Brasileirão:
Inter 2x0 Atlético-MG
O tempo
virou. De um calor que fazia o Rio Grande do Sul parecer o nordeste a frio. Como
o menor público do ano, o Inter enfrentou o Atlético-MG, do ex-colorado-baladeiro
Jô e do seu companheiro Ronaldinho Gaúcho. Pipoca, um chimarrão e uma soneca no
primeiro tempo, tão lerdo e sem motivação que o jogo estava. O Inter tinha
posse de bola, sem objetividade. A bola caía no pé do Nei e ele, imediatamente,
dava jeito de matar a jogada. Ironicamente, uma das chances de gol mais claras
que o Inter teve saiu dos pés do capitão (?) Nei, quando o goleiro atleticano
quase tomou um frango.
No primeiro
e único toque bacana do Rafael Moura na bola, cabeceou e só não marcou porque o
goleiro fez milagre. E assim acabou o primeiro tempo, nada mais que isso. No
segundo tempo, o Inter permanecia igual... até que Fernandão tirou o lindo e
loiro Rafael Moura para a entrada de Dagoberto. O rumo do jogo mudou completamente.
Da certeza do empate à esperança do gol da vitória. E ele veio um minuto depois
da entrada de Dagoberto. Jackson pegou uma sobra de bola, ajeitou e mandou no
ângulo do goleiro Giovanni... para a alegria geral da nação e o abraço coletivo
com direito até a massagista.
Jackson, o
desconhecido, abriu a porteira dos gols, afinal, onde passa um boi passa uma
boiada. Cassiano, o melhor jogador do Inter na partida, ainda acertou a trave,
mas ele estava merecendo e logo sua felicidade estaria completa. Aos 34, era a
hora de Fred fazer o dele, quando dominou na área, deixou um adversário caído e
teve a experiência e qualidade de um veterano para bater com frieza e ampliar o
placar. Ao apagar das luzes, Dagoberto fez uma jogadaça e cruzou milimetricamente
na cabeça do Cassiano que só teve o trabalho de desviar para o gol.
O Nei ainda
cometeu pênalti. Muriel versus Jô. O Inter estava na sua noite e Muriel
defendeu com o pé. Sem medalhões, sem nenhuma estrelas, o Inter jogou como pôde
e conseguiu o resultado. A entrada do Dagoberto e o grito alto da torcida foram
elementos base para a vitória. Que isso sirva de exemplo para os colorados: ano
passado conseguimos a vaga desse jeito, com a torcida acreditando, indo ao
estádio. Esse ano a mobilização tem de ser assim, a torcida é a alma, o
combustível de um time.
AVANTE,
INTER!
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