quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Das cinzas e nas cinzas.

Gauchão: Inter 1x2 Grêmio

O Inter, mais uma vez, ressuscita o Grêmio das cinzas, e faz seu bom futebol ser enterrado nas cinzas.

O Inter vinha perfeito desde o começo do ano. Zaga titular imbatível. Meio campo fulminável. Ataque matador. Aí um confronto com o maior rival para decidir o futuro no Gauchão e a mídia carrega no Inter o fardo de ser o favorito absoluto, e era. O Inter, assim como Kleber “Gladiador” disse no final do jogo, é muito melhor que o Grêmio, mantêm a base de alguns vários anos, muda somente peças fundamentais e com qualidade gigantesca, tem jogadores invejados por qualquer clube brasileiro e tem uma história muito recente de títulos desejadas por qualquer torcedor. Mas eu já conheço essa história...

Mudo, agora, poucas palavras do que disse Maurício Saraiva: “Quando um time de menor qualidade (Grêmio) enfrenta um de maior (Inter), o primeiro verbo que ele deve conjugar é marcação, e o Grêmio fez isso muito bem,” anulou D’alessandro – com três brutamontes soqueando e travando o pé não tem como jogar  – e anulou Oscar – com quatro jogadores na marcação não tem como jogar. Os dois nomes de criação do Inter foram anulados. D’alessandro sucessivamente perdia a bola ou dava de graça ao adversário, Oscar arrancava, mas logo trombava com dois, três ou um bolo de azuis. Primeiro o Grêmio anulou a criação colorada, depois saiu jogar, jogou melhor e infelizmente mereceu a vitória.

O jogo começou e logo se viu que o dia não era do Inter. O time errou passes demasiados e o Grêmio, impressionantemente – até os gremistas ficaram surpresos –, pressionava. Aos 16, Moledo fez falta, Muriel soqueou a bola e ela caiu nos pés de Léo Gago. Este chutou, a bola bateu na trave, depois nas costas do Muriel e então para o gol. Gol de puro azar do Muriel. O Inter respondeu com um contra-ataque fulminante em que a qualidade dos atacantes prevaleceu. Dagoberto saiu em disparada e pifou Damião pela esquerda, livre. Este recebeu a bola e tinha como obstáculo Victor, em pé. O centroavante colorado esbanjou categoria e tocou por cima do goleiro, a bola foi dormir na rede. Golaço!


 Teve uma falta em Sandro Silva na risca da linha que o árbitro não deu, mas teve uma do Sandro Silva em cima do Kléber que ele também não deu, então, anula. Mas teve um pênalti não dado ao Inter. E a reação do Inter só recomeçaria no final do jogo por que, aos 18 do segundo tempo, a maior contratação dos últimos anos do Grêmio fez o gol da vitória azul. O Damião teve um chute cruzado que a bola lambeu a trave. João Paulo cruzou e Damião chutou cruzado, mas a bola lambeu o ângulo. João Paulo cruzou e Damião bateu de lado de pé, mas Victor defendeu. Oscar teve o gol quase limpo a sua frente, mas chutou pra fora. O Inter perdeu dois gols nos últimos 5 minutos de jogo e tudo acabou assim: Grêmio sendo o melhor da América por vencer um dos melhores da América, e Inter pior do Rio Grande do Sul por perder em casa para o pior do Rio Grande do Sul.

Pra quem assistiu, o jogo foi bem feio para o colorado. A troca de passes do Inter não existiu, mas o Damião voltou e marcou um golaço! Agora abro um parêntese aqui pra falar do ranking da Conmebol que saiu essa semana e o Inter, mais uma vez, aparece entre os primeiro. Mais precisamente em segundo lugar enquanto o Santos, atual campeão da América e o mais badalado time existente por aqui, aparece em sétimo lugar. A estabilidade de um clube é essencial, e o Inter mostra isso nos últimos anos. Não sou eu quem diz, são os números que mostram. Um clube grande é um clube estável.

AVANTE, INTER!

sábado, 18 de fevereiro de 2012

No dia da redenção, Inter passeia no Beira-Rio

Gauchão: Inter 3x1 Pelotas

Calor? Time reserva? Pelotas? Falta de entrosamento? Falta de futebol bonito? Nada disso teve no jogo de hoje. O Inter atropelou o Pelotas, não tomou conhecimento do adversário, mostrou que o calor não incomodou e Jô se redimiu. O Inter começou o jogo apertando... em um escanteio cobrado por João Paulo, Jô meteu a cabeça na bola, mas Bruno ficou com ela. O Pelotas tentou responder com um chute fraco, que Renan encaixou.

O goleiro Bruno parecia que ia ser um adversário forte do Inter quando João Paulo cobrou escanteio na cabeça de Fabrício, e o goleirão fez bela defesa. Em seguida, Gilberto arriscou de fora, Bruno pegou. Em outro escanteio, Fabrício, de novo, finalizou, e Bruno salvou. Até que, aos 17, a muralha Bruno foi destruída: João Paulo bateu, a bola quicou e, quando ela subiu, Jô – o ex-perna-de-pau – mandou um míssil para o gol. Golaço!


No segundo tempo, Jô marcou o terceiro gol do Inter e o segundo dele no jogo aos 6 minutos. Jô e Fred trocaram belos passes até que Fred lançou Jô, este tirou do goleiro e chutou. Quando o Pelotas realmente incomodou, incomodou de verdade. Aos 41, Guly chutou e Renan deu rebote. Foguinho entrou na área e foi derrubado por Josimar. Na cobrança do pênalti, Guly não titubeou e Renan não pegou.

O Inter reserva teve entrosamento e futebol bonito o suficiente pra agradar os torcedores que estavam no Beira-Rio. Na verdade, o time passeou no Gigante, quase não teve trabalho, mas teve muita experiência pra fazer o resultado e fazer o tempo passar. A redenção de Jô, finalmente, aconteceu. Foi o melhor em campo junto do Fred e João Paulo.

O Pelotas não existia e o Renan assistiu ao jogo de camarote. Fred quase marcou quando arrancou e passou por meio time pelotense, mas concluiu fraco. Aos 32, o Inter concluiu uma vez atrás da outra: Gilberto chutou de fora da área, a muralha do Pelotas defendeu, mas deu rebote que Jô tentou, mas o goleiro jogou para escanteio. Na cobrança, João Paulo passou para Fabrício e depois para Elton cabecear, Bruno mandou para escanteio novamente. Na segunda cobrança de escanteio, João Paulo colocou a bola “com a mão” na cabeça do Elton e, dessa vez, ele não desperdiçou, fez 2 a 0 para o Inter.

O Inter reserva teve entrosamento e futebol bonito o suficiente pra agradar os torcedores que estavam no Beira-Rio. Na verdade, o time passeou no Gigante, quase não teve trabalho, mas teve muita experiência pra fazer o resultado e fazer o tempo passar. A redenção de Jô, finalmente, aconteceu. Foi o melhor em campo junto do Fred e João Paulo. Com o passeio de hoje, o Inter se classificou como o primeiro do grupo e, quarta-feira, pega o Grêmio (que perdeu hoje para o São José) no Gigante... e ele vai RUGIR!



quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Com zaga imbatível, Inter derruba mais um invicto

Gauchão: Inter 2x0 Cruzeiro

Com uma zaga composta pelo vovô-garoto de 37 anos, Índio, que não leva gols a mais de 400 minutos; com DagoLberto alçando voo e fazendo gol com passe da sorte; com Moledo tentando, tentando e conseguindo, o Inter detona mais um invicto. Com a “belezura” de futebol um pouco menor que contra o Caxias, o Inter jogou simples, poupou-se e fez o necessário: a vitória.

O Cruzeirinho é, junto do Caxias, o melhor time – junto do Inter e Grêmio – do Gauchão, sem dúvidas... Tanto é que começou dando trabalho quando Abuda chutou e a bola raspou a trave, depois, Faísca chutou, mas ela foi pra fora. O Inter respondeu com um cabeceio do Damião, que quase entrou. Aí, aos 27, aquele que alçou voo no domingo passado, continuou ele marcando depois de passar por meio time do Cruzeiro, tocar, ela bater no adversário e voltar pra ele se esticar todo e fazer o gol.

Aos 30, o Inter teve a chance de liquidar o jogo quando Oscar, brilhante, fez a jogada e sofreu o pênalti. Mito D’alessandro foi para a cobrança como sempre, no cantinho, mas ela caprichosamente bateu na trave. O gringo pode perder pênalti, errar passes... ele tem crédito. No segundo tempo, o Cruzeiro voltou menos ofensivo e o Inter aproveitou para administrar, cansar menos. Logo aos dois minutos, D’ale aproveitou uma brecha na defesa para cruzar para Oscar que, nanico, não alcançou a bola. Num escanteio, Moledo já tinha tentado o cabeceio, mas ela saiu, no segundo, o zagueirão subiu mais que todo mundo e cabeceou no ângulo.


Três detalhes pra comentar, primeiro: Damião tentou, incansavelmente, a busca pelo gol. Todas as vezes que a bola chegou realmente nele, ele chutou ou cabeceou, mas ela não entrou. Vejo muitos colorados dizendo que o Inter pode vender o Damião, e eu discordo completamente. Damião tem de ficar, deve ficar, é homem de duas áreas, leva dois marcadores e deixa um meio campo livre, é grandalhão e num contra ataque mata o jogo e tem muita qualidade. Damião não é o mesmo depois da lesão, isso é verdade, mas os meias do Internacional têm entrado muito dentro da área e estes têm dado várias opções de toques de gol. Damião sempre está na área pra conferir.

Segundo: muitos de nós (inclusive eu) comentamos que o Índio podia encerrar a carreira ano passado, por que vinha cometendo alguns errinhos, tinha apelido de cachaceiro, fuzarqueiro e coisas do gênero. Pois o velho Índio virou pastor, carrega a Bíblia debaixo do braço e virou um dos melhores jogadores do Inter nesse ano. Com Índio na zaga, o time sofreu somente dois gols na temporada. E hoje, mais uma vez, a noite foi do velhinho: o homem não perdeu UMA!

Terceiro: Se há alguma semanas a torcida gritava “Fica” ao D’alessandro, agora pode gritar ao Oscar. O desejo dele é esse, ficar no Inter – já demonstrou isso em entrevistas e na comemoração de um gol, onde apontou o gramado do Beira-Rio como o seu futuro. Hoje o garoto não fez gol e nem deu passe para este, mas correu feito um condenado, movimentou-se, marcou e sofreu o pênalti para o primeiro gol.

O Inter como grupo funciona quase que perfeitamente, cresce a cada jogo e mantém uma estabilidade: sem vitórias de goleadas, mas também sem derrotas. O colorado é líder e já confirmou classificação. Libertadores é só mês que vem...



AVANTE, INTER!

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

ÍNDIO: O garotinho de 37 anos.

Hoje, 14 de fevereiro de 2012, Índio completa 37 anos de idade, mas que mais se parecem dezessete. Considerado “muito velho” para o futebol, Marcos Antônio de Lima contrariou todas as provações, bateu o pé, trabalhou com humildade e joga, hoje, como um garotinho. Superou todos os zagueiros que já jogaram em gramados gaúchos, passou pelo eterno Elías Figueroa e se tornou o grande zagueirão artilheiro do Internacional. Dono da maior panturrilha da história do futebol, Índio se tornou matador de imortais, chegou aos 30 gols e se consagrou como o maior zagueiro dos quase 103 anos de história deste clube.

Com polêmica do copo ou não – refiro-me quando Índio cortou o braço e disse que se apoiou em um copo na sua casa – o zagueiro mais vitorioso do colorado passou por cima de todas as piadinhas e mostrou trabalho em campo. Grande Índio sempre foi assim: respondia perguntas com meias palavras e massacrava dentro de campo, e é assim que um grande profissional deve se redimir.

Esse cara aí vai ser não só vitaliciamente, mas eternamente amado pela nação colorada pelo chutão que deu para Gabirú escorar de cabeça, correr, receber de Iarley e marcar o gol que daria o título mundial ao Inter, em cima do melhor do mundo: o Barcelona. Aliás, Yokohama ainda treme ao lembrar-se dos pesados passos de Marcos Antônio de Lima marcando o poderoso adversário... Mergulhado em uma poça de sangue, Índio jogou boa parte do segundo tempo daquele jogo com o nariz virado para o lado, quebrado, entupido de algodão. Como se não bastasse, Índio disse, antes da disputa do Mundial de Clubes FIFA de 2010, que “quebraria o nariz de novo” por mais um título mundial.


Ele é tão vitorioso que, desde 23 de janeiro de 2005 – quando chegou ao Internacional –, Índio não ficou um ano sequer sem conquistar um título e, nesses anos... Bom, vocês sabem: é Libertadores, Recopa, Mundial e assim vai. O homem que por muitos anos foi cortador de cana provou uma das experiências mais amargas que a vida pode “proporcionar” a um ser humano: a fome.

– Difícil mesmo é ir trabalhar às cinco da manhã, abrir a marmita e ver que lá dentro só tem um ovo frito, mais nada. Difícil é trabalhar o dia inteiro e comer arroz gelado. O resto a gente encara...

No auge dos seus 37 anos, Índio apavora em sua condição física e técnica. É titular absoluto do Internacional, poucas vezes se lesiona e são raríssimas as vezes em que perde a bola num jogo. Tanto é que no últimos jogos o time não tem levado gols. A cara de durão e de mau são só dentro de campo pra botar medo no adversário, Índio, apesar de lembrar de seu passado áspero e de mãos calejadas, é um grande profissional e uma pessoa com o coração bem mole... Plenos 37 anos, Índio é um dos melhores jogador que o Inter tem hoje e, como disse Fernandão, o Índio é um caso a ser estudado...

Nação colorada te deseja muitos anos de Inter e, consequentemente, de títulos. Saúde, Índio véio!  

Esse cara aí vai ser não só vitaliciamente, mas eternamente amado pela nação colorada pelo chutão que deu para Gabirú escorar de cabeça, correr, receber de Iarley e marcar o gol que daria o título mundial ao Inter, em cima do melhor do mundo: o Barcelona. Aliás, Yokohama ainda treme ao lembrar-se dos pesados passos de Marcos Antônio de Lima marcando o poderoso adversário... Mergulhado em uma poça de sangue, Índio jogou boa parte do segundo tempo desse jogo com o nariz virado para o lado, quebrado, entupido de algodão. Como se não bastasse, Índio disse, antes da disputa do Mundial de Clubes FIFA de 2010, que “quebraria o nariz de novo” por mais um título mundial.

Ele é tão vitorioso que, desde 23 de janeiro de 2005 – quando chegou no Internacional –, Índio não ficou um ano sequer sem conquistar um título e, nesses anos... Bom, vocês sabem: é Libertadores, Recopa, Mundial e assim vai. O homem que por muitos anos foi cortador de cana provou uma das experiências mais amargas que a vida pode “proporcionar” a um ser humano: a fome.

– Difícil mesmo é ir trabalhar às cinco da manhã, abrir a marmita e ver que lá dentro só tem um ovo frito, mais nada. Difícil é trabalhar o dia inteiro e comer arroz gelado. O resto a gente encara...

No auge dos seus 37 anos, Índio apavora em sua condição física e técnica. É titular absoluto do Internacional, poucas vezes se lesiona e são raríssimas as vezes em que perde a bola. Tanto é que no últimos jogos o time não tem levado gols. A cara de durão e de mau são só dentro de campo pra botar medo no adversário, Índio, apesar de lembrar de seu passado ápero e com mãos calejadas, é um grande profissional e uma pessoa com o coração bem mole...

Nação colorada te deseja muitos anos de Inter e, consequentemente, de títulos. Saúde, Índio véio!  

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Nasce a estrela vermelha de Dagol!

Gauchão: Caxias 0x2 Inter

De um lado o Caxias, o único invicto no Gauchão, com uma campanha totalmente incontestável no campeonato. E do outro, nada mais, nada menos que o Inter titularíssimo, vindo de uma partida na Libertadores. Tinha tudo pra se rum jogaço, e foi... para o Inter.

O time da casa começou esboçar uma pressão inicial, mas ela foi desfeita logo aos 4 minutos, quando Oscar recebeu um passe açucarado de Kleber, driblou um zagueiro dentro da área e pifou Dagoberto livre. Este encheu o pé, fez sua estrela brilhar, desencantou e abriu o placar. Wanderlei tentou respondeu com um chute de fora da área que Muriel – em tarde inspirada –, com a ponta da luva, mandou a bola na trave.

Aí, o Inter tentou com Oscar quando D’alessandro o pifou, ele driblou os zagueiros e chutou no canto. A bola foi espalmada pelo goleiro. À medida que Dagoberto chutava de fora da área, D’alessandro dava La Boba no adversário e era espancado. Até que aos 35, o incansável Guiñazú achou Dagoberto sozinho, este dançou em frente do adversário e tocou para Oscar dentro da área que, de calcanhar, devolveu para Dagoberto fazer o segundo gol. Golaço! Dagoberto começa a mostrar que sua estrela colorada está nascendo.


No segundo tempo, o Inter teve a tranquilidade e experiência necessárias para tocar a bola e administrar o resultado. Os toques não só preservavam o resultado, mas preservavam os jogadores também de lesões ou desconfortos. O Caxias teve um que outro chute e, no mais perigoso, Muriel, de pé, fechou totalmente o ângulo do atacante e evitou o gol.

Em nenhum momento durante esse jogo o Inter rifou a bola. Quem assistiu ao jogo hoje viu um time que valorizava a bola, um time experiente, com toques precisos, toques bonitos. Quem assistiu ao jogo viu um Inter jogar bonito, mas ao mesmo tempo sem fazer firula, fazendo somente o necessário. O Índio, velho guerreiro de sempre, não perdeu uma bola sequer na defesa. Guiñazú, El Cholo colorado, era ovacionado toda vez que dava seus carrinhos precisos. D’alessandro, Kleber, Oscar e os outros jogaram com tamanha experiência. O que somente me preocupa é o Damião, que vem caindo de produção. O coletivo do Inter merece aplausos. Nesse jogo, Damião foi melhor de zagueiro – tirando bolas aéreas da nossa área – que de atacante.

A evolução do time titular do Internacional não chega a impressionar por que o elenco promete, afinal, o entrosamento já era visível nas primeiras partidas por que o grupo mal foi mexido, somente com a vinda do Dagoberto. O time precisava crescer, e cresceu – enchendo o peito dos torcedores de orgulho. Vou ousar dizer que o Inter é o melhor time da América em atividade. Um time vencedor se faz com tempo, não montando um time a cada ano; e é isso que o Inter vem fazendo: mantendo uma base sólida e somente mexendo em pequenas peças que precisavam ser repostas, sendo essas reposições de altíssimo nível. Digo também que há muito eu não via um Inter tão encorpado e tão unido, animado, com sangue nos olhos, disposto a suar sangue dentro do campo.

O Inter começa com tudo! SIMBÓRA, Inter...

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Iluminados, Oscar e Jesus marcam em jogo de um time só!

Libertadores: Inter 2x0 Juan Retranca Aurich

Retranca, no dicionário futebolístico, lê-se: agrupamento de jogadores localizados na defesa, ou seja, no ataque do time adversário, impedindo que este chute ou marque gols.

Agora, retranca como essa do desconhecido Juan Aurich, confesso que nunca tinha visto. Também nunca vi um time ficar tanto tempo no campo do adversário como o Inter ficou. Esse jogo pode ser denominado “o jogo de um time só”, tanto é que o Bolívar – que entrou no segundo tempo no lugar do Índio, machucado – ao lado do Moledo, não pôde ser avaliado tanto era a pressão que o Inter impunha no adversário.

O Inter passou os 90 minutos no campo do Juan Aurich, o que mais se via nesse jogo era retranca, Inter no campo adversário e D’alessandro apanhando. Começando com um toquezinho de calcanhar de Damião para o gol depois de um toque açucarado do D’alessandro, quase... De tanto atacar, o Inter conseguiu furar a retranca do Juan Aurich aos 17 minutos com o inspirado Oscar – além do São Paulo brigar pelo jogador, o menino se mostrava muito concentrado no jogo – e marcar o gol. O Oscar que, há muito, não jogava como hoje. Desde os tempos de seleção sub-20, Oscar parecia não estar em campo...


Aí, depois do gol, o Inter passou a atacar mais ainda, com alguns erros nos passes finais e nas conclusões. Aos 41, D'Ale pifou Kleber, que invadiu a área, driblou o goleiro e, sem ângulo, errou o alvo incrivelmente! Pouco mais tarde, teve a ÚNICA – sim, eu disse única, e não estou mentindo – o Juan Aurich teve a primeira e última aproximação ao gol do Muriel. O goleiro colorado, me dose dupla, deu um soco na bola dentro da área e depois, no rebote, segurou um chute venenoso. Só. O nosso adversário nasceu nesse lance e morreu no mesmo.

O Inter tentou com Dagoberto, mas parou no goleiro Penny, Oscar de longe, que Penny pegou. Com Damião por cobertura, mas Penny fez milagre. Com D’alessandro, quando limpou da marcação e chutou da entrada da área, que Penny catou. Com Damião, que bateu na zaga, Outra vez com Damião de cabeça, a bola só não entrou por que o zagueiro tirou em cima da linha. Com D’ale cobrando falta, mas a bola raspou na trave. E com Damião novamente, no velho estilo Damião de ser. O guri roubou a bola da zaga, ganhou velocidade, deu uma cavadinha na bola e, quando ela ia passando por cima do goleiro, Penny esticou o último dedo e tocou na bola. Desgraçado Penny!

Mas água mole pedra dura, tanto bate até que fura, João Paulo bateu, Penny deu rebota e Jesus, o salvador, estava lá para mandar a bola para o gol. É só chamar o homem que ele resolve, Jesus Dátolo está caminhando para a idolatria. 


O uniforme ESTUPIDAMENTE LINDO deu sorte. A Nike caprichou! Sobrou chances ao Inter e, com o adversário com um a menos, saiu muito barato para o Juan Aurich aqui no Beira-Rio. O Inter dá mais um passo rumo ao tri da Libertadores. O Inter tem muito que melhorar, mas mostrou que tem grupo. E é assim que se vence, tendo GRUPO. 

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Quero meu rival de volta!


Grêmio 2 x 2 Internacional

Absolutamente focado na Copa Libertadores da América, onde buscamos nosso tricampeonato, em 2012, o Inter entrou em campo, nesse domingo, para disputar um Gre-Nal morno, quase sem valia, não fosse pela insubstituível rotina de assistir os nossos co-irmãos se desesperando, iniciando mais um ano com uma perspectiva estarrecedora – embora toda pompa com que esse time tenha sido tratado pela mídia gaucha – .
Já ouviram falar em Fransergio, Jackson, Josimar, Mike e Fred? Esses jogadores terminaram o Gre-Nal pressionando o imortal tricolor no seu estádio, com time titular. Amigos, eu quero o meu rival de volta! Tinha mais graça quando o Grêmio era grande. Aliás, o Grêmio, ao que parece, tem ótimas chances de garantir classificação antecipada ao Brasileirão Série B, de 2013.
Enquanto isso, na quinta-feira, pelo quarto ano, nos últimos seis, o colorado inicia a disputa de grupos da Libertadores. Mas não será o rolinho do Jackson, Sandro Silva, Gilberto... será o imponente time de D’Alessandro, Oscar, Dagoberto, Damião, Guinazu... o maior time do milênio, no Brasil. Um dos maiores na América.


Ah, mas o post é pra falar do Gre-Nal, não? Pois bem... Estreamos o Dátolo, que preencheu a cota de argentinos que fazem gol no Victor. E estreou muito bem! Teve excelente movimentação pelo lado esquerdo, tanto defensiva, quanto ofensivamente. Lembra muito o início de Alex, pouco mais recuado e com bom chute. Nosso segundo gol foi do eterno capitão Bolívar, que, mesmo em má fase, botou o Kleber, gladiador (e covarde), no bolso. Kleber merecia um capítulo à parte, pois bateu na mulher. Quero ver ser gladiador e machão contra o Guinazu.
Enfim, é um excelente início de ano para os colorados. Apesar de o Presidente Luigi não aspirar confiança por sua ‘voz de padre’, tem se mostrado dinâmico, sobretudo pela manutenção de D’Alessandro. Só falta a Andrade Gutierrez, não é mesmo, presidente?

Por Fernando Rocha

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

O primeiro passo para uma América TRI vermelha!


Libertadores: Once Caldas 2x2 Inter

Valia o semestre. Valia a vida do Inter na Libertadores. Um homem comandou o empate e a classificação: Andrés D’alessandro, o capitão do time. Lembram-se do D’alessandro tomando cartão toda hora e ficando fora dos jogos por suspensão? Lembram-se do D’alessandro briguento, marrento, que chamava os adversário pro tapa por qualquer motivo? Ele sumiu junto com a proposta da China. Andrés é outro jogador: maduro, decidido, com futebol de encher os olhos, jogando uma barbaridade. Giovani Luigi merece todos os aplausos e adorações do colorados pela insistência em manter esse jogador: quando a maioria já tinha jogado a toalha, Luigi trabalhava com tentativas e negações de propostas vindas do clube chinês. E não era por qualquer nome que o presidente fez todo esse esforço... era O nome.


O Inter demorou 90 minutos para construir a vantagem de 1 a 0 no Beira-Rio para que este levasse tranquilidade a Colômbia, mas lá o Once Caldas demorou 1 minuto para desmanchar a vantagem colorada. Qualquer colorado poderia prever algum ruim pra esse jogo, mas não que o Inter tomaria um gol de pênalti pleno 1 minuto de jogo – e um pênalti muito duvidoso, diga-se de passagem. O árbitro estranho apitou, Muriel quase pegou e Nuñez marcou. O Inter deu uma cochilada depois do gol, tomou sufoco do Once Caldas e a trave salvou o barraco do Muriel de tomar dois. Só que o Inter reagiu melhor que todos poderiam prever. Aos 10, Oscar foi nocauteado dentro da área por Casierra e o árbitro estranho marcou. D’alessandro, com a experiência, com a maturidade e qualidade que tem, marcou e colocou o adversário na berlinda.

Pensava-se que o Once Caldas estava numa ruim, mas tudo que está ruim pode piorar. Quando Bolatti desarmou um colombiano no campo de defesa do Inter, abriu para Kleber tocar para Oscar, este dar um toquezinho de peito para D’alessandro, dentro da área, tocar açucaradamente para Tinga marcar um belo gol – depois de esticar os dedos até não poder mais –, o time colombiano ficou mais desesperado ainda. Por alguns curtos minutos, os colorados se aliviaram. Gonzalez, depois de bela jogada, tirou a tranquilidade do Inter aos 23 do primeiro tempo.

Ainda no primeiro tempo, Damião cruzou e um colombiano quase marcou contra. Minutos depois, outra vez, D’alessandro comandou toda a jogada até que a bola parou na cabeça de Damião e, dali, para os pés de Oscar. O garoto tocou muito embaixo da bola e ela subiu demais. Não sendo bobos, os colombianos exploravam as bolas aéreas e os chutes de longa distância...

O segundo tempo veio com pouco ou quase nada de decaimento no rendimento do Inter. Quem decaiu mesmo foi o adversário: chuveirada dentro da nossa área, chutes sem direção, visível cansaço, jogadas sem fundamento... Guiñazu meteu um míssil de fora da área que o goleiro catou, depois veio outro susto: Once Caldas tem uma falta cobrada e um gol de cabeça, muito bem anulado pelo bandeirinha. Ufa!

As chances mais claras no segundo tempo foram do Inter mesmo, e foram muitos gols desperdiçados. Primeiro Damião deu para D’alessandro que, livre, arrancou, correu, chutou de onde ele não costuma errar, mas Martínez pegou. Depois, D’alessandro entregou para Oscar driblar um e outro e tocar para Damião. Ali, no lugar onde poucos, mas muito menos Damião erraria, ele tocou na bola com a canela e ela foi pra fora com o gol escancarado a sua frente. Quando parecia que ia dar, D’ale tocou para Damião, Dagol com o gol livre, tocou pra fora. Foram, no mínimo, quatro chances muito claras de gol desperdiçadas que não se pode perder em uma Libertadores.

Daqui pra frente, preparem os vossos corações. O primeiro passo para uma América tri vermelha já foi dado.

O Nei, sentindo o joelho e não sabendo se jogaria ou não, suportou a dor e se doou. Oscar, sem a condição física 100%, cumpriu a função de marcar o lateral do Once Caldas, servir Damião, acompanhar D’alessandro e, quando o adversário subia para o contra-ataque, Oscar deveria ajudar na marcação. Saiu engatinhando de campo mas, dentro dele, não se entregou. Damião tinha cara de poucos amigos e um visível cansaço. D’alessandro, no final do jogo, diminuiu o campo e guardou energias para os ataques. Guiñazu, que não é deste planeta, correndo feito louco, marcando, atacando, dando suporte ao meio campo. Superação, dor, cansaço, altitude, adversário complicado: ISSO É LIBERTADORES.