Problemas muito maiores do que imaginamos ocorrem no
Beira-Rio. Informações que vazam, lesões exageradas, resultados que não vem,
jogadores com “problemas psicológicos”, pedido de demissão não aceito, caso D’alessandro
e etc. O Fernandão falou irritado sobre o seu pedido de “deixar o cargo à
disposição” na entrevista coletiva de hoje, já que somente duas ou três pessoas
sabiam. Obviamente, eram os dirigentes e alguém abriu a boca. Amadorismo.
No último treino antes desse belíssimo jogo,
Fernandão deu um basta no Kleber chicletinho e mandou ele mascar no banco de
reservas. Jesus não escapou e foi esquentar o banco também. A outra vítima foi
o jogador tido como alma do time, Andres D’alessandro. O homem das lesões
consecutivas e dos problemas “psicológicos”. As opiniões se dividiram entre
Fernandão ser inexperiente e só querer mostrar autoridade em tirar um dos
principais e mais caros jogadores do time; e Fernandão ser bagual em tirar o
maior ídolo que joga atualmente no clube e ter a audácia de coloca-lo no banco.
Com desabafo sobre a zona de conforto ou sem, pedindo pra
jogador desinteressado tirar férias ou não, o fiasco foi inevitável. Hoje foi
para o grandioso Figueirense que ocupava (verbo no passado porque o Inter colaborou
muito) o penúltimo lugar, agora está no antepenúltimo. O jogo começou como
normalmente começa esses últimos jogos do Inter: numa melancolia só. O Ygor
chutou mal uma bola, o Damião não acertou o gol e só. Aos 38, Dagoberto pareceu
ser o velho Dagoberto. Roubou a bola, driblou o zagueiro, o goleiro saiu do gol
e ele tocou por cobertura. Golaço! E foi o único momento de sorrisos no jogo.
Depois daí, descemos ladeira abaixo. O Inter não pôde respirar muito que logo o
Figueirense empatou.
No segundo tempo, o Inter não tomou mais porque tem um
grande goleiro, digno de seleção brasileira. Lamento por estar em tão boa fase
com um Inter tão apático e despedaçado. O Figueira chegou de pé em pé (não vou
dizer “à lá Barcelona” porque é muita humilhação) E Ronny chegou chutando.
Muriel opera um quase milagre. O Rafael Moura decidiu sair da zona do
impedimento e marcou um gol de cabeça e foi abraçar o Fernandão. Enquanto isso,
D’alessandro baixa a cabeça, ajeita a meia e caminha sem direção no gramado. O
Fred ainda meteu uma bola na trave e, depois disso, o ki-suco do Inter ferveu.
No primeiro tempo, um Inter sem meio campo e um Damião
isolado. No segundo, tudo isso e mais uma defesa pornográfica. Aos 42, depois de
um cruzamento, a bola passa por toda área colorada e Ronny coloca na gaveta...
pra fúria do Muriel. Dois minutos depois, a virada com Aloísio e a casa do Inter
caiu.
O Inter é apático,
morno, sem vontade e é reflexo da direção instável e monótona que tem. O clima
contagia. O Davi cumpre seu papel de sentar na cadeira em frente ao microfone e
responder – sempre irritado – sim ou não. Dá a impressão que está
somente cumprindo seu papel, sem se importar com a realidade dos fatos. E ainda
tem coragem em querer se candidatar à presidência do clube... Tem muita coisa
fora do lugar no Inter e isso precisa ser corrigido. O ano está perdido. O time
só precisa lutar pra não cair mais ainda na tabela. Uma zaga que toma seis gols em dois jogos merece ser reavaliada. Um time do porte do Inter ter um lateral do calibre do Édson Ratinho é piada...
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