segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Faltou tranquilidade...

Grêmio 2x1 Inter B

De um lado os reservas-quase-titulares, do outro, o time B. Não tem como dizer que esse não era um Gre-Nal cheio de emoções, a bola deu duas roladas no gramado e Mailson – como um cavalo – atropelou o jogador colorado. Logo depois, Muriel se jogou nos pés de Clementinho impedindo o gol.

Com time B, A, C ou reservas, Gre-Nal nunca vai deixar de ter muita rivalidade, mesmo num jogo de cartas ou em uma disputa de xadrez. Se as cores vermelho e azul disputam entre elas um resultado vai ter muita rivalidade, reclamações e corneta. E com muita pouca gente nas arquibancadas, no Inter começou a aparecer a estrela do jogo... Muriel.

No lado dos reservas-quase-titulares,  o Grêmio fazia torneio de quem errava mais cruzamentos. Mailson jogou a bola lá na casa da tia Joaninha... Já no lado do time B, o Inter errava alguns passes e não estava habituado a jogar no novo esquema de Enderson Moreira. Logo mais, Neuton cobrou uma falta lá do meio do pátio, Rodrigo Moledo cabeceou e Muriel teve que fazer mais uma defesa boa pra não tomar gol contra. Até que em uma cobrança de escanteio bem feita, Guto, o capitão, cabeceou forte e marcou. Depois do gol, o Inter desperdiçou uma carrada de gols. Primeiro Daniel, depois Guto – em uma cobrança de falta perfeita, só faltou entrar –, logo mais Goulart. Quem não faz, leva...

No segundo tempo a estrela do jogo brilhou de novo. Numa cabeçada do Clementinho, Muriel se jogou e fez outra grande defesa pra loucura dos gremistas. Depois dessa defesa, Bruno Colasso foi cobrar uma falta na boca da área e Muriel nem se mexeu, gol do Grêmio com falha grande da estrela – com direito a quase-choro do Bruno. 

O que mais faltou pro Inter B, foi tranquilidade. Os meninos sentiram o coração bater mais forte no Gre-Nal, sentiram o peso da vermelhinha e perderam muitos gols. O pior foi do Goulart que, livre, somente com o goleiro, bateu pra fora.

Até que uma ligação no celular do técnico provisório do Grêmio mudou o jogo. Renato, assistindo o jogo pela televisão de casa, achou necessário colocar Lins no jogo, e o técnico provisório atendeu ao pedido. Depois de uma falha horrorosa do zagueiro Natan, a bola ficou de presente para o iluminado do Renato, que fez o gol da vitória.
No final do jogo teve pressão da gurizada do Inter, mas ficou tudo assim.

Confesso que fiquei um tanto feliz vendo os meninos mesmo com a derrota, eles têm bastante qualidade e podem levar bem o Gauchão. Claro que queríamos a vitória, tínhamos tudo pra embolsar mais três pontos, mas não deu. E, por favor, Celso  Juarez Roth, deixa Renan e Lauro um do ladinho do outro esquentando o banco e coloca a número 1 no corpo do Muriel! 

Muriel, de novo.
E quarta-feira é dia de todos os colorados no Gigante ou com o olho grudado na televisão, é dia do time principal treinar no Gauchão contra o Juventude.

Avante, Inter!

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Inter mais "Hermano" do que nunca

Novos rostinhos bonitos estão chegando à casa sagrada da beira do rio. O Inter B está se saindo bem, e parece que ar doce sobrecarrega a atmosfera que rodeia o Gigante. Primeiro foi a vez de Zé Roberto e Alex vestirem a vermelhinha e fazerem o sinal de positivo para as câmeras. Hoje aconteceu a maior das contratações deste ano, foi a vez de Fernando Ezequiel Cavenaghi, 27 anos, vindo do Mallorca da Espanha.

O Hermano – agora colorado – já teve passagens pela seleção argentina, foi criado junto com D’alessandro nas categorias de base do River Plate, foram companheiros no time principal e fizeram sucesso. Hoje, El Torito – apelido de Cavenaghi – disse que está muito ansioso para jogar com D’alessandro e “fazer muitos gols”. Provavelmente, a estréia do argentino será dia 3 de fevereiro, quando a equipe principal joga oficialmente pela primeira vez neste ano, no Gauchão. 

Hoje, os torcedores colorados proporcionaram à “Cavegol” um sentimento que poucas torcidas conseguem: fez ele sentir o que realmente é Inter, e a força e dimensão que esse grandalhão do futebol tem em cada coração colorado. Em êxtase, muitos colorados foram ao aeroporto Salgado Filho receber o Hermano em grande estilo. O que separava El Torito da torcida enlouquecida era, apenas, o vidro do carro.


A próxima “vítima” – no bom sentido – será Mario Bolatti, da Fiorentina. Segundo Siegmann, as negociações estão bem avançadas e semana que vem o craque será apresentado. O Inter está mais Hermano do que nunca, e isso pode funcionar muito bem para a Libertadores. D'alessandro, Cavenghi, Guiñazu e Bolatti: isso ainda vai resultar em coisa boa. Anotem.

Mudando o rumo da conversa e rumando lá para Rivera, onde ocorrerá o primeiro Gre-Nal de 2011. O Grêmio vai com os reservas e sem o Renato, que deu “chilique” e não vai acompanhar o time. O Inter vai com o time B, que estão inflados de confiança com a goleada que aplicaram no xará de Santa Maria.

Tem tudo para os meninos saírem de Rivera com um sorriso no rosto e com mais três pontos na bagagem.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Injeção de ânimo

Inter-SM 1x4 Inter

O Rodrigo Moledo tem um molejo que poucos zagueiros têm. Ele é um jogador com uma estabilidade muito grande, sem grandes “montanhas-russas” em suas apresentações. Rodrigão está lá na frente pra marcar e lá atrás pra despachar quem ousa entrar na nossa área. Foi bem nos quatro jogos do Gauchão e vai pedir espaço no time principal. Se continuar assim, Celso Roth tem que por o nome do guri na lista.

No primeiro gol, Marquinhos cobrou o escanteio perfeitamente na primeira trave, com efeito, e Moledo cabeceou forte e estufou a rede – com o gol, Moledo garantiu mais três anos de contrato. O Marquinhos foi pego por um encanto, seus pés estavam impecáveis – coisa que há muito tempo não se via –, e mais uma vez cruzou da direita nos pés de Goulart, que pegou de primeira, arrancado o grito de gol da garganta.

No terceiro gol, o mesmo Marquinhos deu um passe lindo de trivela para o lado oposto onde se encontrava Thiago Humberto, que deu um chutão de dentro da área marcando o gol. Por fim o quarto gol (ufa, cansei!), que saiu quando Mineiro cabeceou – o mesmo que resvalou uma, duas, três (perdi as contas) vezes no gol do Inter-SM.
Ricardo Goulart, casado e apaixonado pela sua esposa, está inspirado e mete um gol por jogo pra deixar sua amada feliz, e os colorados. O apaixonado, que reverte sua paixão em gol, está muito bem e logo vamos ver o guri jogando com “gente grande”. O menino arrisca, chuta e marca, e é disso que o Inter precisa.

Goleada pra derrubar o adversário.
O Inter B, que vai jogar o greNAL domingo, tomou uma injeção de ânimo com a goleada de gols e bom futebol que aplicou no xará de Santa Maria. O que mais nos aninou nesse jogo, foi a volta do bom futebol que Marquinhos apresentava. Agora é horas de ligarmos as luzes dos holofotes em Marquinhos, Juliano, Goulart e Moledo/Molejo.

Pela primeira vez no ano, me sinto confiante. Que o time B e o principal saibam fazer multiplicar essa confiança! É disso que o Inter precisa: garra, bom futebol e gols, muitos gols. Somamos mais três pontos e liderança do grupo. Começamos ganhando o Gauchão pra embalar...

Vejo mais dois argentinos lá no horizonte, vestindo a vermelhinha.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Curtinhas...

Os ventos do Guaíba sopram calmos, lentos e sem trazer nada de tão importante. A casa oval-vermelha construída literalmente em cima do rio, também está calma, mas diferentemente do Guaíba, no imenso monte de concreto sagrado rodeiam algumas preocupações, desconfianças, temores...

A maré do gigante da Beira Rio ondulou um pouco com a contratação de Zé Roberto, ex-Vasco, que já havia se destacado bastante no Flamengo. Já disputou a Liga dos Campeões, mas jamais a Libertadores, por isso ele se diz muito motivado a mostrar o que sabe fazer com a bola. E é bom jogar bem mesmo – pra mim é jogar bem, ou rua. 

Outro reforço que chegou simultaneamente com Zé Roberto foi Alex, ex-Fluminense. Pelos boatos, este vai ter alguma participação no time B, já que o Siegmann, com todo o respeito, é bobinho demais a ponto de não querer que o time principal jogue algumas partidas aleatórias no Gauchão antes de estreiar na Libertadores. Essa semana surgiu mais uma especulação do Inter, agora é sobre o Zé Roberto, do Santos.

Zé Roberto, Cavenaghi e Alex. Reforços confirmados.

A venda de Giuliano, eleito o melhor jogador da América – fez milagre pelo Inter fazendo gols inacreditáveis e que foram decisivos para a conquista da Libertadores –, foi como jogar água gelada na nossa cabeça quente e suada: um choque. A diretoria vendeu o Giuliano desesperadamente em procura de dinheiro no caixa. Ao final da Libertadores o garoto valia quase o dobro do que o Inter recebeu por ele hoje, mas esperaram demais.

Outra contratação que me parece um pouco melhor que todas as outras, é o Cavenaghi que jogava no Bordeaux. D’alessandro já jogou com o hermano Cavenaghi pelo River Plate, o que me parece algo bom. Bom não foi a recusa do Internacional em trocar o velho e franzido Guiñazu por Dagoberto e Cleber Santana. El cholo é ídolo, corre em campo como ninguém, se sobressai nos treinos por suas corridas que cansam até quem olha, mas não ele. Guiñazu é guerreiro e independentemente das propostas do Boca e São Paulo,  independentemente da declaração dele ainda lá em Abu Dhabi de que só se fosse louco não aceitaria uma proposta do Boca, ele continuará correndo e dando o sangue dele nos jogos. Essa sempre foi a característica do Guiñazu, e foi isso que tornou-o ídolo da torcida.

O problema que vai nos assombrar por mais esse ano será: Quem é que vai ser a pessoa que vai tomar posse da camisa 1? Não sei, ninguém sabe e garanto que nem a diretoria e o Roth sabem. Lauro está na frente nessa briga, mas se for pra disputar a Libertadores com o Lauro, eu largo mão...

No mais, está tudo indo aos trancos e barrancos, assim como o time B que mais se parece com o D.

sábado, 22 de janeiro de 2011

Mais três pontos na bagagem

Inter 1x0 Santa Cruz

O Internacional venceu, discretamente, o Santa Cruz, meteu mais três pontos na bagagem com direito à liderança do grupo. Mais uma vez o Colorado fez um jogo sonolento, fraco. Até que ele, Ricardo Goulart, deu um peixinho no mar de tédio, o goleiro falhou feio e a bola passou por entre suas pernas parando somente quando balançou a rede. 

O segundo tempo melhorou, mas não foi grande coisa porque o Inter era um time torto, só jogava pelo lado direito. E o Santa Cruz começou a gostar do jogo quando Massari – que vinha sendo um dos poquíssimos destaques do jogo – fez falta e foi mandado direto pra rua.

A maior dificuldade do Inter no jogo foi passar pela forte marcação que fazia o Santa Cruz. O Internacional sentiu a falta do garoto, mas conseguiu segurar o resultado fraco até o final. Uma deficiência do Inter é Marquinhos. Este que já foi destaque no time B e levado até o time principal, mas que decaiu... muito. O Marquinhos de hoje se enrola com a bola, recua quando tem a oportunidade de passar e puxar um contra ataque.

Um erro que o Inter insiste em cometer todos os santos jogos – que acontece também no time principal há muito tempo – é não saber reverter a posse de bola em gols. Hoje, o Inter comandou o jogo inteiro, mas não tinha chances claras de gol – assim como em todos os outros dois jogos.

Deixando as críticas de lado, o time B foi guerreiro o bastante pra manter a vitória mesmo com um jogador a menos. Os meninos estão começando o campeonato e ainda têm tempo de conquistarem a confiança dos torcedores. Ricardo Goulart, Rodrigo Moledo e Massari me parecem boas oportunidades para integrar o time principal.

Tem muito Gauchão pela frente, e muita bola bonita pra rolar.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Vitória e os mesmos erros bobos de sempre

Inter 1x0 Porto Alegre

As coisas no Beira Rio não me parecem nada normais... E não estão normais. Anel inferior do concreto sagrado do Gigante destruído, Giuliano vendido para a Ucrânia, Guiñazu perto de ir pro São Paulo, Alecsandro prestes a sair – este não vai fazer muita falta. Sem contar as atuações do time B, que parecem que jogam há apenas uma semana juntos.

No jogo de ontem entre Inter e Porto Alegre, mais uma vez eu vi um time formado por guris que conquistaram o Campeonato Brasileiro de forma inédita, jogarem sem entrosamento, errando passes, sem objetividade. Todos os erros do primeiro jogo foram cometidos ontem, de novo. Algumas coisinhas, mas coisinhas bem pequenininhas mesmo, melhoraram; como a entrada do Ricardo Goulart que deixa o time um pouco mais ofensivo.

Deixando de fora a bizarrice, a lambança, o fiasco que o Muriel fez, ele não teve nenhum trabalho em especial no jogo. O lance em que me refiro, é o momento em que o Muriel vai cobrar o tiro de meta e chuta a bola nas costas do Moledo que estava a, mais ou menos, cinco metros do goleiro. Alguém tinha que agitar aquele jogo parado e xoxo que fazia o Internacional, Muriel conseguiu.

O Inter dominou o jogo inteiro, teve sempre a posse de bola, mas não concluía, assim como no jogo contra o Cruzeiro e assim como acontece com o time principal. Os meninos precisam se soltar, eles têm muita qualidade e já mostraram isso no B. No jogo, tudo se encaminhava para um empate quando Guto, o capitão, sofreu uma falta na entrada da área. O mesmo cobrou com muita categoria, o goleiro defendeu de forma espetacular, mas parcialmente. Foi aí que Ricardo Goulart apareceu para meter a cabeça na bola e correr para o abraço. Inter 1 a 0.

À medida que os pontos negativos se sobressaíam na partida, três ou quatro meninos me chamaram a atenção. O primeiro, Juliano, o garoto é impecável na marcação, dribla e joga com muita qualidade. Augusto entrou no lugar de Élton – que foi lesionado, mas que jogava muito bem até então –, e manteve o alto nível até o final do jogo. O garoto se mostrou ser um bom volante, distribuindo vários passes preciosos e roubando bolas.
Assim como tinha sido destaque no jogo contra o Cruziero, o jovem zagueiro Rodrigo Moledo mostrou ter segurança com a bola nos pés, e foi quase perfeito no jogo contra o Porto Alegre. Outra grande revelação. Anotem o nome desses meninos aí!

O jogo foi calmo... calmo até demais. Não teve grandes jogadas. Agora é hora de esquentar o motor do time B e os fazer jogarem a bola que sabem. O Inter precisa começar o ano ganhando o Gauchão, pra depois sonhar mais alto.


quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Preocupações, vitória e solidariedade

A alegria e ansiedade que tínhamos para ver o Inter jogar, tornou-se preocupação. Muita expectativa foi colocada nos meninos do B, mas no primeiro jogo nada em especial foi visto. A preocupação não está aterrissada somente nos meninos, o time principal é o que mais preocupa, já que temos muitas competições importantes para disputar esse ano.

Os meninos jogam hoje contra o Porto Alegre em busca da primeira vitória no Gauchão. Deixaram muito a desejar no domingo e sabem da responsabilidade que tem quando vestem a vermelhinha. Não tem nada de ansiedade nem nervosismo, os meninos são muito bem pagos pra isso, trabalharam bastante. Então, está na hora de tudo isso refletir no gramado.

Há boatos de que, com a reforma do Beira Rio, teremos uma crise – prevejo crise tanto na parte financeira quanto na parte do bom futebol. Segundo algumas informações, o Internacional tem grande chance de jogar todo o Gauchão com time B, o que é muito ruim. Se isso acontecer, o time principal só treina e estreia a Libertadores descoordenados e sem ritmo, assim como apresentou o time B. Vamos abrir o olho!

Dos problemas solucionáveis vamos àquilo que já teve a solução. Ontem o Internacional, literalmente, despachou o Nacional-SP pela Copa São Paulo de futebol júnior. Com uma atuação muito consistente e madura, os meninos venceram sem nenhum susto por 2 a 0 e se classificaram para as quartas de final da Copa.

O Inter dominou o jogo inteiro, porém, não resultava em gol. Até que Leonardo Piaia chamou a responsabilidade e cobrou uma falta com categoria, no canto, e abriu o placar pro colorado. Já no começo do segundo tempo, o Inter despachou de vez o Nacional com um gol de Rodolfo. Inter 2 a 0 vai jogar contra o América-MG – este que eliminou o Fluminense – pelas quartas de final. Até então, o colorado segue invicto no Copa SP, com 5 jogos teve 4 vitórias e 1 empate. Aproveitamento de 86,66%. Os meninos sabem da grandiosidade do Internacional e estão fazendo por valer.


De problemas e jogo à solidariedade. A catástrofe que atinge a região serrana do Rio de Janeiro comoveu o mundo e convocou o povo à solidariedade. Com a equipe do Internacional não foi diferente. O movimento foi organizado de maneira que se o torcedor doar 5 quilos de alimentos não perecíveis, este ganha o ingresso para o jogo de Inter x Porto Alegre, no Beira Rio, hoje. Se você quiser ajudar, mas não pode ir ao jogo, tem vários pontos de coleta espalhados em todas as cidades. Encontre o ponto da sua cidade e ajude a amenizar o sofrimento do povo carioca. Toda ajuda é muito bem-vinda!


segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Deve ter sido o calor...

Cruzeiro-POA 1x0 Inter


Pra quem assistiu Cruzeiro-POA versus Inter B esperando que as jovens promessas se saíssem bem, que mostrassem o trabalho que vem sendo feito há muitos dias, decepcionou-se. Assim como eu. O Inter B mostrou não ter capacidade para jogar o Gauchão. Notou-se em campo onze homens descoordenados, sem entrosamento – coisa que foi uma surpresa e tanto, já que o time vem treinando há muito tempo. Deve ter sido o calor que atrapalhou tudo... teve até direito a paradinha para beber água.

Jogadores como Marquinhos e Guto deixaram muito a desejar. Por alguns momentos a combinação do primeiro com Tales Cunha me fez lembrar a velocidade que Taison tinha – e que até hoje não foi encontrado ser que pudesse repor essa característica ao Inter. O segundo, Guto, me lembrava muito Alecsandro com sua lentidão, com pouquíssimas bolas chegando aos seus pés e ele ali, parado.

O Inter B bobeou e o Cruzeiro abriu o placar com um belíssimo gol. Teve dança do autor, o Léo, mas mereceu dançar, o gol foi uma pintura – que teve falha do Muriel.

A bandeirinha-mulher – com calção curto, coxas lustras e consideravelmente grandes – se empolgou com a quantidade de pessoas do sexo oposto que a rodeavam e esqueceu que não se deve erguer a bandeira quando o jogador está atrás da linha da bola. Agora foi falha da bandeirinha e parou um contra ataque muito bom que Guto puxava.

Dentre todos – muitos – erros que vi o Inter B cometer igualzinho ao Inter A, um jogador em especial me fez grudar os olhos em tal. Ricardo Goulart entrou faltando pouco mais para o fim do jogo, mas criou chances claríssimas de gol. Só nos últimos 7 minutos de jogo, o Internacional criou 4 oportunidades boas de gol, mas desperdiçou.

Deixando fora o lance em que Rodrigo Moledo quase fez um gol contra de cabeça, onde a bola roçou a trave, o jogo mesmo assim foi ruim. O Inter não jogou o que deveria, teve algumas chances claras de gol, poderia ter marcado, mas futebol é bola na rede. Sem mais.

Então, pode comemorar, Léo...



sábado, 15 de janeiro de 2011

Gauchão a vista

Enquanto o time de “gente grande”, sobrecarregada de experiência nas costas – ou melhor, nos pés – não começa a jogar, o time B toma peito da responsabilidade e colocam os “titios” assistirem o trabalho dos novatos pela televisão.

Os meninos do time B, comandados por Enderson Moreira, estão inflados de boas energias para começar bem o Campeonato Gaúcho. Também visando uma brechinha no time principal, os garotos estão dando duro nos treinos enquanto os integrantes do time principal estavam de férias.

O Inter, mais uma vez, vai com tudo mesmo com o time B. Sempre entramos em um campeonato para brigar pelo título, sempre foi assim, sempre será. Temos nesse grupo desde grandes jovens promessas até jogadores descartados por Celso Roth. Todos com motivação de sobra para encaminhar muito bem os primeiros jogos do Inter no Gauchão 2011.

Não é porque o Gauchão reúne clubes desconhecidos que é uma competição fácil, muito pelo contrário. O maior campeonato do Rio Grande do Sul é muito difícil de ser conquistado. O Inter B vai ter muito trabalho pela frente.



Até que enfim o futebol vai inundar os gramados brasileiros!

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

A Grande Depressão


Queda na economia; alta taxa de desemprego; queda drástica do produto interno bruto (PIB). A valorização das ações na bolsa de valores despencou expressivamente, e este dia foi enumerado como a Quinta-Feira Negra. Começou, ali, um dos maiores aborrecimentos dos americanos. A ‘Grande Depressão’ ou ‘Crise de 29’, foi uma das piores torturas que o povo americano sofreu desde então.

Assim como os estadunidenses tiveram a horrorosa Quinta-Feira Negra, nós, colorados, tivemos a Terça-Feira Negra – pavorosamente negra. À medida que os Estados Unidos teve a baixa valorização das ações, o Internacional, no mesmo ritmo, deixou de receber de seus sócios 400 mil reais naquele mês.

A grande depressão de 1929 pode ser relativamente comparada à grande depressão vivida pelos colorados desde o catastrófico dia 14 de dezembro de 2010. Ao contrário da primeira, a segunda gigante depressão é mais recente, e deixa marcas visíveis nos rostos e corações vermelhos.

Os traços de tinta preta na folha branca do calendário emolduram os números um e quatro, que formam o dia quatorze. Quatorze de janeiro de dois mil e onze. Hoje, exatamente, completa um mês em que os colorados enfrentaram – e enfrentam – um calvário, uma dor infinita, incapaz de ser descrevida e incapaz de caber em nossos corações.

A alegria, euforia, ansiedade das últimas semanas dos corações vermelhos em campos brasileiros foram destruídas. Sonhos que desde 2006 inundam nossas mentes, foram destruídos. A dor maior é essa: de ter a convicção plena de que tínhamos a melhor condição de vencer, e fomos vencidos. Assim como há quatro anos batíamos “inapelavelmente” no Barcelona, fomos “inapelavelmente” abatidos.

A ferida dos vermelhos da Grande Depressão vai demorar para curar, mas jamais irá diminuir o amor pelo Inter. Ainda teremos muitas derrotas que irão nos doer, mas vão doer porque somos grandes. E grandes só querem vencer. Grandes são adaptados a vencer. Mas mais do que vitórias e títulos, teremos amor. Amor que jamais irá acabar, amor pelo Internacional. 

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Maré mansa...


Fico conectada diariamente em sites de esportes e do Inter para ver se acontece algo de novo e significante. Fico à espera de uma boa notícia, e nada. A única coisa falada nos últimos dias vem sendo a novela Ronaldinho, aquela estressante história que durou meses e ninguém sabia de nada. Grêmio botava e tirava as caixas de som para anunciar e fazer a festa com a estrela Ronaldinho – eles sonharam demais, coitados. O dentuço apunhalou o Grêmio, mais uma vez, e tá lá, feliz no Flamengo.

Outras notícias que vejo e leio é sobre o prêmio conquistado pelo D’alessandro; Guiñazu que quer e está prestes a sair; Luigi dizendo que não tem pressa de contratar ninguém. Nada expressivo. O Luigi não se preocupa em contratar, mas eu, sim. O Internacional precisaria de uma urgente reformulação, mas agora foi. O novo presidente do Inter tá mais parado que olho de vidro. 

Não sei se os dirigentes do Inter tem a sã consciência de que eles devem horrores para a torcida vermelha. Não é com uma vitória pequena que vão se redimir conosco. O que aconteceu em dezembro foi grave; muito grave. Os colorados estão muito descontentes, e com razão: primeiro a gente perde o mundial, depois renovam com o Celso Roth, agora não anunciam nem uma faxineira nova. Queremos transformar os espinhos de 2010 em belas rosas para 2011, mas o negócio tá muito complicado. A torcida tá bastante desconfiada, e pelo jeito, vai continuar.

O Inter fez muitas lambanças ano passado, como jogar a toalha no campeonato brasileiro quatro meses antes de este acabar. Perder catastrófica e vergonhosamente para o Mazembe. E a pior lambança foi renovar com o Roth – infelizmente.

Espero que a diretoria do Inter abra os olhos e veja o mundo, contrate rostos novos porque precisamos disso, mas traga gente boa... não perebinha como o Celso Roth. A garotada do time B tá vindo aí, e quero ver um monte de garotinho jogando futebol feliz no time principal. Temos muito o que disputar esse ano, e a torcida vai esbravejar a cada jogo perdido. 

Que chova gotas de inteligência e esperteza no Beira Rio para o Luigi. Que ele conduza o Internacional de tal forma à devolver a auto-estima para o torcedor ver o Inter jogar um bom futebol. Eu disse jogar um BOM futebol, coisa que há muito tempo o  Inter não faz. 


- A foto é azul, mas não tem mar de cor vermelha. 
- Dalhe, Inter!

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Das categorias de base à presidência

O garotinho que era fã do Colorado, jogava nas bases do Inter e sonhava em ascensão dentro do clube, hoje se tornou presidente. O mocinho que uma vez que se esforçava ao máximo pra poder entrar no time principal, hoje não agüentou e foi às lágrimas quando empossado presidente do Internacional.

Com apoio de Fernado Carvalho e Vitório Píffero durante toda a campanha presidencial, Giovanni Luigi conquistou os torcedores e mostrou que consegue manter o Inter no topo. As lágrimas são compreensíveis, pois qual torcedor não gostaria de dirigir seu próprio clube? Giovanni há muitos anos, serve o Internacional de maneira amorosa. É um homem esperto e viveu muito tempo trabalhando ao lado do Carvalho, portanto, sabe o que fazer na presidência.


- Nada pode ser mais honroso do que assumir o clube do coração. Tenho um irrenunciável compromisso com a nova geração. Agora vamos em busca das glórias e do cumprimento dos compromissos firmados durante a campanha - afirmou Luigi, emocionado.

O novo presidente apontou propostas boas, e falou que irá manter muita coisa que vem dando certo desde o comando de Carvalho-Píffero. As categorias de bases vão ser muito valorizadas em 2011. Os moleques vão começar seu trabalho já no Gauchão – o que é bom para os meninos irem se acostumando com campeonatos, pressão.

Outra boa observação feita por Luigi é que, daqui por diante, o clube só irá contratar jogadores que estão prontos para jogar. As apostas vão vir das categorias de base. Fazendo-o, casos como o do Ilan não irão mais acontecer. Este foi contratado como uma aposta e jogou poucos jogos, não conseguiu ganhar a confiança do treinador e foi mandado embora.

Giovanni mostrou propostas objetivas já que ele terá um caminho longo e difícil agora, na presidência. O Internacional escalou montanhas até chegar ao topo do mundo – como poucos – e Luigi tem essa complicada missão de manter o Colorado lá. O torcedor do Inter é acostumado a vencer, e Luigi vai ter que começar já por esse ano – todos sabem a dívida, e o tamanho dela, que jogadores e presidência têm com os torcedores.

Então, que Luigi comande o Inter tão bem quanto, ou melhor, que Carvalho e Píffero. 

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Eu vi!

Eu nasci, cresci e virei colorada. Nada mal seria ter nascido com uma marca, gravado a ferro e fogo na pele as três letras entrelaçadas em vermelho e branco. Não é que eu quis ser colorada, eu já nasci com minha alma vermelha; eu nasci com sangue colorado e morrerei com ele. Demorei alguns anos pra descobrir o que realmente era Inter dentro de mim.

A vida mimada e vencedora que o Internacional concedeu a seus fieis e eternos seguidores fizeram de nós pessoas que respiram vitória. Fizeram de nós pessoas absolutamente humildes, mas vencedores. O Inter é grande, e quem faz do Colorado um dos maiores clubes do mundo somos nós: pessoas que não se cansam de vencer; que superam derrotas e, mesmo assim, apoiam; são pessoas que ouvem histórias ou que viveram os duros anos 90; são COLORADOS.

Torcedores de muitos outros clubes queriam ver o que eu vi, mas que seu clube nunca o proporcionou mesmo que este seja “experiente”. Eu vi uma nação inteira encher ruas, bairros, cidades, estado à espera do campeão. Eu vi o “patinho feio” – Gabiru – fazer o gol mais importante da minha vida, e depois erguer a taça do Mundial. Eu vi muitos títulos.

Eu vi o Giuliano ser decisivo na Libertadores; eu vi o Damião correr e fazer um coração; eu vi o Sobis se eternizar com o gol que nos dava a Libertadores – tanto de 2006 como de 2010. Eu vi uma coisa muito maior. Eu vi, eu vibrei e eu chorei vendo o meu time embarcar num avião para cruzar terras e mares para jogar a vida. E eu vi eles jogarem a vida, eu vi, nos olhos deles, a dor de ter perdido. 

Eu vi jogadores chegaram ao Inter profissionais e saírem colorados, eu vi muitos deles se eternizarem com conquistas inéditas, históricas, inacreditáveis. Eu vi uma MULTIDÃO correr junto do ônibus. Eu vi o Iarley chorar amores pelo Inter quando foi vendido, e o Fernandão se tornar o mascote da torcida; eu vi ele chorar agradecendo ao Colorado e ao Carvalho. 

Eu sei o quanto eles – e eu – queria aquele título. Eu vi o Sobis chorar e com olheiras, dizendo que não dormiu a noite inteira. Se o dia 14 de dezembro de 2010 foi o pior dia da minha e da vida de muitos colorados, foi o pior dia para eles também. A pior coisa que ser derrotado, é saber que se foi vencido por alguém menor que você.

A pior coisa que ser derrotado, é olhar para trás e ver o quão duro e intensivo foi o trabalho para tudo ocorrer perfeitamente, quando em duas horas o trabalho, a expectativa, a ansiedade de um ano – uma vida – inteiro foi destruídos por alguns minutos. Longos.


Por mais que não quiséssemos, tínhamos que viver o dia 14. Por mais que doía, sabíamos que quando o sol aparecesse, teríamos que sobreviver. Teríamos que suportar todas as flautas. Com a cabeça fria, aquela terça-feira foi um dia difícil, mas de aprendizado. Aprendemos que não somos super-heróis e que não vamos sempre ganhar. Isso é a vida.

Eu acho que é difícil de conformar, de compreender e de explicar esse dia. Quando olharmos pro calendário e vir que os traços formando o número um e quatro se juntam, iremos, intencionalmente, lembrar da nossa dor. E se o Inter acabar, minha vida acaba aqui.