Peñarol 1x1 Inter
Jogamos para o gasto, contra o Peñarol, ainda assim, garantimos virtualmente a classificação em solo uruguaio, aliás, situação antagônica à vivida pelo co-irmão, que de tão copeiro se atrapalhou com os ‘Prattos’. Enfim, eles entendem de Pratto, nós, de taça.
Sobre a partida contra o Peñarol, perdão, Falcão, mas, deixar Oscar no banco é... Bom, fosse Celso Roth e eu diria ser uma burrice, se tratando de Falcão, é, no máximo uma licença poética...
No primeiro tempo muita bola lateral, pouca criatividade, um gol do Peñarol e um erro grotesco do árbitro Carlos Torres que não expulsou o zagueiro uruguaio após uma entrada dura em Damião, que entrava livre na área para marcar.
Na etapa final, erro corrigido: Oscar em campo. Sóbis, pouco inspirado (de novo), fora. Sóbis devia se preocupar mais em treinar finalizações, aprimorar a parte física, ao invés de perder tempo se preocupando em não comemorar gols. Mas, tudo bem, tem crédito pela história linda que já construiu no colorado.
E então, na segunda etapa, mais uma vez Damião decidiu. Gigante Damião. O Inter vive uma crise crônica de Damião-dependência que acontecera pela última vez, lá nos idos de 2004 a 2006, no ápice de Fernandão. E o guri, além de jogar muito, ainda tem estrela. Se a bola não desviasse no zagueiro, dificilmente entraria.
Fazendo uma breve análise individual de atleta e setores, é importante frisar a nova fase do velho Renan. Salvou o Inter no primeiro tempo e demonstrou segurança na etapa final. Sobre os laterais... seria perfeito um lateral com a vontade do Nei e a técnica do Kleber. Em contrapartida, o inverso, com a vontade do Kleber e a técnica do Nei, era melhor o cara virar empacotador de supermercado. Os zagueiros tiveram atuações distintas. Bolivar continua regredindo. Impressionante. A imponência, classe de outrora tem se configurado num zagueiro lento e inseguro. Já Rodrigo, fez sua melhor partida com a camisa do Inter.
No meio campo, não há adjetivos para descrever a atuação de Mário Bolatti. Era interessante o Inter confeccionar um terno de couro, elegante, semelhante ao utilizado pelo Falcão, no Uruguai, para Bolatti usar nos jogos, tamanho é sua classe e elegância. Joga demais! Guina foi o mesmo cachorro louco que comia tijolo quando pequeno. É imprescindível. Andrezinho não correspondeu como em jogos anteriores, D’Ale cresceu muito no segundo tempo, até dando carrinho.
E, Falcão, dou-lhe o maior dos elogios que devem ser atribuídos a um técnico: foi óbvio. E como é bom ver um técnico óbvio. Sacar quem tem que sacar, repor com quem tem que repor, etc...
A única nota triste da noite foi a dispensa do Carlos Alberto antes de um Gre-Nal. O Guina já tava ensaiando um carinho... aliás, Carlos Alberto, deixo aqui um abraço afetuoso do Vilson pra você e sua família...
Agora, esperamos o Grêmio no próximo “level” (isso, se eles passarem)... Tem Gre-Nal domingo pelo cafezinho, mas to com uma vontade impressionante de saborear este café. Seguimos, assim, rumo ao Tri da América. Os fortes e “católicos” permanecem, os fracos e arrogantes, não.
Escrito por: Nando Rocha