domingo, 29 de maio de 2011

Iarley, eterno, aplaudido no Gigante.

Inter 0x1 Ceará do Iarley

Sábado gelado. A ventania vinda do Guaíba deve ter gelado os nervos dos jogadores, atrofiando-os. Essa é a única explicação que se pode dar à derrota para o Ceará em pleno Beira Rio com 13 mil torcedores. O Falcão mesmo disse que não se pode perder pontos dentro de casa, e a derrota só não foi triste porque o autor do gol foi um ídolo colorado: Iarley. Ele que jogou a ponto de merecer metade da taça do Mundial de Clubes FIFA. Ele que tem grande parcela de “culpa” pelo reconhecimento do Inter internacionalmente.



O frio que fazia na noite de sábado desestimulou e atrofiou os jogadores colorados que tocaram a bola o jogo inteiro, mas sem objetividade. O Inter teve algumas poucas chances de gol, mas desperdiçou todas.
O segundo tempo veio e aos 17 minutos dessa etapa, o jogador que mudaria a história do jogo acabava de entrar. O autor do gol do Ceará e “ladrão” dos três pontos que o Inter poderia ter conquistado ganhou uma homenagem merecidíssima antes do jogo e se emocionou. Iarley, ao fazer o gol, não comemorou e foi muito aplaudido pelos torcedores que estavam no estádio.

O Brasileirão começou com o Inter sem vencer. Nesse mês, a torcida colorada não viu o time vencer dentro de casa – preocupante... O Falcão um dia expulsa o D’alessandro do treino, outro dia tira ele na metade da segunda etapa do jogo, sendo que ele era um dos melhores jogadores em campo. Isso não vai acabar bem.

Esse Inter jogará com aquele Barcelona que deu show sábado à tarde. Credo. O pior é que o Falcão, na entrevista coletiva, disse que não viu o Inter jogar mal a ponto de criticado. Eu ainda não vi o time colorado de Paulo Roberto Falcão jogar bem.

E aí, vamos pedir para o Celso Roth voltar?

sábado, 21 de maio de 2011

Começa o Brasileirão... e a preocupação também.

Santos-reserva-de-várzea 1x1 Inter


No domingo matamos e enterramos sete palmos pra baixo da terra o nosso arquirrival que estamos acostumadíssimos a provar sua pseudo-imortalidade. Depois de tripudiarmos no Grêmio, veio o Brasileirão. Brasileirão este que Falcão é especialista.

O Santos de hoje é o Inter do ano passado: Libertadores, time reserva no Brasileirão, sem muito interesse... O começo do jogo foi morno, depois o Inter pressionou com o peixe tendo um time reserva muito ruim. O colorado tentou com Damião, com Zé Roberto de fora da área, com Oscar-fominha, mas quem se deu bem foi o Santos. Aos 29 minutos o Daniel fez um pênalti bobo, Keirrison bateu e o Renan, que soterrou as gazelas no domingo, nada pode fazer.

Que me desculpe o Daniel, mas eu não sei o porquê dele ser jogador profissional. Não sei também porque o Inter insiste no Daniel-amador quando se tem Glaydson no banco. Não que o segundo é muito melhor que o primeiro, mas o Glaydson, sempre que jogou, correspondeu às expectativas. Já o Daniel é jogador de time de várzea. Mais uma vez, que me desculpe, mas nem o amigo que luta Muay Thai faria aquele pênalti. Ainda acredito que o Nei, com toda sua ruindade, seja melhor que o Daniel – isso que o Daniel nem lateral sabe cobrar.

É, no mínimo, curioso a história de que o Inter precisa levar um gol pra acordar...

O que o Inter realmente precisa há tempos é o equilíbrio de jogadas tanto pela lateral direita, quanto pela esquerda. Ultimamente nenhuma das laterais é boa. Quem foi bem foi Zé Roberto, assim como contra as gazelas. O empate veio quando Oscar deu um cruzamento rasteiro precioso e Zé negão, de primeira, meteu no ângulo do gol do Aranha que nem com suas “teias” atacaria o balaço do Zé.

Em homenagem ao amigo-gazela-imortal-que-morreu, Viçosa.
Obviamente o Inter não tinha todos os seus jogadores titulares, já que a metade está “repousando” no departamento médico. Obviamente também que o Inter era muito, mas muito superior ao time reserva do Santos - se bem que pra ser muito superior a esse Santos não é nada difícil. 

O Daniel só ia se redimir por completo se, a partir da falta que sofreu, o Zé Roberto acertaria o gol no chute de primeira que deu quando Oscar cobrou a falta. Quem não acertava nada, além do Daniel, era o Bolatti que devia estar alucinado com a convocação para a seleção argentina e o Damião que devia estar com a lambreta com o motor estragado.

O Falcão tirou Bolatti, que jogou muito mal, pra colocar o estreante Fabrício em jogo. Logo depois, saiu Oscar pra entrar Cavenaghi, mas nada mudou. Incrível mesmo era a vontade do Zé Roberto e do Tinga e a falta de vontade do resto. De novo a vontade... De novo os passes errados... De novo aquele jogo sonolento.

Tabu estabelecido e nunca quebrado: Inter nunca ganhou do Santos na Vila, e não era hoje que a história iria mudar. E me diz, Falcão, o que é que faltou pro Inter vencer o Santos reserva? É, isso é preocupante...

domingo, 15 de maio de 2011

40 mil gazelas CALADAS.

Grêmio 2(4)x3(5) Inter

O Internacional jogava pra ganhar o título. Jogava pra “surrar” quem os pisoteou por toda a semana. Jogava por uma revanche. Jogava pra mostrar a sua superioridade. Jogava pra mostrar que quem manda aqui é o colorado. Jogava também pra trazer um sorriso no rosto do torcedor colorado, que há bastantinho não recebia grandes alegrias.

O Falcão armou o Inter com três jogadores improvisados: Juan pela lateral, Kelber no meio e D’alessandro ao lado do Damião no ataque. O resultado desses improvisos não foi bom: gol do Lúcio e esperanças coloradas se esvaindo. O primeiro gol colorado só surgiu quando Falcão tirou Juan – que vinha fazendo um bom jogo – pra colocar Zé Roberto. O mesmo deu passe para Damião que, adivinhem?, vem o gol pro Inter deixando o Victor esbugalhado no chão. Cena legítima de uma gazela...

Havemos de convir que o Grêmio só deixou de dominar quase que completamente o jogo quando o Inter fez o segundo gol. Com muita raça, o Andrezinho mal conseguia caminhar, em um rebote de bola pegou de primeira tripudiando, novamente, em Victor. Na garra, Andrezinho manco colocou o Inter na frente. O aniquilador de gazelas, Índio, ainda no primeiro tempo, quase acabou com o time de várzea do Grêmio.

O segundo tempo veio com Andrezinho, raçudo, manco, no campo, mas logo deixou o gramado para a entrada de Oscar. O Andrezinho já tinha feito a sua parte no greNAL. Ao contrário do primeiro tempo, Falcão errou tudo o que tinha pra errar quando montou o time e no segundo tempo o Inter era outro. As 40 mil Maria Chiquinha azuis que estavam no chiqueiro se calaram quando o já aniquilado Victor fez pênalti em Zé Roberto. Aí foi só D’alessandro colocar a bola na marca do pênalti, encarar o goleiro do Grêmio que ele se borrou de medo.

Todos sabem o que acontece no duelo D’alessandro x Victor.

Faltavam 7 minutos para o final do jogo quando Renan falhou, de novo. Encaixou uma bola fácil, caiu e largou. Aí o Borges – acusado por matar Osama Bin Landen com o pênalti do domingo retrasado – achou aquela bola no meio dos zagueiros colorados, aproveitou pra dar um chute no Renan e chutou a bola.

O torcedor que sofria de problemas cardíacos não podia assistir a esse jogo. Tudo empatado, a taça foi para os pênaltis. Aí, no papel, muitos diriam que Victor é muito melhor que Renan. Teoria não é prática. A prática veio, o Victor foi aniquilado por D’alessandro, Oscar, Bolatti, Nei e Zé Roberto, Bolívar levantou a taça do Gauchão e o D’alessandro levantou o caixão do Grêmio. O Renan falhou mas se redimiu. Foi perdoado por completo quando fez a proeza de imitar o Kidiaba na frente da torcida gremista...

O Zé Roberto salvou o Falcão, foi o melhor em campo e fez o gol do título colorado. Há uma década o Inter, impiedosamente, massacra o Grêmio. A superioridade está também nos números: 40 títulos do Gauchão para o Inter, 36 para o Grêmio. O Renato, que se diz melhor que Falcão, chorou de novo. Caiu aos prantos na entrevista ao ver seu Grêmio ser calado no chiqueiro... Já que ele não consegue fazer o Grêmio levantar taças dentro do Olímpico, é só chamar o Inter que ele dá conta do recado.


A garra e a vontade que tanto faltava ao Inter foi ascendida pelas piadinhas durante a semana. O imortal morreu de novo. 

Cadê o Grêmio? Ninguém os vê!

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Quarta-feira de... treino.

Quarta-feira era pra ser o dia de post sobre um jogo na Libertadores, sobre um comentário do jogo bem sucedido do final de semana, sobre elogios ao que era pra ser um bom grupo. Nada disso. Passaremos a semana inteira treinando, tentando arrumar os erros cometidos desde o ano passado. Treinar pra tentar calar a boca do time de várzea do Grêmio – sim, o time do Grêmio é estupendamente ruim e todos sabem disso, o Inter é que tem o costume de ressuscitar mortos...

No meio da semana passada, o Inter ressuscitou um outro time de várzea: o Peñarol. O time colorado conseguiu perder em casa quando já tinha empatado o jogo lá, na residência do Peñarol, trazendo pro Beira Rio certa vantagem. 40 mil colorados foram impiedosamente calados, pisoteados, humilhados.

Em dezembro não ressuscitamos ninguém, apenas fizemos propaganda do Mazembe. Divulgamos o Mazembe. A “divulgação” custou caro. A falta de vontade dos jogadores, falta de técnica, falta de técnico, falta de um empurrãozinho ou falta de sei lá o que nos custou caro, principalmente para os torcedores.

Nesses últimos jogos, o Inter está se especializando em perder, levar tombos, fiascos...
Conquistamos a “grandiosa” taça Farroupilha, mas não foi folgado, não. Foi suado, chorado, nos pênaltis, na sorte, dentro da nossa casa, com um time muito superior ao do Portoalegrense, com o torcedor do nosso lado. Eu não vou comemorar um título como esse – pode ser chamado de título? –, e não vou comemorar vaga, muito menos contratações. Não sou Gigante à toa, não quero comemorar somente isso.

O próximo jogo será domingo, no chiqueiro, contra o time de várzea valendo o título do Gauchão. O Inter precisa ganhar de dois gols de diferença para levar o título – esse dá pra chamar de título?.  Espero que ainda não tenham feito vídeos emocionantes de “Eu acredito” pra virarmos o jogo e levarmos o Gauchão.

Essa semana surgiu a notícia de que o Fernandão, F9 eterno, estaria voltando para casa. Legal, muito bem. Só se ele estiver voltando para a casa da mãe dele, pro Inter, não. O Fernandão, senão o maior – e acredito que seja o maior –, foi um dos maiores ídolos da história gloriosa do Internacional. Se o Inter foi campeão de verdade pela primeira vez foi culpa do F9, se o Inter tem a grandiosidade que tem, o F9 tem uma grande parcela de culpa.

Já trouxemos de volta o Bolívar, o Sóbis, o Renan, o Falcão. Nenhum deles está mostrando muito bom trabalho. O Fernandão é líder, sempre foi, mas o Inter precisa de futebol e não de liderança – liderança também, mas isso é segundo plano. Se o Siegmann corresse atrás pra trazer de volta pra casa o Nilmar eu concordaria.

O dia em que o Fernandão vier pro Beira Rio de novo vai ser pra ser “dirigente ou torcedor” ou pra pendurar as chuteiras. 

domingo, 8 de maio de 2011

Compra-se vontade e garra.

Inter 2x3 Grêmio

Quem perdesse o grenal desse domingo correria alguns riscos, sério, eu diria. O “apagão” de quarta-feira nos raptou o sonho do tricampeonato da Libertadores, portanto, uma derrota do Inter hoje seria o começo de uma crise “oficial” – já que, desde dezembro, viemos de uma sequência de jogos mal jogados e resultados piores ainda. Aí tem gente que está pensando: bom, agora que o Inter caiu fora da Libertadores eles vão valorizar o Gauchão. Mentira. O Inter está muito mal acostumado com campeonatos internacionais, campeonatos grandes. Mas quem disputa e ganha campeonatos grandes tem a obrigação de disputar e vencer campeonatos pequenos.

No comecinho do jogo, quem pressionou, chutou, levou perigo ao gol foi o Grêmio. O Renan, até então, foi muito bem. Aos 9 minutos, Sobis recuou para o Andrezinho que, de primeira, chutou e marcou. Depois de abrir o placar, o Inter foi quem jogou melhor. Numa das jogadas do Grêmio, Viçosa aproveitou uma falha do Renan e empatou o jogo.

Aí o apagão, que já foi protagonista no jogo passado, voltou hoje, de novo. Com 38 segundos de jogo no segundo tempo o Grêmio virou com Leandro. Aí, amigos, só faltava uma cadeira estofada, uma pipoca e uma lata de Coca-cola para os jogadores colorados assistirem o Grêmio jogar. Parecia que os jogadores colorados estavam jogando pelada com os amigos num domingo à tarde.

Bolívar foi bicampeão da Libertadores e campeão mundial pelo Inter, fez muito pelo time, mas não faz mais. Ele comete erros bobos e estava abobadado em campo. Pendura tuas chuteiras, Bolívar. Outro que deve acompanhar o capitão colorado é o Nei, só faltava ele levar uma La Boba do D’alessandro. O amigo Sobis não sabia tocar para o lado, só chutar (e mal) para o gol. Pra mim, é banco. O Damião ainda tentou salvar a pátria com um gol chorado de cabeça, mas aos 41, o Viçosa marcou de novo com o Renan mal posicionado, de novo também.

Não existe jogador com mais vontade que o Guiñazu! Se todos os jogadores tivessem a mesma vontade que o El Cholo, não teríamos fiascos como viemos tendo nos últimos meses. Um tombo atrás do outro. Um tombo pior que o outro.

O Inter teve uma decisão em cima da outra, não teve muito tempo pra treinar, mudança no esquema todo o jogo e alguns errinhos. O próprio Paulo Roberto Falcão disse que “se perder, perde jogando com vontade”. Falta de vontade foi o nome do jogo de hoje. Tem boatos de que o Inter estaria negociando com cinco novos reforços. Não precisa – precisa só um substituo pro Nei, urgente! – o que precisa, hoje, é vontade. Compra-se vontade e garra.

O post sobre o jogo de hoje é de extrema e estupenda indignação e desaprovação. O Inter tem um elenco maravilhoso, só falta a “pecinha” no comando que faça o time jogar. O Falcão escreveu uma história linda no Internacional, não tem como ele não ser idolatrado aqui. Eu, sinceramente, prefiro que a diretoria o mande embora a que ele estrague a história extraordinária que escreveu aqui.

Alô, é da fábrica de VONTADE do Guiñazu? O Internacional quer comprar um pouco... 

Eu quero vontade. Eu quero ver a vontade que o Falcão tinha quando jogava!

Avante, Inter!

Inter cabisbaixo. De novo.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Pode mudar de assunto?

Inter 1x2 Peñarol

Ainda não acredito nessa morte do Bin Laden. Atirar o corpo no mar é um forte indício de que não há corpo. Politicamente foi interessante ao Obama, que, a um ano da eleição, já subiu 11 pontos na sua popularidade.
E essa união de homossexuais? Respeito o que cada um sente, mas não consigo me acostumar com esses hábitos. Aliás, foi mais uma vez adiada a decisão sobre a formalidade disso.

Bom, mas este blog é pra falar de futebol. Mais! É pra falar do Inter... to certo? Infelizmente, sim... Então, o que vamos falar do Inter? O time que, há três meses nos fez dormir chorando em Abu Dabhi e, hoje, com um jogo na mão, uma decisão em casa, consegue a ‘façanha’ de ser eliminado pelo Peñarol, que nada mais é do que um ‘vencedor ultrapassado’.

Entretanto, procurar um bode expiatório agora é difícil. O técnico é o que queremos, o time era o que queríamos, a torcida compareceu, o clima era de confiança, havíamos conquistado um título em cima dó Grêmio há três dias... então, o que faltou? O que, meu Deus?

Chego à conclusão que faltou aquilo que já havíamos constatado em Abu Dabhi: excesso de confiança, leia-se: salto alto. E aí, quando a vaca vai pro brejo, os ânimos se exaltam, a pressa atrapalha, os insistentes toques laterais sem objetividade se transformam em cruzamento imprecisos pra área, e aí é só esperar o juiz apitar o fim do jogo e dar explicações.

Analisando tecnicamente a equipe, algumas constatações se pode fazer: quanto tempo vamos esperar com um lado direito contando com um lateral deficiente e um zagueiro sem recuperação? O Bolívar não ganha na velocidade nem do Tales, seu filho, um menino carismático e rechonchudo, que já levantou mais taças que o Grêmio.

E o Kleber? Seguinte, meu velho, não quer mais, pede pra sair! A bola não chega ao Damião, é só analisar os últimos gols. Ele cria suas oportunidades e assim mostra o oportunismo de um centroavante de seleção.
Enfim, sim, perdemos e estamos fora, o que nos resta de bom? A vitória nos pênaltis que nos garantiu na final do ‘cafezinho’ e, sobretudo, uma preparação sem desculpas esfarrapadas para o campeonato Brasileiro. Nós exigimos este título e estaremos com o Inter, sempre!

Levanta a cabeça e bola pra frente! Somos, até julho, os campeões da América.

Por: Nando Rocha

domingo, 1 de maio de 2011

Mais dois passos para a taça do Gauchão...

Inter 1(4)x1(2) Série B - ops, Grêmio

De um lado a elegância e a extrema educação, do outro a simplicidade e a arrogância. Paulo Roberto Falcão, o maior ídolo da história do Internacional, versus Renato Carioca, o rei do futevôlei. O Gigante da beira do rio Guaíba lotou pra ver os dois ídolos, um de cada clube, se enfrentar pela decisão da Taça Farroupilha. Um greNAL sempre é muito aguçado, mas o de hoje foi muito mais.

O Grêmio desde o primeiro minuto de jogo apenas assistiu o Inter jogar, trocar belos passes, fazer firula, partir em velocidade para o ataque. O nosso arquirrival tentou parar o Inter na base da pancada, em dois minutos de jogo foram três faltas dos jogadores gremistas. Nada disso adiantou.

Hoje se viu claramente o que Falcão trouxe ao Internacional: uma troca de passes de encher os olhos.

O time colorado fez jogadas excelentes de velocidade e, se tivéssemos marcado todas as vezes que chegamos com perigo ao gol do amigo Marcelo, teríamos feito 7 a 0 tranquilo. O time do Falcão teve total controle do jogo na primeira etapa e até a metade da segunda: teve bola metida nas canetas dos azuis, teve firula do Oscar, La Boba do D’alessandro... O primeiro ataque do Grêmio foi lá por meados de 15 do primeiro tempo quando o Inter já tinha cansado de furar a zaga ruim do adversário.

A superioridade do Internacional se concretizou quando, aos 24 minutos do primeiro tempo, a bola rolou pelos pés do Nei, D’alessandro, Andrezinho até chegar no Damião. O guri goleador se livrou da marcação, girou, conduziu a bola por mais dois metros, esperou o Marcelo sair do gol para encobri-lo. Golaço. Damião tinha dito no fim do jogo contra o Peñarol, na quinta, que “nenhuma dor no meu ombro vai me tirar do greNAL”. O guri jogou e, para desespero do Renato Carioca – que colocou um zagueiro exclusivamente para marcar o Damião – marcou gol.


No segundo tempo foi a mesma coisa, pressão total do Inter até que, aos 25, Guiñazu deu um carrinho típico de Guiñazu e foi expulso – depois do jogo o Guiñazu, humildemente, veio pedir desculpas ao Damião e ao Falcão por ele ter sido expulso, mas o gringo tem muito crédito com a torcida colorada. Aí o Grêmio teve um pouco mais de espaço pra jogar, mas o Inter ainda teve alguns ataques. O Leandro “novo Neymar” (meu Deus) ficou livre pra marcar, mas o carrasco Rodrigo deu um carrinho certeiro na bola. O Grêmio, em todo o jogo, teve uns cinco chutes a gol, no último Viçosa acertou e saiu enlouquecido pra comemorar. Leandro Damião ainda teve uma última chance quando passou no meio de cinco jogadores gremistas e chutou, mas Marcelo fez milagre.

Futebol nem sempre é justo, se fosse o Inter teria ganhado de lavada, mas não. O Jogo acabou e a decisão foi para as penalidades máximas. A primeira cobrança foi nada mais que horrorosa, quando Borges chutou a bola lá no Guaíba. Para o Grêmio, Rochemback e Adilson marcaram. O Renan Gigante defendeu o chute do Viçosa. Para o Inter, D’alessandro, Damigol, Kleber e o Rodrigo marcaram. Rodrigo este que foi dispensado pelo Grêmio por “mau comportamento”. Ele vem fazendo jogos excepcionais e lavou a alma hoje quando fez o gol que deu ao Inter e tirou do Grêmio o título da taça Farroupilha. O Renan foi espetacular durante todo o jogo, chorou depois de defender o pênalti e dedicou a vitória à mãe que faleceu em um acidente. Falcão disse que hoje Renan é titular.

Vencer é bom. Vencer o Grêmio-sérieB é muito melhor.

Houve uma polêmica muito grande sobre o fato de o senhor Márcio Chagas ter escolhido por livre e espontânea vontade as goleiras onde seriam cobrados os pênaltis, e elas foram do lado em que tinham mais torcedores gremistas. Não houve sorteio algum. Depois disso Roberto Siegmann e Renato quase se esbofetearam. Isso é lamentável, mas lamentável mesmo foram as trocas de farpas entre Siegmann e Renato.

O árbitro foi inconsequente em escolher, sem sorteio, as goleiras onde os pênaltis seriam cobrados? Óbvio... Esse era um greNAl, e em greNAL não se pode dar sopa para o azar. O também Renato foi imaturo quando o Nei foi cobrar a lateral e o técnico do Grêmio, intencionalmente, meteu a mão quase no rosto do lateral colorado, impedindo-o de prosseguir. O Renato também procurou briga. O Odone invadiu o campo durante as cobranças de pênaltis, mas a junção de todos esses fatores não explica a atitude do Roberto Siegmann em chamar pra pancada dirigentes gremistas e nem ficar se lamentando pela escolha das goleiras.

É legal aquele clima de grenal, as provocaçõezinhas virtuais, sendo que quando isso tudo acaba em risos e não como acabou hoje. Mesmo que o árbitro tenha sido criado dentro do Grêmio, de o pai dele ser diretor de futsal do Grêmio e de o Márcio não ter apitado muito bem o jogo, ter deixado de dar cartões para jogadores gremistas, não justifica a atitude antiprofissional do Siegmann. Tem colorado feliz com a atitude estupenda e mal educada dele, eu não. Ele foi o oposto do que Paulo Roberto Falcão cobra no futebol: a ética. Tomara que isso não se torne a repetir. O Inter sair vitorioso, pronto, acabou.

O Internacional venceu, ergueu mais um caneco, não tivemos avenidas trancadas e nem foguetório a noite inteira. Teve alguns, mas não como uns aí costumam fazer. Provocamos mais dois greNAIS. O primeiro será no Gigante, o segundo no chiqueiro – opa!, no Olímpico.


O Inter é campeão da taça Farroupilha e faltam mais dois passos pra ser campeão
gaúcho.