quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Por um fim de campeonato sem fiascos

Brasileirão: Inter 2x3 Figueirense

Problemas muito maiores do que imaginamos ocorrem no Beira-Rio. Informações que vazam, lesões exageradas, resultados que não vem, jogadores com “problemas psicológicos”, pedido de demissão não aceito, caso D’alessandro e etc. O Fernandão falou irritado sobre o seu pedido de “deixar o cargo à disposição” na entrevista coletiva de hoje, já que somente duas ou três pessoas sabiam. Obviamente, eram os dirigentes e alguém abriu a boca. Amadorismo.

No último treino antes desse belíssimo jogo, Fernandão deu um basta no Kleber chicletinho e mandou ele mascar no banco de reservas. Jesus não escapou e foi esquentar o banco também. A outra vítima foi o jogador tido como alma do time, Andres D’alessandro. O homem das lesões consecutivas e dos problemas “psicológicos”. As opiniões se dividiram entre Fernandão ser inexperiente e só querer mostrar autoridade em tirar um dos principais e mais caros jogadores do time; e Fernandão ser bagual em tirar o maior ídolo que joga atualmente no clube e ter a audácia de coloca-lo no banco.

Com desabafo sobre a zona de conforto ou sem, pedindo pra jogador desinteressado tirar férias ou não, o fiasco foi inevitável. Hoje foi para o grandioso Figueirense que ocupava (verbo no passado porque o Inter colaborou muito) o penúltimo lugar, agora está no antepenúltimo. O jogo começou como normalmente começa esses últimos jogos do Inter: numa melancolia só. O Ygor chutou mal uma bola, o Damião não acertou o gol e só. Aos 38, Dagoberto pareceu ser o velho Dagoberto. Roubou a bola, driblou o zagueiro, o goleiro saiu do gol e ele tocou por cobertura. Golaço! E foi o único momento de sorrisos no jogo. Depois daí, descemos ladeira abaixo. O Inter não pôde respirar muito que logo o Figueirense empatou.

No segundo tempo, o Inter não tomou mais porque tem um grande goleiro, digno de seleção brasileira. Lamento por estar em tão boa fase com um Inter tão apático e despedaçado. O Figueira chegou de pé em pé (não vou dizer “à lá Barcelona” porque é muita humilhação) E Ronny chegou chutando. Muriel opera um quase milagre. O Rafael Moura decidiu sair da zona do impedimento e marcou um gol de cabeça e foi abraçar o Fernandão. Enquanto isso, D’alessandro baixa a cabeça, ajeita a meia e caminha sem direção no gramado. O Fred ainda meteu uma bola na trave e, depois disso, o ki-suco do Inter ferveu.

No primeiro tempo, um Inter sem meio campo e um Damião isolado. No segundo, tudo isso e mais uma defesa pornográfica. Aos 42, depois de um cruzamento, a bola passa por toda área colorada e Ronny coloca na gaveta... pra fúria do Muriel. Dois minutos depois, a virada com Aloísio e a casa do Inter caiu.

O Inter é apático, morno, sem vontade e é reflexo da direção instável e monótona que tem. O clima contagia. O Davi cumpre seu papel de sentar na cadeira em frente ao microfone e responder – sempre irritado – sim ou não. Dá a impressão que está somente cumprindo seu papel, sem se importar com a realidade dos fatos. E ainda tem coragem em querer se candidatar à presidência do clube... Tem muita coisa fora do lugar no Inter e isso precisa ser corrigido. O ano está perdido. O time só precisa lutar pra não cair mais ainda na tabela. Uma zaga que toma seis gols em dois jogos merece ser reavaliada. Um time do porte do Inter ter um lateral do calibre do Édson Ratinho é piada... 

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