar nos dois gols, no desencantamento do uruguaio. Agora vai! E logo em seguida vem Fred. O nome sem grife, jogador sem muito valor AINDA. Esse guri é a nova joia da base do Internacional. Fernandão deve ser sábio ao lapidá-lo, já joga muito!

Com ânimo e esperança, dá pra dizer: AVANTE, INTER!