quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Sem medalhões, Dagoberto comanda os novatos


Brasileirão: Inter 2x0 Atlético-MG

O tempo virou. De um calor que fazia o Rio Grande do Sul parecer o nordeste a frio. Como o menor público do ano, o Inter enfrentou o Atlético-MG, do ex-colorado-baladeiro Jô e do seu companheiro Ronaldinho Gaúcho. Pipoca, um chimarrão e uma soneca no primeiro tempo, tão lerdo e sem motivação que o jogo estava. O Inter tinha posse de bola, sem objetividade. A bola caía no pé do Nei e ele, imediatamente, dava jeito de matar a jogada. Ironicamente, uma das chances de gol mais claras que o Inter teve saiu dos pés do capitão (?) Nei, quando o goleiro atleticano quase tomou um frango.

No primeiro e único toque bacana do Rafael Moura na bola, cabeceou e só não marcou porque o goleiro fez milagre. E assim acabou o primeiro tempo, nada mais que isso. No segundo tempo, o Inter permanecia igual... até que Fernandão tirou o lindo e loiro Rafael Moura para a entrada de Dagoberto. O rumo do jogo mudou completamente. Da certeza do empate à esperança do gol da vitória. E ele veio um minuto depois da entrada de Dagoberto. Jackson pegou uma sobra de bola, ajeitou e mandou no ângulo do goleiro Giovanni... para a alegria geral da nação e o abraço coletivo com direito até a massagista.

Jackson, o desconhecido, abriu a porteira dos gols, afinal, onde passa um boi passa uma boiada. Cassiano, o melhor jogador do Inter na partida, ainda acertou a trave, mas ele estava merecendo e logo sua felicidade estaria completa. Aos 34, era a hora de Fred fazer o dele, quando dominou na área, deixou um adversário caído e teve a experiência e qualidade de um veterano para bater com frieza e ampliar o placar. Ao apagar das luzes, Dagoberto fez uma jogadaça e cruzou milimetricamente na cabeça do Cassiano que só teve o trabalho de desviar para o gol.


O Nei ainda cometeu pênalti. Muriel versus Jô. O Inter estava na sua noite e Muriel defendeu com o pé. Sem medalhões, sem nenhuma estrelas, o Inter jogou como pôde e conseguiu o resultado. A entrada do Dagoberto e o grito alto da torcida foram elementos base para a vitória. Que isso sirva de exemplo para os colorados: ano passado conseguimos a vaga desse jeito, com a torcida acreditando, indo ao estádio. Esse ano a mobilização tem de ser assim, a torcida é a alma, o combustível de um time.

AVANTE, INTER!

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